Nada É Por Acaso, Disso Pode Ter Certeza escrita por lalala


Capítulo 7
Obrigado... Por Tudo


Notas iniciais do capítulo

Bom... Não Tenho Muito O Que Dizer Aqui e.e''''''
Demorei Né? SORRYYYYYYYYYY T_____________T
Mas Em Compensação Ganharam Um Mega Capítulo u.u
Espero Que Gostem!
Boa Leitura!
Ah! Também Queria Agradecer À A_Revolution Pela Recomendação *O*
Muitos Thanks Viu? ♥



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Ele continuou me encarando e corou fortemente, abaixando a cabeça.

Tinha tantas dúvidas, perguntas, mas mal o conhecia. Queria saber seu nome, porque estava na rua, se queria continuar aqui, nem que fosse por mais uma noite... Mas não podia, não sei por que, mas sentia que não era a hora.

– Er... Acho melhor irmos não é Brian? – Zacky segurou o riso – Vamos dar um tempo para esses dois. – Sussurrou com aquele maldito olhar malicioso.

O ruivo balançou a cabeça com um sinal positivo, me deixando intrigado.

– Bom, até mais então! Tchau Frank e... Ruivo...? – Saíram.

– Obrigada pela ajuda pessoal... – Resmunguei cruzando os braços e fazendo o maior rir, abrindo um lindo e perfeito sorriso e... Melhor parar com isso.

Estava perdido, não sabia como ajudá-lo mais, o garoto não dizia uma palavra... Podia ser mudo, talvez... Mas seu filho o parecia entendê-lo tão bem...

– Er... Então, qual... Qual é o seu nome? – Perguntei tentando quebrar o silêncio.

Ele arregalou os olhos, desviou o olhar e foi pegar o menor.

Vi algumas cicatrizes nos braços e no pescoço enquanto se abaixava para pegar o outro no colo.

Pareciam bem profundas mesmo.

Me atrevi a aproximar-me e tocar de leve uma delas em seu braço. O maior virou-se rapidamente por ter levado um susto.

– Doeu? – Ele se afastou – Me desculpa, vai...

Ele me olhou de um jeito carinhoso como se aceitasse as desculpas... Mas ainda assim, sem nenhuma palavra.

Ia perguntar se ele queria ajuda, alguns curativos, mas sei que não iria querer.

– Senta aqui. – Chamei-o para sentar-se no meu colchão – Vou pegar umas coisas.

O menino em seu colo sorriu e logo sentaram.

– Já volto. – Levantei-me e fui até o banheiro de minha mãe.

Nas gavetas de baixo da pia ela sempre guardava um kit de primeiros socorros. Peguei a pequena mala e subi rápido, encontrando os dois brincando um com o outro, rindo e se divertindo... Voltei um pouco a “cena” e bati na porta, ouvindo tudo silenciar, quando abri estavam com os olhos arregalados e tensos, como se quisessem esconder o que tinham feito.

Ri discretamente e coloquei a mala no chão.

– Melhor deixar seu filho sair. – O maior pareceu segurar o riso, mas se conteve – Posso?

O ruivo fez um sinal com a cabeça para o que menor viesse comigo.

– Vou te mostrar um lugar legal! Vamos! – O levei para o canil, onde Pearl já pulava a me esperar. – Hey querida! Ele é novinho, não vai ficar pulando! – Percebi a cara assustada do menino e ri – Não se preocupe, ela não vai te machucar! O nome dela é Pearl e... E.. E o seu? – Me atrevi e ele corou e desviou o olhar – Tudo bem... Não precisa me falar... – Ficamos em silencio, o deixei lá brincando e voltei para o quarto.

O garoto continuava sentado encarando a paisagem por fora da janela do quarto.

Sorri.

– Voltei. – Virou-se rápido, dando um sorriso de lado.

Sentei-me ao seu lado e peguei sua mão, fazendo-o corar, passando a minha por seu braço, podendo ver todos os machucados. Algumas vezes ele gemia devido à dor.

– Dói não é? Não tem problemas, trouxe isso pra ajudar com os machucados. – Abri o kit e peguei álcool e algodão.

Estiquei seu braço e passei o algodão molhado onde precisava, fazendo-o se contorcer e querer gritar.

Ainda dava pena de ver, sinceramente.

Ele tentou sair e eu, em um impulso o segurei abraçando sua cintura. Percebi como estávamos e corei fortemente. Olhei para ele que estava do mesmo jeito.

– D-descul... Deixa pra lá. – Saímos daquela posição e consegui fazer com que ele se sentasse – Porque você não passa sozinho? Assim eu não fico mal por te machucar... Sei lá.

Ele pareceu aceitar e entreguei o algodão com álcool em sua mão.

– Vou pegar seu filho, ok? – Saí apressado e fui até o canil onde encontrei Pearl com os óculos do pequeno em sua boca correndo de um lado para o outro, enquanto este, tentando enxergar tentava alcançá-la esfregando os olhos.

– Pear? Pear? Me devolve...! – Ele dizia com uma voz infantil e fofa.

Ah, jura Frank? “Infantil e fofa”? Será que é porque ele é só uma criancinha?!

Ia rir, mas poxa, o garoto não via nada, estava perdidinho.

Corri até Pearl e com certo esforço tirei-os de sua boca, limpando as lentes em meu casaco. Cheguei perto do menino.

– Aqui garoto, seus óculos. – Sorri e entreguei-os para o menor que rapidamente os colocou com pressa – Pearl sua feia! Não pode fazer isso com ele! – Briguei com voz de idiota.

A blusa que o pequeno usava era minha de quando tinha mais ou menos sua idade. Provavelmente mais, pois as longas mangas ficavam grandes e enquanto ajustava as hastes dos óculos vi cicatrizes também.

Arregalei os olhos.

O que aqueles caras faziam para estarem tão ferrados assim? Okay, viviam praticamente como mendigos... Mendigos são ferrados e machucados... Ninguém deve pensar nisso, mas... Porque são assim? Ou pelo menos porque ELES eram assim? Eram praticamente crianças!

– Venha, já está aqui há bastante tempo não é? E pelo visto a Pearl não está ajudando muito! – segurei sua mão e ele riu.

Achei que o garoto não ia continuar sem falar, ele andava devagar, tropeçando e segurando forte minha mão. Tentava puxar assunto como sempre, e era possível ver que se esforçava para não me responder e continuava em silêncio.

Cheguei no quarto e o maior tinha deixado o algodão no colchão de qualquer jeito, junto com todos os remédios e estava de pé, observando todo o quarto, todos os posters, cada detalhe da janela, as luzes, e parecia se distrair com isso.

Pigarreei e ele olhou para trás, olhando para o kit de primeiros socorros e depois para mim. O ruivo foi se afastando até bater na parede, me encarando com ar de súplica.

– Hey! Está tudo bem cara, pode deixar que eu arrumo isso, tudo okay mas... Você sabe que assim esses machucados nunca vão melhorar. – Me senti minha mãe falando isso, mas foi preciso e ele me olhou de um jeito que sabia que era verdade.

O silêncio dominou o quarto de novo até o barulho de chaves e da porta da frente se abrindo interromper.

– Mãe! – Grite desesperado, deixando os outros dois do mesmo jeito – Er... Esperam aí! Já volto. – Corri e fechei a porta do quarto batendo forte.

– Bom... Boa tarde filho! – Olhei no relógio. Mais de meio-dia. – Tudo bem?

– Sim... – Olhei para baixo. Alguma estava errada não? – E os garotos que eu trouxe pra casa?

Ela virou para trás e suspirou cansada.

– Ainda não acabou com isso?

– Claro que não! Eles precisam de mim. – Cruzei os braços.

Suspirou de novo.

– Filho... Eu sei que você sempre sentiu pena dessas pessoas, mas... Mas... Isso é só uma fantasia sua! Não tem como fazer nada com aqueles dois! Você sabe que vão morrer a qualquer minuto! Pessoas assim não sobrevivem e-

– Você nem viu como eles estão agora! – Respondi ignorante e ela arregalou os olhos.

– Ah não Fran, você não fez isso!

– Eles tomaram banho sim. No meu banheiro, e você bem que podia dar uma olhada nos garotos, pra ver como estão tão... Horríveis, acabados e blá blá blá! – Debochei.

Quando ela ia responder, ouvimos o barulho de algumas coisas caindo lá atrás.

Viramos rápido para onde ficava uma pequena lareira na sala e vimos todos os retratos caídos no chão e de repente o garotinho apareceu correndo e rindo, sendo seguido pelo ruivo que tentava pegá-lo até ver as fotos caídas e correr até lá tentando colocar tudo no lugar.

Minha mãe ia correr até lá para dar uma bronca no garoto, mas a impedi colocando a mão em sua frente.

– Ele não é eu pra você fazer isso mãe. Deixa que eu vou. – Cheguei perto e quando ele nos viu ali entrou em pânico de novo, recolhendo todas as fotos em seu colo e tentando arrumá-las rapidamente, na dúvida de sair correndo ou gritar, forçando um sorriso que saiu estranho, fingindo que nada tinha acontecido.

Linda se apoiou na parede da cozinha, com os braços cruzados, provavelmente irmaginando o que eu ia fazer. Dali não dava para ver direito.

Peguei uma das fotos de seu colo. Ela mostrava eu, meu pai e minha mãe na praia; eu no colo do meu pai com minha abraçada ao seu lado. Todos sorridentes.

– Tá vendo esse no meio? – Ele assentiu apreensivo – Sou eu quando tinha 6 anos! – Sorri.

~Gerard POV’s On~

Mikey não aguentou mais ficar no quarto. Queria “explorar a casa” e achar o garoto.

Tente impedi-lo mas isso só resultou com que ele achasse que eu estava brincando e começasse a correr pela casa. Acho que corri demais e acabei batendo na lareira e deixando tudo que estava em cima desta cair.

Para meu azar, o nanico e outra mulher que parecia ser sua mãe estavam vendo tudo.

Entrei em pânico... De novo e tentei catar tudo do chão, mas não deu certo e quando percebi, o garoto já estava do meu lado, sorrindo.

Mas quando me mostrou uma foto sua, pareceu que todo desespero sumiu, me fazendo sorrir discretamente.

– hehe... Viu? Tenho essa cara de bobo desde peque... Menor hehe. – É, ele me fez dar uma risadinha, me fazendo corar.

Saí do transe e coloquei os retratos no chão, tentando colocar tudo de volta nos lugares, mas o outro segurou minha mão quando ia começar.

– Deixa aí, eu arrumo! Agora... Melhor procurar seu filho não? Ele foi para aquele lado. – Apontou para uma porta meio transparente.

Me levantei devagar e fui na direção desta, que dava na parte de trás da casa, um tipo de varanda dos fundos.

Olhei para os lados e não vi nada, até ouvir risos vindo de um portão cinza.

– Mikey? – É, digamos que eu me assustava fácil.

– Aqui maninho! Com a Pear!

Pear? Mikey? Mas o que...? – Estava perdido e só ouvia os risos de meu irmão.

– Aqui no portão cinza!

– Ahn... Tá. – Abri o portão e de repente um dálmata pequeno já saiu pulando em cima de mim. Apesar de pequeno era bem forte e me fez cair. Mikey mesmo só riu.

– Bem Gee, essa é a Pear! – Riu inocentemente – Acho que ela já te deu as boas vindas! – pulou em meu colo.

É por isso que continuava aqui. Vivo. Por mais que as coisas ficassem feias, Mikey sorria e dizia que iria ficar tudo bem. Estranho, não? Um garoto de 6 anos me dando lições de vida e apoio e eu aqui, 18 anos na cara e perdido no mundo, sem a menor vontade de viver. Mesmo que eu ainda tentasse o animar quando tudo parecia perdido, ele era o que mais ajudava.

– Sim, sim. Mas viu o que você fez lá na sala deles?

– Foi você que derrubou!

– Mas você saiu correndo!

– Mas você que começou a brincar!

– Você ACHOU que eu estava brincando!

– E você continuou!

– Eu tentei pedir pra você parar!

– Mas não falou nada!

– Mas foi você que não ouviu! – Briguinhas de irmãos... Acontece em todas as famílias não é? – Ah, deixa pra lá... Vamos entrar?

– E a Pear?

– Okay... Só mais um pouco... – Sorri e sentei-me no chão, deixando Mikey brincando.

~Frank POV’s On~

Coloquei os retratos no lugar e minha mãe se aproximou.

– Vamos almoçar.

– E eles?

– O quê que tem?

– Vão almoçar com a gente, não vão mãe? – Ela arregalou os olhos.

– Ahn? Claro que não! Não devem nem saber segurar um garfo filho!

– Mãe! Que coisa horrível de se falar!

– Desculpe Frank, mas se eles forem almoçar aqui, que almocem depois, sozinhos!

– Tudo bem, então vai lá almoçar que depois eu vou com eles. – Dei de ombros.

– Claro e... O QUÊ? Você acha mesmo que comer junto com aqueles dois??! – Assenti observando as fotos – Mas está errado! Vem agora! – Simplesmente me puxou pelo braço até a cozinha e fui mesmo sendo arrastado pelo chão por ela.

– Isso doeu sabia?! – Me levantei passando a mão por meu braço.

– É pra você aprender. – Colocou os pratos na mesa – Agora senta.

– Você realmente não está bem, não é mãe?

– O-o que? Por quê?

– É tudo culpa do Christiann – Pronunciei seu nome com desgosto – Se ele não estivesse aqui você ainda seria a mesma Linda de sempre. – Encarei o prato.

– Não... Não é verdade querido... – Colocou uma travessa com um pouco de macarrão na mesa.

– Não estou com fome.

– Sei... Pára com isso, anda. – Pegou um pouco do macarrão e colocou-o em meu prato.

– Sabe que eu não vou comer não é?

Ela suspirou e logo se sentou e fez seu prato.

Linda tentava puxar assunto, mas eu só a encarava feio. Depois de um tempo ela se irritou e foi terminar de almoçar na sala.

– Quer saber?! Faça o que quiser! – Gritou do sofá.

– Ótimo!

– Ótimo!

– É. – Respirei fundo e me levantei, indo para o canil. Com certeza os garotos estavam morrendo de fome, nem no café da manhã tinham tocado né.

Pearl estava deitada no sol virada com a barriga para cima enquanto o menor a acariciava e o ruivo, sentado do outro lado, na sombra sorria.

– Oi? – Olharam para mim, me fazendo... corar??? Mas o quê? – Hehe, desculpa aí por interromper vocês mas... Acho que devem estar morrendo de fome! – O menor olhou para o pai sorrindo de lado – O que acham de vir almoçar? Vamos!

Saí e esperei na porta. Logo depois veio o maior com o filho no colo, que acenou para Pearl.

– Venham... – Chegamos na cozinha e pude ver os olhos dos dois brilharem confusos ao ver a mesa – Tudo de vocês, sentem-se! – O ruivo colocou o outro no chão, que com um pouco de dificuldade conseguiu sentar. O maior sentou-se em minha frente, e o menor ao seu lado. Peguei dois pratos e coloquei em seus lugares juntos aos talheres – Podem pegar o quanto quiserem, só vou pegar algo para beber. – Me levantei e fui até a geladeira pegando uma garrafa de coca-cola e três copos; quando me virei para a mesa os dois continuavam do mesmo jeito, olhando apreensivos para a comida. Não sabiam se podiam mesmo pegar um pouco. – Gente! Que coisa, podem pegar, olha! – Peguei um pouco do macarrão e coloquei no prato do maior – Prova, não tem nada demais aí! – Ri. Ele provou mesmo, e sorriu. Depois colocou um pouquinho para o filho, que fez o mesmo. Fiquei olhando os dois assim, parado apoiado na pia, sorrindo bobo até me tocar – Er... Posso sentar também?

Educação né gente.

Eles riram e assentiram com a cabeça.

Eles comiam com um pouco de vergonha, medo, mas apesar de tudo, não era nem um pouco como minha mãe havia falado. Pelo contrário.

Mesmo parecendo que não comiam nada à séculos, comeram como pessoas, normais. Sem pressa ou gula.

Depois do almoço e muito esforço para me comunicar e deixá-los calmos, ficaram assistindo TV em meu quarto enquanto eu me entendia com minha mãe.

O dia passou até que rápido.

Ajudei Syn e Zacky com o trabalho do colégio, mesmo que fosse ditando o que tinha achado na Wikipédia pelo telefone e que a cada 5 minutos eles fizessem uma brincadeira irritante de que eu estava apaixonado pelo ruivo.

Muitas coisas tinham que ser resolvidas.

Ele parecia ter minha idade não é? Podia ir à escola comigo, mas como pagar? Pois é, também não sabia.

Conversei com eles dois sobre isso também no telefone, mas só segunda-feira conseguiríamos arrumar alguma coisa. Por enquanto, já tínhamos uma resposta alternativa para isso.

O ruivo e seu filho não saíam muito do quarto, o medo reinava entre eles, dava para ver.

Mais tarde consegui convencê-lo a passar os remédios em seus braços.

– Eu sei que dói! Eu sei que dói! – Passava o algodão agoniado em ouvir seus gemidos de dor enquanto passava-o em suas costas. Eu sei que sou estranho e tal, mas dava vontade de chorar mesmo. Dava para ver o quanto ele sofria – Desculpa! Mas temos que continuar! Já vai passar, eu prometo!

No final conseguimos terminar e enrolei suas costas e seus braços com gaze. Nós dois estávamos mesmo sobrecarregados. Nunca vi alguém sofrer tanto assim, e acho que ele nunca sofreu assim... Se bem que aquelas cicatrizes não apareceram do nada não é?

Deitei-o em seu colchão, e o cobri. Logo em seguida fui para o meu e me deitei também.

Queria dizer algo. Mas o quê?

Ah... Ele já deve até ter dormido mesmo... Pensei.

~Gerard POV’s On~

Como alguém pode ser tão bom assim com alguém que nunca viu na vida? Sinceramente, não sei, mas ele era.

Não sei o que poderia ter acontecido naquela noite se ele não tivesse nos ajudado. Nem sei se ainda estaria aqui hoje.

Foi doloroso demais passar álcool nos meus machucados, mas, admito que foi mil vezes melhor do que como ganhei-os. E foi para me ajudar, eu sei.

Só tinha a agradecer por ele, mas como? Sempre que tentava dizer algo à esse garoto, as palavras sumiam de meu vocabulário, tudo se confundia.

Não estava conseguindo pegar no sono. Não pela dor, mas pela vontade de falar.

Sem que ele ouvisse, trenei algumas palavras, mas só de olhar para ele, mesmo que estivesse virado de costas para mim, essas travavam novamente.

Me contorci e abracei Mikey, beijando sua testa e lhe desejando boa noite.

Me virei de novo e olhei para as costas do menino.

– O-o-o... – Não dava!

Achei que ele estivesse dormindo, mas não estava. Sem olhar para mim, ainda na mesma posição, falou:

– O quê?

Eu não ia falhar agora.

– Obrigado. – Encarei o chão e ele virou-se para mim com os olhos arregalados e brilhantes.

– Ahn? Er... Pelo... Pelo quê?

– P-p-p... – Maldição! – Por tudo. – Falei rápido e voltei para o outro lado abraçando Mikey e fingindo dormir rápido.

Não sei o que o outro fez.

Nem eu sei o que fiz, na verdade.

Tomara que seja tudo um sonho, isso sim.

Acho que estou confiando nele cedo demais... Ou não?

Só sei que depois disso, foi como se um grande peso se soltasse de mim e consegui dormir minutos depois.



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Notas finais do capítulo

Então?
Gostaram? *---------*
Mereço Reviews??? #levatiro
Até O Próximo Pessoas o/
E Feliz 2012!