Amor Sob Suspeita escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 16
Capítulo 15 - Meu histórico.


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil perdões pela demora, mas eu tava completamente sem inspiração pra escrever nessa fic e toda vez que eu tentava saia uma porcaria, mas hj finalmente consegui ficar satisfeita e gostei do cap e acho que ficou, mas isso só vcs podem me dizer né?
Sim, agora quero agradecer tardia pela recomendação feita, tanks! Adorei... Fiquei mega feliz!
Bjs a tds!



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Depois daquele “flagra”, Charlie, todo sem graça, pegou sua viatura e foi embora de volta pra delegacia, deixando-me lá com os dois que estavam prestes a se matar, mas graças a Deus tudo não passava de olhares irritados e insinuações.

-Não acredito que vocês dois... Argh! – Edward esbravejou.

-Edward, deixe de chilique que foi só um selinho. –Jake disse já impaciente. –Eu não sei pra que tanto barulho, nem namorado dela você é!

Edward bufou.

-Não sei se ela te contou, mas nós tre...

-EDWARD! – Gritei o interrompendo e os dois se assustaram. – Eu não devo satisfações a você!

-Você me traiu, exatamente como ela! –Acusou-me duro e saiu pisando firme.

Olhei para Jake e ele apenas assentiu apontando para porta. Ele sabia que eu tinha que segui-lo... Muito mais que eu. Chovia pra caramba do lado de fora, mas mesmo assim eu corri em direção a ele, só por mais que eu chegasse perto, Edward fingia não me ver e continuava a andar.

-Eu não sou a Tânia! – Garanti seca segurando seu braço. – Entenda isso...

-Eu entendo, Bella. Só não entendo por que você ainda gosta desse cara... Ele te estuprou! – Falou em tom acusatório e eu congelei.

-Isso não é da sua conta. – Falei abraçando meu peito por causa do frio lacerante que estava fazendo e por que esse assunto era extremamente delicado.

-Tudo que é desrespeito a você É da minha conta sim. – Afirmou veemente dando bastante ênfase no É.

Nessa ele me pegou, mas será que eu devia contar a ele do meu passado? Hesitei. Bom, ele me contou do passado criminal dele, mas... Ah, que se dane!

-Ele já salvou minha vida. –Contei num sussurro entredentes e o puxei para o Volvo estacionado ali perto.

Minhas roupas estavam pesadas e o asfalto extremamente escorregadio, por isso, demorou certo tempo para que conseguisse arrastá-lo e entrar no carro. Mas assim que Edward sentou ao volante, perguntou:

-Como assim já salvou sua vida? – Percebi que ele estava cético, mas aposto que depois que eu contar-lhe tudo, não será de Jake que ele não vai gostar, mas sim de mim.

-Olha Edward, como você já percebeu... Eu nunca fui santinha. – comecei e ele bufou assentindo. –Mas antigamente eu era realmente bem mais... –Cocei a garganta procurando a palavra certa -... Problemática.

-Duvido. – Revirou os olhos.

-Mas é verdade. –Afirmei sem medo do seu julgamento. – Assim que eu cheguei em Forks, eu era sem amigos e tal, mas pra falar a verdade eu nem ligava... Pois eu detestava esse lugar até que eu conheci Jane, Jane Volturi, pra ser exata. Eu tinha quinze anos, quando ela veio até mim e se apresentou tanto ela como o seu irmão gêmeo, Alec. Eles eram ricos pra caramba e ela sempre era legal comigo, me levava a festas badaladas e tudo, eu me sentia livre tão ao lado dela.

Só que o pai dela, Aro, sempre vinha e trazia um “pacote” que ela tinha que levar pra essas tais festas e que depois ela me contou serem drogas. Eu sem um pingo de juízo, numa noite de festa daquelas, eu experimentei e Deus, eu me senti incrível! Ela me deixava feliz como eu nunca fui, como se ela me libertasse de toda solidão que eu sentia.

De experimento, comecei a usar socialmente, depois toda vez que ia à casa de Jane, eu usava até ficar completamente chapada apenas pra sentir aquela falsa sensação maravilhosa de felicidade, sei lá, até de completa liberdade de tudo e todos. Eu tinha aquela famosa ilusão de que eu poderia parar na hora que eu quisesse só que a cada dia eu estava mais dependente daquilo.

Eu não me importava com o fato de que meu pai pudesse descobrir, ou pior, que eu pudesse morrer de overdose. Eu só queria saber do presente e o resto que se fudesse! Mas um dia numa festa que estava rolando de tudo, eu comecei a alucinar  que via uma borboleta e comecei a segui-la, correr atrás dela mesmo, lembro-me de dirigir até o precipício, aquele precipício que eu te mostrei naquele dia. Não sei se você notou, mas embaixo daquilo é um rio bastante famoso daqui, pois muitas pessoas gostam de fazer esportes radicais por lá.

Não me lembro do que aconteceu muito bem, só me lembro de ter encontrado Jake e os amigos dele de  bobeira. Ele disse que eu estava alienada e queria pular de qualquer jeito, mesmo ele dizendo que de noite é perigoso, pois é hora que o rio enche e esconde as pedras grandes e pular naquela hora era suicídio.

Ele falou que nem notou que eu estava completamente drogada e que eu aparentemente tinha aceitado o concelho dele, mas assim que ele deu de costas, eu pulei.

Assim que eu pulei, eu caí atrás de uma pedra e com isso quebrei meu braço e uma perna, então supõem que eu fiquei impossibilitada de nadar, mas mesmo assim eu me aventurei e quase morri afogada se não fosse por Jake que pulou, conseguiu me arrastar pra encosta e me salvou.

-Ele não falou nada ao meu pai, mas me levou pra sua casa e cuidou de mim e dos meus ferimentos, até me levou escondido para sessões de Narcóticos Anônimos durante um ano... Pagou a conta exorbitante com o pai da Jane e até quando eu tinha uma recaída, ele sempre estava lá ao meu lado. – Falei e ele me encarava pasmado. -  Agora você entende por que eu sou tão amiga dele? Ou melhor, o porquê eu tenho que ajuda-lo com essa coisa com a bebida?

-Sim... Mas eu continuo não suportando ele e continuo achando ele um sacana.

-E eu? – Perguntei já pronta pra ouvir um sermão.

-E você o quê? – Perguntou confuso.

-Você não vai me jogar na cara que eu sou uma drogada irresponsável que quase destroçou a vida por causa de drogas, que eu devia me envergonhar disso para todo o resto da minha vida e que nunca mais vai falar comigo novamente por ser um ser tão desprezível?! –Perguntei surpresa e parando pra respirar, pois eu havia falado tudo muito rápido.

Ele riu e alisou com as costas da mão meu rosto.

-Calma linda. Eu não vou fazer nada disso... – Garantiu-me. – Pois que moral eu tenho pra te julgar? Nós estamos no mesmo barco, gata...


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Notas finais do capítulo

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