Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 41
O pequeno Papperman


Notas iniciais do capítulo

Olá galera!
Capítulo um pouco parado, mas o final é foda... com a participação da minha querida WW Vic Justice (como é bela...)
Aproveitem!



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Seus amigos já haviam voltado da lua-de-mel; convidada a ir jantar na casa dos mais novos pombinhos da cidade, Carly Lane viu-se obrigada a declinar do convite. Uma porque naquele momento encontrava-se acometida de um dos principais sintomas de gravidez: enjoos, e ficaria muito evidente aos seus amigos que alguma coisa estava diferente; outra, porque escolhera aquela noite para comunicar ao seu namorado, Nevel 'Lex' Papperman, a explosiva novidade que fora descoberta duas semanas antes.

Naquele instante, Carly encontrava-se mais calma; em princípio, um turbilhão de novas emoções e dúvidas quicavam em sua cabeça, mas, depois de muito pensar, decidira manter o bebê, mesmo que Nevel fosse contrário a isso.

Carly cumprimentou o empolado porteiro do luxuoso prédio de Nevel, que lhe respondeu educadamente, e subiu até o flat do namorado, após ser anunciada pela recepcionista.

Ao sair do elevador, deu de frente com o mordomo de Nevel, que já a aguardava na entrada do flat.

“Boa noite, Srta. Shay. Gostaria que eu guardasse seus pertences?”

“Boa noite, Gaylord. Eu adoraria, muito obrigada.”, ela entregou ao alto e magro homem sua bolsa e sua blusa.

“Queira entrar, senhorita, o mestre Papperman já irá recebê-la.”

“Obrigada, Gaylord.”

Carly adentrou o imóvel, que contava com esculturas de celebrados artistas e aparelhos eletrônicos de entretenimento de última geração. Sentou-se no sofá e respirou fundo, repassando tudo o que planejara dizer ao namorado.

Poucos minutos depois, surgiu de um corredor seu portentoso namorado, vestindo, mesmo em casa, uma caríssima camisa pólo, uma igualmente cara calça cáqui e sapatos finíssimos.

“Meu amor, boa noite!” Nevel a cumprimentou com um selinho que quase não encostou em seus lábios.

“Boa noite, Nevel.”

“Mandei o chef preparar algo fenomenal para nosso jantar de hoje.” o bilionário adiantou-se em falar com a namorada.

“Nevel”, ela o interrompeu, “Eu tenho algo importantíssimo para lhe falar. Por favor, se você puder se sentar aqui ao meu lado...”

Com um semblante assustado e ao mesmo tempo curioso, Nevel se sentou ao lado da namorada.

Carly respirou fundo, e, por fim, soltou o que tinha a falar.

“Querido... lembra-se daquela noite em que fizemos amor sem proteção?”

Ele acenou positivamente com a cabeça, mudo.

“Então... acho... quero dizer, tenho certeza... que estou grávida.”

Carly ficou em silêncio e permaneceu apreensiva, aguardando uma reação do namorado, mas esta não passou de um arregalar dos olhos mais incisivo.

Após quase um minuto, um sorriso brotou nos lábios do bilionário, e, em poucos segundos, este começou a gargalhar sem controle.

A morena se assustou, afastando-se instintivamente alguns centímetros para o lado.

“Nevel?!?”

“Ah, ah, ah!!! Ora, ora, ora... Mas que surpresa...”

Carly arregalou os olhos, apreensiva com o que Nevel tinha a dizer.

“...AGRADÁVEL!!! Terei um rebento, um herdeiro do clã Papperman! Isso é sensacional!”

Nevel apanhou Carly pelos ombros e balançou-a de leve.

“Meu amor! Temos de ter certeza de que corre tudo bem com você e com meu filhinho! Hoje mesmo solicitarei à minha assistente que entre em contato com o melhor obstetra do planeta, já providencie uma reserva no melhor hospital, tudo para que o pequeno Papperman chegue em boas mãos a este planeta.”

Nevel já se pôs levantado, querendo alcançar o telefone. Contudo, é interpelado por Carly, que lhe segura o braço.

“Calma, Nevel! Ainda estou nas primeiras semanas, não há nada para ontem. Mas eu fico tão feliz em saber que você ficou excitado por ter um filho... estava com medo que você fosse pedir para eu tirar, ou fosse me ignorar...”

A morena abraçou o bilionário e encostou sua cabeça em seu peito.

“Imagine, querida... estou transbordando de felicidade. Um dos meus desejos mais primais era ter um filho. E agora isso está prestes a se realizar.”

“Estou tão contente, Nevel!”

“Eu também, Carly”, ele se levantou e a puxou pela mão “Agora, vamos jantar. Você precisa estar bem nutrida para carregar o futuro Papperman.”

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Em seu apartamento, o casal Puckett-Benson desfrutava de uma de suas raras horas de entretenimento; naquele momento, aproximadamente às 21:00, os dois estavam juntos na sala, parcialmente iluminada apenas pela luz da TV ligada.

“Oh, Freddie... aí mesmo... Oh, meu Deus, que delícia... huuumm...” Sam se recostava no encosto do sofá, arqueando suas costas para trás, olhos fechados, dentes mordendo seu lábio superior.

Do outro lado do sofá, estava seu marido, com os pés dela sobre seu colo, massageando-os. Os olhos dele estavam vermelhos, irradiando uma pequena dose da visão de calor nos pés da esposa.

“Ah, meu Deus... você não sabe como isso é bom, depois de passar o dia inteiro usando aquela bota dura...”

Freddie, vestindo apenas uma bermuda vermelha, sorriu com a colocação da esposa, vestida com uma camiseta regata preta que deixava sua barriga à mostra e calcinha branca.

Na TV, a assessora de imprensa Chloe Sullivan passava as últimas desculpas da NevelCorp para os bizarros acontecimentos ligados às pessoas que trabalhavam para o conglomerado. Papperman não dava as caras para isso.

Freddie parou o que estava fazendo, prestando atenção à reportagem, que aparentemente tendia a favorecer o poderoso conglomerado. Depois que a reportagem acabou, Freddie cruzou os braços e se encostou no sofá, suspirando irritado.

“Er... chateado, amor?”

“Essa bosta desse Nevel, não sei como conseguirei detê-lo... várias pessoas já morreram por causa de suas loucuras pra tentar me tirar de ação. Mas eu não consigo achar um podre dele! Até agora só consegui informações com o Dr. Banner, que nem pode pisar nos EUA!”

A loira se sentou, passou o braço direito atrás do marido, massageando suas costas. Ela também o beijou no pescoço.

“Amor... você já parou pra pensar que talvez este não seja um trabalho para o Superman?”

“Como assim?” ele perguntou com uma expressão de curiosidade.

“Fredinerd... pense comigo (nem parece que consegue decorar um dicionário inteiro em 20 segundos)... Você também é Fredward Clark Benson, o repórter com mais furos do Planeta Diário, futuro ganhador de um Pulitzer. Será que você não conseguiria alguma matéria que mostrasse algum podre da NevelCorp?”

“Talvez... se eu encontrasse alguém de dentro...”

“Mamãe vai te dar uma dica, nerd...” Empolgada, Sam apanhou o controle do receptor da TV a cabo e retrocedeu alguns minutos, no momento em que Chloe falava ao microfone.

“Veja bem as expressões dessa moça.” Sam passava a imagem 1,5x mais lenta. “Eu conheço os cacoetes das pessoas, depois de acompanhar milhares de interrogatórios, amor... Ela não está confortável com as coisas que está dizendo, veja como morde os lábios e desvia o olhar nas partes em que é obrigada a dar alguma satisfação. Além disso, eu quase garanto que essa moça está mentindo na maior parte das coisas ditas.”

Freddie se sentou na ponta do sofá, coçando seu queixo.

“Essa é a Chloe Sullivan, uma das mulheres de confiança do Nevel... perdendo apenas pra Valerie, se não me engano...” ele fitou a esposa, “Você acha... que ela poderia me ajudar?”

“Não sei. Mas, de todas as pessoas que já vi ligadas à NevelCorp, ela me parece a que menos está confortável com o que está fazendo.”

“Talvez... seja hora do superespião entrar em ação.”

Freddie fez menção de se erguer, mas Sam o deteve, segurando sua mão esquerda. Ao visualizá-la, o herói percebeu que ela mordia seus lábios.

“Ei... mas... será que você não gostaria de ser recompensado por essa massagem nos meus pés?”, ela disse, enquanto acariciava a canela do marido com seu pé direito.

Freddie sorriu de lado e se abaixou para pegar a esposa no colo, aproveitando a oportunidade para beijá-la.

O problema com Nevel podia esperar mais uma noite...

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No dia seguinte, aproximadamente às 18 horas, a dois mil metros do chão, fora de qualquer rota aérea, Superman flutuava enquanto acompanhava atentamente os passos de Chloe Sullivan com seus espantosos poderes. Obviamente, sentia-se mal por bisbilhotar a vida alheia, porém, o simples pensamento de que poderia estar poupando vidas inocentes o motivava a continuar espionando a mulher. As ações de Nevel o preocupavam muito: o Homem-Hídrico já assassinara um segurança e quase o fez com outras duas pessoas, uma delas Sam; o Homem de Ferro matara quatro pessoas, provocando também destruições em propriedades privadas; e, por fim, o Hulk, apesar de não ter matado ninguém, ferira gravemente centenas de pessoas (algumas contariam com sequelas para o resto de suas vidas), além de causar prejuízos na ordem de quase um bilhão de dólares em destruições.

Nevel urgia ser detido, não havia dúvida. Mas, necessariamente, dentro da lei, o que Freddie tinha certeza de que conseguiria caso descobrisse alguma maracutaia do bilionário.

Em dado momento, Chloe, uma bela moça de cabelos médios loiros e olhos azuis como os de sua esposa Sam, saiu do prédio, dirigindo seu luxuoso Audi.

Percorreu algumas quadras da cidade, até parar em frente a um conhecido pub, onde entregou o veículo a um manobrista.

Uma vez lá dentro, a loira sentou-se ao balcão principal, onde pediu uma dose dupla de whiskey. Ao ser servida, deu um gole rápido e abaixou a cabeça, pensativa.

Parecia a hora perfeita para uma abordagem. O Homem de Aço desceu e pousou atrás do prédio, conferindo antes se alguém o via. Logo suas roupas transformaram-se, e ele voltava a ser o pacato Freddie Benson.

O repórter-fotógrafo entrou no pub, dirigiu-se ao balcão e se sentou ao lado da loira.

“Uma Bud, por favor, amigão.”, ele pediu ao barman.

“Sr. Benson... fazendo um happy hour?” Chloe dirigiu-se a Freddie enquanto dava um gole em sua bebida, “A lua-de-mel foi boa?”

O rapaz não estranhou que Chloe soubesse de seu casamento; embora nunca houvessem se falado, o  pequeno universo do jornalismo fazia com que cada integrante tivesse sua vida mais ou menos conhecida por todos.

“Ótima. Mas, pelo visto, o seu happy hour não está tão feliz assim, Srta. Sullivan.”

“Pode me chamar de Chloe. E, quanto a mim... não quero aborrecê-lo com meus problemas.”

O repórter parou um pouco, enquanto sorvia de sua cerveja, e pensou. Pressioná-la não o levaria a lugar algum; até sentia uma ponta de arrependimento nela, mas não grande o suficiente para fazê-la trair a Nevel.

“Eu sei que você não está aqui para beber, Benson. O que você quer?” Chloe lhe perguntou, com o olhar no vazio.

“Hum... talvez, alguma declaração sobre o incidente Hulk?”

A mulher terminou sua dose e pediu outra ao barman.

“Nada a declarar, como eu já afirmei na coletiva, que inclusive contou com sua presença. Senhor, mais uma dose, por favor.”

Freddie se resignou. Não conseguiria nada naquela noite. Mudou então o rumo da conversa, tirando um ás da manga. Deu um gole na garrafa de cerveja.

“Soube que seu chefe ainda está enrolado com minha amiga Carly.”

“Ah, a sua ex-coleguinha do iCarly... esse programa era engraçadinho. É bonito saber que mesmo depois de tantos anos vocês continuam próximos um do outro...”

“Sim... você se lembra daquele papo de 'creddie' e 'seddie'?”

“Bom, acabou dando seddie, não?”

“Pois é.”

Chloe tomou outro gole da bebida.

“Nevel tem se comunicado muito com Carly ultimamente. Acho que vai ter alguma novidade em breve... Ela não contou nada para você?”

“Não. Carly ultimamente tem se mantido um pouco afastada.”

Por alguns instantes, a mente de Freddie se voltou à amiga morena. De fato, Carly estava estranha nas últimas semanas; em princípio, o herói pensara que fosse pelo seu casamento com a melhor amiga dela, fazendo-a ficar temerosa de que fosse se tornar a excluída, mas, talvez, houvesse algo a mais. Mas ele se forçou a esquecer esse assunto e voltou à carga com Chloe, puxando outro assunto.

E assim, os dois profissionais do jornalismo acabaram por passar duas horas seguidas conversando, criando um indício de intimidade.

Ao fim do happy hour, os dois se despediram.

Freddie foi a um beco (adorava becos, eram vazios e o lugar perfeito para sair voando) e se transformou em Superman.

Enquanto voava para casa, pensava consigo que, apesar de não ter conseguido nada concreto, ao menos iniciara um tipo de conexão com aquela mulher, que talvez pudesse evoluir para algo mais substancial.

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Algumas semanas depois, Carly finalmente resolveu ir jantar no apartamento dos Benson, acompanhada por seu irmão e cunhada, Spencer e Lucy. Sam estava feliz por recebê-la, pois seria uma bela oportunidade para exibir seus dotes de esposa zelosa da casa (ainda que Freddie fizesse praticamente tudo lá).

Contudo, o jantar não foi tão amistoso assim. Freddie permaneceu calado e soturno durante todo o jantar, lançando olhares sérios para Carly de tempos em tempos. Ela, aliás, comera ainda menos do que estava acostumada. Felizmente, as palhaçadas sem noção de Spencer ajudaram a aliviar o ambiente.

Os três integrantes da família Shay foram embora, deixando no apartamento a nova família Benson.

Sam parou à frente de Freddie, séria.

“O que foi, aconteceu alguma coisa... e não negue, eu te conheço.”

Freddie a olhou soturnamente.

“A Carly... está grávida.”

“O QUÊ?!?” Sam perguntou, espantada, “Mas como você soube?”

“Ouvi o som do coraçãozinho do feto batendo.”

Eles se sentaram no sofá, pensativos.

“Queria saber por que a Carls ainda não contou...”

“Ora, não é óbvio, nerd? Detestamos o Nevel, ela deve estar esperando um dia mais calmo pra, provavelmente, me contar. Isso é coisa entre melhores amigas.”

“Provavelmente. Queria saber o que o Nevel pensa disso...”

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Como Sam previra, alguns dias depois, sua melhor amiga a chamou para comer em uma lanchonete na praça de alimentação do Shopping Plus.

No horário marcado, Sam, ainda vestindo farda, esperava por Carly, que chegou alguns minutos depois do combinado.

Ela usava um vestido azul claro de alças, e parecia reluzente, bem diferente do que a loira se lembrava do casamento.

Cumprimentaram-se com beijos.

“Você parece estar feliz, amiga.”, a loira disse, olhando para o vestido dela “Quem dera eu pudesse andar com roupas mais confortáveis...”

 “Eu preciso andar com roupas mais confortáveis... vou ser mãe.” - a morena disse com felicidade no seu tom.

Sam finge surpresa.

“Caramba! É... de quem?”

Carly sorriu para a amiga, colocando a mão sobre a testa.

“Você sabe que é do Nevel, Sammy...”

“Jesus, você tem de ter coragem...” - Sam afirmou, sugando uma porção do milk-shake.

“Sam, eu queria saber se o Freddie aceitaria esse fato numa boa... estou preocupada com o que ele pensará sobre isso.” - Carly perguntou, com um ar genuinamente preocupado. Freddie era muito importante para ela, tanto quanto a loira que estava à sua frente.

Ele já sabe, Carls... e não gostou nada disso. Mas ele não vai te abandonar, e nem eu farei isso...

“Ele vai, Carls. Freddie odeia o Nevel, mas ama você muito mais. Bom, não mais do que a Mamãe aqui, mas te ama muito também.”

Através da mesa, Carly pegou a mão da amiga, trazendo-a para perto do seu rosto.

“Então, vamos contar a novidade pro Freddie hoje à noite, okay? Eu amo tanto vocês... espero que fiquem ao meu lado durante esses meses até o nascimento.”

“Eu posso responder pelo nerd, amiga. Nós vamos, sempre.”

Mais à noite, as duas garotas, tal qual havia sido sugerido pela morena, contaram juntas a novidade que nem era tão novidade assim ao Freddie, e, após uma demorada sessão de choros, abraços e beijos, os três amigos se abraçaram carinhosamente.

Depois de Carly partir, Freddie deu uma desculpa para Sam e saiu pela noite morna de Seattle, com seu traje azul e vermelho.

Flutuava pela escuridão com tranquilidade, sentindo o deslocamento de ar no seu rosto, olhos fechados com o intuito de ampliar essa sensação. Precisava disso, pois sua mente estava confusa.

Parou algumas centenas de metros distante do prédio onde Nevel morava, começando a flutuar ereto, braços cruzados sobre o peito ostentando o símbolo da casa de El. Acionou seus poderes visuais e auditivos, obtendo acesso a todo o interior do luxuoso flat.

Estavam lá Nevel Papperman e Carly Shay, abraçados em cima de um confortável sofá.

“Contei para meus amigos, amor... eles adoraram a notícia.”

“Mesmo o Freddward? Ele tem agido de forma estranha comigo nos últimos anos.”

“Ah, eu tenho certeza de que vocês se acertarão, e que aquela bela amizade florescerá mais uma vez.”

“Tomara. Gosto do Freddward, não sei o motivo para ele me ignorar.”

O casal se beijou carinhosamente.

Do lado de fora, Freddie suspirou. Se antes a ideia de incriminar Nevel era fixa, naquele momento havia deixado de ser, estava com dúvidas sobre como proceder. E se Nevel se transformasse depois da paternidade? E se ele voltasse a ser seu grande amigo de quando eram jovens?

O kryptoniano subiu até o vácuo espacial, onde nenhum som chegaria até seus poderosos ouvidos. Na imensidão silenciosa, Freddie fechou os olhos, meditando.

Após vários minutos, abriu-os novamente.

Desceu em alta velocidade até seu apartamento, onde encontrou Sam assistindo TV; desativou seu uniforme, puxou-a para perto de si e a beijou.

“O que foi, amor?”

Fitou diretamente os olhos azuis da esposa, e, após alguns segundos, proferiu:

“Vou deixar Nevel em paz. Ele terá uma segunda chance.”

Epílogo

7 meses depois

À noite, ela furtivamente caminhava por uma floresta densa, orando para seu pai Zeus mantê-la escondida dos seus inimigos. Amaldiçoava-se por não ter pensado naquele plano antes, mas seu orgulho de guerreira amazona falara mais alto.

A guerra já durava semanas, e, apesar de as amazonas serem poderosas e lutarem com afinco, havia claras mostras que seriam derrotadas e escravizadas, motivo pelo qual Diana resolveu fugir para buscar ajuda no Patriarcado do único homem que ela considerava apto a ajudá-la.

De repente, a morena parou.

Sua aguçada audição captara algo.

Em uma fração de segundo, sua mão direita apanhou a espada pelo cabo, atirando-a em seguida à sua esquerda.

Um guincho de dor é ouvido, e a princesa amazona se viu cercada de cinco inimigos, com aparência monstruosa. Um deles havia caído, atingido no peito pela espada da morena.

“Monstros! Preparem-se para sentir o gosto amargo do fio da minha espada...” - a amazona ameaçava, enquanto recuperava sua arma.

A guerreira se pôs em posição defensiva, com a espada à frente, passando-a da mão esquerda para a direita. Os inimigos a encurralavam em uma roda.

Um deles resolveu atacar com uma arma pontiaguda. Diana a desviou com sua espada, cravejando-a em seguida no peito da criatura, que caiu morta. Um segundo atacante disparou com sua arma em direção da heroína, contudo, ela conseguiu rebater o raio de força com seu bracelete direito, desviando-o na direção da cabeça de outro inimigo, abatendo-o. Sobraram 2 monstros.

Diana avançou para cima deles, cortando a cabeça de um e aplicando uma chave na garganta do outro. Com um movimento seco, ela virou a cabeça do monstro, matando-o.

Conseguira vencer essa onda de inimigos. Mas sentia que mais estavam vindo, precisava se apressar.

Ela alçou voo, forçando-se a ir na máxima velocidade possível ao local onde Elysia havia descoberto o portal para o mundo dos homens. Ela havia evitado fazer isso porque o exército invasor tinha avançadas máquinas voadoras muito mais rápidas do que ela; mas, naquele momento, ela estava tão próxima do portal, que resolveu arriscar.

Enquanto sentia o forte deslocamento de ar contra sua face, Diana percebeu que já era perseguida por duas patrulhas voadoras, que começaram a atirar contra ela.

Vamos, vamos, Diana...!

Ela cerrou seus dentes e fechou os olhos, imprimindo força máxima na sua capacidade de voo; as patrulhas estavam a poucos metros dela...

“Unnnnnhhhh!!!”

De repente, a amazona se viu só, em uma ilha diferente da Ilha Paraíso. Deu um profundo suspiro; havia conseguido transpor o portal, escapando de seus inimigos.

Mas não havia tempo para relaxar.

Diana cerrou seus punhos à frente do seu corpo e voou a toda velocidade possível em direção à cidade humana mais próxima: Atenas.

Em poucos minutos chegou lá. Mesmo sendo noite, havia pessoas nas ruas, que estranharam a presença daquela alta mulher vestindo um uniforme colorido.

“Eu preciso falar com o Superman! Alguém sabe como achá-lo?” - ela gritava para os transeuntes.

Uma turma de rapazes de mais ou menos 20 anos observava aquela bela morena, todos admirando sua beleza.

“Ei, gostosa, pra que você quer o Superman? Eu tô bem aqui...” - diz um rapaz, aproximando-se de Diana e acariciando seu braço desnudo.

Ela se enervou e o levantou pelo colarinho.

“Seu parvo! Eu não tempo para brincadeiras! Diga-me como achar o Superman!”

“Ahhhh! Eu não sei, eu não sei! Ele costuma ficar nos Estados Unidos!”

Diana olhou para os lados, várias pessoas tiravam fotos e filmavam vídeos com seus celulares enquanto ela levantava aquele insignificante rapaz. Largou-o, pois teve uma ideia.

Voou até um carro forte que estava próximo e ergueu-o, flutuando aproximadamente cinco metros acima do chão.

“Eu vou roubar este veículo! Chamem o Superman, só ele poderá me deter!”

O burburinho com a aparição daquela bela grega corre por toda a cidade, logo chegando às agências de notícias, que espalham a notícia como fogo correndo por um gramado seco. Logo equipes de TV encontravam-se no local, filmando toda a ação.

Diana sentiu um deslocamento de ar.

E, pairando à sua frente, encontrava-se o maior herói do planeta, encarando a morena de forma severa.

“Diana. O que você está fazendo, ficou louca?” - ele disse, com os braços cruzados.

A morena sorriu, e baixou delicadamente o carro forte no chão, exatamente onde o havia encontrado. Abraçou o herói, surpreendendo-o.

“Oh, Freddie Kal-El! Como é bom revê-lo!”

“Diana?!?”

Ele a olhou mais atentamente. Havia hematomas em seus braços e no rosto, diversos machucados pelo corpo. Seus olhos azuis brilhavam, mostrando que aquela dura guerreira estava em frangalhos; mas ela evitava chorar.

“Minhas irmãs e eu precisamos da sua ajuda, nobre Freddie Kal-El... por favor, precisamos de sua ajuda. O destino da Ilha Paraíso está em jogo...”

“O que aconteceu, Diana?!?”

Com terror estampado nos olhos, a bela amazona fitava Freddie.

“Darkseid...”


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: Themyscira sob ataque!



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