Where Is The Love? escrita por L CHRIS


Capítulo 2
Quem é de verdade, sabe quem é de mentira.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Meu nome é Claudia, tenho 16 anos. E atualmente sofro de um mal, uma mal muito ruim, que acho que esta acabando comigo, mais do que qualquer outra coisa. Essa coisa se chama amor. Era tão lindo ouvir essa palavra quando se estava amando. Mas agora, quando não é amada, parece ser uma palavra completamente sem sentindo, era como se o seu significado fosse algo de outro planeta onde eu não podia haver tradução alguma.

O mais repulguinante de estar em uma festa como aquela, é esta em uma festa e deseja não estar. Eram ridículas como aquelas pessoas que se diziam minhas amigas, me deu as costas logo no momento que mais precisei.

Mas não me lamentei diretamente com elas, até mesmo por não teria tal coragem, talvez fosse meu orgulho ou meu ego que me levaram a crer que os dois tinham os mesmo significados de certo modo.

Quando a musica lenta começou a tocar, confesso que foi ai que meu estomago começou a rodar, como poderia sobreviver aquilo. Ver meu amor, abraçado com outra. Outra que se dizia uma amiga, uma fiel companheira. E agora ali. Aos beijos com meu grande amor, talvez o ultimo, se eu não sobreviver a essa maçante dor de cotovelo.

A menos de duas semanas atrás eu e ele éramos como “Romeu e Julieta”, e agora estou fora do roteiro da sua vida, talvez por não ter atuado com perfeição.

Só quando vi seus olhos percorrem a pista de dança, e encontrarem o meus, foi que tive a certeza que tudo estava perdido, só então tive a certeza que não o amava como pensava, e que talvez um garoto do terceiro ano tivesse menos cérebro que meu irmãozinho de 10 anos, logo ele que se demonstrou tão atencioso e preocupado comigo.

Pois é.

Quem vem cara não vê coração. Estava ai uma diga para as apaixonadas de Platão.

Acho que confiar muito em algo, acaba estragando tudo. Eu aprendi com o Rodrigo o adoradinho das garotas, o aluno preferido dos professores, que confiar de mais sua vida nas pessoas era um erro, um erro cruel, porem, fortalecedor. Aconcheguei-me na cadeira, que estava perto de uma mesa onde alguns garotos cantavam uma musica irritante e que cantada por eles ficava ainda pior. Cruzei meus braços na altura dos ombros. Estava esfriando.

Já era quase três da manha quando resolvi embora, para mim a festa já tinha acabado desde que vi Rodrigo entrar de mãos dadas com Renata à festa. Mas só agüentei até aquele momento pela droga da consideração familiar a minha querida prima.

Levantei colocando meu casaco, antes de sair procurei Rodrigo, mas apenas com o olhar, queria apenas me certificar que ele estava feliz com a minha derrota, mas ele já havia ido.

Enquanto descia as escadas da gigantesca casa dos meus tios, pude ouvir vozes.

Rodrigo estava na rua.

Hesitei, quis voltar para trás ou esperar dentro da garagem até que ele fosse embora ou voltasse para festa. Mas era ridiculamente infantil pensar assim. Logo eu, que sempre quis ser a cabeça feita da família. Eu tinha que enfrentar Rodrigo todos os dias. Na escola, na aula de canto, no ciclo de amigos. Em todos os lugares, então ali seria apenas mais um daqueles “incríveis” lugares.

Enquanto terminava de descer as escadas com os saltos batendo no piso, e causando um barulho no entanto irritante. Coloquei o capuz da minha jaqueta de couro sobre meus cabelos negros na altura do ombro. Pude senti algumas gotas de água caídas sobre meu rosto. Iria chover.

Apressei-me, não queria molhar minha roupa.

Quando vi Rodrigo aos beijos com Renata, quis chorar. Parecia que todos que estavam ali olhavam e comentavam repetidamente sobre o assunto.

Apenas me despedi com um aceno, não queria muito contato com aqueles mentirosos e falsos. Por mas que até a faculdade fossem eles, que teria que sorri e tirar fotos para álbum de formatura, jurando que éramos inseparáveis, que patético.

Não teve jeito, a chuva me alcançou, tinha chegado metade do caminho quando os pingos fortes e gelados me tomaram por inteira. Cheguei a minha casa com os cabelos enxergados. Subi para meu quarto, meus pais uma hora dessas já deviam estar dormindo.

Joguei a roupa molhando em um canto do meu banheiro, tomei um banho demorado. Coloquei meu pijama. Enquanto me preparava para dormir, pude ouvir os relâmpagos caírem do seu. Por um motivo bem imbecil desejei que um desses raios caísse na cabeça de Rodrigo. Mas logo depois ri da minha própria decisão tolamente incorreta.

Adormeci horas depois.


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Notas finais do capítulo

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