Quando O Passado Pesa escrita por Kiahna Gallagher, Jane Maddison


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, resolvi postar já...
Beijinhos (:
#Lumos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/175478/chapter/2

Quando acordei eu estava em um local escuro. Acho que era um porão, mas não sei confirmar isso, já que nunca estive em um porão. Fiquei andando pelo cômodo durante o que me pareceram ser 2 horas, até que desisti de tentar fugir. Foi ai que lembrei-me que sou uma bruxa e posso aparatar. Mas para meu azar, estava sem varinha e o porão era anti-aparatação (até porque eu não precisava de varinha para isso, não é a toa que sou considerada a melhor aluna que Hogwarts já teve, competindo talvez com o próprio Lord das Trevas). Assim que terminei este meu pensamento a porta do cômodo se abriu e por ela passou um comensal da morte. Este me olhou de cima a baixo e sorriu. Agora me lembrei da roupa, corei até a raiz de meus cabelos já vermelhos. (Roupa da Hellena: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=39676999&.locale=pt-br)

- Uhm, que gracinha; a sangue-ruim até que é gostosa – O comensal dizia isso enquanto aproximava-se de mim. – Até que poderei me divertir, tenho certeza que Milord não se importará.

E quando acabou de falar me prensou na parede, colocando sua mão por baixo da minha blusa. Eu gritei, assustada e com medo. Mas tudo que o homem fez foi dar-me um tapa no rosto.

Estava desesperada, enquanto o homem arrancava minha blusa e beijava meu colo. Não sabia o que fazer, mas tentava lutar contra ele.

- Me solta. – implorei, novamente pedindo a Merlin que me livrasse daquilo. Não sei se ele escutou minhas preces, mas desde que a porta se abriu eu pergunto-me se ele precisa de um aparelho para audição.

Quando ouviu o ranger da porta, o tal comensal me soltou e eu cai de joelhos no chão. Chorava silenciosamente. O comensal fez uma reverencia exagerada e foi neste momento que eu vi Voldemort.

Ele estava com uma capa preta, e tenho que ser sincera: o bichinho era feio de doer.

Eu continuava a chorar, mesmo que tentasse, não conseguia parar. Foi ai que Lord Voldemort olhou na minha direção. Seus olhos faiscaram em vermelho.

- Rockwood, se você chegar perto dela novamente sem meu consentimento, eu mesmo lhe punirei. Entendeu? – Perguntou Voldemort com um sibilo ameaçador.

- Si... sim Milord. – Disse ele e saiu correndo ao ver o olhar que você-sabe-quem lhe lançava.

Voldemort se virou para mim.

- Você sabe quem eu sou, menina? – Perguntou ele.

- Sim, você é Lord Voldemort, Lord das trevas, e o bruxo que mais odeia pessoas como eu: Mestiços. – Respondi automaticamente. E arregalei meus olhos assim que acabei de falar. Em seguida me encolhi perto da parede, com medo do que viria.

- Ótimo, ótimo. Agora diga-me quem és. – Disse-me ele.

- Me chamo Hellena Rawilen, sou uma mestiça, sou da corvinal, tenho 17 anos. Sou considerada uma das alunas mais inteligentes que Hogwarts já abrigou.

POV Voldemort

Mais inteligente? Quem aquela menina achava que era? A aluna mais inteligente que já esteve em Hogwarts foi Lorena Rosier Liwner. Bufei. Em seguida, descontei toda minha raiva na menina. Segurei seu pulso e a puxei escada a cima.

Ou pelo menos era isso que eu gostaria de fazer, já que a menina gritou, soltou-se de meu aperto e pôs as mãos nas temporas.

POV Hellena

Assim que ele pegou em meu pulso algo aconteceu. Era como um filme, imagens vinham a minha cabeça. Eram lembranças, mas elas não me pertenciam.

Era um garoto moreno e uma menina ruiva. Eram namorados pela forma como se tratavam. Eu o vi pedi-la em namoro, eu o vi rir com ela e tratar os outros com indiferença e eu ouvia os pensamentos da garota sobre tudo aquilo.

Senti meus joelhos chocarem-se contra o chão de pedra do porão e apaguei.

Acordei ouvindo vozes. A sensibilidade do meu corpo voltando aos poucos, pude sentir um chão frio sob mim.

- Deixe-me acabar com isso, Milord. – Dizia uma voz que eu não reconhecia.

- Não! – Berrou irritada a voz de Voldemort – Ninguém encostará na garota.

- Mas Milord... – Dizia uma voz esganiçada e feminina.

- Sem “mas” Bellatriz. – Disse ele, parecendo mais calmo. – Ninguém chegará perto desta menina, entenderam bem? Agora fora daqui.

A pergunta dele saiu de uma forma ameaçadora e pude ouvir um coro de “Sim, senhor, Milord”.

Então mais uma voz apareceu.

- Milord, ela não é Lorena. – Dizia a voz calmamente. – A Lorena não pode voltar, ela esta morta.

- Como ousa, Lúcius? Como ousas falar dela? – Peruntou Voldemort com um silvo irritado. Ele parecia uma cobra quando falava assim.

- Milord, meus pais foram amigos de Lorena. Minha mãe fazia questão de contar-me como perdeu uma irmã. Contar-me e incentivar-me a vingá-la, acabando com trouxas, sangues-ruins e traidores do próprio sangue.

- Eu entendo, Lúcius. – Disse Voldemort, calmamente. – Mas não estou confundindo ninguém, sei muito bem que ela não é a Lorena.

Ele falou o nome da garota como se isso lhe cortasse a garganta.

- Desculpe a ousadia Milord. Vou me retirar. – Dizia Lúcius (que me lembrei ser pai do fuinha albina).

Escutei passos na minha direção.

- Você é tão parecida com ela. – Dizia Voldemort, suavemente. Tão suavemente que isso não parecia ser coisa dele. – Você vem comigo.

Dizendo isso, pegou-me em seu colo (e eu morri de medo) e logo senti a sensação de aparatação.

Senti que ele andava comigo, subia escadas, e finalmente que me colocava em algum lugar macio.

Abri meus olhos lentamente, mesmo sabendo que isso poderia custar a minha vida.

Ele me olhava com seus olhos em fendas.

- Uhm, oi?! – Foi a coisa mais inteligente que consegui pensar em falar. Ah dá um desconto. O bruxo mais terrível do mundo estava me olhando fixamente a pelo menos 4 minutos.

- Ah, vejo que a Srta acordou. – Disse ele com sua voz ofídica.

- Sim, senhor. Não quis lhe incomodar. – Disse a ele, minha voz tremendo um pouco. – Mas se o senhor não se importar, prefiro morrer agora.

Ele me olhou assustado. E depois deu uma risada.

- Me encontre na sala de jantar, é no andar inferior. Tem roupas no closet, elas devem servir em você. – Dizendo isso, ele apontou para uma porta e saiu do quarto.

Legal, tenho um jantar com o bruxo mais temido do século, que parece uma cobra, é malvado, provavelmente irá me envenenar e o pior: que não tem nariz!

Levantei da cama e só então percebi como estava cansada. Andei até uma terceira porta no quarto e abri. Era o banheiro mais perfeito que já tinha visto. Era magnífico. Resolvi tomar um banho antes de trocar de roupa. Seria o mínimo de higiene.

Quando sai do banho ainda enrolada na toalha prestei muita atenção ao quarto e ele era extremamente lindo.

Andei até o closet ao qual ele me indicou antes e abri a porta. Meu queixo bateu no chão. Ainda bem que ninguém viu minha cara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço Rewiews?
#Nox