Como esperava o boato da sala de aula foi minha bebedeira. Mas não foi tão pior que ver Ricardo, se sentir vontade de matá-lo.

- Eu sinto muito, mas já estava quase na hora de entregar o carro para meu pai. – Protestou ele.

Cretino.

- Ah! Então quer dizer que a porra do carrinho do seu pai, é mais importante que minha vida?! Bom saber Rodrigo. Sabe de uma coisa! – levantei do banco. – Me esquece! Suma da minha vida! Eu podia ter morrido se não fosse pelo Pedro. Eu estaria morta!

- Quem é Pedro?

- Alguém bem melhor que você. Sai andando.

Passei no colégio de Arthur e peguei-o no horário da saída.

Seguimos para casa. Arthur cantava aquelas canções irritante que ensinavam na escola, mas estava tão irritada com Rodrigo, que aquelas canções foram como sopro de vento para meus ouvidos.

Arthur almoçou e dormiu assim que chegou.

Sorte minha.

Não estava com muita paciência com ele. Alias com ninguém. Estava no meu quarto revisando matéria quando o celular tocou. Era numero restrito hesitei em atender, podia ser algum trote de algum colega sem graça. Mas fui à sorte.

- Alo. Claudia? – Disse uma voz conhecida, mas porem que não conheci de imediato.

- Alo. Quem é?

- É sou eu. Pedro.

Meu estomago queimou de vergonha.

Em menos de dois dias ele já estava me ligando.

- Ah, oi Pedro. Tudo bem?

- Tudo sim. E você?

- Estou bem.

- Então... – Ele pigarreou- Seus pais pegaram muito no seu pé. Lembrei das palavras do meu pai.

“Isso é por que eu sempre dizia, não pode confiar em ninguém, esta vendo se você tivesse escolhido um colégio interno de freiras nada disso teria acontecido.”

- Ah, não. Eles não são rígidos. – Ri por dentro. Aquilo parecia uma piada. Meus pais rígidos? Acho que até o general do exercito era mais bonzinho que eles em certos momentos.

- Humm. Então, eu sei que parece cedo. Mas eu estava querendo muito te ver novamente.

Morde meu travesseiro. Aquele DJ lindo esta querendo me ver? Mas controlei a voz, e disse.

- Bem, é que essa semana. Estou cheia de provas, mas quem sabe a outra.

Droga! Claudia o que você tinha acabado de fazer?

Tinha jogado a chance de ficar com um cara de verdade por pura insegurança. Então antes que ele dissesse sua resposta prossegui. - Mas pensando bem, estou livre amanha no período da tarde. Esta bem para você?

- Ah, sim. Aonde podemos nos encontrar?

- Ah, que tal no seu apartamento? – senti corar por inteira. – Quer dizer, eu posso passar ai, e depois a gente podíamos ir para algum lugar. Senti que ele estava empolgado assim como eu.

- Ah, sim. Às duas e meia?

- As três. Pode ser?

- Ah, claro. Então até amanha linda.

- Até. Desligamos. Senti minhas pernas bambas.

Joguei-me na cama.