A Cura Do Meu Coração escrita por Rafa SF


Capítulo 19
Capitulo 19




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—-/-/Rin/-/-

O céu alaranjado queimava as paredes claras do lugar e através da grande janela eu acompanhava o entardecer. Tal como era a hora, observei os servos acenderem as luminárias externas através da grande janela da minha sala de estudos, enquanto anotava as palavras de meu tutor automaticamente, sem aperceber-me do significado daquelas frases provavelmente pertinentes à minha formação. 

Os lábios do Takahashi-sensei se moviam freneticamente enquanto em várias tarefas eram repassadas em minha mente inquieta, aprovar a escolha do cardápio da semana, ler os relatórios da governanta e conferir se os estoques batem com o orçamento novo, responder às cartas das senhoras feudais que visitei, fazer-se presente na partida de nossos convidados no dia seguinte... 

O dia parecia pequeno para tantos afazeres, no entanto, eu já estava acostumada com tal rotina e não ousava reclamar, pois, tinha consciência de que muitos não aprovam a educação recebida por mim, uma mulher, humana, e ainda por cima receber a educação de jovem senhorita do Oeste quebrava vários dos preconceitos atuais. E ciente desse privilégio, eu costumo apreciar o trabalho de cada sensei e me esforçar para absorver tudo o necessário para me tornar uma senhora respeitável e digna de orgulho do meu benfeitor. 

Sem esforço, conseguia rememorar as emoções que tive quando soube que iria começar a ter aulas, do desejo de ser perfeita e ser causa de orgulho do senhor Sesshoumaru, mas hoje, me vi criar gosto pela educação e o desafio que ela proporciona e o fazia por mim. Também ajudou o fato de que nunca fui cobrada pelo meu guardião a para cumprir quaisquer expectativas, como sempre, ele prezava pelo meu bem à sua maneira. 

Meu Lorde.

Mentalmente suspirei ao lembrar do youkai afundando-se em afazeres sem considerar a própria situação. De repente, o falatório se cessa e agradeci mentalmente por não demorar a perceber e encarar o sensei, no aguardo. 

— Senhorita, nossa lição acaba aqui. Há alguma consideração que gostaria de fazer?_ o sensei informou, enquanto recolhia alguns pergaminhos sob a mesa de minha sala de estudos. Estava mais cedo do que o comum, porém, permaneci em silêncio, sem a intenção de sugerir prolongar nossa lição. 

Meneando levemente em negativa, numa permissão implícita e o acompanhei ao deixar a sala. 

.

Adentrei no cômodo claro, carregando um punhado de flores, tal como tenho feito diariamente. De modo mecânico, fui até o jarro posto no móvel próximo a cama e troquei as flores anteriores pelas novas. Nesse horário não havia ninguém para incomodar a mulher adormecida, nem servos organizando o local, pois estavam ocupados com o passar do turno e as preparações do jantar. Nem as sacerdotisas, já que as irmãs estavam organizando junto ao seu grupo a própria partida, após um longo período de apoio e por último, o senhor Sesshoumaru também não estava aqui, pois costuma vir mais tarde da noite, com certa discrição, apesar de não ser segredo para mim, já que o encontro todas as manhãs. 

Deitada, Kagome-chan estava impecavelmente vestida com um kimono leve, de cor azul cobalto, próxima a cor de seus olhos, ironicamente, fora posta num belo conjunto para ser admirada como se ela fosse um móvel do castelo. Pensei triste e suspirei. Sem que me desse conta, um ano havia se passado desde que minha amiga adormeceu e tanta coisa mudou nesse período tão curto de tempo.  

— Olá, Kah-chan, é bom te ver hoje. A aula passou tão rápido, nem tive tempo de prestar atenção, é tanta coisa… Se o Takahashi- sensei soubesse que não estava atenta, eu levaria reclamação, mas por sorte não fui pega, ele só nota a si mesmo de qualquer modo… Nessa semana, o Shippou-kun me ensinou a subir numa árvore, certamente fomos discretos, foi tudo escondido dos olhos de Jaken, haha só de imaginar a expressão que ele faria se me visse subindo nos galhos de cerejeira… Só não seria melhor do que a surpresa na expressão do Sesshoumaru-sama se me visse!

Continuei em meu monólogo, com a esperança de que poderia ouvir, em algum lugar, a minha voz para lhe fazer companhia nesse longo sono. Eu gostava de pensar que talvez ajudasse seu descanso saber de alguém conhecido por perto, e mesmo que não o fosse de grande ajuda, eu jamais a deixaria abandonada aqui. De certo modo, eu sinto que quando estava com ela, também se sentia mais calma para pensar, aqui ninguém me incomodava, devido ao acesso restrito após o pôr do sol. Bem, isso e a questão da barreira sagrada do cômodo, não eram muitos que conseguiam atravessá-la de qualquer modo.

Uma sombra de tristeza passou pelo rosto da jovem garota ao pensar nas mudanças desses últimos anos e a falta da amiga nesse período complicado. 

Há quase 2 anos uma Guerra teve início entre os territórios do Oeste e Norte e com ela vieram as incertezas, quem venceria e o que iria acontecer com nosso povo? O Senhor Sesshoumaru voltaria em segurança? Kah-chan estaria bem? A falta de uma despedida me trazia mais um lamento, pois na época de sua partida, eu estava numa visita para outra casa feudal do Oeste. Eu fiquei tão surpresa quando soube de sua partida e lamentei meus afazeres, porém era meu papel criar vínculos entre a nobreza e o senhor youkai nada sociável que era o Lorde dessas terras. Durante a guerra, também continuei -mais restritamente- a fazer tais reuniões com o objetivo de trazer confiança aos vassalos, pois essas visitas mostravam a força do Oeste e que não deveriam temer, mesmo em guerra. Ainda assim, o medo se tornou um sentimento palpável para mim, apesar das breves notícias de vitórias sucessivas do nosso lado, isso também significava que estavam cada vez mais próximos do castelo inimigo e assim, do demônio mais poderoso da região.  Tudo o que pude fazer foi rezar e apelar para a fé, porque eu temia o retorno dos homens, era medo de ver o exército Inu e não ter ali as pessoas por quem mais me importo. Por muitos meses, tudo girava em torno de incertezas, eu ansiava durante o dia por qualquer mensagem da situação de ambos, enquanto tentava administrar o território, por sorte tive bastante ajuda de Inu Hime-sama. E foi assim que passaram-se meses de guerra, até receber uma curta mensagem do Senhor Sesshoumaru, com boas notícias da conquista de um ponto importante, ele disse que estavam bem, no plural e pude ter um pouco de tranquilidade quando aconteceu. 

Por toda a minha nova vida, eu presenciei diversas aventuras ao lado do meu Lorde e por isso, sabia que poderia confiar na força do Senhor Sesshoumaru com todo o meu ser. Para mim e para muitos outros, ele era uma das criaturas mais poderosas que existiam e apesar de não saber dos detalhes, eu creio que ele nunca permitiria que Kagome-chan fosse ferida. Eu tinha tanta certeza nesse fato que quando o vi chegar ao castelo, as roupas brancas banhadas de rubro, gritei mentalmente, pois meu corpo estava paralisado, e vi na expressão do senhor Sesshoumaru o reflexo da minha reação. Eu deveria ser forte, pensei na hora, mas até hoje não tenho ideia de como reuni tamanha coragem, somente o fiz e tudo ocorreu tão rápido que os acontecimentos estavam borrados em minha memória. Agi como uma senhora deveria, dei ordens, guiei os servos e me preparei para o pior.  

E então esperei.

Nos primeiros momentos, não foi permitido que eu visse minha amiga e eu entendi, naquele momento, a gravidade da situação. Eu lembro de ter passado a noite em rogação, repetindo todos os mantras que conhecia pelo seu bem, e quando alcançava o fim de minha lista, recomeçava. 

No outro dia e no seguinte, eu via o Senhor Sesshoumaru preso em si mesmo e nada o fazia dizer o ocorrido. Os médicos trabalhavam dia e noite pela humana, mas tampouco sabiam de mais detalhes. Tentei continuar a administração, mas também não consegui lidar com os afazeres da forma devida. Meu pensamento retornando ao comportamento do Lorde, que simplesmente permaneceu estático, vigiando a humana com seus pensamentos perceptivelmente distantes enquanto o alvo de suas preocupações estava logo ali, deitada. Tal forma de demonstrar preocupação era praxe dele, estar presente e zelar, era o que fazia comigo, porém, ao invés de me sentir segura, por não ser o atual alvo de suas ações, só pude me assustar. 

Eu estava sozinha e com medo, no entanto, tentava manter o castelo em ordem e não sobrecarregar o Lorde, não quando ele mesmo estava tão abalado. Eu seria seu alicerce agora, como ele mesmo fez durante toda a minha vida e fiz tudo que pude para isso. Eu poderia não saber dos detalhes do ocorrido, mas não conseguia atribuir a culpa para o youkai, não quando eu presenciava sua angústia ao observar Kagome-chan, e todos os dias ele ia visitá-la, pela noite, mas nunca o via lá quando os servos começavam seus afazeres. Percebi também que ele não comparecia às refeições, então comecei a trazer o seu jantar e desjejum ao quarto de Kagome e o acompanhar na refeição, para ter certeza de que comeria. 

Foi um período difícil de lidar.  Foram dois e intermináveis meses de solidão, de certo o novo grupo no castelo ajudou a lidar com a carga que passávamos, mesmo o senhor Sesshoumaru nunca admitindo tal fato. 

Meus pensamentos embolaram-se e retorno minha atenção para a outra mulher no cômodo, a cor de sua pele ainda estava pálida, mas nesse período, a vividez retornou a si aos poucos, ela também emagreceu, o suficiente para tornar saliente alguns ossos de seu rosto e braço. Infelizmente, as sopas nutritivas e o repouso absoluto não eram o suficiente para manter seu corpo devidamente saudável. 

No entanto, houve um ocorrido positivo durante esse tempo: a cura "espontânea" de seus ferimentos e a progressiva melhora que apresentou após esse “milagre”. Foi uma surpresa para todos a recuperação de Kagome, um verdadeiro mistério nas artes da cura, um milagre sagrado, como chamaram a equipe médica. E eu agradeci por ele, até lembrar de já ter presenciado tal “milagre” antes, apesar de na época simplesmente ter escolhido não comentar nada, imaginando ser algum segredo sobre o sacerdócio.  Na verdade, não havia nada de milagre nessa história, como os médicos acreditavam e eram poucos que sabiam da verdade. Todos descobriram de uma vez, quando, num dia Inuyasha confrontou o senhor Sesshoumaru e me fez criar novas possibilidades para o ocorrido.

….

Era manhã e eu estava com shippou no jardim principal. O youkai raposa tentava me alegrar com um truque mágico, como ele chamou, foi bem divertido e por um tempo, o assunto era como ele conseguia esconder o brinquedo daquele jeito. Nesses momentos, eu podia me sentir uma criança normal quando estava com ele. Shippou era o mais próximo de um amigo que eu possuía, até mesmo quando estava no vilarejo, infelizmente, não era sempre que podíamos nos ver, pois ele sempre estava fora, viajando com Inuyasha como parte de seu treinamento youkai. 

Eu observava atentamente o youkai ruivo, agora um palmo mais alto do que eu. Havia um discreto inchaço em seus olhos, provavelmente por ter chorado na noite anterior. Eu sabia que ele me entendia, ou o contrário, pois no fim de tudo, a situação era ainda pior para ele. Kagome era a sua mãe, sempre os vi se tratarem dessa forma e ele me confessou ter sido adotado por ela desde que seus verdadeiros pais foram mortos. E então um dia, a sua mãe some do vilarejo, vai embora sem ao menos se despedir ou deixar qualquer mensagem e finalmente, após tanto tempo sem notícias, seu reencontro foi do jeito que foi. 

Ainda assim, eu o via tomar a postura positiva que por vezes eu falhava em ter, ele sim, nunca perdeu a esperança e agia confiante de que logo mais ela acordaria e contaria todas as aventuras que viveu nesse tempo longe. De certa forma, eu invejava essa determinação cega e buscava puxar um pouco dessa atitude para mim mesma. 

O clima estava ameno nessa manhã, e estava um clima agradável até ouvirmos alguns sons brutos. Shippou logo ficou agitado e me puxou para o outro canto do jardim, me pondo atrás dele, apesar de não conseguir esconder os “invasores”. 

Ver novamente aquela cor odiosamente rubra nas vestes do meu senhor fez uma sensação quente subir pela minha coluna. Tive a sensação de já ter vivido aquela situação e senti raiva dele por me fazer passar por isso novamente. A razão me fugiu e só senti que era segurada por shippou quando tentei dar mais um passo, pois, eu não notei quando corri para impedir que Inuyasha continuasse atacando meu benfeitor. 

— Sesshoumaru-sama! Solte-me Shippou! _  Gritei enquanto me debatia sob o aperto firme. Droga, eu sou tão fraca! Maldito corpo humano. 

— O que significa isso?_ A voz masculina do monge se fez presente e vi que a dupla parou o embate. Acompanhei o casal humano se aproximar dos dois youkais, se interpondo entre nós e eles. 

— Não preciso ser protegida do meu senhor! Ele que…

Interrompi a fala quando ouvi um sussurro:

— Rin-chan, ele não está ferido._ Shippou disse, e eu decidi procurar qualquer ferimento visível, sentindo meu corpo relaxar ao não ver nenhum, assim como o aperto ao meu redor se afrouxou quando me acalmei. Era somente a sua roupa que estava suja e rasgada. 

Voltei a atenção para a discussão dos adultos. O senhor Sesshoumaru estava impassível, enquanto ouvia seu meio-irmão acusá-lo, mas eu pude ver que ele não estava tão indiferente. Parecia incomodado, o olhar em sua face não parecia considerar o fato de ter sido atacado, não era um olhar de vingança para com um inimigo e fora a primeira vez que presenciei tal comportamento, era como um olhar resignado. E vê-lo aceitar tal atitude só me serviu para reacender o fogo que senti a pouco. 

— Está aí o dono do misterioso youki, Miroku.__ Inuyasha vociferou enquanto encarava o outro demônio.

— Quem você pensa que é para acusar o senhor dessas terras? _ Interrompo, chamando toda a atenção do grupo. Olhei para Shippou, tentando lhe transmitir segurança e o fiz me soltar. 

Andei calmamente até ficar de frente para os youkais.  

— Parece que não ouviu esta senhorita. Será que eu deveria chamar os guardas para lhe ajudar, Inuyasha-san?

—...

Percebi a sua indiferença e respirei fundo, torcendo em meu íntimo para recuperar a compostura frente ao carrancudo youkai cachorro, que não me deu a mínima atenção. Andei até estar à frente de Inuyasha e continuei:

—  Seria sensato nos fornecer uma explicação para tal atitude, Inuyasha-san.  

— Oras, o que uma criança tem haver.

Inuyasha resmungou voltando o seu olhar para a pequena mulher, que lhe encarava em retorno com a testa franzida. No entanto, ao invés de o responder, foi o youkai raposa que se pronunciou.

—  Rin está certa, seu idiota! Você está atacando Sesshoumaru na casa dele, o que você acha que iria acontecer se começassem uma luta aqui? 

— Keh, pirralho, não se meta onde não foi chamado!_ O hanyou respondeu mal-humorado, mostrando o punho para a pequena raposa.

— Are Are, vamos nos acalmar. Eles estão corretos, Inuyasha, explique-nos o que quis dizer com isso._ O monge se pronunciou. 

— Ah Miroku, esse imbecil acabou de confessar que infundiu o próprio sangue em Kagome e até o mais idiota dos youkais sabe que isso é fatal, é por isso que ela não acorda! Por culpa desse maldito imbecil!

Foi uma revelação chocante para todos, imagino que jamais pensariam que o Daiyoukai tivesse tanta consideração pela Kah-chan, nem eu mesma considerei isto. A confusão fora controlada pelo monge e os adultos foram para o escritório discutir o assunto. Não fui permitida de comparecer, portanto, corri para a biblioteca e me pus a pesquisar sobre o “ritual”. 

Ainda hoje não descobri muito sobre esse assunto e haviam poucos pergaminhos que, ao menos, o citavam. Num geral, alguns de seus usos foram descritos como aumento de  força, obediência, prova de lealdade, em poucas palavras, o compartilhamento considerava a ligação entre dois seres. 

Noutro dos textos, Shippou encontrou a descrição de um ritual de cura após a realização da “transfusão”, e, coincidentemente, a descrição dos efeitos me fez lembrar daquele dia, na caverna, há tanto tempo atrás. E, por ter presenciado tal efeito, logo, associei os dizeres com o que aconteceu. Eu decidi contar aquilo que presenciei e pude confirmar com a raposa a verdade por trás das ações de Sesshoumaru-sama. Ele sugeriu que, talvez, essa tenha sido uma forma de tentar ajudar do Daiyoukai, porém de certa forma, algo deu errado dessa segunda vez.

Infelizmente, tal descoberta só nos trouxe mais dúvidas, então passamos a pesquisar mais sobre o assunto, para ver se surgia alguma solução para o caso e o mais próximo que conseguimos naquela semana de pesquisa foi uma frase: o sucesso advém da dominação. O que, segundo Shippou, no mundo youkai, basicamente era alcançado quando o youki “doador”, mais forte, vence a besta do “receptor”, porém, essa lógica não se aplica ao caso. Kagome não tinha youki e o reiki era o extremo oposto disso. Além de não haver nenhum registro desse ritual ter funcionado em humanos, pois todos morriam após ele, o que não se encaixa no caso atual, pois até onde sabemos, Kagome já conseguiu sobreviver com sucesso à primeira vez e não morreu mesmo na segunda vez em que foi submetida ao ritual.  Logo, corremos para dizer isso aos outros, que embarcaram na tentativa de achar algo a mais sobre a situação, mas o tempo mostrou que foi um esforço em vão, não havia mais nenhum pergaminho sobre o assunto que já não tivesse sido lido. 

Suspirei, voltando a minha mente para a realidade, fiquei distraída tempo demais e já estava na hora do jantar, seria descortês manter os convidados esperando por mais tempo. Apesar de serem hóspedes há um ano, eu permanecia com sentimentos mistos entre gratidão, dever e aflição pelo pessoal. Por um lado, estou chateada com Inuyasha pelo seu comportamento hostil para com o Lorde, e com a Kikyou-sama, por acusar Sesshoumaru-sama de cometer um pecado ao corromper Kagome com o youki dele e, seguindo sua opinião, o outro casal posicionou-se de mesma forma. Ao mesmo tempo em que entendo os seus pontos de vista, pois, enquanto lia os escritos sobre o ritual, por diversas vezes ponderei as atitudes de meu lorde ao arriscar a vida de Kagome. Porém, acredito no meu amo e, após presenciar sua angústia, jamais o acusaria de tentar machucar minha amiga. 

Sei que ela pensa do mesmo jeito e não julgaria as atitudes de Sesshoumaru-sama sem lhe questionar antes. 

Uma batida soou pelo quarto, anunciando a presença de Shippou, ele chamou por mim ainda na porta, de certo, o seu amigo sentiu sua falta no jantar e soube exatamente onde procurá-la. Rin não precisou vê-lo para saber a expressão abatida de seu rosto ao estar ali. Quando a mesma abriu a porta, lá estava ele cabisbaixo e não podia deixar de sentir empatia por ele. 

Como youkai, Shippou não conseguia adentrar no cômodo Shinsei sem se machucar devido à energia sagrada acumulada, era demais para aqueles sem costume lidar com ela. Por isso, o máximo que ele pôde fazer foi observar de longe enquanto a sua okaasan descansava. Mas Rim evitou interromper esse momento dele e o deixou ter seu tempo, após um tempo, com uma troca de olhares ele lhe disse que estava pronto e a garota aproximou-se da cama e tomou uma das mãos da miko, transmitindo-lhe seu afeto por meio de tal gesto. 

— Kah-chan, estou esperando por você, sei que é muito forte e logo irá voltar para nós!


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Notas finais do capítulo

Oiiiii! Então, como explicar o bloqueio monstruoso que passei para escrever a fic?
Achei que nem conseguiria mais, depois de passar vários dias em frente à tela sem conseguir nem sair de um parágrafo escrito... Até que eu finalmente desopilei e parei para ler um pouco da história, retornando a energia de escritora, suahushushsua mas quem é vivo sempre aparece!

Prometo que essas versões diferenciadas agregam para a história >.
De qualquer modo, a boa notícia é que eu consegui encaminhar os rascunhos dessa fic. Obrigado a todos e todas por acompanharem, me sinto bastante motivada com vocês e espero poder entregar essa história na melhor forma possível!



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