Irresolution escrita por CamilaSS


Capítulo 5
I Can't


Notas iniciais do capítulo

olá.
me perdoem pela demora, falei que iria postar mais, já que estou de férias, mas passei por um surto de falta de criatividade, rs.
Espero que gostem, boa leitura ;)



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Passamos a noite toda explicando as coisas sobrenaturais que estavam acontecendo em Mystic Falls para Meredith. Ela sempre foi cética, dificilmente acreditava em algo... Mas a prova estava ali, na sua frente. Caroline. Bonnie. Até mesmo eu era uma prova desse sobrenatural.

- Então quer dizer que a Car é uma vampira, Bon uma bruxa e você, Elena, é uma cópia que namora um vampiro que tem um irmão também vampiro? – disse ela tentando por um pouco de humor na frase, tentando esconder o medo.

- Isso mesmo. – respondi envolvendo meu corpo com os braços.

- Ok. – Meredith tomou o último gole de seu chá. – Preciso dormir pra assimilar tudo isso melhor. – disse ela.

Meredith se levantou, foi até a cozinha deixar sua caneca e voltou para a sala, deitando-se em seu colchão. Olhei de Caroline para Bonnie, voltando ao rosto de Caroline, ela estava preocupada, muito preocupada. Fui até ela e a abracei.

- Meredith é forte, ela vai entender. – sussurrei em seu ouvido. – Só precisa de um tempo pra assimilar tudo.

Por fim nós três nos sentamos no sofá, entreolhando-nos novamente. Eu e Bonnie tentávamos passar segurança para Caroline pelo olhar. Pareceu funcionar, a ruga que formava em sua testa quando preocupada foi sumindo aos poucos e quando havia sumido de vez ela apertou minha mão e a mão de Bonnie e disse:

- Vamos dormir, amanhã resolvemos isso.

Bonnie e eu assentimos e escorregamos do sofá para nossos colchões. Sabíamos que não conseguiríamos dormir, mas não custava nada tentar. Olhei para a morena ao meu lado e perguntei:

- Existe algum feitiço para dormir?

Bonnie sorriu, sibilou algumas palavras ininteligíveis e soprou de leve em mim. Dei um longo bocejo e apaguei.

Acordei com o sol no rosto. Apoiei-me nos cotovelos para olhar as meninas. Caroline e Bonnie dormiam, mas Meredith... Ela não estava ali. Rapidamente me levantei, fui até a cozinha, que por sorte era onde ela estava.

- Bom dia. – foi quase um sussurro.

- Bom dia. – Meredith forçou um sorriso.

- Dormiu bem? – perguntei.

- Sim... E você? – disse ela dando-me as costas para pegar uma caneca no micro-ondas.

- Também. – sorri.

- Elena... Acho que estou pronta pra ouvir mais sobre... Sobre... – ela não iria conseguir dizer a palavra.

- Sobre os vampiros. – completei e ela assentiu.

Eu bem sabia como era difícil e lento esse processo de aceitação aos vampiros, mas Meredith estava dando um grande passo procurando saber mais sobre eles.

Puxei uma cadeira da mesa e sentei, gesticulando para que ela fizesse o mesmo.

- Então... Primeiro quero que você esqueça tudo o que sabe sobre eles... Esqueça a ficção. Eles refletem no espelho, aparecem em fotos, prata não faz nada a eles, não tem problemas com alho, e eles não dormem em caixões, pelo menos não a maioria deles, só os mais macabros. – falei tentando fazer algum humor. – A única verdade na ficção é que, sim, uma estaca no coração pode matá-los, o fogo e o sol também.

- Mas como Caroline pode sair ao sol? – perguntou-me ela.

- Há vampiros como Caroline, Stefan, Damon e alguns outros que tem uma jóia com uma pedra chamada Lápis-lazúli, que se enfeitiçada permite aos vampiros andarem a luz do sol.

- Hm interessante... – Meredith fez cara de pensativa, estava formulando uma pergunta, se bem a conhecia. – E quanto a... Alimentação deles? – ela colocou tudo pra fora de uma vez.

- Sabia que essa pergunta chegaria. – ri lembrando-me de quando descobri que Stefan era um vampiro. – Eles podem comer a nossa comida normalmente, assim como beber as nossas bebidas normalmente, mas o que os mantém vivos é o sangue. – falei e vi uma pontada de terror voltando aos olhos de Meredith. – Há vampiros como Stefan, que optaram por uma dieta de sangue animal, como os Cullens em Crepúsculo. – não pude deixar de apresentar essa infeliz referência. – Mas a maioria se alimenta de sangue humano... Não se preocupe nem Caroline, nem Damon, atacarão você. Eles têm se comportado muito bem, tomando somente bolsas de sangue. – parei por um momento e vi Meredith soltando um pequeno alívio.

- E você... Como namorada de um vampiro... Pretende se transformar em uma? – ela perguntou.

- Não... Pelo menos não tão cedo. – falei pensando bem no assunto. – Eu tenho sonhos Meredith, você sabe... Construir uma família... Ter filhos... E me transformando eu não vou poder ter nada disso. – falei cabisbaixa.

- Mas como você terá tudo isso sendo que o amor da sua vida, Stefan, ou Damon, você que sabe, é um vampiro e não poderá te dar isso? – instigou-me ela.

- Eu não sei. – admiti. – Ainda não pensei muito bem nisso.

- Bom dia meninas. – disse Bonnie entrando na cozinha.

- Bom dia. – Meredith e eu dissemos juntas e rimos.

- Seu príncipe te mandou uma mensagem. – disse Bonnie mostrando meu celular em sua mão.

Fui afoita pegá-lo e me decepcionei ao ver que a mensagem era de Stefan. Espera aí? Me decepcionei? Oh meu Deus! Estou ficando louca, louca, louca.

Bom dia, linda! Tenho planos para hoje... O que acha de um dia só nosso? Era o que ele enviou... E pesando bem, eu estava precisando mesmo disso. Só eu e ele... Sem nem vestígios de Damon por perto. Eu precisava esquecê-lo.

Comecei a escrever: Casa do lago dos meus pais. Venha me buscar na casa da Caroline às 10h. Enviei.

- Hmmm... Damon? – perguntou Meredith rindo.

- Não. Damon não é meu príncipe. – ri. – Vou abandonar vocês... Final de semana romântico com o Stefan na casa do lago.

- Hmmm safadinhos! – disse Bonnie me dando um beliscão.

- Quem é safado? – Caroline apareceu na entrada da cozinha toda desgrenhada com cara de sono.

- Elena vai passar um final de semana romântico na casa do lago com o Stefan. – adiantou Bonnie.

- Ah, droga. Devia ser o Damon. – disse Caroline.

- Car, você não acha que já passou dos limites com essa história de eu ficar com o Damon? – ralhei. – Eu amo o Stefan.

- Mas tem uma baita queda pelo Damon. – ela deu de ombros.

- Nem vou discutir com você. – me levantei. – Tenho que arrumar minhas coisas, Stefan vem me pegar às 10.

Juntei toda minha bagunça, colocando de qualquer jeito dentro da bolsa. Fui ao banheiro para fazer minha higiene matinal e trocar de roupa. Em vinte minutos estava pronta. Voltei à cozinha onde as meninas conversavam animadas. Pelo jeito Meredith já se conformara e isso me deixava mais aliviada para deixá-las. De certo modo eu era a ponte entre Meredith e Bonnie e Caroline, porque pra começo de conversa, antes de toda história sobrenatural, fui eu quem as apresentei, e depois, eu era a mais “normal” dentre nós três.

- Ual. – disse Caroline assim que entrei na cozinha. – Tudo isso pra ele?

- Nem comece Car. – falei.

- Ok. Mas ta linda amiga! – disse ela.

- Obrigada. – dei um sorriso torto.

- Um certo vampiro ligou para você. – disse Bonnie passando meu celular.

- Damon? – meus olhos se estreitaram ao ver seu nome no tela do celular.

- É... Ele te ama amiga. – disse Caroline, ao que eu respondi somente com um olhar de matar.

- Desculpa Elena, mas pelo que vocês me contaram... Eu acho que a Car ta certa. – disse Meredith.

- Nem se não estivesse... Eu já falei que amo o Stefan e sempre será ele. – falei.

- Que bom. – sussurrou uma voz atrás de mim. No mesmo instante senti braços sendo passados ao meu redor, puxando-me contra um corpo bem definido e gélido, que mais parecia uma escultura de mármore.

- Como assim você simplesmente invade a casa dos outros sem ao menos bater? – ralhou Caroline.

- Oi Stef. – virei meu rosto o suficiente para juntar nossos lábios.

- Estava ouvindo a conversa de vocês, e depois do que a Elena disse não resisti, tinha que abraçá-la. – ele disse todo galante.

- Não vai me apresentar? – disse Meredith interrompendo.

- Ah... Amor, essa é a Meredith, aquela amiga que eu te contei, que tinha se mudado para Londres. Meredith, esse é o Stefan, amor da minha vida. – falei, juntando meus lábios aos dele.

- Muito prazer Meredith. – disse ele, pude ver pelo canto dos olhos que sorria.

- O prazer é meu. – Meredith disse tímida.

- Vamos? – Stefan virou seu rosto para mim, naquela distância mínima.

- Vamos. Só preciso pegar minhas coisas. – falei me libertando de seu abraço.

Fui até a sala, onde peguei minha bolsa e já voltei até a cozinha, onde estavam todos. Dei um abraço em Bonnie, em seguida em Caroline, deixando o abraço mais longo e apertado em Meredith.

- Tchau meninas, divirtam-se. – falei.

- Vocês também. – disse Bonnie.

- E juízo hein! – disse Caroline, soltando uma risada estrondosa.

- Pode deixar. – disse Stefan, puxando meu corpo, colando-o ao dele.

- Tchau. – disse Meredith, ainda tímida.

Stefan e eu saímos da casa abraçados, com as meninas logo atrás de nós. Dei a Stef a chave do meu carro e entrei no lado do passageiro. As três ficaram acenando na porta até onde pude ver. Só então me virei para falar com Stefan.

- Preciso passar em casa para pegar algumas coisas. – falei.

- Tudo bem. – ele sorriu, sua mão pegou a minha num leve aperto.

Não demorou muito para que chegássemos a minha casa. Stefan ficou esperando no carro, então tratei de ser rápida. Jeremy estava na sala, jogando vídeo-game.

- Ué, voltou mais cedo? – perguntou ele, estreitando os olhos.

- Vim pegar umas coisas minhas, vou passar o final de semana na casa do lago com o Stefan. – falei enquanto pegava a chave da casa na estante da sala.

- Ta bom. – Jeremy deu de ombros.

Subi as escadas apressadamente. Já em meu quarto, escancarei meu guarda-roupa pegando algumas peças aleatórias e colocando-as na bolsa. Peguei alguns lingeries que estavam desdobradas na primeira gaveta da minha cômoda velha.

- Hmmm... Sexy Elena. – ouvi uma voz atrás de mim que me provocou arrepios.

- Damon. – me virei, largando a lingerie na gaveta aberta. – O que faz aqui?

- Estava passeando por perto... Resolvi chegar... Já que você não atende minhas ligações. – Damon passou por mim, pegando a calcinha que eu largara na gaveta.

- Não ouvi meu celular tocar. – falei, tomando a calcinha de suas mãos.

- Retornar que é bom, nada não é? – Damon fez cara feia.

- Ah Damon, me dá um tempo, por favor, vai. – coloquei a tal calcinha e mais alguns outros lingeries na bolsa.

- Vai dormir fora de casa? – perguntou ele curioso. – Final de semana romântico com o meu irmãozinho? – supôs. – Vai com calma, Stefan tem o coração fraco. – Damon riu sozinho.

- Tchau Damon. – peguei minha bolsa e desci.

Argh, como eu podia ter algum sentimento por aquele insuportável, chato, intrometido, idiota, lindo, perfeito... Uh, chega!

- Tchau. – falei ao passar por Jeremy.

Entrei no carro, jogando a bolsa no banco de trás. Stefan sorria para mim. Imaginando que Damon estava atrás de algum arbusto ou árvore – ou pelo menos esperando por isso – beijei Stefan de uma forma quente, luxuriosa. Eu diria que de dar inveja.

- Vamos? – disse, antes que aquilo se aprofundasse demais.

Stefan tirou sua mão de minha coxa, voltando para o volante. Ao passar por algumas árvores pude jurar ter visto alguém, mas não queria pensar nisso agora, não podia.

- Senti a sua falta. – disse Stefan depois de quase dez minutos de silêncio. – Sinto a sua falta em cada segundo longe de você, cada mísero segundo me faz sofrer, e é um sofrimento incalculável.

- Aw, eu também sinto sua falta... A todo o momento. – permiti-me colocar minha mão em sua perna, mesmo que parecesse meio estranho, abusado demais.

- Eu não sei se você está sentindo, o que é... Se é coisa da minha cabeça, mas está um clima estanho entre nós, desde que Klaus foi morto... Isso está acabando comigo, e Elena, não adianta ficarmos juntos se não for real pra nós dois. – Stefan falou sério, seus olhos fixos nos meus.

- É real Stefan... Eu sinto isso. Eu te amo. O que está acontecendo é culpa do tempo que passamos separados, mas vai voltar ao normal. Só depende de nós, e eu estou disposta a fazer com que volte como era antes. – falei com uma pontada de desespero, não conseguia pensar numa vida sem Stefan.

- Fico feliz que você esteja mesmo disposta a tentar. – disse ele cordialmente. – Te senti meio distante esses últimos dias, mas deve ter sido coisa da minha cabeça.

Não era coisa da cabeça dele, eu estava distante, por motivos que agora eu não queria lembrar, que não tinham a menor importância agora, porque a única coisa que importava ali era ele. Eu e ele. Juntos.


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Notas finais do capítulo

primeiramente, quero esclarecer que não tenho nada contra crepúsculo, até gosto, mas coloquei aquele "infeliz" quando me referi a eles, porque para mim, eles não são vampiros mesmo, não podem ser... enfim, não me levem a mal por aquilo.
também quero pedir para as Delenas não me matarem com esse momento fofinho Stelena, saibam que não me faz feliz escrever isso, mas é necessário, então... não me abandonem porque os momentos feliz de Delena virão!
enfim, o que acharam? mereço reviews?