Doce Vingança escrita por Alana5012


Capítulo 11
Arrependimento


Notas iniciais do capítulo

Legenda
Diálogos: - Sim, cuidarei dela exatamente como cuidou de mim por todos esses anos, irmão...
Pensamento: "Itálico"
Lembrança: Negrito
Narração: E foi a partir daí que a cólera se apossou também do Uchiha mais novo, que prometeu vingança ao irmão tão rude.
Mudança de Tempo e Espaço: ●๋..●๋



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•..●

A mesa do café esbanjava fartura. No entanto, a menina não sentia fome. A noite transcorrera de forma tranquila: o Uchiha adormecera agarrado firmemente a cintura da moça, que não esboçara qualquer reação. Havia passado a noite toda acordada, pensando. Refletindo a respeito das escolhas que teria dali pra frente. Cogitara inúmeras possibilidades: poderia fugir; no entanto, caso o tio a encontrasse, as consequências seriam terríveis. Ele certamente a castigaria da maneira mais cruel e terrível possível. Não. Fugir estava fora de questão. Sasuke jamais permitiria que o fizesse. Poderia pedir por auxílio; porém, quem se prestaria a ajudá-la? Sentia que estava à mercê do Uchiha e, desta vez, nem Kurenai nem ninguém poderia fazer qualquer coisa por si. Selara seu contrato com Satanás a partir do momento que assinara aqueles malditos documentos! E agora? Que aconteceria consigo? Morreria? O futuro incerto era motivo para suas muitas lamentações e preocupações.

- Por que está tão calada essa manhã? - Sasuke questionou-lhe sorrindo verdadeiramente feliz. Como se debochasse da expressão abatida de Hinata, que sequer dormira durante a noite.

- ...

- Gosto de ouvir o som da sua voz... Por que não diz alguma coisa? - Insistia naquela provocação. Era divertido humilhá-la daquela forma.

- O que quer que eu diga? - Respondeu-o, surpreendendo o mesmo, que esperava ser ignorado uma vez mais.

- Que tal algo como “Está tudo perfeito, querido!” ou “Ontem foi o dia mais feliz da minha vida!” ou até “Você é a razão do meu existir. Se não fosse por você, eu não teria ninguém, porque meus pais estão mortos e o senhor é a única família que me restou. Obrigada por ter pena de uma pobre coitada como eu e aceitar ser meu tutor legal, afinal, esse dinheiro te pertence por direito: então fique com tudo!”. - Disse em tom de escárnio deixando uma risada debochada escapar. Hinata inspirou profundamente.

- Você é a razão do meu existir. - Começou a repetir de forma mecânica e amarga as palavras recentemente proferidas pelo mesmo, para surpresa e espanto do Uchiha - Se não fosse por você, eu não teria ninguém, porque meus pais estão mortos e o senhor é a única família que me restou. Obrigada por ter pena de uma pobre coitada como eu e aceitar seu meu tutor legal, afinal, esse dinheiro te pertence por direito: ENTÃO FIQUE COM TUDO, DESGRAÇADO! - Berrou empurrando as xícaras e demais objetos sobre a mesa, cortando-se com vidro. Sasuke levantou-se de supetão.

- Você ficou louca? - Indagou apontando para o profundo corte na mão da garota que jorrava sangue.

- VOCÊ É O LOUCO, FOI VOCÊ QUEM SEDUZIU SUA SOBRINHA E ME TROUXE PRA ESSE PAÍS PARA QUE PUDESSE CONFUNDIR A LEI E ROUBAR A HERANÇA QUE O MEU PAI E A MINHA MÃE ME DEIXARAM! - Bradava desesperada, debatendo-se enquanto o mesmo tentava calá-la, temendo que alguém pudesse ouvi-los - PODE FICAR COM TUDO, SEU CANALHA! TE ODEIO, TE ODEIO, TE ODEIO! - Finalmente Sasuke conseguira tapar-lhe os lábios.

- CALA A BOCA! VOCÊ É SÓ UMA GAROTINHA SUBMISSA , TOLA E CHATA! - O caco de vidro roçava o pescoço alvo da garota, como numa ameaça muda para que se calasse e limitasse-se a ouvi-lo - Agora me escuta, Hinata, mas presta atenção, porque eu me recuso a repetir isso outra vez, entendeu? - Ela assentiu nervosa. Sussurrava - Da última vez em que vi o maldito do Itachi, é como se os últimos dez anos de dor, angústia, e um sentimento incontrolável de cólera tivessem se apossado de mim: para ser sincero, gostei muito de ver o seu pai naquela cama, abatido, doente... A beira da morte. A única razão pela qual aceitei cuidar de você foi pensar que poderia descontar tudo o que meu irmão me fez na sua preciosa filhinha, que era tratada como uma princesa da Arábia, enquanto eu vivia do suor do meu trabalho árduo. Não sabe o quanto te odeio por isso... A verdade é que eu culpo você... E sequer sei porque. Só sei que cada vez que olho pra você, vejo uma menina feia, fútil e muito mimada. Gostaria de vê-la sofrer ao menos uma vez. Pensei que, se te matasse, ficaria livre de todos os meus problemas...

- E-então é isso que... que eu sou pra você... Um problema?– As palavras saiam murmuradas num fio de voz.

- Quietinha... - Pressionou o vidro contra a garganta desta, num sinal em que deixava claro que Hinata deveria calar-se - Até algumas semanas atrás, sim; mas agora, você se tornou uma espécie de jogo pra mim...

- Um... jogo? - Repetiu sem compreender.

- Uhum. Você está sob minhas regras agora: esse é o meu jogo. Por isso não posso perder... - Concluiu ostentando um sorriso de triunfo estampado em seu semblante cínico.

- C-como assim? - Arqueou uma de suas sobrancelhas preocupada. Seu tio estava mostrando-se um genuíno carrasco.

- Você já entendeu. - Sorriu afastando-se de súbito - Agora, vai fazer tudo o que eu mandar, qualquer coisa mesmo, porque, se não fizer... Eu vou te machucar, Hinata: vou te machucar muito. - Mediante aquela atitude que exprimia claramente o desejo em fazer-lhe mal, ela engoliu em seco, temendo por seu futuro (se é que existiria um agora que o Uchiha conseguira o que queria) - Escuta, por que não vai brincar ou fazer sei lá o que as crianças ricas fazem, querida?!

- Por favor, me mata... - Pediu chorando em meio ao desespero que assolou-a. Não suportaria continuar a viver daquela maneira, sentia-se traída, enganada... Tola! – Me mata de uma vez... Acaba logo com isso... Por favor... Você pode ficar com tudo... Eu não quero nada... Só não me faça mais sofrer... Por favor... - Implorava. Entretanto, suas súplicas pareciam passar despercebidas pelo Uchiha, que simplesmente as ignorou.

- Shh... Você agora é a minha bonequinha de porcelana. – E, dito isto, arrancou de uma só vez o pedaço de vidro ainda preso na palma da mão da garota, que deixou escapar um brado terrível de dor. "E pensar que, algum dia, acreditei realmente que ele pudesse me amar como eu o amei..."

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Notas finais do capítulo

Excepcionalmente, postei dois capítulos hoje. Por que? Porque o próximo já é o último e preciso terminar de publicar a fanfic antes do dia 6, quando volto à escola em período integral (das 7h às 18h) e não teria tempo de terminá-la tão breve quanto pretendo pq, afinal, vcs já esperaram o mês de janeiro inteiro para ler, não é?! ^^ Agradeço aqueles que acompanham, sobretudo, a di_lua_love que me incentivou a continuar a escrever a história - muito obrigada, viu?! *----*



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