Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 30
A Tentação do Superman


Notas iniciais do capítulo

Hey, people!
Como estão?
Como prometi no último capítulo,um pouco mais de romance.



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Março de 2016

A noite está límpida, sem uma nuvem no céu. Seattle não é das cidades mais poluídas, então é possível observar as estrelas cintilando, estrelas essas que podem até já estar mortas, tal o tempo que a luz emanada por elas demora para chegar ao nosso planeta.

Em seu belo escritório, localizado na torre Papperman, Nevel observa a cidade.

Seu humor havia melhorado um pouco, depois da perda da kryptonita devido à ação intempestiva de Tony Stark. Ele sabia que não podia confiar naquele viciado, mas tinha esperanças de que sua genialidade compensaria esse problema.

Agora, ele ainda possui todo o projeto da armadura Homem de Ferro, mas não havia no mundo fonte energética adequada que a fizesse funcionar. Ademais, mesmo com poder máximo, ela tinha sido ineficaz contra o alienígena.

Restava a Nevel a esperança de localizar outra amostra de kryptonita, ou algum fruto do projeto de Banner, até o momento sem resultado algum.

O jovem bilionário pega seu suco de beterraba, se levanta e vai em direção à larga vidraça, na esperança de espairecer e conseguir alguma ideia brilhante de última hora.

Nevel se perde ao observar o horizonte.

De repente, uma imagem que surge do nada o faz derrubar o suco, além de fazê-lo cair ao chão, sentado, de forma patética.

Ainda que estivesse escuro, as cores primárias de seu uniforme eram inconfundíveis. Tratava-se do Homem de Aço, flutuando logo à frente da vidraça, com seus braços cruzados.

Nevel se levanta e brada contra o herói.

“Maldito alien!”

Superman apenas o fita.

“O que você quer? Eu tenho câmeras que vigiam o meu escritório.”

Os olhos do kryptoniano se incendeiam de vermelho, e palavras começam a ser incineradas no vidro, perfeitamente legíveis para o pequeno bilionário.

Eu sei, Nevel. Sei que sua maldita empresa estava por trás do Homem-Hídrico e do Homem de Ferro. Qual será a próxima surpresa? Você não perde por esperar, ainda vou conseguir incriminar você e extirpar esse câncer de Seattle.

Após escrever isso, apenas se vê um borrão azul e vermelho desaparecer pela noite.

Nevel range seus dentes, e bate com os punhos na vidraça. Sua raiva pelo herói não podia ser mensurada. Ele faz uma nota mental para que se lembrasse na manhã seguinte de contratar um vidraceiro para ‘apagar’ a lembrança.

Acalmando-se, o empresário senta-se à sua mesa, e começa a raciocinar. Talvez, dentre os materiais colhidos por Lara, houvesse outro exemplar de kryptonita.

No dia seguinte, ele ordenaria que todos os materiais extraterrestres fossem colhidos e analisados, tendo como parâmetro o relatório da kryptonita.

Procurando esquecer seu inimigo, ele acessa o site do Seattle News, clicando em uma matéria feita por Carly Shay. Nevel admira sua pele, os movimentos dos seus cabelos, sua voz suave. Era hora de tentar algo com ela.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Sam está vendo a TV na sala da casa da Sra. Benson, procurando aproveitar cada segundo antes que sua sogra a chame para o almoço, que está sendo preparado por ela e seu filho, que por acaso também é o namorado da loira.

Ela detesta esses programas-família.

Por sorte, eles se limitavam a uma ou duas vezes por mês. Sam adora comer, mas a sua sogra insiste em preparar pratos insossos e supostamente saudáveis para seu filhinho, o que a jovem não entendia, uma vez que seu namorado tinha a saúde de ferro, ela se lembra de vê-lo doente somente uma vez. Era fraco como uma lagartixa, mas a saúde era muitíssimo boa.

“Samantha, querida, o almoço está servido!” – até a voz da mulher a irritava.

Com um suspiro, ela se levanta e vai até a sala de jantar, onde Freddie coloca uma travessa com algo que Sam não consegue identificar. Havia verde demais ali, sinal que não devia ser muito saboroso.

A contragosto, ela puxa uma cadeira e se senta.

Sam pega um prato e despeja o que parece ser brócolis, seguido de algumas pequenas batatas (talvez a única coisa boa da mesa), uma carne assada que parece ser insossa e um molho que não tem gosto. Ela força um sorriso, para agradar Freddie.

“Sabe, Samantha...”

“Dona Benson, eu preferia mesmo que a senhora me chamasse de Sam...”

“Samantha é mais bonito. Então, Samantha... estive pensando... a sua profissão é muito perigosa... fico preocupado se os vilões não podem descontar sua raiva de você no meu indefeso Freddie...”

“Pela quinquagésima vez, Sra. Benson... não tem problema... ninguém nunca teve um problema desses lá na SWAT...”

“Mamãe, por favor... não incomode a Sam com isso de novo!”

“Está bem, está bem... desculpe, é que me preocupo tanto com meu bebê, ele é tão frágil...” – a mulher afirma, fazendo carinho no rosto do filho com sua mão direita.

Sam apenas olha para cima e se controla para não falar nenhuma besteira, não queria brigar com seu namorado por causa da sogra.

Finalmente, após horas tortuosas, ela está livre com Freddie para passear pela cidade.

“Sua mãe... sua mãe...” – ela lhe diz, enquanto segura forte seu braço.

“Desculpa, Sam... mas você sabe, minha mãe é super... protetora.”

Ela pega no braço dele, e, por incrível que pareça, isso era uma tortura, pois seus braços eram belamente definidos, fazendo-a suar só de pensar em como seria vê-lo sem nada. Mas, mesmo depois de vários meses namorando, ainda não tinham saído da estaca zero.

“Você tem entrevista hoje, né?”

“Sim, vou entrevistar às cinco o curador do museu da cidade.”

“Bom, acho que vou passear no shopping, então.”

“Ah, legal...”

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Sam está andando pelo shopping da cidade, zanzando pelos corredores, com duas missões em mente: achar um presente para seu namorado e um vestido para a festa de aniversário surpresa dele.

Freddie continuava nerd, e, consequentemente, era fácil achar algum presente para ele, bastava ser uma peça de tecnologia. Uma rápida olhada em uma loja da Pear e a loira escolhe um novo tablet lançado pela corporação, que exibia figuras em holograma.

Satisfeita com a compra, ela sai à procura do segundo item, um vestido.

De repente, depara-se com uma vitrine que exibia um manequim que tinha um corpo parecido com o seu: não muito alto, curvas acentuadas, seios abundantes. O vestido posto nele era deslumbrante.

Sam olha para o manequim e sorri.

“Benson, Benson... é hoje que você não me escapa.”

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Freddie está em seu banheiro, em frente ao espelho localizado acima da pia.

Seu cabelo está bagunçado e a barba por fazer; esse era um problema sério para ele, sua barba crescia muito rápido, e, para mantê-la bem feita, precisava se barbear todos os dias.

Tal fato já chateia todos os homens, para Freddie, então, era pior ainda, pois era impossível cortar os pelos de sua barba com um barbeador.

Mas felizmente ele havia achado uma solução.

Seu olho direito dispara um feixe da sua visão de calor em intensidade baixa, que reflete no espelho e atinge seu rosto, queimando os pelos. Freddie faz isso há tanto tempo que sua pele já estava acostumada a suportar o calor. 'Cortar' o cabelo era mais difícil: ele precisava fazer um malabarismo com dois espelhos, mas, geralmente, o produto final era satisfatório.

“Liso como bunda de neném...” ele se gaba, passando a mão pelo queixo.

Freddie entra debaixo do chuveiro (sempre no frio, o rapaz tinha consciência ecológica) e toma um rápido banho.

O rapaz se seca rapidamente e, ainda no banheiro, passa uma colônia, a preferida da sua namorada.

Após, escolhe algumas roupas e se arruma para sair, sua namorada loira e seus amigos mais próximos haviam combinado de todos irem a uma danceteria para a comemoração de seus 22 anos. Todo mundo ficou de se encontrar no local, a danceteria mais popular da cidade, a Daxam.

Era até melhor assim, ele chegaria mais rápido.

Com seus poderes, Freddie olha para fora antes de sair pela janela, que dá nos fundos de um beco (ele havia escolhido esse apartamento justamente por isso) e, após se certificar que estava tranquilo, sai voando por Seattle.

Em pouco tempo ele chega próximo à danceteria, onde escolhe um local deserto para aterrissar e chegar a pé à danceteria. Havia uma grande fila na entrada, o local era concorrido, em especial às quintas-feiras, exatamente o dia da semana em que estavam. Na fila, patricinhas, mauricinhos, jovens descolados, geeks... a Daxam era uma danceteria bastante eclética.

Não demorou muito para que Freddie visse uma mão se agitando no meio do povo. Era sua amiga Carly, querendo lhe chamar a atenção. Ao lado dela, estavam Spencer e sua noiva, Lucy, e Gibby e sua namorada, Roxy. Ele fica um pouco curioso, pois não acha Sam entre eles.

“Oi, Freddie!”

“Oi, galera... cadê a Sam?”

“Ela me disse que ia vir sozinha, já deve estar chegando... ah, olha ela lá!”

Freddie se vira para olhá-la, e seus olhos quase caem quando a localizam. Ela estava com um vestido prata curto com detalhes em preto colado ao seu belo corpo, que realçavam cada curva dele. Para melhorar a situação, o vestido tinha um generoso decote, que evidenciava os belos e fartos seios da sua namorada. Ela havia alisado seu cabelo, e maquiado seu rosto de maneira sutil, mas muito eficiente, deixando-a linda.

Ela o abraça e lhe dá um selinho.

“Oi, amore!”

“O-O-Oi, Sam...”

“Yeah, balada, baby! Faz tempo que a Mamãe não se diverte!”

Ela se posiciona ao lado dele e o abraça pela cintura. Sam repara no olhar do seu namorado, que praticamente a come viva, e isso a faz sorrir disfarçadamente.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

“Parabéns, Freddie!”

Todos estão a uma mesa, com um grande bolo à sua frente. Brindes são feitos, risadas são dadas, e, enquanto as horas passam, todos passam bons momentos juntos. O aniversariante está feliz por ter tantos bons amigos, e até esquece os problemas externos.

Depois que todos comem um pedaço do bolo, Sam se levanta e pega a mão do namorado.

“Vem, Fredonho, vamos, turma, vamos dançar!”

Freddie é praticamente arrastado até a pista de dança, onde começa a ‘tentar’ dançar, uma das coisas em que ele é péssimo. Sam, no entanto, poderia ser dançarina profissional se assim quisesse.

Ao ritmo de uma música tecno, o casal começa a se afastar dos amigos.

A loira dá as costas para o namorado e dança sensualmente, quase encostando nele. As luzes da danceteria rebatem em seu vestido, a garota se move freneticamente à frente de Freddie, que em alguns momentos apenas a observa.

Ela põe suas mãos sobre o peito do namorado, agachando-se lentamente e voltando logo em seguida.

Sam encosta seus lábios nos dele.

“Gostou? É tudo seu...” – ela diz, sem descolá-los. Logo em seguida, o beija ardentemente.

Eles continuam dançando por horas a fio até que é chegado o momento de partirem.

Spencer leva sua noiva para casa, Carly pega um táxi e Gibby e sua namorada vão de moto. Sobram apenas Freddie e Sam.

“Me leva pra casa?” – pergunta ela.

“Claro...”

Freddie faz um sinal e chama um táxi, que os leva até a casa da Sam.

Minutos depois, o casal paga o taxista e logo está à frente da porta da casa da loira, que está abraçada ao namorado.

“Entra...”

“É... está tarde...”

“Eu não tô pedindo.”

Com um pouco de esforço, ela o arrasta para dentro, fecha a porta e começa a beijá-lo.

Sem deixá-lo falar, ela puxa o zíper do vestido que está usando e o deixa cair. Ela está sem sutiã.

“Vem, Freddie... eu quero você... não tem problema você ser virgem, eu entendo, mas eu quero muito fazer isso com você. Não é tão traumático assim, eu te ensino...” – ela enrola seu braços em volta do pescoço dele.

Ele a beija e se sente mais excitado do que nunca.

De repente, Freddie começa a sentir sua visão de calor ser ativada, o que não era novidade, pois, quando ele se encontrava sob forte emoção, isso costumava acontecer; não que ele fosse soltar raios sem controle, mas seus olhos ficavam visivelmente vermelhos e brilhantes.

Temendo revelar seu maior segredo, e temeroso pelas consequências de fazer sexo com uma humana, ele para de beijá-la, separando seus corpos, enquanto cobre seus olhos com a mão direita.

“Eu não posso, Sam! Eu não posso!”

Ao vê-lo cobrindo seus olhos, um sentimento de rejeição toma o ser de Sam, que instintivamente cobre seus seios com o vestido, sentindo seus olhos encherem de lágrimas.

“Oh, meu Deus, você sente nojo do meu corpo! Você não me deseja!”

“Não, não é nada disso, eu posso explicar!” – ele tenta argumentar, mas ainda sente seu poder ativado, então, não tira a mão de cima dos olhos.

Sem se descobrir, a loira empurra Freddie em direção à porta.

“Olha pra você, seu filho duma puta! Você nem consegue olhar pro meu corpo! Você sente nojo de mim! Eu não quero te ver nunca mais!” – ela grita, com lágrimas saindo de seus olhos.

“Sam...”

“Vai embora! Sai daqui!”

Sam empurra Freddie para fora e tranca a porta.

Ela se encosta na porta e, chorando copiosamente, deixa seu corpo escorregar pouco a pouco, até ficar sentada no chão, onde permanece por quase uma hora chorando.

De repente, seu relacionamento, no qual depositara tanta esperança, havia acabado.



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Notas finais do capítulo

Seria o fim do relacionamento seddie?
No próximo capítulo, algo importante...
P.S.: O vestido da Jennette no KCA foi perfeito pra este capítulo! Bom, não sei se foi muito... apropriado pra uma premiação de crianças, mas... não reclamo não! ;) - Gostaram da capa? Espero que sim!
P.S.²: Se alguém gosta do Homem-Aranha, comecei a fazer uma fic de alguns momentos dele que não foram retratados nos quadrinhos... está no meu perfil. Estou escrevendo com muito carinho, se alguém puder dar uma olhada, me alegraria muito!
Um abraço a todos!



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