Dear Devil - The Last Hope escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 35
Chapter Forty-one - Paradise Fear - ♚♛♜♝♞♟


Notas iniciais do capítulo

akie, como prometido. gente, n me matem kkkk vcs n esperam o inal (ou esperam?) qro saber TODAS as teorias de vcs u.u so falta o finalzinho. Mais... Uns 5 caps ç.ç mas relaxem, tem mais temps kkkkkk espero mesmo q gostem, meus amores =]



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Dessa vez eu sentia frio.

As nuvens estavam cada vez mais densas e o único abrigo que eu avistava parecia estar a quilômetros. Pouca neve já caía do céu, mas ela servia de aviso para o que ainda viria. Eu odiava a neve (N/A: eu amo neve, gente, na boa kk).

Aos poucos minha tremedeira foi percebida. Também minhas calças molhadas. E o vento contra meu rosto. Mas eu caminhava. Caminhava em frente. Não havia qualquer ruído ali. Apenas a singela música que o vento fazia ao bater contra as pedras.

Meu ritmo aos poucos diminuía. E foi de repente que, como que para machucar-me, a neve caiu. Com força, com vontade. Minha visão tornou-se turva. Desesperadamente eu afastava-a, mas era realmente difícil. Com ainda mais rapidez, revirei os bolsos do pesadíssimo casaco. Erva? Acabara.

Eu me desesperava como nunca antes. Era uma sensação claustrofóbica impossível de ser descrita. E, por descuido, tropecei. E a pedra estava ali, exatamente numa posição em que machucaria o que quer que tocasse. Parecia tudo friamente calculado para que atingisse minha cabeça.

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A primeira coisa que percebi foi que dessa vez havia som. Um brandido de armas, metal contra metal, o pano voando, os passos pesados abafados pela neve... E as vozes.

Tentei desesperadamente abrir os olhos. Mas nada parecia conseguir. Eu abria uma pequena fresta e sentia dor. Mas sentia olhos sobre mim. Diversos pares de olhares me seguiam.

Eu sabia que não estava mais na neve. Sentia o fogo quente ao meu lado crepitar convidativamente. Sentia calor.

Ouvi passos próximos se aproximarem ainda mais.

– Bom dia, querida. – a voz. A voz que já fora doce uma vez e agora a situação se repetia. Foi o bastante para que eu abrisse os olhos. De algum modo, por fora, meu corpo estava quente, mas, por dentro, mantinha-se frio. Precisava de algo que nenhum deles tinha.

Como um sedento faria com a água, estendi minha mão para o fogo, mergulhando-a nas chamas. Foi um bem estar instantâneo que me tomou. Fogo. Calor. Senti minha pele aos poucos se queimar, causando uma dor imensa e esperada. Eu precisava daquilo como um peixe precisava da água.

Finalmente me virei encarando os olhos azuis e gélidos de minha amiga. Ela sorria um sorriso de certo modo sarcástico e surpreso com aqueles lábios finos e cor de sangue.

– É bom tê-la de volta. – disse. – Me deu orgulho, Cassandra.

Lancei-lhe um olhar que fazia tudo para ser terno, mas ainda sentia algo errado. Levei a mão à minha testa e senti a pele lisa e curada.

– Fogo... – sussurrei, agradecida, para só então me levantar e sentar-me ao seu lado. – Não esperava que eu sobrevivesse, Lílian?

– Com certeza não.

Sorrimos juntas.

– Por isso meu orgulho de você é ainda maior.

– Tem tudo o que precisa? – a pergunta que eu fizera a mim mesma anteriormente ecoava em minha cabeça. Deveria contar tudo a ela?

– Você nos deu o bastante. – aliviou-me. – Mas, como deve ter imaginado, sua missão será abortada.

Baixei os olhos, com vergonha e certo desapontamento.

– Já foi.

Ela levantou levemente as sobrancelhas.

– Acredito que desejaria estar conosco na batalha. Ser parte do Exército.

Isso fez com que eu levantasse a cabeça imediatamente. Fora tudo o que eu sempre quisera. Fora tudo o que me motivara para a missão mais perigosa que eu já tivera. Nem tive a chance de responder.

– Temo que já temos planos para você. – puf. Foi como cair da cama após um sonho bom.

– O que querem que eu faça? – Me levantei e encarei-a de frente.

Na sala alguns senhores da alta sociedade observavam tudo. Pareciam velhos. Cabelos tão brancos quanto a neve, ou alguns carecas, e a pele extremamente enrugada. Com um sinal de minha amiga, todos se retiraram. Ela se levantou, caminhando ao meu redor.

– Ah, Cassie... Tem coisa que não se esconde de mim. Eu posso farejar, eu posso sentir. – ela riu. – Você mudou bastante, não? Desde que partiu... Parece mais... Bonita. Seria algo em seu olhar? Algo em seu... Coração? – ela parou repentinamente, tocando o lado esquerdo do meu peito com a unha fina. – Não se preocupe. Seu segredo está salvo comigo. Mas estará com você mesma? Não tenho certeza...

– O que quer? – fui direto ao ponto. Enrolações me deixavam nervosa.

– Acalme-se querida. Nada de ruim lhe acontecerá. Pelo contrário... Isto lhe renderá algo mais uma missão para a Suprema Majestade... – senti as batidas de um coração que a muito morrera se acelerarem. – Sabe o que é Sacrifício, não? Perguntei-lhe antes de sair para a primeira missão. Você realmente sabe, sua espertinha. Mas o que não sabe é que ele pode servir não só para que um Deus se levante... Mas para tantas outras... Entidades... Sabia? Claro que não sabia. Mas alguém tem que se oferecer para o serviço. Alguém vivo. De carne, ossos e sem penas, digamos assim. – as batidas se aceleraram ainda mais. Eu não tinha asas. – Não, eu não quero você. Eu quero ele. Você sabe que é capaz, querida. Tudo para salvar a bela Cassie, não negue. E você sabe que assim...

Eu não ouviria todos os motivos que ela tinha para me convencer.

“Eu aceito.”



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Notas finais do capítulo

comentem, ok? o proximo e do derek, vo tentar escrever agr,mas n prometo ^^ whatever, se alguem quiser recomendar me fara um favor kkk minha mera eh de 5 recomendaçoes, me ajudem?
enfim, ainda estou betando os caps da fic pra ficarem maiorzinhos ^^ beijos ate o proximo