Bleeding escrita por caiquedelbuono


Capítulo 26
Imposição.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/173532/chapter/26

Apesar de a escuridão estar encobrindo os olhos de Logan, ele sabia perfeitamente que estava em algum lugar de Shavely. Alguns feixes de luz entravam através das paredes de pedra que não o deixavam mentir.

Ele observou todos os cantos e constatou que estava dentro da sala de estar. Nenhum barulho ou ruído poderia ser detectado por seus ouvidos e ele adentrou no ambiente, começando a andar com as mãos unidas atrás das costas.

A sala estava calma e ele parecia ser a única alma viva por lá. Aproximou-se do sofá e percebeu que isso não era verdade ao notar a presença de uma pessoa sentada ali. Ele observou atentamente e percebeu o cabelo quase castanho brilhando por entre os fracos sinais de luz na sala e a pele branca como a neve.

Mark.

O garoto virou o rosto para encarar Logan e ele estava na forma de Kofuf. Seus olhos negros e vazios perfuraram sua alma e o garoto foi atingido por uma angústia profunda. Uma terrível sensação de dilaceração percorreu o seu interior e a única coisa que fez foi emitir um grito.

Mark se levantou do sofá e se aproximou de Logan. Seu rosto se permutou e ele viu algo vermelho diante dos seus olhos. Uma voz aguda e sarcástica perfurou seus tímpanos:

— Vamos brincar? — Helena rosnou, se aproximando de Logan e o empurrando contra o chão. A voz dela entrou pelos seus ouvidos como se várias Helenas tivessem dito a mesma frase em uníssono. Os dentes pontiagudos da garota-zumbi agora estavam brilhando sobre a sua boca ensanguentada e a única coisa que Logan sentiu foi uma dor aguda e penetrante se espalhando pelo seu corpo quando ela fincou os dentes sob a pele do seu peito. Ele conseguia ouvir o barulho da pele rasgando enquanto Helena procurava desesperadamente por sangue.

Ele apertou os olhos tentando se convencer de que aquilo não era real. Não podia ser verdade. Desejou com todas as suas forças acordar daquele pesadelo e quando abriu os olhos não estava mais no chão. Estava sentado no sofá da sala de estar e ela estava completamente iluminada. Ele podia ouvir os pássaros cantando e percebeu que tinha uma pessoa sentada ao seu lado.

A menina loira esticou a mão para que Logan pudesse tocá-la e ele emitiu um ruído quando percebeu que era fria e gosmenta. A pele de Sophia estava escamosa e acinzentada e quando olhou para o rosto da garota percebeu que ela era um zumbi.

Logan arfou, mas Sophia apertou a sua mão e com apenas um giro destroncou o osso que a conectava com o antebraço. Logan soltou um berro de desespero e dor quando viu a mão dependurada sobre o seu braço. Ele olhou para Sophia, mas ela apenas emitia uma risada áspera e permitia que seus dentes crescessem.

Ele fechou os olhos novamente e se concentrou para que aquilo pudesse sumir. Quando os abriu, percebeu que estava em um dormitório escuro e sombrio. Olhou para a parede negra e percebeu que elas eram preenchidas por vários pôsteres. Aquele era o quarto de Tommy.

Às cegas, Logan começou a andar, mas foi atingido por algo no rosto. O impacto fez com que ele cambaleasse para trás e caísse de costas no chão. A dor fez com que ele ficasse sem respirar por alguns segundos. Tentou levantar, mas já era tarde demais. Tommy estava sentado sobre ele, passando as unhas afiadas sobre o seu peito e fazendo com que um buraco se abrisse sob sua pele. Logan podia sentir o coração batendo desesperadamente no momento em que Tommy enfiou a mão aberta dentro do ferimento e a fechou, fazendo com que sofresse um espasmo e apagasse imediatamente. Seus olhos se fecharam e ele não viu mais nada além da escuridão sombria da morte.



Logan sentou rapidamente na cama, com a camiseta grudada em seu corpo, gritando como se sua vida dependesse disso.

Levou a mão ao rosto e fechou os olhos abruptamente tentando esquecer tudo aquilo. Olhou em volta e lembrou-se de que havia dormido no quarto de Helena e Sophia, em um colchão ao lado de Tommy. Apesar de a janela estar fechada, o quarto estava levemente iluminado e ele constatou que o dia já havia amanhecido.

Uma figura saiu correndo do banheiro, com pasta de dente pingando da boca e com os cabelos desgrenhados.

— Logan, o que aconteceu? — perguntou Tommy desesperado — Você estava gritando?

Ele não conseguiu responder de imediato. Lembrou-se de Helena enfiando os dentes sobre o seu peito, de Sophia quebrando a sua mão apenas com um simples giro e Tommy arrancando o coração de dentro do seu peito. Aqueles pesadelos apenas o ajudaram a ter certeza de que um dos amigos havia sido morto e era, na verdade, Mark disfarçado procurando alguma maneira de matá-lo devido ao descumprimento da chantagem.

— Não foi nada. — Logan arfou retirando os lençóis que estavam cobrindo o seu corpo — Apenas um pesadelo.

Ele olhou para o beliche das meninas e percebeu que elas estavam levantando da cama. Talvez o grito tenha sido alto demais e despertara o colégio todo.

— Ouvi Logan gritando ou ainda estou sonhando? — perguntou Sophia com a voz extremamente rouca e passando a mão no rosto.

— Ele teve um pesadelo. — respondeu Tommy, voltando para o banheiro e cuspindo a pasta de dente que ainda estava em sua boca.

Logan ainda estava desorientado com tudo aquilo e não conseguia prestar atenção ao que estava a sua volta. Sonhar com a própria morte não era uma coisa que acontecia com frequência.

— Que horas são? — a voz sonolenta de Helena percorreu seus ouvidos — Está na hora de tomar o café da manhã?

— Só se o seu café da manhã for arroz, feijão e bife. — disse Tommy, saindo do banheiro com uma toalha de rosto pendurada no ombro — Já passou do meio dia faz alguns minutos, bela adormecida.

Ele foi em direção à janela e a abriu completamente, fazendo com que imensuráveis raios de sol entrassem pelo quarto machucando os olhos dos recém-despertados.

— Feche essa droga, seu idiota. — resmungou Helena.

Tommy deu de ombros.

— Ninguém mandou você ficar fazendo piadas até três horas da madrugada enquanto outras pessoas queriam dormir. Agora vai ter que levantar daí e encarar a claridade de domingo.

— Espere só até eu acordar plenamente e levantar dessa cama. — disse Helena levantando os braços e se espreguiçando completamente em meio aos seus lençóis bagunçados — Você vai levar tantos tapas que seu braço vai se desprender do resto do seu corpo e você vai ser conhecido como o menino maneta.

Tommy deu uma risada forçada e apenas ignorou a garota.

— É agradabilíssimo acordar ouvindo vocês dois discutindo como duas pessoas apaixonadas que não têm coragem de revelar seus verdadeiros sentimentos. — disse ironicamente Sophia, levantando da cama e indo em direção ao banheiro.

Helena também levantou da cama, ainda cambaleando de sono, e jogou-se sobre o colchão vazio de Tommy segundos antes dele se sentar.

— Ei, eu ia me sentar aí! — ele resmungou.

— Você disse certinho: você ia se sentar aqui. — ela deu um sorriso quando percebeu que ele cruzou os braços e se encostou ao parapeito da janela. Voltou-se para Logan e encarou os olhos do garoto, que estavam fixos em nenhum ponto específico — E por que está tão silencioso, Logan? Pensamos que você tinha gritado.

Logan trocou de posição na cama e cruzou suas pernas uma sobre a outra. Olhou profundamente nos olhos de Helena, que franziu as sobrancelhas, e logo depois encarou Tommy, que estava o olhando como se ele tivesse problemas mentais.

— Vocês teriam coragem de me matar?

Helena pareceu engasgar e ela tossiu duas vezes.

— Ora, e por que você está nos perguntando isso? — ela soava indignada — Acha que somos psicopatas que assassinam os próprios amigos?

Ele balançou a cabeça negativamente e engoliu em seco antes de dizer qualquer coisa.

— É que eu sonhei que vocês dois me matavam e Sophia quebrava a minha mão simplesmente a girando.

Helena pareceu se assustar ao ouvir aquilo e retraiu o próprio corpo.

— Que horror!

— Não se preocupe, Logan. — disse Tommy — Foi apenas um pesadelo. Mas, aliás, por que nós poderíamos te matar? — o olhar dele mudou quando percebeu que Logan estava nervoso — Há algo que você ainda não tenha nos contado?

A porta do banheiro se abriu em um clique e Sophia saiu de lá. O cabelo dela estava levemente molhado e escorrido sobre o seu corpo frágil e alvo. Ela sentou ao lado de Helena no colchão de Tommy e abraçou os próprios joelhos.

— O que Logan ainda não contou a vocês? — ela parecia preocupada — Eu o ouvi dizer algo relacionado a morte também.

Logan queria poder não ter amassado o bilhete de Mark e o jogado pela janela. Seria muito mais fácil simplesmente entregá-lo aos amigos para que pudessem tirar as próprias conclusões. Mas ele respirou fundo e começou a contar sobre o bilhete que Mark havia escrito com sangue e sobre suas desconfianças de que aquele líquido era de mais uma das vítimas do zumbi assassino.

— Mas isso é muito sério! — bradou Sophia — Eu não acredito que ele tenha matado mais uma pessoa. Isso está ficando fora de controle! Temos que fazer alguma coisa, temos...

Mas Helena segurou na mão da menina e ela parou de falar.

— Calma, não adianta nada entrarmos em desespero.

— Onde está esse bilhete, Logan? — perguntou Tommy.

— Eu o amassei e o joguei pela janela depois de lê-lo. — ele respondeu sem nenhum entusiasmo — Fiquei com tanta raiva que queria ver aquele papel nojento longe de mim.

— Isso não importa. — ressaltou Helena — Se foi mesmo escrito com sangue, do mesmo modo que os espelhos foram pichados, é óbvio que mais alguma pessoa morreu. — ela olhou para todos os amigos — Só precisamos descobrir quem.

Logan conhecia muito bem as características de um zumbi antropomórfico: quando a criatura matava uma pessoa e se alimentava de seu coração, absorvia sua energia vital e desse modo poderia se transformar física e psicologicamente em quem lhe serviu de alimento. Se Mark matara mais alguém, ele estava assumindo a forma dessa pessoa e isso apenas dificultava as coisas, considerando que ele poderia estar metamorfoseado em qualquer pessoa daquele internato, inclusive os três amigos que estavam bem diante dos seus olhos. Aquele sonho apenas o induzia a pensar com mais clareza nessa última possibilidade.

— Mark é muito esperto. — disse Sophia — Não vai ser fácil descobrirmos quem ele matou.

— Se ainda tivéssemos posse do bilhete, — disse Tommy — poderíamos mostrá-lo para Janeth. Apesar de todas as desavenças, tenho certeza que ela enviaria o bilhete para John para que ele pudesse fazer o exame pericial. Descobriríamos de quem é o sangue e assim ficaria fácil desmascarar Mark de uma vez por todas.

Logan riu de um modo sarcástico.

— Janeth não sabe que o assassino é um zumbi. Ela ainda acha que eu matei o filho dela e com certeza esfregaria na minha cara que o autor do bilhete era eu.

— No fundo ela sabe que você não é o culpado. — disse Sophia — Você estava com ela durante o crime. Ela apenas faz isso para que a culpa possa cair em alguém, mesmo ela sabendo que esse alguém é inocente.

Helena revirou os olhos.

— Ela é uma sádica. Não podemos contar com a ajuda dela.

Logan acenou afirmativamente com a cabeça.

— Estamos sozinhos nessa.

Os amigos se entreolharam e qualquer continuação da conversa foi interrompida com um clique na porta do dormitório. O rosto de Janeth apareceu pelo vão, completamente irritado, com os olhos ardendo em uma fúria indescritível.

Ela abriu completamente a porta e encarou os garotos como se fossem insetos que poderiam ser esmagados com o simples pisar de um pé.

— Eu sabia! Vocês perderam completamente a noção, é isso que meus olhos estão dizendo?

Helena suspirou tediosamente.

— O que é isso? Não sabia que invasão de dormitórios era permitida aqui.

— Eu sou a diretora desse colégio. — disse Janeth com um ar superior — Eu posso fazer o que bem entender e vocês estão burlando uma das regras mais importantes.

Logan percebeu que Janeth estava bufando de ira. Ela parecia estar se controlando para não dar um ataque histérico que provavelmente acabaria com a sua falsa reputação de diretora boazinha, fato que os quatros já conheciam.

— Ah é, a tão preciosa regra de que garotos não podem ficar no quarto de garotas e garotas não podem ficar no quarto de garotos. — riu-se Helena — Se você quer saber, nenhum de nós aqui transou essa noite.

— Helena... — disse Tommy, mas logo percebeu que qualquer repreensão seria inútil diante à língua de Helena. Ela falava tudo que vinha a sua mente.

Janeth cerrou os punhos e uma pequena parte de seus dentes amarelos ficou à mostra. Uma veia saltou sobre o seu pescoço e ela respirou fundo.

— Você está me desafiando? Esqueceu-se do que sou capaz de fazer com alunos malcriados?

Helena sorriu.

— Eu e minhas pernas não nos esquecemos do que você é capaz com a posse de um cinto. E, tudo bem, vá em frente. Qual será a punição dessa vez? Vai jogar algumas gotas de álcool na nossa mão, acender um palito de fósforo e nos atear fogo?

— Você está me confundindo com uma integrante de uma facção criminosa ou algo do tipo. — Janeth pigarreou antes de continuar a falar. — Apenas quero que venham à minha sala. Não creio que seja adequado conversamos dentro de um dormitório. Darei alguns minutos para vocês vestirem algo mais apresentável que pijamas ridículos e os esperarei na minha sala.

Janeth deu um leve sorriso e abandonou o quarto.

Os garotos se entreolharam e arriscaram emitir um riso.

— Estamos encrencados? — perguntou Tommy.

— Claro que não. — disse Helena, levantando-se do colchão e indo em direção ao armário. — Ela não vai fazer nada contra nós.



Alguns minutos depois e Logan, Sophia, Helena e Tommy estavam sentados diante à mesa de Janeth, que estava sentada na cadeira giratória, com as mãos cruzadas sobre o peito.

— Vocês não se cansam de se meterem em encrencas? — perguntou a diretora, olhando seriamente para o rosto de cada um.

— Não acredito que você vá fazer um escarcéu por que os meninos dormiram no nosso quarto. — disse Helena.

— Vocês burlaram uma regra do meu colégio! Quero um bom motivo para que tenham feito isso ou os quatro sofrerão graves consequências.

Os garotos se entreolharam e Logan soube que eles estavam se perguntando se Janeth poderia saber de tudo o que estava acontecendo.

Ele até poderia olhar para a diretora e contar tudo o que havia descoberto, mas ele sabia que ela jamais acreditaria. Ela não aceitaria o fato de ter um zumbi dentro do seu colégio.

— Foi apenas uma ideia que tivemos para que os meninos não ficassem sozinhos no quarto. — disse Sophia — Depois da morte de Brian, Tommy ficou sem companhia e Logan, bem...

Ela parou de falar quando percebeu que sua explicação não estava fazendo sentido. Logan apenas estava sem companheiro de quarto porque ele havia desaparecido e Janeth não sabia disso.

— Eu também fiquei sem companhia desde que Mark resolveu mudar de dormitório, é isso. — disse Logan — Tivemos uma briga e ele se afastou de todo mundo. Não conseguiríamos dividir o mesmo quarto sem que saíssemos no soco.

Janeth arregalou os olhos.

— Esse colégio está uma bagunça! Ele não pode trocar de dormitório sem me consultar. Onde ele está? Quero que o chamem aqui imediatamente.

Helena franziu o cenho.

— Pensei que a bronca fosse conosco.

— Chamem-no aqui e castigarei os cinco.

Logan encarou a diretora e sua voz se elevou:

— Chega de palhaçada! Nós não estamos mais falando com Mark e não o chamaremos aqui. Agora, se você puder ser rápida, aplique a punição ou seja lá o que sua mente maquiavélica esteja pensando, para que possamos sair daqui logo.

Janeth se levantou de sua cadeira giratória e foi na direção de Logan. Contornou as cadeiras e parou atrás do garoto, próxima o suficiente para segurar em seus cabelos e puxar sua cabeça para trás. Ele olhou para cima, com a dor se apoderando do seu cérebro, e encontrou os olhos faiscadores da diretora.

— Vocês todos aprenderão a me respeitar.

Ela soltou o cabelo de Logan e ele rapidamente afagou o local onde as mãos de Janeth haviam tocado. A diretora começou a andar pela sala, com as mãos atadas atrás de suas costas.

— Aprenderão que quem manda aqui sou eu. Aprenderão de uma vez por todas que as regras do meu colégio merecem ser respeitadas e que não admitirei que alunos medíocres como vocês as transgridam. Se vocês querem agir como se não houvesse uma hierarquia a ser seguida, eu agirei como se vocês fossem crianças do jardim de infância. Me darei ao trabalho de ficar de sentinela nos corredores dos dormitórios, apenas para certificar-se de que vocês não farão novamente o que fizeram esse noite.

O queixo de Logan caíra quando Janeth terminou de falar.

— Eu não entendo qual o problema em dormirmos no mesmo dormitório. — disse Sophia.

— Você não tem que entender nada. Sua única função aqui dentro é me obedecer.

— Não adiantará de nada. — resmungou Helena — Se você fizer isso, esperaremos você ir dormir e levaremos o colchão dos garotos novamente até o nosso dormitório.

Janeth riu tão alto que Logan poderia compará-la com uma bruxa prestes a terminar uma poção poderosa.

— Vocês escolhem: submetam-se ao que estou propondo ou eu serei obrigada a castigá-los severamente.

— Então vá em frente! — disse Helena — Puna-nos se essa for a única maneira de nos deixar ficar no mesmo dormitório.

— Helena, cale a boca. — disse Tommy, desviando o olhar da garota e o enviando para Janeth — Nós prometemos que dormiremos em dormitórios separados, mas sob uma condição.

Logan, Sophia e Helena o olharam com urgência, como se estivessem perguntando desesperada e silenciosamente o que ele estava pensando em fazer.

— Qual? — perguntou Janeth com o cenho franzido.

Tommy deu um sorriso e olhou friamente para a diretora.

— Você terá que admitir na frente do colégio inteiro que Logan é inocente e desculpá-lo por tudo que já fez a ele.

Logan por um momento emitiu um ganido e percebeu que as meninas também ficaram surpresas com a atitude de Tommy. Janeth permaneceu perplexa, sem nenhum tipo de reação.

— Quem você acha que é para impor alguma coisa aqui dentro?

— Sabe, eu também posso ligar para a polícia. — disse Tommy — Fazer alunos ajoelharem no milho e bater com um cinto na perna de um aluno é considerado crime. Você pode ser presa e sua vida inteira irá por água abaixo. Acha que vale a pena perder seu precioso colégio apenas para impedir que quatro alunos durmam no mesmo dormitório?

Logan estava de queixo caído e não sabia o que pensar. Tommy estava sendo simplesmente brilhante.

O ar parecia estar faltando para que Janeth pudesse respirar e ela parecia prestes a engasgar a qualquer momento. Ela piscou os olhos repetidas vezes e sua expressão ficou novamente vazia.

— Eu... — ela disse calmamente e logo depois explodiu — Façam a porcaria que quiserem! Burlem as regras! Mas eu jamais admitirei a inocência desse assassino.

— Ótimo! — comemorou Tommy — Então, acho que ganhamos a causa e não temos mais nada a fazer aqui.

Os amigos levantaram-se de suas cadeiras, com os rostos completamente imersos numa expressão de felicidade e abandonaram a sala de Janeth, deixando a diretora prestes a explodir de raiva.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bleeding" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.