O Mentiroso escrita por Rose Chanti Lee


Capítulo 2
01 – De Mudança


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Capitulo 01 – De Mudança

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Tudo está mudando

Quando eu me viro

Eu estou fora de controle

Eu sou um móbile

(Avril Lavigne – Mobile)

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Narração: Edward Cullen

Eu passei todo o caminho do prédio branco com detalhes de tijolos vermelhos até o grande aeroporto olhando pela janela do carro, me despedindo de cada árvore, cada casa, cada cachorro que vira passeando na rua. Sentiria muita falta de Phoenix, do sol, calor intenso, os ares que só uma cidade grande tem e tudo mais... mas eu não tinha outra alternativa. Ainda me lembrava da briga que tive com Elisabeth quando ela chegou e disse: “Arrume suas malas, Edward, você vai para Forks no final de semana!”


Flashback On:

Eu estava na minha, jogando RPG tranquilamente quando minha mãe escancarou a porta do meu quarto na maior violência e disse:

– Arrume suas malas, Edward, você vai para Forks no final de semana!

– Muito engraçado, Elisabeth. – disse numa voz monótona sem tirar os olhos do computador. – Não me pegou. Da próxima vez, tente ser mais dramática e chegar com menos raiva.

Geralmente ela fazia umas ceninhas para que eu testasse se sua atuação estava boa ou não, isso era normal para mim.

– Estou falando sério, Edward!

– Eu também.

– Você não está entendendo. Já comprei sua passagem e falei com Carlisle, ele e Esme estão preparando a casa para receber você. Seu vôo sai no sabado à tarde!

– Pena que Ben marcou a festa cosplay á tarde, não é? Não vou poder ir para Forks. – eu ainda mantinha a voz monótona e entediada.

– EDWARD ANTHONY MASEN CULLEN, LARGUE O COMPUTADOR E OLHE PARA MIM. – ela gritou. Virei a cabeça em sua direção, estava ficando assustado. – Você vai para a casa de seu pai no sábado e eu vou viajar para Nova York.

– Não precisa, sei me vira sozinho.

– Não vou deixar você sozinho em casa! Está louco? Você mal sabe fritar um ovo.

– Mas eu não preciso ir para o meio do mato!

– Precisa sim.

– Só que eu não vou!

– Edward, eu sou sua mãe! Te carreguei na barriga por nove meses e você não tem o direito de me contrariar! Vai arrumar as suas malas agora ou eu mesma vou arrumar! – merda! Quando ela falava assim eu já sabia que era uma causa perdida para mim.

– Fique á vontade. – voltei a olhar para o computador.

Ela foi até o meu closet e trouxe duas malas, as jogou em cima da cama e voltou para o closet. Tentei não prestar atenção nela e sim no jogo, estava estressado de mais e se acabasse quebrando alguma coisa, ela iria gritar até que eu ficasse completamente surdo.

– Edward? – ela chamou do closet.

– Que é? – tentei controlar o tom de voz, sem muito sucesso.

– Onde está a sua samba canção de patinhos que sua avó te deu no natal?

Ah, qual é? Eu era nerd e esquisito, mas não ia usar uma samba canção de patinhos! Tinha jogado aquilo fora no dia seguinte em que ganhei. Quer dizer, na verdade o Ben a adorou e eu doei aquela coisa ridícula pra ele.

– Não sei mãe. Deixa que eu arrumo as minhas coisas, ok?

Flashback Off:

Agora, nos portões do aeroporto, eu me despedia de minha mãe. Mesmo tendo me expulsado, agora minha mãe chorava rios, mas era tarde de mais para voltar atrás.

Eu procurava não pensar realmente no que deixava para trás ou no que ia encontrar à frente. Tentava espantar o pessimismo e convencer a mim mesmo de que se mudar ia ser uma boa coisa. Por quê? Eu não fazia a mínima idéia!

Forks – meu próximo destino – era uma cidade coberta por nuvens pesadas e cinzentas. Nunca conheci lugar mais depressivo que Forks, onde chove 99% dos dias do ano. Foi daquela cidade de vibração melancólica que escapei aos cinco anos com a separação de meus pais e só Deus sabe o quanto eu lhe agradeci por não crescer naquela poça de lama, no entanto, ele castigou minha soberba com minha volta para lá.

Talvez em alguns dos verões que eu tenha passado lá eu tenha me exibido demais para os filhos dos amigos de Carlisle e Deus não tenha gostado disso. Por que ele só não me matou logo?

– Vou sentir saudades, mãe. – forcei um sorriso.

– Eu também, querido. Você já sabe: mantenha o celular carregado, não dê confiança aos estranhos; não tome banho descalço, lave bem atrás das orelhas e sempre escove os dentes depois das refeições; não se meta em confusões, não pergunte as mulheres gordas se elas estão grávidas, não ande com fones de ouvido na rua e, por favor, não fique o dia inteiro no computador! Se houver qualquer problema pode me ligar. – minha mãe disse chorosa.

– Não se preocupe comigo, mãe. Vai ser ótimo! – pensei um segundo sobre isso. Seria mesmo ótimo? Não, nem de longe.

– Diga a Carlisle que mandei lembranças.

– Vou avisar. Tchau. – virei as costas e fui embora, ouvindo minha mãe gritar “Verei você em breve!”. A minha única vontade naquele momento era correr para casa, longe de toda aquela loucura de ir para Forks, mas eu era orgulhoso o bastante para ir, se ela não me queria eu não iria ficar.

Então... entrei no avião de cabeça erguida, sem saber quanto tempo levaria até ver o sol novamente. Suspirei e me enterrei em meu assento.

Passei duas horas tentando me convencer de algo legal que eu poderia fazer uma cidade onde a única pessoa que eu conhecia, eu não via há dez anos. E foi aí que me veio à idéia... Ninguém me conhecia e eu não conhecia ninguém, ou seja, eu poderia ser qualquer um que tem uma vida mais interessante. Poderia entrar para o time de futebol e até arrumar uma namorada.

Fui ao banheiro e me encarei no espelho. Em geral, eu não me vestia como um bocó, mas ainda parecia um. Com o cabelo todo arrumadinho e óculos de grau enormes... eu não podia ser descolado assim! – Tirei os óculos e baguncei o cabelo até ele ficar muito louco e com aparência de quem não penteia há dias; desabotoei toda a camisa xadrez, deixando a camisa cinza-clara aparecer. Agora sim eu parecia descolado, não me achava nenhum Brad Pitt da vida, mas eu tinha ficado bonito pra cacete.

Saí do banheiro confiante e voltei para o meu assento, a garota que estava sentada ao meu lado arregalou os olhos e não os tirou de mim até a hora que chegamos em Seattle. Eu peguei mais uma hora num pequeno avião até Port Angeles.

Quando o avião pousou em Port Angeles, estava quase de noite e chovendo. Que ótimo! Mas o que eu esperava? Já tinha dado adeus ao sol, agora mesmo que eu ia ficar parecido com uma vela.

Caminhei desanimadamente, mas com um falso sorriso no rosto ao avistar Carlisle e família. O Dr. Cullen não tinha mudado nada em dez anos, ainda parecia um garotão galã de Hollywood. Sua esposa também não tinha aparência de quem já estava chegando nos cinquenta, na verdade, ela era uma coroa muito gostosa – com todo respeito ao meu pai, claro.

Os dois adolescentes eram completamente diferentes, mas ainda tinham algo de igual. O casal de irmãos McCarty era composto por: uma garota miúda que mais parecia uma fada, e se vestia como uma supermodelo; e um garoto enorme quem mais parecia o Johnny Bravo versão punk rock, me perguntava como aquele urso podia suar bermuda naquele frio.

Carlisle me abraçou e bateu em minhas costas quando me aproximei, logo seguido da recepção calorosa de Esme e seus filhos, que se apresentaram como Alice e Emmett McCarty. Eles visivelmente estavam mais animados do que eu com essa merda toda! O que não foi ruim de saber, eles pareciam ser mais tranquilos de se conviver do que minha mãe. (N/A da autora: É, vai nessa!)

– É bom te ver de novo, Ed. – Carlisle disse entusiasmado. Parecia mais feliz do que da última vez que tinha me visto – quando me mandou de volta para Phoenix por que eu tinha batido no filho de seu melhor amigo. – Como está Elisabeth?

– É bom te ver também, pai. Ela está bem, mandou lembranças a você.

Depois fomos para o estacionamento e Emmett socou todas as minhas quatro vergonhosas malas no porta-malas da Mercedes de Carlisle. O Carro era bem grande por dentro, não houve problema para irmos nós cinco no mesmo carro.

(Mercedes de Carlisle: http://www.carung.com/wp-content/uploads/2010/11/2012-Mercedes-Benz-CLS63-AMG-Side-View-595x365.jpg)

Eu permaneci calado por grande parte da viagem, espantado com a vista, eu olhava para um lado e via floresta fechada, olhava para o outro e via mais floresta fechada. Meu Deus! Eu estou morando literalmente no meio do mato.

– Tenho um presente para você, Edward, acho que vai gostar. – Carlisle disse enquanto começava a dirigir por uma rua com casas e tudo mais.

– O que é? – perguntei curioso.

– Comprei um carro para você! – eu arregalei os olhos. – Bem... Como eu não te dei um presente de aniversário no ano passado, achei que seria o melhor presente de boas vindas que poderia te dar.

Ergui as sobrancelhas.

– Que tipo de carro?

– Tenho que admitir... Quando comprei estava com Elisabeth ao telefone e Esme do lado. Não sei se você vai gostar, mas o seu novo Volvo prateado é lindo! – ele deu de ombros.

Meu queixo caiu. Um Volvo prateado? Para mim? Caralho! Tem noção de quanto custa esse carro? Carlisle ganhou na loteria ou o quê? – quer dizer, ele tem uma Mercedes Benz, mas porra... um Volvo? – Nossa... Que foda! Meu eu tenho um Volvo!

Ao chegar em minha nova casa e ao ver meu novo carro eu simplesmente surtei. O lindo, moderno e brilhante carro prata era o meu sonho de consumo desde os doze anos. É claro que aquilo tinha que ter o dedo de Elisabeth. Eu tinha que agradecer a ela por isso.

(Volvo do Edward: http://www.larevueautomobile.com/images/Volvo/C30/Exterieur/Volvo_C30_001.jpg)

Depois de passar meia hora adulando meu novo carro Esme me arrastou para dentro para me mostrar a casa, que era bem grande, por sinal. No primeiro andar tinha a grande sala de estar e a cozinha que também era grande, escritório para Carlisle, um quarto de hóspedes um banheiro de visitas, a garagem e uma área com piscina que eles não usavam. No segundo andar tinham quatro quartos, duas suítes e uma suíte americana – que eram dois quartos com um banheiro no meio –, um ateliê para Esme, que era artista plástica e uma escada caracol para o sótão.

Com a desculpa de que estava muito cansado e talz eu fui para o meu novo quarto, que era simples com todos os móveis em madeira escura, que eram: um grande guarda-roupas, uma cama de solteiro, uma escrivaninha e uma cômoda com uma televisão em cima. As paredes eram brancas, mas a roupa de cama azul marinha e as persianas pretas faziam parecer que o quarto era escuro, o que era ótimo para mim. Também tinha que ter o dedo de Elisabeth aqui.

Joguei minhas malas no chão e tirei algumas coisas. Coloquei meu laptop em cima da escrivaninha junto com meia dúzia de livros e outras coisas assim. Arrumei minha coleção de vinte e nove – a que eu vestia era a trigésima – camisas xadrez no armário e depois as camisetas e os meus jeans favoritos, o resto das roupas eu joguei de qualquer jeito. Peguei um moletom e fui tomar banho no banheiro que eu dividiria com Emmett.

A primeira coisa que senti ao entrar no banheiro de Emmett foi... nojo! Tinham várias cuecas espalhadas pelo banheiro e as toalhas estavam molhadas, o cheiro de desodorante amadeirado me dava dor de cabeça e a lixeira estava cheia – tipo cheia mesmo – de camisinhas usadas. Meu Deus, a mãe dele sabe disso?

“Hey, Edward. Não se importe com isso cara, mantenha-se firme no plano e logo você vai ter uma lixeira cheia de camisinhas usadas!” uma voz disse dentro da minha cabeça. Respirei fundo e fui tomar banho. Depois caí na cama e dormi por muito tempo.

:[tempo passando]:

Trilha Sonora: http://www.youtube.com/watch?v=3XlqudTC--I

Estávamos debaixo da arquibancada da escola dando uns amassos, ela tinha vindo até Forks depois que descobriu que eu tinha me mudado.

– Ah, Edward!

– O que foi Meg?

– Eu te amo! Você é muito melhor do que todos aqueles bundões de Hollywood!

– Eu sei, Meg. Também te amo.

Ela se aproximou e grudou sua boca na minha, enquanto descia as mãos pelo meu peito. Mas outra coisa me chamou a atenção...

Mas que porra de música é essa?

Me sentei assustado com o barulho e caí na real de que era só mais outro sonho com a Megan Fox. Gemi em desprazer e me levantei de má vontade, indo direto para o banheiro jogar uma água na cara.

A música vinha do quarto de Emmett, a porta para o banheiro estava aberta e eu pude vê-lo vibrando e cantando junto com o vocalista enquanto fingia tocar guitarra. Decidi ignorar e abri a torneira e joguei água algumas vezes na minha cara antes de sacar minha escova de dentes. Tentei ficar de boa com Emmett, mas ele estava me irritando. Eu estava com a boca cheia de espuma quando ele me viu.

– Hey, Edward! Bom dia, cara. – ele sorriu para mim enquanto se encostava na soleira da porta.

Como eu poderia ter um bom dia quando a Megan Fox foi tirada de mim? Estava pronto para dar um fora nele quando aquela voz dentro da minha cabeça disse:

“Vai mesmo agir como um nerd e reclamar feito um bebê mimado? Seja macho e trate o garoto bem, ele vai ser uma chave pra sua nova aventura!”

Cuspi a espuma e limpei a boa cantes de me virar para ele.

– Bom dia, Emmett! – sorri.

– Eu te acordei com a música? – ele pareceu realmente preocupado.

– Não! Eu já estava acordado.

– Está te incomodando? – Você não sabe o quanto!

– Não! Eu gosto de Green Day. – ARGH!

– Ah, então tá de boa.

– Valeu.

Voltei para o quarto, meu estômago roncou, eu não comia nada há... mais de doze horas, ia acabar desmaiando de fome. Troquei e roupa, colocando uma camiseta e um casaco com uma calça jeans e tênis, eu também estava morrendo de frio. E então desci á procura de comida.

Não tinha ninguém na sala de estar, apensar de a TV estar ligada, mas ignorei e fui direto para a cozinha, parei perto da porta ao ouvir uma conversa de meu pai com Alice:

– Por que não podemos viajar? Estamos de férias!

– Allie, o Edward acabou de chegar, enquanto ele não se acostumar com a cidade não podemos viajar, ele não vem aqui há muitos anos, não está acostumado com as ruas e com o clima. E, aliás, Elisabeth ia me matar se soubesse que Edward mal chegou aqui e já o levei par viajar.

– Ok, ele não precisa ir. Vou só eu a Rose e a Bells. Posso ir?

– Fale com a sua mãe.

– Já falei. Ela disse pra falar com você.

– Tudo bem, pode ir... Mas quero você aqui em três semanas.

– Só?

– Você vai pra Miami, Alice e só faltam cinco semanas para as aulas voltarem.

– Obrigada Carlisle, você é o melhor pai o mundo.

Ouvi que ela vinha saindo correndo e entrei na cozinha me fingindo de distraído.

– Bom dia, Edward! – ela disse ao passar por mim, não tive oportunidade de responder, ele já estava subindo as escadas.

– E aí, filho? Como passou a noite?

– Ótimo. – sorri. Tirando que Emmett tirou a Megan Fox de mim.

– Quer dirigir pela cidade mais tarde?

– Claro. – disse enquanto pegava algumas coisas para comer.

Tomei o meu café da manha tranquilamente e voltei para o quarto, arrumei mais algumas coisas, tomei banho, fui convencido por Emmett a sair com ele amanhã, dirigi pela cidade com meu pai enquanto conversávamos sobre coisas banais, presenciei um chilique de Alice por causa de um sapato e ri com Emmett sacaneando a irmã e depois fui jogar um pouco de Tíbia porque eu não sou de ferro.

E aí me abe uma janelinha piscando e ao ver o nome de quem me chamava eu gemi. Carmen era a agora mais chata de toda a história do planeta terra.

Carmen era a única garota que já havia me dado bola, quer dizer, ela era completamente obcecada por mim e ela só tinha treze anos. Não sei nem como ela conseguiu que meu MSN a desbloqueasse. Abri a janela de má vontade.


CarmenzittaP.A LOVE EddwC diz:

Oi meu amor, como vai?

EddwC diz:

Bem até agora. O que você quer, Carmen?

CarmenzittaP.A LOVE EddwC diz:

Estou com saudades. Passei na sua casa hoje e você não estava.

EddwC diz:

Eu me mudei.

CarmenzittaP.A LOVE EddwC diz:

Para onde?

EddwC diz:

Marrocos.

CarmenzittaP.A LOVE EddwC diz:

Sério? É muito longe.

EddwC diz:

Pois é, vim morar com a minha avó macumbeira.

CarmenzittaP.A LOVE EddwC diz:

Quando voltas?

EddwC diz:

Não sei vou ficar aqui por tempo indeterminado. Agora tenho que ir, minha avó vai fazer um ritual e eu tenho que vazar, tchau.

CarmenzittaP.A LOVE EddwC diz:

Tchau amor. A gente se vê mais tarde no RPG.

EddwC diz:

Ok.

(Carmen Palmer Astor: http://1.bp.blogspot.com/_5LZFBy22PXs/TJozxNcwwkI/AAAAAAAARH0/FnJ0ogCcyys/s1600/Glee_Charice.jpg)


Fechei a conversa e a bloqueei novamente. Meu essa garota é muito chata, mas o pior de tudo é que eu não consigo ser rude com ela como eu gostaria. Poxa, ela só tem treze anos.

Passei algumas horas jogando até baterem na porta.

– Entra! – gritei.

Alice abriu a porta e pôs só a cabeça para dentro do quarto.

– A mamãe está te chamando para jantar.

– Ok, obrigado. Já estou descendo.

Desliguei o laptop e desci para o jantar. Estavam todos sentados á mesa formalmente posta com direito a travessas e tudo mais. Ergui uma sobrancelha.

– O que foi, querido? – Esme perguntou.

– Nada Esme é que... eu não estou acostumado com isso. Lá em Phoenix eu jantava ás 23:00 no quarto enquanto minha mãe jantava ás 20:00 na sala de jantar.

– Ah, mas eu não vou te dar essa folga. – ela sorriu. – Aqui todo mundo come na mesma hora e lugar.

– Ok. – me sentei ao lado de Alice e em frente à Emmett.

Nos servimos de lasanha em silêncio. Nunca pensei que estaria fazendo isso, essa cena para mim era coisa que só se via em filmes e em seriados antigos.

– E então Edward? – Emmett perguntou. – Nossa saída inda está de pé amanhã?

– Claro! – sorri. Estava louco para pôr o meu plano em ação.

– Vão sair para onde? – meu pai perguntou e ele e Esme se entreolharam.

– Ah, vamos dar uma volta por aí. – ele deu de ombros e colocou um pedaço de lasanha na boca e rapidamente o engoliu. – Mas, só pra confirmar... Você não é virgem é?

– Emmett! – Esme o repreendeu.

Eu abaixei a cabeça e fingi estar rindo para disfarçar o quanto eu estava vermelho e pude ouvir o risinho de Alice ao meu lado. Era agora ou nunca, se eu mentisse agora não poderia mais voltar atrás, o plano já estaria em andamento. Me controlei para voltar ao normal e disse confiante enquanto olhava para ele:

– Não!

– Ótimo! Então vamos nos divertir muito amanhã, irmão.

Agora não tinha mais como voltar atrás. Eu estava jogando e iria até o fim.




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Notas finais do capítulo

O que acharam? Bom? Ruim? Vamos lá meu bom povo, quanto mais comentários mais me esforço pra postar o próximo mais rápido.