Capítulo 5 – Come and save me from myself.

POV Elena

Estávamos decididos tirar Sara daquele lugar custasse qualquer coisa. Outra pessoas se perguntariam o que há de tão especial em uma ‘simples garota’ mas para nós ela não era um simples garota, principalmente para Klaus que por mais que tentasse esconder, com minha sensibilidade, eu conseguia ver sua angústia e dor por ela estar lá.

Minha amizade com ela era recente, mas era forte. Bonnie, Caroline, Sara e eu formávamos uma força que nada destruiria jamais.

Todos se preparavam para o que parecia ser, uma espécie de guerra, mas minha cabeça voltava há alguns longos meses quando a conheci.

Flashback on

-Têm alguma outra forma Rose? – Damon, sentado ao lado de sua lareira perguntou.

-Há. – Rose levou seus olhos aos dele. – Precisamos achá-la antes. Ou, pelo que diz a lenda, ela nos achar.

-Como assim achá-la ou ela nos achar Rose? É uma pessoa? – Perguntei confusa.

-São boatos, teria que confirmar… - Os olhos dela vieram aos meus.

-Mas o que seria? – Stefan perguntou esperançoso.

- Uma garota. Uma que de alguma forma impediria Klaus de quebrar a maldição. Não me pergunte como, eu não faço idéia. Não sei nem se é real. – Ela respondeu desanimada.

-Ao que parece, tudo é real. – Respondi.

[…]

Duas semanas haviam se passado e respostas não apareciam. Desde a morte de Rose, a tristeza e angústia aumentaram, nos levando as esperanças.

Por mais que evitasse, Stefan insistia em ir ao colégio e isso me irritava. Eu tinha problemas demais para pensar em provas e trabalhos.

Andava distraída pelo corredos quando bati em alguém, deixando cair todas minhas coisas no chão.

-Me desculpe! – Uma gentil garota disse, pegando o material.

-Está tudo bem. É nova por aqui? – Perguntei educadamente.

-Sim, sou Sara. – Ela respondeu esticando sua mão.

-Elena. -  No momento que minha mão tocou à dela, um choque nos fez pular assustadas. Stefan e Bonnie, que rondavam por ali, viram a cena e vierem em nossa direção.

-Está tudo bem? – Stefan perguntou.

-Sim… - Respondi fitando aquela estranha. – Está. Só levamos um choque. – Disse com um meio sorriso.

-Me desculpe, eu não sabia que isso aconteceria… - Em um rápido movimento, Bonnie pegou a mão de Sara e seus olhos arregalaram-se.

-Bonnie? – Perguntei assustada. – Bonnie o que foi?

-É ela. – Ela respondeu e imediatamente eu e Stefan sabíamos o que dizia. Sara, ainda perplexa pelos atos de Bonnie, nos olhava assustada.

-Rose disse que ela acharia o caminho. - Stefan disse.

-O quê está contecendo aqui? – Sara perguntou, puxando sua mão do alcance de Bonnie. Meus olhos foram direto aos de Stefan que também não sabia como reagir à aquilo.

-Sara certo? – Stefan perguntou e ela assentiu com a cabeça. – Bom, acho que precisamos conversar.

-Conversar sobre o quê? Eu nem conheço vocês. – Sara parou e respirou fundo. – Olha, não quero ser grosseira, mas eu preciso ir.

-Eu sei que isso é estranho. – Respondi, colocando meu corpo em sua frente. – Mas é necessário.

[…]

-Então… para o quê me chamaram? – Damon perguntou olhando para Sara.

-É ela. – Stefan disse antes de qualquer pergunta. Damon se aproximou da garota, que recuou.

-Não é que ela realmente achou. – Ele disse, rindo.

-Damon não tem graça. – Respondi aflita.

-Está bem. Agora me falem o que tudo isso significa. – Sara disse impaciente.

-Por favor não fique assustada com isso, é difícil… - Stefan dizia.

-Gosta de vampiros? – Damon perguntou indelicadamente, cortando Stefan e Sara riu.

-Arrã. Acho seres fantásticos. – Ela respondeu ironicamente.

-Gostei dela. – Damon sussurrou à Stefan que lhe deu um soco.

-Sara…existem muito mais coisas no mundo do que pode imaginar. – Stefan disse olhando para ela.

-Como vampiros? – Ela perguntou.

-Exatamente. – Damon respondeu, deixando seus olhos tomarem sua forma de caçador e seus dentes surgirem. Sara permaneceu intácta e para nossa surpresa, sorriu.

-Realmente acham que lobisomens estão extintos ou ainda há alguns por aí? – Ela perguntou, ignorando Damon ao seu lado. Nossos olharem eram acima de tudo, confusos. Como alguém poderia ter calma ao descobrir algo assim?

-Como assim? Sara, ouviu o que disse? Viu o que ele fez? – Stefan perguntou incrédulo.

-Sim. – Ela respondeu dando de ombros.

-Já sabia de nossa existência? – Damon perguntou, voltando à sua real forma.

-Sim. – Seus olhos eram calmos.

-Como? – Damon perguntou, colocando-se em sua frente.

-Não era eu que devia estar fazendo as perguntas? – Sara disse, ecarando-o. – O que significa eu achar vocês? Nem estava procurando por ninguém.

-Como sabe de nossa existência? – Damon repetiu sua pergunta.

-Posso dizer que conheço um de vocês. – Ela respondeu indiferente.

-E reagiu com essa calma quando soube? – Bonnie, que permanecia calada, resolveu perguntar.

-Não exatamente com essa calma, mas não é fantástico? – Sara respondeu, e um desconhecido brilho, refletia em seus claros olhos.

Flashback off

-Elê, está tudo bem? – Caroline perguntou enquanto brincava com uma afiada estaca em sua mão.

-Sim, só lembrando de algumas coisas. – Respondi. – Está tudo resolvido? Quando iremos?

-Quando nós iremos. Humanos ficam. – Damon respondeu, intrometendo-se na conversa.

-Não Damon, nem comece com seus instintos protetores. Eu vou e isso não irá ser descutido. – Retruquei.

-Não são apenas instintos protetores, Elena. Ter que olhar se vocês, assim fáceis de matar, estão bem a cada minuto não irá ajudar em nada. – Ele respondeu, olhando para Caroline.

-É verdade. – Caroline disse, virando suas costas antes de minha resposta. Meus olhos foram novamente à Damon.

-Você pode dirigir o carro de fuga. – Disse ironicamente, e virei meus olhos em reprovação.A mesma brincadeira de um ano atrás, quando tiramos Stefan daqueles vampiros loucos que fugiram da tumba. Stefan. Meu coração apertava em pensar nele tão distante. Meus sentimentos por Damon era inevitáveis, cada dia aumentavam, mas nunca iria parar de amar Stef. Balancei minha cabeça, focando-me no que acontecia. Damon me encarava confuso.

-Cale a boca, Damon. – Finalmente respondi e ele sorriu. – Eu irei junto e acho que me conhece o suficiente para saber que não irá mudar meu pensamento. Ela é minha amiga e precisa de mim.

-Está bem Elena. Só te digo uma coisa: tente não se matar. – Ele respondeu indo em direção a Alaric e Klaus, que seguravam várias armas nas mãos.

POV Sara

Tinha que sair dali de alguma maneira. Meus amigos provavelmente estariam pensando em algo, mas tinha que agir por conta própria. Tinha que me defender sozinha.

-Hey moça. – Um dos capangas de Benjamin me chamou. – Ainda não te deram sangue?

-Não.– Respondi e ele, encolhido perto da porta, atreveu-se a se aproximar alguns passos.

-Está doendo muito? – Sua voz era mantida tão baixa que mal podia ser ouvida. Assenti com a cabeça. E rapidamente, ele cravou seus dentes no próprio pulso, trazendo o a minha boca. Podia sentir todas as feridas serem curadas, fechando-se rapidamente. – Pronto.

-Porquê fez isso? Podem te matar. – Respondi baixo.

-Só obedeço Benjamin por contas a serem acertadas. Não gosto de ver os outros sofrendo. – Seus olhos azuis escuros desviavam dos meus toda vez que os encontrava, Sentia gratidão por aquele ser. Era bom saber que nem todos ali queriam minha morte.

-Obrigada….

-Liam.

Liam.  – Repeti baixo, pensativa. – Sabe se alguém apareceu? Alguém que possa me tirar daqui? – Perguntei, sabendo do risco daquela intimidade.

-Ninguém até agora. – Ele respondeu olhando me com compaixão. Se virava para sair quando parou e seus olhos encontraram os meus novamente. – Aa, se sair daqui e eu não… podia me fazer um favor?

-Sim. – Hesitei, mas não negaria a quem me ajudou. – Claro.

-Entregue isso a minha irmã. – Ele respondeu esticando-me um papel amaçado. – Todas as informações estão ai para chegar até ela e… - seus olhos desviaram dos meus, fitando o chão do quarto.– se ela perguntar, fala que não tive saída.

-Pode deixar Liam, farei o que pede, mas… nós sairemos daqui. – Sorri, na tentativa frustrada de passar alguma confiança e ele gentilmente retribuiu.

POV Klaus

-Entrem no carro. Vamos acabar logo com isso. – Alaric disse à todos, que prontamente obedeceram.  Me sentei ao lado de Damon, que dirigia rapidamente seu carro. Elena insistiu em vir conosco, sentada atrás com a bruxinha e a amiga vampira. O carro de Alaric nos seguia com os outros. A cada centímetro mais próximo, sentia um estrago em meu estômago, e isso me causava um grande incômodo. Quando a visão daquela simples casa tomou minha visão, podia sentir o coração dela batendo.

-Elena, sabe que não deve…  - Damon dizia.

-Eu sei, não vou fazer nada imprudente. – Ela respondeu, esticando sua mão para alcançá-lo no banco da frente. Isso o fez relaxar, o toque dela causava um grande feito sobre ele e não pude deixar de imaginar o que o toque de Sara causaria em mim.

-Está bem. – Ele respondeu, apertando sua mão. – Vamos.

Alaric parou seu carro e quando percebi, todos formávamos um grande fila, cada um com sua arma na mão, de simples estacas a grandes armas de madeira. Estávamos prontos para aquilo, ou esperávamos estar. Caminhamos até a porta e dois capangas que rondavam a casa, entraram rapidamente para avisar os outros da ameaça. Benjamin surgiu na porta com seu sorriso mais irônico e ao mesmo tempo surpreso.

-Olha só quem voltou. – Ele disse, olhando-me diretamente. – Conseguiu o que quero?

-Não. – Respondi seco. – Devolva o que eu quero.

-Receio que isso não será possível. Ela ficará aqui até você conseguir e se recusar…

-Deixe ela ir ou juro que te mato Benjamin. – Ele riu e a fúria veio à minha mente.

-Se eu fosse você não duvidaria, amigão. – Damon disse. Os olhos de Benjamin passava por todos os rostos ali presentes.

-Trouxe um exército? Saiba que é inútil já que vampiros não entram e humanos não sobrevivem. – Benjamin respondeu com uma das sombrancelhas levantadas.

-E lobisomem? – Tyler perguntou, surgindo logo atrás de Benjamin e atirando-o para fora da casa. Em segundos, me coloquei na frente daquele ser, aquele que tiraria a vida dela.

POV Damon

Klaus e Benjamin golpeavam-se freneticamente enquanto os outros corriam em direção a casa. Cerca de dez vampiros apareceram, tornando tudo mais difícil. Eu e Caroline não conseguíamos entrar e deixar os humanos seria loucura, eles morreriam em questão de segundos.

-Bonnie, consegue quebrar a barreira e deixar Damon e Caroline entrar? Ou destruí-los? – Jeremy perguntou a namorada. Bonnie abaixou sua cabeça, tentando de alguma forma, energia para aquilo. Descohecidas palavras saíam de sua boca e Jeremy a cercava, certificando-se que ninguém tentaria nada com ela.

-Damon, não temos tempo para isso, eles vão sair. – Caroline disse angustiada.

-Posso cuidar de alguns. – Tyler disse, fitando- os com fúria. Cinco vampiros saíram da casa, prontos para nos atacar. Seus malígnos olhos percorriam o local e paravam nos humanos. Presas fáceis. Em um puxão, coloquei Elena atrás de mim e Caroline puxou Tyler, indo em direção à Bonnie e Jeremy. Alaric atirava com sua arma, fazendo estacas voarem para todos os lados.