Loves Online escrita por Garota Misteriosa


Capítulo 2
Fake.


Notas iniciais do capítulo

Postando de novo, pois ninguém comentou. E se não comentarem de novo, deleto.



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Abri a porta com o maior cuidado do mundo, para que nenhum ruído fosse ouvido. Por mais que a sessão no psicólogo tenha me ajudado muito, eu não estava a fim de falar sobre isso, então, pedi a Kenny para que comprasse alguns doces para mim. Eu tinha vontade de comer, mas não era uma vontade absurda, e só havia dito aquilo para que ele não denunciasse minha chegada, com aqueles seus passos pesados. Fechei a porta e suspirei aliviado ao ver que não tinha ninguém na sala, dei de ombros e segui até meu quarto. Coloquei a pasta com a foto de Matth sobre a mesinha de cabeceira e deitei-me, me aconchegando na cama. Sorri fitando o teto, mas o sorriso se desfez, quando vi minha mãe na porta. Dei um longo suspiro.

– Oi Senhorita Pattie Mallette! – brinquei, a vi sorrir e fechar a porta atrás de si, aproximando-se de mim. Sentou-se na ponta da cama e fez um sinal para que deitasse minha cabeça em seu colo. E assim fiz.

– Sabe, eu tenho saudade da época em que a coisa mais dolorosa que tinha de lidar, eram as derrotas no hóquei – minha mãe disse enquanto me fazia cafuné. – Filho, eu não quero que fique mal por causa da Selena.

Aquele maldito nome! Lágrimas instauraram-se em meus olhos, fechei-os, tentando barrar o choro.

– A partir de hoje, o nome Selena está proibido nessa casa mãe – fui firme – Nenhuma palavra mais sobre ela, ou algo relacionado a ela, ok?

– Tudo bem filho – minha mãe mordeu os lábios, pensante, enquanto fazia-me um pequeno carinho na cabeça. – E como foi no psicólogo filho?

– Eu não quero falar sobre isso mãe, não agora. Tudo bem?

Minha mãe apenas assentiu, pensante, fechei meus olhos, aconchegando-me em seu colo. Suas mãos arrumavam e bagunçavam meu cabelo freneticamente, e um sorriso ralo surgiu no canto de meus lábios. Era boa aquela proximidade entre mim e minha mãe, me fazia lembrar anos atrás.

Flashback ON,Point Of View Pattie’s.

”Eu fecho meus olhos e volto ao passado. Justin puxou minha saia: ”Mamãe, eu estou com medo!” disse. ”Querido, todo mundo tem medo no seu primeiro dia de escola, basta olhar os seus medos nos olhos e chutar!” Eu disse, fazendo cócegas em seu pescoço para aliviar o clima. “Tchau mamãe, eu amo você!” Ele disse, pegando seu lanche da minha mão. ”Eu te amo muito, querido” eu disse, e me inclinei para beijá-lo na testa. Eu o vi correr. “Vá pegá-los, querido” eu disse. Abri os olhos, eu estava de volta, desta vez atrás do palco. Justin colocou o braço sobre meu ombro ”Mãe, eu não me sinto bem”, disse ele ”Eu estou com medo de fazer isso. Eu não quero decepcionar ninguém.“ Eu olhei para meu filho “Basta olhar diretamente para seus medos e chutar“, ele sorriu para mim. “Eu te amo, mamãe” Entreguei-lhe o microfone, e ele se inclinou para eu beijá-lo na bochecha.“Também te amo, querido”. “JUSTIN! JUSTIN! JUSTIN! “ A multidão aplaudiu quando meu filho entrou no palco. Ele sempre será meu menino, o pequeno Justin correndo em sua sala de aula, aquele por quem eu desisti de tudo, é estranho como mudou minha vida. “

Flashback OFF.Point Of View Justin’s.

Senti minha mãe beijar minha testa, automaticamente sorri, levantando minha cabeça. Ajeitei-me na cama e a vi me fitar fixamente, com vestígios de lágrimas nos olhos, imediatamente, meu coração apertou-se e eu engoli em seco. Eu simplesmente não sabia o que fazer.

– Eu tenho muito orgulho de você meu pequeno – disse, e, antes que pudesse responder, ela saiu do meu quarto. Suspirei fitando a parede roxa do meu quarto, onde grudada nela estava um cartaz com fotos de milhares de garotas, mas não eram quaisquer garotas, eram as minhas Beliebers.

Corri meus olhos pelo meu quarto, parando de frente ao meu MackBook, o peguei, junto da pasta com os dados de Matthew DiLaurentis. Havia chego a hora de pôr o conselho do psicólogo à prova, liguei o aparelho e rapidamente conectei-me a internet. Entrei no Orkut, resolvendo fazer um fake ali mesmo. Sua popularidade estava caindo, por isso, se fizesse um fake ali, a probabilidade de acontecer algum problema seria menor, certo? Certo.

Criei um e-mail e uma senha, logando imediatamente no site. Assustei-me ao ver a grande quantidade de fakes meus. Pedro, Matthew, Brian... Nomes variados, assim como fotos. Eu sempre soube que existiam fakes de mim, mas não em tão grandes quantidades. Dei de ombros, iria fazer uma fake de mim mesmo. Estava sem idéia para nomes e sobrenomes, então resolvi colocar “Brian Collins” mesmo. Whatever.

Adicionei algumas pessoas – a maioria garotas – e esperei, fitando entediado a tela do computador. Fui até o YouTube, e coloquei uma música do meu amigo e ídolo, Chris Brown. Comecei a bater os dedos freneticamente sob o teclado, e curiosamente, fui até meu perfil fake novamente. Um Scrap. Sorri comigo mesmo, era a hora de ser um novo Justin.

“Está aceito amor. Vejo que é novo no fake, seja bem vindo. Como está?” O recado era pequeno, mas me fez sorrir, era de uma garota, Spencer McTavish, fake da minha paixonite secreta, Hayley Williams. Mordi meu lábio e a respondi.

“Obrigado pequena, estou bem... Eu acho. E você?” E assim iniciou-se nossa conversa. Simplesmente assim, nada mais, nada menos.

No decorrer de nossa conversa – que durou quatro horas – descobri muita coisa em comum, e o melhor, ela não tinha perguntado nada sobre meu of. Gostávamos do mesmo tipo de filme, de música e até de livros. E pelo que conversamos, seria o tipo de namorada perfeita. Sim, eu fiquei encantado com ela, mas apenas encantado, ok?

Descobri que ela era fanática por Paramore, e tinha ido ao show deles mês passado. Tinha uma foto com a Hayley, mas disse que nunca me mostraria, pois tem muita vergonha da off dela. Era apaixonada por literatura e de vez em quando postava em um blog, andava de skate e adora cupcackes, e o melhor, não tem aquela frescura de emagrecer.

Mas uma coisa dela me deixou tenso, ela odiava o Justin Bieber, quer dizer, ela me odiava. Quando ela me disse isso, eu fiquei sem reação, não sabia ao certo o que fazer, mesmo estando acostumado com pessoas que não gostam do meu trabalho. Mesmo assim, não posso deixar de admitir que fiquei abalado.

“Tenho que sair agora, meu namorado chegou, foi bom conversar com você, Bri.”Namorado? Oi? Como assim? Suspirei. Acalme-se Justin, está se importando demais com uma garota que conheceu agora. Não esqueça isso aqui é para esquecer os problemas, não para se tornar mais um.

Fui tirado de meus devaneios assim que escutei uma batida na porta. Imediatamente fechei a tela e olhei para a porta, dizendo um simples “Pode entrar.” Vi a maçaneta mover-se e a porta se abrir. Dei um sorriso fraco a Ryan, que entrou em meu quarto animado.

– E aí dude, vamos sair?

– Ah não cara... Eu não estou muito legal.

– Cara, eu enfrentei meu medo de avião, vim lá do Canadá até Atlanta pra te ver e pra gente sair e me diz que NÃO QUER? – Ryan gritou as duas últimas palavras, me fazendo rir.

– Ok dude, venceu. Espere-me na sala, eu vou me trocar e peço a Kenny que nos leve em uma balada. A melhor daqui.

– Ok cara – foi tudo o que ele disse. Ryan saiu do meu quarto e eu dei de ombros, levantei-me da cama e sorri bobo fitando meu MackBook, e lembrando-me de Spencer McTavish.

Acho que havia encontrado o primeiro amor do “Brian Collins”. Mas será, que seria apenas dele?


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