- Mas para onde você vai agora? – Henri perguntou preocupado.

- Para onde eu já deveria estar. – disse séria. – Brasil. 

- Alice... - Henri disse, mas eu sabia que ele ia começar com aquele papo de que eu não posso ir embora, só porque estou com problemas, que eu tenho de parar de fugir e enfrentar tudo de frente... Estava cansada, e já sabia que a unica pessoa que eu tinha aqui nessa merda de pais era Henri, e agora ele estaria muito ocupado com outras coisas.

- Não Henri, é melhor assim. Alias estou com saudades de minhas amigas. - disse lembrando-me de Allyson, Gabriele, Maria e a Mellanie. Sintia falta delas, falta de minha cidade natal, de meu pais...

- Não sei não Lice. - Henri disse pensativo

- Cara, eu vou e não quero sua opinião. Agora da para você ir atrás da Emmily e me deixar em paz? - perguntei fingindo irritação, ele se assustou e eu ri internamente.

- Tudo bem, mas durma aqui, amanhã você pensa melhor e nós conversamos. - ele disse pegando as chaves do carro e indo até a porta. Ele parou e esperou minha resposta.

- Ok. - disse sorrindo.

- Eu te amo Alice! - ele gritou da porta e me mandou um beijo.

- Eu também bobão! - respondi dando-lhe a lingua. Rimos e ele saiu.

Agora só restava a mim naquele imenso apartamento. Compraria agora as passagens para amanhã mesmo e pela internet para ser mais ágil. Pensei em pegar Anna agora, mas achei melhor deixá-la lá, afinal pretendia sair depois do almoço apenas, para dar tempo de nos despedirmos de Henri, afinal, duvido que ele dormiria aqui hoje.

Subi para o meu quarto e liguei o netbook que estava no meu criado mudo e o liguei. Aquela merda demora um ano para ligar, mas que porra! Já estava batucando os dedos no teclado, e nada de aquilo ligar. Quando apereceu o Bem Vindo eu dei graças á Deus. Minha sorte, é que a internet não era tão lenta... Não me demorei e logo abri o site da TAM. Preenchi tudo conforme mandava. Local de partida, Aeroporto internacional de Hartsfield Jackson (ATL), local de chegada, aeroporto de São Paulo - Guarulhos Int'l (GRU), pessoas, um adulto e uma criança de 2 á 11 anos, primeira classe. Pronto. O vôo sairia ás 14h de amanhã. Sorri satisfeita. E ri comigo mesma quando o site perguntou se a viagem teria volta. Não, nunca mais voltaria para cá. Nunca mais! Desliguei aquela merda de computador e me deitei. Dormi em segundos. É, o dia foi longo hoje, e mais uma vez eu acabo sozinha. Que ótimo não?! Tá, eu sei que não, mas vou fazer o que? Eu não impediria o Henri de ser feliz com quem ele realmente ama, afinal, ainda somos amigos, na verdade de um tempo para cá tenho pensado que ele sim foi um amigo, e o único. Não sei se ainda posso considerar Jullie uma, afinal, realmente não sei se ela me considera uma. Vive longe, não me atende, e nem me liga. Tudo o que sei sobre ela é porque terceiros vieram me dizer, então se algum dia, alguém me perguntar, 'Ah, mas você não tinha amigos em Atlanta?” eu vou simplesmente responder, sim, mas ainda somos amigos. Meu ÚNICO amigo. E eu tenho certeza de que quando eu voltar ele ainda vai estar lá, me esperando de braços abertos...

You've got a million ways to make me laugh

You're lookin' out for me; you've got my back

It's so good to have you around

You know the secrets I could never tell

And when I'm quiet you break through my shell

Don't feel the need to do a rebel yell

Cause you keep my feet on the ground

You're a true friend

You're here till the end

You pull me aside

When something ain't right

Talk to me now and into the night

'Til it's alright again

You're a true friend

You don't get angry when I change the plans

Somehow you're never out of second chances

Won't say "I told you" when I'm wrong again

I'm so lucky that I've found

A true friend

You're here till the end

You pull me aside

When something ain't right

Talk to me now and into the night

'Til it's alright again

true friends will go to the ends of the earth

Till they find the things you need

Friends hang on through the ups and the downs

Cause they've got someone to believe in

 True friend - Miley Cyrus

Acordei com meu celular apitando e vi que era uma mensagem de Henri.

"oi dorminhoca, como não respondeu minha mensagem ontem, supus que já estava dormindo. Bom, estou com a Emmily. Nós nos acertamos e estamos juntos novamente. Bom, espero que me espere antes de viajar, pois tenho certeza que não vou conseguir te fazer mudar de ideia... Me liga!

Beijos Henri."

Ri com a mensagem. De fato ele não me conhecia. Fiquei curiosa e fui ver a mensagem que ele tinha me mandado ontem.

"Acho que a Em me perdoou, vou sair com ela e não volto para casa. Qualquer coisa me liga.

Te amo e obrigada por tudo! Beijos, Henri"

Fofo como sempre. Pelo menos ele está feliz. Só acho que aquele meu teatrinho na noite passada não deve ter sido necessário então. Af foi ridículo! Sério, não sei como ele não riu da minha cara. Eu sei, estranho, eu estou rindo ao invés de chorar, mas é que não sei o que me deu hoje. Talvez porque eu vá sair deste inferno, sei lá, só sei que estou de bom humor.

Levantei-me rapidamente e fui me trocar. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=40719263&.locale=pt-br. Assim que terminei de me maquiar liguei para Henri.

- Fala ai! – disse enquanto colocava algumas coisas na bolsa.

- Oi Lice, que horas é o voo? – Henri perguntou e pude ouvir muitas vocês ao fundo.

- 14h. Onde você esta? – perguntei curiosa, afinal, já deve ter saído do motel. Segurei um riso quando esse pensamento me veio á cabeça.

- Vim tomar café aqui na Starbucks.

- Tudo bem. Vou arrumar minhas coisas e depois vou pegar a Anna na vizinha. Na moral, que horas são? – perguntei procurando algo na bolsa.

- 9h, acho melhor você ir pegar Anna primeiro. – ele sugeriu.

- Beleza. Bom café da manhã Henri. Vê se não se atrasa, quero me despedir de você.

- Tudo bem. Beijos. – Ele disse e eu desliguei o telefone.

Bom, vamos lá, agora tenho que enfrentar a ferinha. Desci as escadas de dois em dois degraus e fui até o apartamento da Sra. Marques.

- Olá Alice! – a Senhora disse abrindo a porta sorridente.

- Oi! Anna já acordou? – perguntei sorrindo.

- Sim, espere só um minutinho. Quer entrar? – ele perguntou e eu apenas assenti tímida. Ela me abriu mais a porta e entramos.

Anna estava sentada no chão vendo TV, rodeada de biscoitos e brinquedos. Sorriu quando me viu e eu retribui. A Sra. Marques foi para a cozinha e eu a segui. A cozinha era aconchegante, pequenina, mas bem organizada e moderna. Tinha uma mesinha bem no meio com apenas dois assentos e muitos bolos e pães na mesa. O cheiro estava bom...

- Aqui é tão bonito e cheiroso. – exclamei assim que a senhora tirou mais alguns pães do forno.

- Sim, eu gosto assim. – ela disse olhando em volta. – Quer um? – disse me estendendo a bandeja.

- Claro, está com um cheiro ótimo! – peguei um pão e sentei-me na pequena mesinha.

[...]

- Vamos Anna, temos muito o que fazer hoje. – disse saindo da cozinha.

- Vamos! – Anna disse pulando em meus braços.

- Muito obrigada Sra. Marques. Adorei saber sobre seus filhos e seus netos, suas histórias são realmente emocionantes. Espero um dia poder ter tantas experiências para contar isso á próxima geração. – disse sorrindo e beijando o rosto da velha senhora.

- Claro minha querida. Só te digo uma coisa, siga seu coração. – ela disse sorrindo. – Espero vê-la em breve.

- Claro! Viemos fazer uma visita! – Sim, contei á ela sobre a viagem. Ela disse que sentiria falta de Anna e de mim, mas que estaria torcendo por nós.

- Tchau Vovó. – Anna disse e abraçou a senhora que soltou uma risada fraca. Anna estava intima o suficiente para poder chamar a Sra. Marques de vovó, e a mesma já disse que adora ser chamada assim. Que bom então... Subimos as escadas e fomos ate nosso apartamento.

- Anna, vamos fazer as malas. Iremos para o Brasil! – disse assim que a coloquei em cima da cama.

- Eba! – ela disse pulando na cama e eu a olhei com uma cara de “WTF?”. Ela nunca quis voltar, e agora estava animada? Que bicho mordeu essa garota?

- Tudo bem, então vamos. Temos que chegar ao aeroporto 12h e já são 10h. Vamos levar tudo ok? – perguntei assim que ela saiu correndo em direção ao armário.

- Vamos dar tchau para o tio Henri? – ela perguntou parando de súbito.

- Sim. Ele já deve estar chegando...

- Tudo bem...

POV JUSTIN ON

Estava com uma puta dor de cabeça, também, ontem dei para sair escondido de minha mãe e ir curtir com os meninos... Eu sei, nunca fui assim, mas com todo esse lance da Jullie, da Alice, do bebê e ainda tem a imprensa, eu estou meio sobrecarregado e ainda com falta de sexo. E então quando já estava deitado os meninos me chamaram para uma noitada.

Flashback ON

- Fala ai dude! –disse assim que atendi.

- Bora sair? – Ryan perguntou animado.

- Vai ter mulher? – perguntei sério. Estava realmente precisando disso.

- Vai! – Chaz gritou eufórico ao fundo.

- Bebida? – Uma coisa completava a outra, e bebida era essencial no momento.

- Claro né? – Ryan tornou a falar.

- Beleza. Estou dentro! 22h vocês passam aqui, não estou a fim de dirigir hoje. – disse e eles começaram a gritar feito maritacas.

- Ok. 22h – Chris disse e desliguei.

Fui me arrumar rapidamente. Coloquei uma calça preta e uma blusa branca com minha jaqueta também preta por cima. Não estava a fim de me produzir muito, coloquei meus supras e peguei meu celular. Já eram quase 22h, então resolvi ir descendo. Vocês acham que eu vou descer pela frente? Ah claro, só se quiserem me ver morto! A dona Pattie não pode me ver saindo não, por isso mesmo vou pela janela. Se eu morrer, vocês culpam o Ryan! Nós íamos á uma boate aqui perto, mulheres, bebidas e sossego. Na verdade, eu só iria sem o Kenny se eu ficasse na área VIP, longe de todo e qualquer tumulto... Isso que dá ser top. Os caras chegaram cantando pneu, bando de viados, se minha mãe me pega fodeu. Eles já estavam bebendo, e escutavam uma música qualquer. Quando chegamos, fomos direto á área VIP e depois que passei pelo segurança não vi mais ninguém. Fui direto para o bar. Eu queria ficar bêbado. Vou beber até cair no chão. Brincadeira. Mas vou beber o suficiente para esquecer todos os problemas. Já fui pedindo algumas vodcas. Aquilo descia queimando minha garganta, mas eu não estava nem ai! Ao longe vi uma morena dançando. Ela descia até o chão e subia. Ela era sensual. Tinha puta dum corpão e dançava como se a noite fosse acabar. Estava babando naquela bunda quando ele parou de dançar e veio em direção ao bar. Ela se apoiou no balcão e isso fez com que minha atenção passasse aos seus seios que eram enormes por sinal. Ela reparou que eu a olhava e riu baixo.

- Oi! – ela sorriu passando os dedos pela borda de seu copo e levando-o á boca.

- Oi. – disse encarando-a.

- Quer conversar num lugar mais reservado? – ela perguntou passando sua mão por meu tronco até chegar ao inicio de minhas calças. Ela me olhou maliciosa e eu olhei para suas mãos. Isso não era certo, mas ah, eu quero é mais me divertir. Minha vida já esta fodida mesmo...

- Claro gata! – com essas palavras ela me puxou pela mão e saiu rebolando. Entramos numa sala escura, ela trancou a porta e eu nem esperei ela dizer nada, já fui direto beijando-a e tirando sua roupa. Ela estava com um vestido tomara que caia e estava sem sutiã, então assim que eu tirei seu vestido, pude ver aqueles melões enormes. Ri malicioso e ela veio até mim, me empurrando num sofá que estava ali perto. Ela tirou minhas calças junto á boxer e começou a me masturbar. Aquilo era bom, como era bom... Meu pau estava duro desde que eu a vi. É caras, ficar sem sexo por muito tempo da nisso. Qualquer coisa e você já fica á ponto de bala. Ela fazia movimentos de vai e vem com a mão enquanto eu a beijava. Aquilo era muito bom, como eu sentia falta disso! Estava virado já, com apenas isso, mas meus pensamentos foram longe... Alice! Como queria que fosse ela aqui. Não exatamente aqui, mas comigo... MERDA! Olha o que eu estou fazendo. Estou pensando em uma garota enquanto faço sexo com outra. Estou ficando louco! A mulher caiu de boca no meu pau e começou a brincar com ele. Ela mordia, e chupava toda a extensão de meu membro.

- Alice, eu vou... Gozar! – disse entre gemidos roucos. Mas não me escutaram. Gozei feito bomba. Beberam todo meu liquido e a garota ainda subiu em cima de mim sorrindo e mordendo os lábios.

- Meu nome não é Alice baby! – ela sussurrou em meu ouvido e desceu com beijos para meu pescoço. Afastei-a rapidamente. Eu gemi o nome de Alice? Merda! O que eu estou fazendo?! – Tudo bem docinho, eu não me importo. – A mulher, que eu ainda não sei o nome, disse subindo até mim e se encaixando em meu membro. Quer saber, nem eu! Hoje eu quero me divertir, nada mais do que isso!

Flashback OF

Meu celular começou a tocar (leia-se berrar) e eu tateei toda a cama á procura dele. Não o achei e acabei desistindo de procurar quando ele parou de tocar. Merda, minha cabeça esta doendo pra caralho. Mas valeu á pena, pelo menos sai da seca. Meu celular começou a tocar novamente e finalmente eu o encontrei.

- Alô? – perguntei levando o telefone á orelha.

Ele tocou novamente. Porra, meu ouvido! Como eu sou burro! Nem atender ao telefone eu sei mais! Apertei o botão e esperei a pessoa falar alguma coisa.

- Bieber? – uma voz grossa perguntou do outro lado da linha. Puta que pariu! Homem me ligando á essa hora, eu não sei que horas são, mas porra, eu estava dormindo!

- Ele! – murmurei com preguiça. Sim, eu estava com preguiça de abrir a boca.

- Alice está voltando para o Brasil. Eu sei que você não vai com minha cara, mas achei que você deveria saber. – o cara disse apressado. Tipo assim, WHAT? Alice está voltando para o Brasil? De repente minha ressaca passou e eu só queria ir logo atrás dela.

- Mas, ela... – tentei questionar, mas o cara me impediu.

- Cala sua boca, já fiz muito em te avisar, agora vai logo antes que seja tarde demais!

- Tá! Valeu. – disse e desliguei. Já estava colocando uma roupa, para ser mais preciso, a roupa que estava no chão, estava com pressa o suficiente para não querer ir escolher uma roupa. Precisava ir atrás de Alice, e era isso que eu faria!