-Neji, o que você tem a dizer sobre isso?

Hiashi mal deixou o rapaz pegar um pouco de chá e já começou o interrogatório.

-Na verdade, tio, você não devia pedir isso para mim e devia tirar essa cara emburrada. Isso assusta. Sério.

Hiashi olhou para o sobrinho, decidindo o que fazer e ordenou:

-Chame Hinata.

-Ahn...Tio? Tem certeza?

-Absoluta.

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Enquanto descia as escadas, Hinata rezava aos deuses para que seu pai entendesse sua paixão e que ele não os proibissem de se ver.

Tateando a cadeira, ela se sentou sentindo que seria interrogada pelo FBI.

-Otousan?

-Sim...?

-Por favor, não seja assim...

-Assim como, Hinata? Você acha que eu estou sendo mau em me preocupar com você? Não, filha, quando você for mais velha vai entender.

-Tá bom.

-Você pode se abrir comigo, filha.

Fez um minuto de silêncio, antes dela se abrir.

-E-eu só gosto dele, pai.

-“Só” ? Como assim?

-E-e-eu simplesmente gosto dele, pai. Não tem mais nada para explicar.

Hiashi ficou boquiaberto com a resposta da filha. Ela era mais madura do que ele achava.

-E desde quando vocês estão nesse namoro?

Hinata corou levemente.

-Nós... Ainda não estamos namorando.

Hiashi e suas reações exageradas. Desta vez ele se levantou da mesa:

-O QUÊ? Mas vocês estavam se beijando!

Hinata estava mais vermelha que o que. Estava quase azul já.

-G-g-gomenasai, otousan. Não acontecerá de novo.

-MAS É CLARO QUE NÃO! EU NÃO APROVO ESSE RAPAZ! – disse Hiashi com a voz alterada, batendo com força na mesa.

Agora ela, além de estar envergonhada, estava triste e braba.

-Se você fosse a mamãe, tudo isso seria diferente.

Levantou, foi para seu quarto. Deixou ali na cozinha um Hiashi praguejando e estrebuchando.

-SENHORITA HINATA HYUUGA! VOCÊ ESTÁ DE CASTIGO, MOCINHA! SEM VER O UZUMAKI ATÉ QUE AMBOS ESTEJAM CASADOS! ME OUVIU BEM?

Ouvindo a longa sentença do pai, ela finalmente achou motivo para chorar.