Naruto e Hinata chegaram na casa do Uzumaki, ele estava confuso. Hinata nunca tinha chorado tanto. E não sabia exatamente por quê.

Hinata tirou o calçado, e Naruto a pegou no colo.

-Você parece muito cansada, Hina-chan. Eu vou te deitar no sofá, te dar uma coberta e vou fazer o café. Ou você prefere chá?

-Sim, eu prefiro chá. – ela sorriu timidamente no colo dele.

Ele a deitou no sofá e lhe deu uma coberta maravilhosa, que tinha o cheiro dele, era bem quentinha.

Ela se aconchegou nas cobertas e soltou um gemido.

-O que foi, Hinata?

-Nada, só acho que... Você tem de me dar esse cobertor.

-Ué, por quê? Você não tem? – Ele não entendeu.

-Não, por que sentir o seu cheiro me acalma... eu me sinto segura...

Ele sorriu carinhosamente para ela, pois era bom se sentir prestativo para alguém. Especialmente para ela.

Ele foi à cozinha, trouxe, além dos chás, um bolo de cenoura que Tsunade tinha feito para ele, e sentaram no pequeno tapete da sala, conversando, comendo e tomando chá.

-E o Jiraya? – ela pediu.

-Aquele velho sem vergonha não tem mais tempo para mim, agora que ele e a Tsunade estão de muvuca... – ele falou um pouco irritado, fazendo a Hyuuga rir.

-Como assim de “muvuca”?

-Eu acho que eles estão namorando...

Isso lembrou seu pai, e toda a dor veio à tona, e ela não conseguiu conter as lágrimas insistentes, deixando Naruto vê-las.

-Hey, Hina-chan, o que foi? – Ele foi ao lado dela e afagou-lhe o ombro.

-Meu... Meu pai está... Namorando também.

-Sério? Isso é uma notícia inesperada. Eu a conheço?

-Acho que não, pois ela trabalha em Suna.

-E você não está feliz por ele?

-Sim, é claro. Mas... Ele me contou outra coisa, por isso estou assim.

-E você pode me contar o que é?

Ela suspirou.

-Eu acho que o niisan é...

-... Sim?

-...meu irmão...!

Naruto estava em choque.

-Mas como?

Ela contou toda a história para ele. No fim...

-... E eu me sinto tão traída, tão lesada! Agora tudo faz sentido...!

Ela chorava, e Naruto a abraçava, tentando acalmá-la.

-E daí eu saí de casa, sem rumo. Ele acha que comigo isso não pode acontecer, por isso ele me distancia de você. E eu não quero ficar longe de você, porque você é o melhor presente que Kami-Sama poderia ter me dado...

-Peraí, Hina-chan... – ele falou indo para a cozinha e revirando uma gaveta de talheres.

Quando voltou, sentou-se ao lado dela novamente e pegando sua mão, falou:

-Eu não tenho como dizer o quanto você ao meu lado me faz feliz, Hinata.

Ele entrelaçou sua mão na dela.

-Aishiteru Hinata-Sama.

Ele se inclinou para ela e apenas encostou os lábios nos dela, a princípio; ela relaxou quando ele soltou sua mão e puxou seu casaco para mais perto.

Eles se soltaram em busca de ar, e ele, ofegante, disse:

-Eu não quero fazer nada errado. Quero que tudo seja perfeito. Então...

-Então... O quê?

-Aceite.

-O que, Naruto?

-Isso. – Ele colocou na mão dela algo circular e fino.

-É uma aliança de namoro. Eu não quero mais dar passos inseguros.

Ela começou a chorar, e sorrindo, se jogou nos braços dele, dizendo:

-Você inteiro é perfeito, Naruto! Eu te amo!

Ele colocou a fina aliança no dedo dela com cuidado, como se o mundo inteiro dependesse disso.

Ela não se sentia fugindo de seu pai ou das verdades que lhe eram ditas. Ela se sentia no paraíso, juntamente com um sofá, um cobertor e Naruto Uzumaki, seu namorado. Ela tinha achado um lugar feliz, um refúgio. E este se emcontrava na casa de certo loiro que dizia amá-la.