Justin tinha ido embora, nem ao menos se despediu. Marta ajudou-me a me trocar e ficou ao meu lado para podermos conversar. Sei que são só dois dias, mas confio muito em Marta, é como se ela fosse a mãe que eu nunca tive. Contei-lhe tudo! Quando digo tudo, é tudo mesmo. Desde o show até hoje mais cedo. Disse como fiquei curiosa quando ele perguntou se era só aquilo que eu tinha ouvido. Como me sentia mal por vê-lo daquele jeito e como fiquei triste por ele não se despedir. Ela disse por um momento que eu era muito burra para não perceber porque de ele estar radiante quando me vê e o porque de ter ficado estranho quando eu disse que não tinha escutado nada, ela achava, na verdade tinha certeza, pois tinha falado com Pattie, que o Justin gostava de mim, e quanto ao que eu senti quando o vi daquele jeito e ao que sinto toda vez que ele está por perto, ela foi bem direta.

- “Você também gosta dele!” 

Não, eu não gosto dele, eu não posso estar gostando dele. Eu nem o conheço direito... Sentir algo diferente por ele não quer dizer que eu esteja gostando dele. Eu só o acho um garoto bonitinho. Isso! Ele é apenas um garoto bonitinho... Que agora estava triste por algo que eu nem sei o que é, mas já me sinto culpada. Que tem sido um ótimo companheiro, mesmo depois de tudo que falei. Que não se importou em acolher Anna, uma desconhecida, á sua casa. Que além de tudo o que fez, sempre quer fazer mais, e o melhor? Descobri que não é por fama, pois Marta disse que ele proibiu os paparazzi de entrar, quer sigilo sobre mim, e que sempre que ele vem me ver, ele entra pelos fundos e ‘disfarçado’. Ele não era o que eu imaginava... Ele não é o Justin Bieber das fotos, das entrevistas, premiações e shows, que eu achava que era metido, mimado, egoísta e egocêntrico, ele era apenas o Justin, que no momento tem sido um anjo em minha vida, mas isso não quer dizer que eu esteja apaixonada, porque eu NÃO estou apaixonada.

- Oi Alice, será que nós podemos conversar? – disse Justin entrando no quarto. Eu balancei a cabeça positivamente e me apressei logo a me ajeitar na cama. – Alice, tem uma coisa que eu queria te dizer desde que você acordou... – ele disse olhando para os pés.

- O que Justin? – perguntei confusa, gesticulando com a mão para que ele se sentasse ao meu lado. Ele se aproximou, eu fui para o canto e ele se sentou.

- Vou ser direto, sem rodeios. – ele respirou fundo, como se tivesse ensaiado as próximas palavras umas duzentas vezes. – Eu te amo. – ele disse e olhou para suas mãos.

- Eu também te amo Justin. – admiti depois de um tempo em silêncio. Parecia que não eram de minha boca que saiam aquelas palavras, mas não tinha ninguém além de nós naquele quarto. Como assim? Eu disse que o amava? E por incrível e estranho que pareça, eu parecia aliviada, e feliz por finalmente dizer aquilo. Corei e ele riu. Justin passou sua mão pela minha bochecha, tirou uma mecha de meu cabelo que caia nos olhos e colocou-a atrás da orelha. Desceu sua mão até minha nuca e ficou fazendo carinho ali. Seu toque me trazia sensações boas e desconhecidas, ele era quente e deixava meu corpo em chamas. Um frio na barriga passou por mim quando senti sua respiração próxima á minha. Eu tinha que me lembrar como respirar, mas ali parecia que o hálito de Justin era só o que eu precisava. Ele era todo meu oxigênio. Nossas respirações se cruzavam, ele estava tão perto que já podia sentir o calor de seu corpo.

Nossos lábios se tocaram, e sua mão livre foi para minha cintura. Ele passou a língua pelos meus lábios pedindo passagem para um beijo mais intenso e eu cedi. Era um beijo calmo e delicado, ele explorava cada canto de minha boca com sua língua e a minha se mexia timidamente dentro de sua boca. Peguei em sua nuca para aprofundar o beijo, tornando-o mais quente e feroz. Minhas mãos passavam descontroladamente por todo o cabelo de Justin, aqueles cabelos macios e sedosos. Suas mãos passeavam por meu corpo e me causavam arrepios a cada toque. O beijo era pura luxúria, desejo e paixão.

Eu o desejava mais do que qualquer coisa, cada parte de meu corpo respondia de uma forma diferente e boa ao toque dele, meus músculos tinham vontade própria, respondiam aos gestos de Justin sem meu consentimento. Mas eu não estava nem ai, eu estava gostando. Separamos nossos lábios em busca de ar, mas Justin não me soltou, desceu os beijos para meu pescoço, dando leves chupões e mordidas ás vezes. Puxei-o pelo cabelo para mais um beijo. Eu não me cansava daqueles lábios. Queria sentir o gosto dele mais uma vez. Ele mordeu meu lábio inferior e eu sorri. Como um garoto podia ter tal efeito sobre mim? Suas mãos foram para a barra de minha camisola azul erguendo-a lentamente. Separamos nossos lábios apenas para que a roupa saísse totalmente de meu corpo, me deixando apenas de roupas intimas. Não esperei muito e tirei a blusa branca de Justin, tendo a visão privilegiada de seus músculos. Não eram grandes e nem muito definidos, mas estavam presentes. Afinal, quem disse que ligo para esses homens bombados? Para mim ele estava perfeito... Ele tomou meus lábios com mais velocidade, o beijo era intenso, já estava deitada na cama com Justin em cima de mim e minhas mãos eram despudoradas, percorriam suas costas sem medo algum. Justin mordiscou o lóbulo de minha orelha eu cravei minhas unhas em sua pele desnuda enquanto ele sussurrava que me amava ao pé de meu ouvido. Ele desceu os beijos de meu pescoço para meus seios ainda cobertos pelo sutiã. Ele olhou em meus olhos e sorriu malicioso, não resisti e puxei-o para mais um beijo rápido, enquanto trocávamos de posição. Mesmo com a calça já dava para perceber o volume entre suas pernas. Isso era bom. Desci minhas mãos sem pudor algum para o botão de sua calça e enquanto tomava os lábios de Justin, tentava tirar sua calça. Ele arqueou o corpo um pouco para que a calça escorregasse por suas pernas. Agora só o que nos separava eram aqueles pequenos pedaços de pano. Justin estava com uma boxer preta, e o volume dentro dela era simplesmente enorme. Subi para seus lábios arranhando todo seu tórax. Mordi o lóbulo de sua orelha e sussurrei seu nome. Fiz minha melhor cara de safada, a que nem eu sabia que tinha, mas não me importei. Sentei em cima do membro e comecei a rebolar. Queria provocá-lo, queria que ele soubesse quem estava no controle desta vez. Minha calcinha já estava totalmente molhada, parecia que provocar ele era mais tortura para mim do que para ele. Empinei minha bunda e fui escorregando pelo seu tronco até seus lábios me tomarem novamente. Justin trocou nossa posição, agora ficando por cima. Ele tirou meu sutiã deixando meus seios livres e começou a brincar com eles. Aquilo era muito bom. Não conseguia parar de gemer. Justin abocanhou meu seio direito enquanto sua mão massageava o esquerdo. Eu já não agüentava de tanto que me contorcia naquela cama.

- Vai Justin... Me come logo, me faça sua... – disse entre os gemidos.

Justin desceu seus lábios até meu umbigo traçando uma linha de beijos. Quando chegou na minha calcinha deu um beijo em cima dela e me olhou. Eu não consegui dizer nada, apenas mordi mais forte meu lábio inferior, á ponto de conseguir tirar sangue. Só assim para não gritar. Justin tirou minha calcinha e me penetrou com dois dedos de uma vez, estimulando meu clitóris. Aquilo era muito bom, mas eu o queria dentro de mim logo. Não estava agüentando aquela tortura, eu me contorcia e escapavam gemidos de meus lábios vulgarmente. Justin tirou seus dedos de lá e veio me beijar. Ele já brincou demais comigo, agora é minha vez. Subi em cima dele, invertendo nossas posições e beijei todo seu tórax, cheguei até sua boxer e dei um sorriso malicioso. O membro dele pulsava dentro da cueca, de tão duro. Ainda dentro da cueca apertei seu membro com força e Justin soltou um gemido rouco, aquilo era música para meus ouvidos. Apressei-me em tirar logo aquele pedaço de pano, já que era só aquilo que nos separava no momento. Quando retirei, fiquei um tempo apreciando aquela obra de arte. Seu pênis parecia suculento, e não demorei em ir experimentá-lo. Beijei a cabecinha e vi Justin estremecer em baixo de mim. Lentamente coloquei-o na boca. Minha língua desenhava pequenos círculos na extremidade de seu membro, mas aquilo parecia ser a pior tortura para Bieber, ele não parava de gemer. Lentamente coloquei todo o pau dele dentro de minha boca e fiz lentos movimentos. Justin levou suas mãos até meus cabelos prendendo-os num tipo de rabo de cavalo com as mãos e me ajudou a intensificar os movimentos. Senti que ele estava prestes a gozar, então levantei-me e beijei aqueles lábios rosados novamente. Justin apertou minha bunda e em resposta mordi seu lábio inferior. Sorrimos e depois ele voltou a me dominar. Desta vez ele não foi tão meigo, mordiscava meus peitos sem dó e me apertava sem piedade. Mas eu estava adorando aquele lado selvagem do meu Bieber.

- Alice, Alice. – alguém me sacudia.

- Hm Justin?! – resmunguei num gemido.

- Acorda Alice! – mãos quentes ainda me sacudiam. Abri meus olhos lentamente e encontrei olhos mel me fitando.

Oh não. Era um sonho. EU TIVE UM SONHO ERÓTICO COM JUSTIN BIEBER!

Ah, claro, como eu não percebi isso antes?! Já era loucura eu sentir algo por ele, mas ele sentir por mim? Só em sonho mesmo. Espera, eu disse que sinto algo por ele? NÃO! Eu não sinto nada. Merda!

Justin me olhava confuso, também não era para menos. Eu havia levantando num pulo só. Alice, como você é burra garota! Tentava andar em direção ao banheiro, mas esqueci a merda da muleta, como eu iria chegar? Podia ir me escorando nas coisas, mas e para chegar até elas? Justin me olhou apreensivo e veio até mim.

- ME DEIXA GAROTO! – gritei quando ele tentou segurar meu braço, mas quando ele ameaçou soltar eu fiquei bamba e quase cai. Ele soltou um risinho irônico e eu o olhei brava.

- Deixa eu só te levar até lá, depois eu deixo suas muletas na porta e encho mais o seu saco, pode ser? – ele perguntou desfazendo a cara de deboche. Assenti com a cabeça e revirei os olhos.

Que ótimo, agora ele vai ficar fazendo piadinhas. E se ele escutou algo então... NÃO ALICE, ELE NÃO ESCUTOU NADA, ESTAVA TUDO NA SUA CABEÇA SUA ANTA! Justin me deixou na porta do banheiro e se virou, quando estava fechando a porta ele se virou para mim novamente.

- Desculpa por qualquer coisa que eu tenha feito. – ele disse cabisbaixo e saiu dali.

Ótimo, agora eu estava me sentindo culpada. Merda! Mas quem mandou ele me acordar bem quando eu estava... Afe que merda! Quem mandou ser gato, gostoso, fofo, e... AH PARO ALICE! Tomei um banho bem quente tentando esquecer tudo aquilo, mas as imagens do meu sonho não me saiam da cabeça, e o modo como o Justin ficou depois que o tratei mal novamente, ele parecia se sentir culpado, mas porque se quem errou fui eu? AH, vai à merda todo mundo! Quando estava me secando, depois de uns bons 20 minutos de baixo da água, lembrei-me que não tinha trago minha roupa para o banheiro, ou seja, ia ter que sair de toalha para pegar uma ou chamar Justin para me trazer uma. Nas duas ele me veria só de toalha e não tava muito afim disso. Bom, ia ser pior eu ter que sair lá, então resolvi apelar para a segunda opção. Era bom que ele estivesse ali e não me viesse com piadinhas maliciosas depois. 

- JUSTIIIIIIN! – gritei do box do banheiro. Ele bateu de leve na porta.

- Está tudo bem, Alice? – ele parecia preocupado. Me segurei para não soltar uma gargalhada.

- NÃO! – continuei gritando fingindo um tom sério, mesmo sabendo que ele estava atrás da porta, muito provavelmente escorado na mesma. – O maníaco do banheiro está aqui tentando me estuprar. – disse sarcástica e depois rindo.

- Não brinca garota, você podia ter se machucado ou algo do tipo. – ele me repreendeu. – O que você quer? – perguntou agora nervoso.

- Eu esqueci minha roupa ai fora, e ao menos que você queira ver uma garota de muleta pelada, você terá que trazê-las para mim. – disse tentando fazer piado do assunto, mas no mesmo instante me repreendi, e se ele quisesse ver uma garota de muleta nua? OMG! É claro que não né Alice, se toca! Alem de ter namorada, a Selena-Rídicula-Gomez, ele não vai nem reparar em você, ridícula, e cheia de hematomas.

- Idéia tentadora, mas não quero que você fique doente por sair do banho quente e vir aqui nesse quarto gelado. – O QUE? Ele estava PREOCUPADO comigo? Ah, me poupe, ou ele é viado ou eu sou muito ridícula. Mesmo antes temendo que ele desse uma de safado, agora estou com raiva por ele não ter sido. – To. – ele disse batendo na porta me tirando de meus devaneios. Abri a porta e vi que ele estava de costas para mim apenas com o braço esticado. Aquilo me deixou com mais raiva ainda. Tirei as roupas de suas mãos e escancarei a porta.

- Que foi moleque, ta com medo de me olhar? Fica sossegado, eu não sou nenhuma maníaca que vai te agarrar no banheiro não, até porque acho que não estou em condições. – disse olhando para mim. Ele nem se quer se mexeu. O fuzilei e virei ele para mim, para que ele pudesse me encarar. – EU. ESTOU. DE. TOALHA. Está vendo? – perguntei pausadamente. Ele me encarou como se eu fosse louca, e de fato, era o que eu estava parecendo. O que está dando em mim? PUTA MERDA! De repente me arrependi de tê-lo feito, ele agora me olhava descaradamente, corei no mesmo instante em que percebi o quão fútil eu estava sendo. Ele querendo ser ‘certo’ e não me desrespeitar e eu aqui praticamente pendurando uma placa de: “ME FODA JUSTIN BIEBER!”. Como sou idiota. Ele se aproximou lentamente de mim, suspirou fundo e depois se afastou novamente.

- Eu sei. – ele disse e depois saiu do banheiro me deixando com a maior cara de WTF?

O que eu fiz agora? Merda, merda, merda!

- Justin Bieber, o que você está fazendo comigo? – perguntei olhando meu reflexo no espelho e me odiando por tudo que falei e pensei desde que acordei.

ALICE, VOCÊ NÃO ESTÁ GOSTANDO DELE! – lembrei-me em pensamentos, só que mais me pareceu um alerta.