A Thousand Years escrita por Rocky


Capítulo 1
Eu não posso ser uma lobisomem


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Se quiserem ouvir a música, http://www.vagalume.com.br/christina-perri/a-thousand-years.html mas em qualquer site de músicas e no Youtube é possível encontrá-la. Comentem, pleasee =D



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A Thousand Years – Christina Perri

Heart beats fast
Colors and promises
How to be brave
How can I love when I'm afraid to fall
But watching you stand alone
All of my doubt suddenly goes away somehow

One step closer

I have died every day waiting for you
Darling don't be afraid
I have loved you for a thousand years
I'll love you for a thousand more

Time stands still
Beauty in all she is
I will be brave
I will not let anything take away
What's standing in front of me
Every breath
Every hour has come to this

One step closer

I have died every day waiting for you
Darling don't be afraid
I have loved you for a thousand years
I'll love you for a thousand more

And all along I believed I would find you
Time has brought your heart to me
I have loved you for a thousand years
I'll love you for a thousand more

One step closer
One step closer

I have died every day waiting for you
Darling don't be afraid I have loved you
For a thousand years
I'll love you for a thousand more

And all along I believed I would find you
Time has brought your heart to me
I have loved you for a thousand years
I'll love you for a thousand more



Mil anos – Christina Perri


O coração acelerado
Cores e promessas
Como ser corajoso
Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar
Mas ao ver você na solidão
Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira

Um passo mais perto

Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil

O tempo fica parado
Há beleza em tudo que ela é
Terei coragem
Não deixarei nada levar embora
O que está na minha frente
Cada suspiro
Cada momento trouxe a isso

Um passo mais perto


Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil

O tempo todo eu acreditei que te encontraria
O tempo trouxe o seu coração ao meu
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil

Um passo mais perto
Um passo mais perto

Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil

O tempo todo eu acreditei que te encontraria
O tempo trouxe o seu coração ao meu
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil.



Não posso ser um lobisomem

POV Megan Collins

- Megan, o que está fazendo? – perguntou o professor – Poderia repetir o que acabei de dizer?

- Hãã... – ‘Não, não poderia’, era o que eu queria responder. Não tinha prestado atenção em uma palavra do que ele tinha dito por meia hora. Completamente desligada do mundo a minha volta, era o que eu estava. Não queria arranjar encrenca, mas aquela dor estava me incomodando desde ontem. Então sem que eu pudesse responder o sinal tocou e todos começaram a guardar suas coisas. Isso que eu chamo de salva pelo gongo. Dei meu melhor sorriso de anjo e disse – Agora não, professor, até amanhã!

Saí da escola quileute com minha amiga Ann e fomos para casa. Aquela dor me incomodou mais do que nunca, estava começando a ficar insuportável.

- O que foi, Meg? Você está estranha hoje. Está doente? – ela colocou a mão na minha testa pra sentir alguma coisa, mas se afastou com um pulo – Caramba, Megan! Você está fervendo de febre!

- Eu não sei o que é isso, mas não acho que seja febre. Não vai dar para estudarmos juntas hoje, eu preciso ir para casa.

- Então tá, qualquer coisa me liga. Até depois.

- Até.

Vi Ann ir andando pela estradinha que levava à sua casa e logo que a perdi de vista fui para a floresta. Decididamente não estava me sentindo bem. Meu corpo inteiro doía, corri para casa o mais rápido que consegui e quando cheguei lá, bati na porta desesperada.

- Filha, o que foi? – disse meu pai assustado, após abrir a porta com pressa.

- Pai! – me joguei nos seus braços e afundei o rosto em sua camisa.

- O que aconteceu? Porque você está quente desse jeito? – falou ele me arrastando para dentro de casa e me sentando num sofá. – Megan, me diga exatamente o que aconteceu.

- Desde ontem à noite, começou a doer... – tentei encontrar as palavras exatas – Eu não sei bem o que é, precisamos ir ao hospital?

- Não, não podemos ir ao hospital. Não pode estar acontecendo! Onde dói?

- Em todos os lugares e em lugar nenhum.

- Eu não acredito, não pode ser, você é minha menininha! Preciso chamar o Jacob, ele deve saber o que fazer.

Fiquei calada sem entender nada enquanto meu pai ia em direção ao telefone. Como assim, eu ia deixar de ser a menininha dele, eu não ia morrer certo? E porque ele precisava ligar para Jacob, que eu saiba, ele não é médico. E que raio de dor era aquela que nem meu pai sabia o que era? Ouvi meu pai falando com Jacob ao telefone.

- Jacob! Precisa vir aqui rápido.

- O que foi, aconteceu alguma coisa?

- Sim, é Megan. Acho que está acontecendo com ela.

- Como assim, ela não tinha apenas 14 anos?

- Fez 15 há alguns meses. Ela disse que começou ontem à noite e está fervendo.

- Ok, já estou indo.

- Tá bom.

Isaac olhou para mim e pegou minha mão. Eu estava deitada no sofá de dois lugares, não tinha espaço para ele se sentar, mas não parecia incomodado de ficar em pé. Seus olhos mostravam que sua mente estava a quilômetros de distância. Após uns 5 minutos alguém bateu na porta e meu pai foi correndo atender. Um rapaz alto, lindo e musculoso entrou em casa e veio na minha direção. Jacob Black usava só uma bermuda jeans e estava sem sapatos. Ele veio até mim com Isaac em seu encalço.

- Desde quando começou? – perguntou ele, tocando meu rosto.

- Ontem à noite.

- Ok. Isaac, vou levá-la ao Sam, ele decide o que fazer.

- Tudo bem. Mande-me notícias o mais rápido possível. Por favor, Jake, não deixe que ela corra tanto perigo. É apenas uma criança!

- Ei, eu não sou uma criança! – protestei e Jacob sorriu.

- Sei. Até mais, Isaac. Você vem comigo, Megan.

Jacob me ajudou a levantar e fomos em direção à porta. Logo chegamos à floresta, eu caminhava com dificuldade. Estava distraída e só vi um tronco caído no chão quando já tinha tropeçado e quase caído de cara, mas Jake segurou meu braço antes da tragédia. Cara, como ele era forte e estava quente assim como eu.

- Precisa de ajuda? Você não parece estar muito bem, mas logo vai passar.

- Então não há muito a fazer no momento, não é?

- Sim. Deixe-me te ajudar. – e me colocou nos braços. Incrivelmente ele começou a andar bem mais depressa, e não mais devagar como seria esperado. Estava começando a me acostumar com essas coisas estranhas.

–Obrigada, Jacob. Pode me dizer o que está acontecendo?

- Bem, é uma história muito longa, mas acho que você merece saber, afinal parece que vai ser uma de nós. Conhece as histórias e lendas da tribo que nossos pais e avôs contam, certo?

- Claro, o que têm elas?

- Elas são reais. Sobre descendentes lobos e toda aquela história. Não espero que você aceite tudo agora, mas comece a pensar a cerca disso.

- Não, tudo bem. Isso explica muitas coisas, mas... Você é um lobisomem?

- Sim, e você também agora.

- Eu? Espera, eu não posso ser um lobisomem.

- Como?

- Sim, seria algo como lobisulher ou qualquer coisa do tipo, não? – falei e ele deu uma gargalhada.

- Na verdade, nunca pensei muito sobre isso. Acho que você e Leah são as primeiras mulheres na história, então... Voltando à história, tudo aquilo que seu pai te falou é verdade, apesar de que sobre os frios serem nossos inimigos mortais está meio ultrapassado. Hoje em dia os Cullen são nossos aliados.

- Quem são os Cullen?

- Logo você vai conhecê-los, eu espero. Primeiro precisamos ir à casa do Sam e da Emily. E torcer para eles estarem lá, claro.

- Tudo bem. Como você se transforma em um lobo?

- Ah, é muito fácil. Quer dizer, nos primeiros dias nem tanto, você se transforma com qualquer pequeno aborrecimento. Quer ver agora? Podemos ir mais rápido também.

- Seria ótimo.

Ele me colocou no chão e se afastou um pouco, o que era um pouco difícil considerando que a floresta tinha árvores muito juntas. Então o que eu não tinha esperado ver em toda a vida ocorreu debaixo dos meus olhos. Jacob Black se transformou em um lobo. Simples assim. Porque não foi difícil eu acreditar, eu não sei.

Ele foi até uma moita, se mexeu e rapidamente virou um enorme lobo castanho-avermelhado, que de quatro era do meu tamanho. Será que eu iria ser daquele tamanho também? Mas subitamente a dor voltou mais forte que nunca e eu cambaleei. Sim, não havia parado todo esse tempo apesar de eu tentar me distrair com outras coisas. Jacob levou um susto e correu para a moita, onde novamente voltou a ser humano e correu em direção a mim.

- Você está bem? – perguntou.

- Mais ou menos – menti. Não queria que ele achasse que eu era uma molenga que não aguenta uma dorzinha qualquer, afinal ele também já tinha passado por isso. Então um fato passou pela minha cabeça e me encheu de curiosidade. – Jacob, quantos lobos existem ao total?

- Ah, deixa eu ver... Com você, acho que são 11 (N/A: eu não vou escrever que eram 16 lobos ao total após o encontro com os Volturi, pois os nomes dos outros seis não são mencionados, ok?). Sam é o alfa, você deve obedecer a ele.

- Ok.

- E há certas curiosidades a nosso respeito, também. Como ler os pensamentos uns dos outros enquanto estamos na forma de lobo, se curar mais rápido que o normal, ser forte e ter sentidos mais aguçados que os humanos e o imprinting.

- O que é o imprinting?

- Algo mais forte que estar apaixonado, bem mais forte. Quando você encontra a pessoa, seu universo passa a ser ela, o que te prende ao chão não é mais a gravidade, é ela. Pensávamos ser um pouco raro, mas quase todos nós tivemos.

- Você já teve isso?

- Sim, e pode parecer estranho, é com uma Cullen.

- Com uma vampira?

- Renesmee não é exatamente uma vampira. E também não é exatamente uma humana. Acho que meio a meio pode ser o mais parecido com ela que posso te falar.

- Que ótimo, não basta ter apenas lobisomens e vampiros para eu conhecer, tem que haver um meio termo. Belo começo.

- Realmente é coisa demais para sua cabeça, mas logo você se acostuma – falou, rindo. – Pronto, é aqui a casa do Sam. Dá conta de andar agora?

- É claro.

Fomos até a porta de uma pequena casa na praia e Jake bateu. Logo uma mulher indígena com enormes cicatrizes pelo rosto até o braço atendeu. Ela seria realmente bonita se não fossem tantas marcas.

- Jake? O que está fazendo aqui? – perguntou ela. – Entrem.

- Oi Emily. Esta é Meg. O Sam está?

- Oi! – disse ela, me dando um abraço. – É a mais nova lobinha?

- É o que parece. – disse Jake.

- Seja bem vinda, então!

- Obrigada, eu acho. – agradeci.

- Haha, logo você se acostuma. Sam saiu agora a pouco, deve estar na praia.

- Obrigado, Emily. Até mais.

- Até mais, Jake. E mais uma vez, seja bem vinda Meg! – falou, sorrindo.

- Até mais – eu disse.

Jake e eu fomos para a praia e logo avistamos Sam. Não foi difícil, já que La Push estava completamente deserta.

- Ei, Sam! Vem logo aqui!

- O que foi, Jake? Quem é ela?

- Megan Collins, filha de Isaac.

- O que, não vai me dizer que...

- Sim.

- Você já disse tudo a ela?

- A maior parte.

- Ótimo. Vá com ela para algum lugar, a dor vai piorar muito daqui a pouco. É melhor algum lugar isolado onde ela possa gritar a vontade, senão vai assustar as pessoas. Eu vou chamar os outros. Sabe por onde anda Seth? Ele vai estar livre por agora e é o que tem menos obrigações a fazer. Preciso falar algo com você.

- Ok, mande Seth nos encontrar assim que puder. Estarei perto das montanhas, provavelmente em alguma caverna.

- Beleza, e boa sorte.

- Obrigado.

Jacob me puxou para a floresta de novo e íamos em direção a umas montanhas perto dali. Refleti sobre o que tinha ouvido. Como assim, a dor ia piorar mais? E quem era Seth? E o que era tão importante que precisava chamar todos os lobos? Então era isso, de um dia para outro a minha vida muda completamente e tudo que eu pensava serem lendas e histórias fazem parte de uma realidade em que eu também estava incluída, fora o fato que eu nunca mais ia ser normal. Nas histórias que meu pai me contou os lobisomens eram praticamente imortais e não seria fácil desistir disso e voltar a ser humana, sem falar que qualquer pessoa nunca mais seria a mesma depois de ouvir tudo isso. Jake me interrompeu de meus devaneios.

- Ah, tem uma coisa que eu me esqueci de te falar. Quando nos transformamos, nossas roupas explodem, então é melhor tirá-las antes e andar com uma dessas para as emergências – e mostrou uma fita amarrada no tornozelo.

- Nesse caso, é muito bom saber disso. – falei, sorrindo.

Subimos a montanha e entramos em uma pequena caverna em forma de L. Seria verdade o que Sam disse? A dor estava aumentando gradativamente todo esse tempo, então se aumentasse ainda mais, eu não seria capaz nem de pensar. Jake me levou para o canto da caverna e se sentou ali. O imitei e permanecemos assim por alguns minutos.

- Então, tem mais alguma coisa para me contar? – perguntei.

- Não que eu me lembre. Depois da transformação você vai ter uma tatuagem, o símbolo da alcateia.

- Que nem a sua?

- Exatamente. Vai ficar quente desse jeito também, e nunca mais vai sentir frio nem calor. E vai ficar bem mais forte.

- Sim. E o negócio de ser imortal?

- Não somos exatamente imortais. Apenas a mordida de um vampiro pode nos matar.

- Então nada de balas de prata e coisas desse tipo?

- Com certeza não. Enquanto não morrermos desse jeito, vamos ficar com essa mesma aparência o tempo que for necessário.

- E isso é bom?

- Depende do seu ponto de vista.

Sim, estava começando a me parecer uma coisa boa toda essa história. Começando e terminando porque assim que Jake acabou de falar uma dor excruciante começou a subir por todo o meu corpo me deixando sem ar e completamente apavorada. Caí no chão e me agarrei freneticamente. Não iria abrir a boca porque se o fizesse com certeza só sairiam gritos.

- Foi mais cedo do que eu esperava. Eu vou ali para a entrada, esse não deve ser um momento que você queira compartilhar. Qualquer coisa me chame.

Ele afagou minhas costas e foi para longe, onde eu não podia mais vê-lo. Não queria que Jacob fosse embora, mas ele tinha razão, esse não era um momento que eu queria que ele visse. Se meu corpo já estava quente antes, agora deveria estar fervendo. Encolhi-me como um gato no canto mais distante e esperei que a dor passasse. Foi completamente em vão.

Não havia sequer um lugar que eu tivesse conhecimento que não estivesse em chamas. Todas as dores que já havia sentido eram carinhos comparadas a isso. Então não consegui me controlar, soltei o grito mais agoniante que já havia dado em minha vida.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? *-*