Me virei para ir até meu quarto, subi rapidamente as escadas e me tranquei lá. Fiquei horas apenas pensando na vida e cantando algumas músicas que conhecia. Eu adorava cantar e todos me diziam que eu tinha uma voz linda. Me calei no momento em que ouvi leves batidas na porta do meu quarto, caminhei até lá, destranquei a porta e dei de cara com um Draco Malfoy um pouco alegre demais.

- Fala fuinha. – falei para provocá-lo.

- Arg, você não irá destruir minha alegria. – Disse-me ele rindo. – Eu irei rever meus pais. E Milord está te chamando na sala.

Dito isso, ele virou-se e foi para seu quarto. Pelo que eu sabia até agora, Malfoy foi obrigado a ficar aqui com Voldemort... Com Tom. Até que Tom não era um anfitrião tão ruim... pelo menos não quando não tentava me lançar certas maldições.

Fui caminhando rapidamente até a sala, eu posso ser irresponsável, mas não sou louca e sei que quando Tom se irrita, é melhor sair de perto.

Cheguei lá e encontrei um Tom sorridente.

POV Tom Riddle

Foi a melhor noticia que aquele paspalho do Michiggan poderia me dar. Agora sim ela poderia ser novamente minha. Mas pelo jeito ela ainda não sabe disso. Bem, ela descobrirá hoje no jantar em que iremos. Sorri com a ideia.

POV Hellena

- Olá Hellena. – Disse-me ele gentil. Ih, lá vem bomba.

- Uhm, olá Tom. – respondi com a mesma gentileza.

- Desculpe lhe incomodar, mas queria avisar que hoje terei um jantar na casa dos Malfoy’s. – Falou-me.

- Ah, claro.

- E você irá comigo e com o fedelho Malfoy. – Disse-me ele naturalmente.

- E por que eu iria? Os Malfoy’s não gostam de sangues-ruins. – Disse sincera.

- Eles não ousariam se opor a minha escolha de levá-la como minha acompanhante. – Disse ele sério.

- Mas eu não gostaria de ser ofendida, Tom.

- E não irá ser. Você é muito melhor que a maioria que estará presente lá.

Eu realmente não entendi por que Tom está me tratando assim. Mas resolvi não discutir mais.

- Tudo bem, vou escolher alguma coisa para usar.

- Claro, mas antes gostaria de lhe dar algo. – Disse-me ele pegando algo, que só agora eu notei, em cima da mesa. – Pegue, é um presente e eu gostaria que você usasse hoje.

Eu peguei a caixa de sua mão e abri. Dentro haviam três jóias maravilhosas, e uma delas eu reconhecia.

- Era meu. Quero dizer, da Lorena. – Eu disse, sentindo meus olhos marejarem.

- Sim, e é seu por direito. - Respondeu-me ele singelamente.

- Obrigada Tom. – E sorri sinceramente para ele.

Corri para o meu quarto para escolher uma roupa, procurei no closet e achei uma que seria perfeita.

Fui tomar um banho e quando saí do quarto vi algo que me surpreendeu. Minha varinha estava em cima da minha cama e ao lado havia um bilhete na linda e elegante caligrafia de Tom.

Você irá precisar dela para se arrumar.

Com carinho, Tom.

Peguei a varinha, ele tinha razão: eu iria precisar dela.

Fui até o closet, pus o vestido e com alguns acenos de varinha eu estava pronta. Coloquei a varinha dentro da pequena bolsinha que eu carregava em que eu havia lançado um feitiço expansor indetectável.

Caminhei até minha penteadeira e peguei a caixa de jóias que eu havia deixado ali. Logo pus as jóias e em seguida me olhei no grande espelho que havia ali.

Eu realmente estava linda.

(Roupa Hellena: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=41740649&.locale=pt-br)

Quando dei por mim já haviam se passado 3 horas, faltavam 3 minutos para as 8 e eu me atrasaria se não corresse.

Cheguei no salão e Tom e Draco já estavam lá. Draco abriu a boca quando me viu e Tom apenas sorriu de lado e me estendeu a mão.

Juntos, nós três, aparatamos.

Quando abri os olhos estávamos no meio da sala de uma casa muito luxuosa. Era a mansão Malfoy. Draco rapidamente se encaminhou na direção de uma mulher loira, bonita e muito elegante, supus que aquela fosse sua mãe, Narcisa Black Malfoy, ele abraçou-a e cumprimentou formalmente seu pai, Lúcius Malfoy.

Em seguida, todos que estavam no local olharam para mim e para Tom, quando o viraram fizeram uma reverencia e eu rolei os olhos, me segurando para não rir. Tom engatou seu braço no meu e caminhou até a mesa de jantar, onde sentou em uma das pontas. Uma comensal, que eu reconheci do profeta diário, chamada Bellatriz Lestrange foi sentar-se rapidamente ao lado direito de Tom, mas este a impediu.

- Não Bellatriz, este é o lugar da minha acompanhante.

- Co-como Milord? – Perguntou ela com uma voz aguda e chorosa.

- Venha sentar-se aqui, Hellena. – Eu apenas fiz o que ele mandou.

Mas quando cheguei ao tal lugar, a Lestrange ainda estava parada impedindo que eu me sentasse lá.

- Uma sangue-ruim sentada ao seu lado direito, Milord? – Disse ela raivosa.

Tom levantou-se abruptamente assustando a todos, inclusive a mim. Olhou ela de uma forma que faria qualquer um se encolher de medo ao ser encarado, e foi exatamente isso que ela fez.

- Nunca mais ouse chamá-la assim, Lestrange. E a próxima vez que desobedecer uma ordem minha, será severamente punida. Agora dê o fora daqui e deixe Hellena sentar-se.

Ela imediatamente fez o que ele mandou. E eu também não fui louca de não obedecer.

O jantar seguiu normalmente dali em diante, com Lestrange me fulminando com o olhar, Lúcius me olhando com nojo e Narcisa sorrindo educadamente para mim, como quem pedisse desculpa pela atitude dos outros dois.

Assim que terminamos de jantar, Lúcio arrastou Draco e Tom para a sala, imagino para que.