Crônicas De Ferro 1 - A Conspiração escrita por Ryduzaki


Capítulo 5
Capítulo 5 - Visão




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Com certeza a Lari sabia de algum lugar para pesquisar coisas antigas, ela vai tem que ser a luz no fim do túnel.

Arrumei tudo, peguei a mochila de roupas e coloquei no compartimento de carga da moto, junto com o DK-Mark em modo compacto.

Disparei para a casa dela, era cedo ainda, cerca de sete horas. As ruas da cidade começavam a se encher. Cheguei na casa dela, estacionei a moto na rua e fui escalar sua janela. Ela estava no seu banho matinal. Mas mesmo assim entrei no seu quarto e fiquei sentado na cama dela esperando.

Ela saiu do banheiro...como posso dizer? Como veio ao mundo? Ela saiu de lá pelada, completamente.

-Minha nossa que susto! – disse ela.

-Então você costuma sair do banheiro pelada...

-Dessa vez eu esqueci de pegar minha blusa.

(eu tentava olhar nos seus olhos, mas tava difícil!)

Peguei uma blusa da gaveta dela e joguei para ela. Ela voltou para o banheiro. Depois de uns 5 minutos saiu de lá vestida.

-E agora, qual é o problema?

-Preciso de uma biblioteca antiga para decifrar os códigos no anel.

-Uma biblioteca antiga? – ela começou a andar pelo quarto – Já sei, tem a biblioteca de Calnat, capital do conhecimento.

-Beleza, vou pra lá agora mesmo...

-Acha que vai sozinho?

-Acho, a não ser que uma menina bonita queira ir comigo...

-Eu realmente não sei porque gosto de você , se é por causa de você ou dos elogios.

-Além da beleza?

-Pare de ser convencido e vamos logo.

Saímos pela porta da frente da casa dela, ela só deixou um bilhetinho para o pai.

Subimos na moto e começamos nossa viagem até Calnat, onde o anel vai de revelar direito.

A viagem até lá era muito longa, umas 20 horas no mínimo.

Já era noite quando chegamos a um motel para dormir e continuar viajando pela manhã.

Que secretária mais chata, hein? Ficou fazendo um monte de perguntas enquanto nos registrava e ainda chamou a Lari de puta? Vê se pode? Tive muita sorte de que a secretária era um robô, ai pude socá-la.

Chegamos no quarto e nos instalamos, já eram 11 da noite. Eu só tirei a camiseta e deitei, olhando para cima, pensando no anel, na morte de meu pai, em tudo. Nada disso fazia sentido pra mim, parecia não haver ligação entre as coisas. Mas quando eu decifrar o anel, acho que boa parte do mistério estará resolvida.

Lari veio e se deitou, e apagou a luz.

-Que tal uma diversão noturna? – ela perguntou.

-Talvez não hoje... – respondi.

-A morte do seu pai ainda te atormenta? – perguntou ela, já entendo os motivos porque não queria dormir com ela.

-Muito, as coisas não fazem sentido, nada se encaixa, tudo está sumindo. Acredito que meu passado não seja o que eu pensei.

-Mas não se preocupe, amanhã chegaremos em Calnat, aí tudo se resolverá.

-Espero que sim...

-Agora, Rafinha lindo, bonito e gostoso, eu ainda quero uma diversão noturna.

-Realmente, você não desiste, né?

-Não...com você não vale a pena desistir.

-Muito bem, se você quer...

Acordei de manhã cansado, afinal com uma noite dessas, não tem quem aguente.

Nos levantamos lá pelas nove e meia, e continuamos viagem.

Chegamos em Calnat as 15:30, e pedimos muita informação até encontrar a biblioteca.

Chegamos em uma imensa mansão, uma imensa mansão mesmo, era gigantesca. Peguei o DK e entramos na biblioteca. Conectamos ele em um lugar lá, especialmente preparado para robôs. Ele pegou o anel e continuou examinando-o com aquele raio do olho dele. Eu e Lari ficamos ali, esperando ele terminar. Estava ficando muito tedioso, quando ela sugeriu a gente ficar namorando, e foi isso que fizemos, ficamos ali nos beijando no meio da biblioteca. Que bom que ninguém nos incomodou, afinal, ficamos namorando até o DK terminar.

-Olhe, o DK acabou. – disse eu.

-Ah! Estava tão bom o beijo...

-Depois... agora me ajuda com isso.

E ficamos lendo todos os resultados, até descobrirmos que eram inscrições primordiais no anel, o primeiro tipo de alfabeto criado no universo. A tradução era ‘’coloque o anel’’, porque eu não pensei nisso antes? Que raiva! Pus a porcaria do anel no meu dedo.

Imediatamente tudo escureceu e depois eu estava em outro lugar. Um lugar dividido, de um lado havia grama e do outro havia pilhas de ferro velho. Acima de mim dois seres brigavam brutalmente. Um deles era um homem, usava uma armadura de bronze e tinha asas também de ferro. Ele usava uma foice para brigar. Já o outro ser era uma mulher, usava um vestido branco, tinha cabelos brancos e lutava com um chicote. Eles brigavam sem parar, até que a mulher deu um golpe fatal no homem. Ele foi ao chão e explodiu em uma onda de energia apocalíptica, restando somente um cubo onde ele estava. A mulher pegou o cubo e jogou longe, e começou a retirar o ferro velho para dar espaço a grama.

Minha visão mudou, voltei a biblioteca.

-Nossa, Rafa, o que houve com você?

-Uma visão... morte, guerra...

Só lembro disso, antes de desmaiar.


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