Uma Única Noite. escrita por Annie Chase


Capítulo 23
Estranhos.


Notas iniciais do capítulo

Não liguem para a falta de criatividade do título. O cap tá melhor.
Boa leitura.
*GSR*



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 Quando eles voltaram para casa estava anoitecendo, passaram boa parte do tempo rindo e falando de várias coisas, rindo e cantarolando algumas musicas estranhas. Os três mal podiam conter a felicidade que estavam sentindo, na hora de voltar para casa uma parte dessa alegria parecia ter ficado no corredor.

Não que a voltar para casa fosse ruim, mas a magia de antes tinha ficado para trás. Era como se eles voltassem á realidade, e de fato, era isso mesmo... Voltando para casa, Sara voltou a sentir aquele desconforto, como se não pertencesse aquele lugar. Ela ainda não conhecia aquele homem que morava junto de si e era pai de sua filha. Ela não encontrava nada ao olhar dentro dos olhos dele, eram olhos de um desconhecido.

Quem era ele? Do que ele gostava? O que nele despertara a atenção dela? Se bem que não era tão difícil perceber tal coisa. Mesmo não lembrando do passado que tivera com ele, ela não podia negar que alguma coisa nele fazia com que seu coração batesse mais forte, que as mãos transpirassem intensamente, que as coisas comesassem  a girar e o chão debaixo de seus pés desaparecesse rapidamente.

A noite passou voando, eles jantaram em silêncio, naquele momento ele não os incomodou, mas depois que a pequena Alice caiu sono no sofá, o tempo parecia não querer passar. Grissom levou a filha para o querto dela, a cobriu e acabou voltando para a sala onde Sara estava lendo um livro sobre perícia que estava jogado em cima da mesa de centro.

-Ela tem o sono pesado. -Gil comentou tentando puxar conversa com a morena.

-É verdade. -ela respondeu com um pequeno sorriso, mas depois de um segundo, voltou a olhar para o livro, o assunto tinha morrido.

-Você ainda não se acostumou com a minha presença, não é?

-Como sabe?- ela perguntou assustada, não era boa atriz, mas esperava que ele não percebesse seu desconforto.

-Eu a conheço bem e além do mais... Esse livro que você pegou está em francês. -ela ficou vermelha, não tinha nem visto direito o livro que pegara.

-Ok, você me pegou.

-Sara o que eu posso fazer para que você não se sinta assim?

-Eu sinceramente não sei.

-Eu faria qualquer coisa pra você ficar bem.

-Eu sei, e agradeço muito, mas ainda somos desconhecidos, ou melhor você é um desconhecido para mim. Olha para nós. Você sabe de tudo ao meu respeito e a única coisa que eu sei de você é que sabe cozinhar, muito bem por sinal, e que gosta de sorvete. -ela estava com as mãos na cabeça e uma certa vontade de chorar, estava confusa e esperando que aquilo fosse só um sonho esquisito e que ela e a filha estivessem outra vez em São Francisco, cutindo uma noite normal.

-Eu não suporto vê-la assim... -Grissom se aproximou, mas ela se encolheu num claro sinal que não confiava nele.

-Grissom, eu acho melhor... Eu ir dormir. -ela disse se levantando e saindo rapidamente para o quarto dele, que agora era seu.

-Não, espera... Vamos conversar -ele disse seguindo-a até o quarto.

-Não sei se temos algo para falar. -ela disse sem olhar nos olhos dele, pois os mesmos a pertubavam de uma maneira inesplicável.

-Temos sim. Eu não sei tudo sobre você, tem uma coisa que você não me contou esses anos todos.

-O quê?

-Você nunca me falou sobre sua gravidez, sobre o nascimento da Alice, sobre a infância dela. Você nunca me falou das memórias que eu perdi sobre ela. Qual foi aprimeira palavra que ela disse, quando começou a andar e qual é a cor favorita dela. -Estavam dentro do quarto dele agora, Sara se sentou e fez gesto para que ele sentasse ao seu lado.

-Você merece saber mesmo. Alice é prematura, nasceu um mês adiantada -riu lembrando-se da cena. -Eu estava voltando para meu apartamento depois de ir ao supermecardo. Aí eu começei a ver que  tinha alguma coisa molhada em mim, demorei para ver que era a bolsa que tinha esoturado. Sabe como é, mãe de primeira viagem... O parto foi normal, apesar de tudo, eu estava apavorada, uma  amiga minha foi até lá para ver como eu estava antes de dar a luz... Eu achei que tinha de fazer isso sozinha... O parto não demorou muito, ela saiu sem chorar e com cara de espanto, o médico a fez chorar com a famosa palmada. Ela erão tão linda! Parecia uma bonequinha, eu tinha medo de pega-la, era tão delicada! -os olhso dela brilhavam ao lembrar da filha bem pequenininha.

-Queria ter estado com você nesse momento. -Disse Gil deixando uma lágrima rolar, falou bem baixinho, ele mal pode ouvir, e não compreendeu.

-Ela creceu muito rápido, eu mal percebi quando ela já estava falando suas primeiras palavras, quando ela disse "Mamãe" pela primeira vez ei fiquei tão boba que esqueci que tinha de fazer um monte de coisas... Do nada ela já estava andando, ou melhor correndo. Era duro acompanhar ela correndo pela casa toda. Depois ela tinha que ir para a escola e eu ficava boba vendo o quanto ela era inteligente. Ela sempre foi comportada, e ela dormia de noite! Isso me deixava boba, toda a crinça chora de noite, mas ela era tão calminha... Eu a embrulhava com um blusa minha, assim ela não chorava.

-Ela sentia o seu cheirinho.

-É. E sobre a cor favorita... Bem ela mudava toda a semana, da última vez que ela trocou, a favorita era roxo.

-Uma bela cor.

-Ela tem bom gosto.

-Bom, Sara. Meu nome é Gilbert Arthur Grissom, minha mãe é surda, mas me criou muito bem. Sou entomologista forense e supervisor do turno da noite do laboratório de criminalística de Las Vegas, eu gosto de sorvete de flocos e de andar de montanha russa. Tomo muito café e não sou uma pessoa muito sociável, tenho poucos, mas extremamente confiáveis, amigos. Tenho paixão por palavras cruzadas e só me apaixonei de verdade um vez, durante um curso que dei em na univercidade de Havard, por uma das minhas alunas... E nunca me recuperei desse amor. Tenho uma filha, que conheci á pouco tempo. E pela primeira vez ,depois do curso de que falei, tenho a oportunidade e coragem para falar abertamente com o único e verdadeiro amor da minha vida, que mesmo não lembrando de mim... Ainda é único.

-Eu...

-Não fala nada... -ele colocou uma de suas mãos em cima da dela. -Apenas pense que agora eu não sou totalmente desconhecido e que podemos ter uma história... Então, por favor, deixe-me tentar reconquistá-la.

-Ok. -Era só o que ela podia formular depois daquilo, depois de todas as palavras, depois de toda a declaração.

-Bons sonhos, Sara.

-Bons sonhos, Gil.


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Notas finais do capítulo

Espero que eu tenha melhorado como havia dito no ultimo cap.
Beijos.
Não esqueçam de deixar reviews.
Até logo.