Hiding My Heart Away escrita por CrazyCullen


Capítulo 1
Hiding My Heart Away


Notas iniciais do capítulo

Oi flores, tudo bem com vocês?
Mais uma one shot, mas essa tem um motivo especial de ser. Ela é uma espécie de presente de aniversário para a minha querida amiga gabiipaiva, simplesmente uma das pessoas mais especiais que eu conheci esse ano e que agora eu tenho o prazer de chamar de amiga. Gabi, espero que goste dessa historinha. Ela é apenas uma pequena forma de agradecer por essa pessoa que você é e por ter sido essa companheira nos bons e nos maus momentos deste ano! Adoro demais, e que este possa ser apenas o primeiro de muitos anos de amizade!
Preciso também agradecer a Paula, minha querida beta e amiga que sempre me deixa viada com seus comentários e que, aqui, não foi nem um pouco diferente. Obrigada mesmo Maria, por sempre arranjar um tempinho para betar minha loucuras. S2
Bem, queridas, a capa está no meu profile para quem quiser ver. A gente volta a se falar lá embaixo! ;)



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Hiding My Heart Away


Trilha: Hiding my heart away - Adele

http://letras.terra.com.br/adele/1825555/#traducao

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Eu não precisava fechar os olhos ou fazer qualquer tipo de esforço para me lembrar daquele dia. Para lembrar-me da morena com rosto em formato de coração e os olhos mais profundos que eu já vira em toda minha vida, que trouxera um pouco de luz para o dia que, por uma ironia do destino, eu devia querer esquecer, mas simplesmente não podia. A morena que, há exatos seis meses, fizera minha vida dar um giro de 180° e me trouxera até aqui, de volta à minha casa, à minha família e a tudo aquilo que por tanto tempo eu reneguei...

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This is how the story went

I met someone by accident,

That blew me away

That blew me away

It was in the darkest of my days

When you took my sorrow and you took my pain

And buried them away

You buried them away

I wish I could lay down beside you

When the day is done

And wake up to your face against the morning sun

But like everything I've ever known

You'll disappear one day

So I'll spend my whole life hiding my heart away

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Eu olhava para a garrafa de whisky pela metade em minha mão e me perguntava quando tudo teria começado a desmoronar na minha cabeça. Por alguma estúpida convenção da sociedade, aquele era para ser o dia mais feliz da minha vida – mas estava se mostrando o pior de todos. Ou o segundo pior, se comparado àquela manhã chuvosa há três anos, quando abandonei tudo o que eu era e tinha por ela, sem nem ao menos olhar para trás. O olhar de decepção do meu pai e dos meus irmãos e o choro da minha mãe nunca me permitiram esquecer aquela sexta-feira, por mais que eu tentasse me convencer do contrário.

Eu estava tão perdido em minhas lembranças e lamentações, que nem percebi a presença delas próximo do local onde me encontrava sentado, de terno, em uma árvore qualquer no Hyde Park, com os braços ao redor do joelho e uma garrafa pela metade em uma das mãos. Só senti quando algo atingiu minha mão, virando o líquido âmbar sobre mim. O que era isso, o dia em que tudo dava errado na vida de Edward Cullen?

Levantei a cabeça a tempo de ver uma menininha de não mais do que dois anos olhando de mim para a bola que se afastava, rolando pela grama, com uma carinha desconfiada, a testa franzida e os olhinhos meio fechados como se não soubesse bem o que fazer. Ela era linda, com os cabelos castanhos caindo em cachos pelo seu rosto, a pele branquinha onde os olhos cor de chocolate se destacavam, vestida com um vestidinho lilás que deixava parte de suas pernas gordinhas à mostra. E por mais merda que o dia estivesse, pude sentir meus lábios tentando arriscar o primeiro sorriso genuíno desde que eu levantara naquela manhã.

"Ai, Sophia, olha o que você fez!" – uma moça disse se aproximando, fazendo a menina se virar assustada e perder o equilíbrio durante o movimento. Ela teria caído sentada no meio do gramado se eu não estendesse meus braços para firmá-la.

Não tinha como negar que a mulher, que agora estava ajoelhada à minha frente olhando de mim para a pequena menina que abria um imenso sorriso – deixando as covinhas à mostra – era mãe da garotinha. Eu podia ver claramente de onde a menina havia herdado sua beleza.

"Olhe só para a sua calça, está toda molhada." – ela disse me dando um sorriso tímido antes de olhar para a garrafa virada ao meu lado e voltar seu olhar para mim, levemente desconfiada. "Não se preocupe, eu vou comprar outra garrafa para você, apesar de achar que você não deveria estar bebendo assim tão cedo." – ela praticamente sussurrou a última parte, como se não fosse para eu escutar. "Vem, Sophia." – ela disse se levantando, antes de pegar a menina em seu colo e se virar novamente para mim. "Por favor, espere aqui, eu não demoro."

"Ei... espera" – falei, me colocando de pé e correndo até alcançar as duas. "Não precisa fazer isso. Eu já devia estar indo pra casa mesmo. Afinal de contas você tem razão, eu não devia estar bebendo tão cedo. Apesar de que, em minha defesa, gostaria de dizer que ainda não dormi, então pra mim, ainda é ontem."

Ela fez menção de um sorriso, mas pareceu mudar de ideia no meio do caminho, voltando seu olhar para mim uma vez mais. "Desculpa, eu não tenho nada a ver com a sua vida, não devia ter dito aquilo."

"Não se preocupe. Quem sabe se eu ouvisse mais as pessoas, não cometesse tantas bobagens." – me vi falando, sem nem saber direito o porque de ter expressado aquele pensamento. "Aliás... meu nome é Edward." – eu disse, estendendo a mão.

"Er... Isabella, mas por favor, me chame de Bella. E a bonequinha que causou todo esse estrago é a Sophia."

Ao ver que a mãe falava dela, a pequena menina se virou, abrindo seu sorriso mais uma vez. E eu me vi pensando em como até bem pouco tempo eu era louco para ter um filho, mas até mesmo esse sonho Tanya havia tirado de mim, me convencendo de que uma criança só atrapalharia nossas vidas. Aquele pensamento me fez cerrar os punhos ao lado do corpo, ao mesmo tempo em que sentia a raiva preenchendo todo o meu corpo. Como eu podia ter sido tão estúpido?, pensei enquanto apertava meus olhos com força. Mas a sensação de uma mão quentinha acariciando meus punhos me fez abrir os olhos imediatamente, apenas para dar de cara com aquele olhar profundo uma vez mais. Era como se Sophia soubesse que eu só precisava de alguém que realmente se importasse. Já fazia tanto tempo que eu não sabia o que era isso...

"Obrigada, princesa." – eu disse, pegando sua pequena mão e depositando um beijo ali, arrancando uma pequena gargalhada dela.

"Ela parece gostar de você." – Bella disse, observando nossa interação.

"Ela é uma criança linda."

"Nesse ponto eu tenho que concordar." – ela disse, ajeitando um dos cachinhos que insistia em cair pela testa da menina.

Um pequeno silêncio se estendeu sobre nós, quebrado apenas pelos risinhos de Sophia, que parecia se divertir vendo os pássaros sobre as árvores.

"Bem, tem certeza de que não quer que eu compre outra garrafa pra você? Não me custa nada..."

"Não, tudo bem, não precisa."

"Ok, então, acho melhor nós irmos. Diz tchau pro moço, Sophia."

"Au" ela disse, se virando e me presenteando com suas covinhas mais uma vez. Arrancando risos meus e de sua mãe.

"Tchau, princesa. Tchau, Bella."

Sophia continuava virando o rostinho, me encarando enquanto as duas se afastavam. E antes que eu conseguisse entender o que estava fazendo, já estava correndo atrás delas.

"Er... Bella, espera! Será que eu posso te pagar um café?"

Ela pareceu um pouco surpresa com o convite, me encarando por alguns instantes antes de checar as horas no relógio e, finalmente, acenar com a cabeça.

"Tudo bem, mas será que pode ser na Kings Cross? Eu preciso pegar o próximo trem para Leeds." – ela respondeu, mordendo o lábio inferior.

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Dropped you off at the train station

And put a kiss on top of your head

I watched you wave

I watched you wave

Then I went on home to my skyscrapers

Neon lights and waiting papers

That I call home

I call it home

I wish I could lay down beside you

When the day is done

And wake up to your face against the morning sun

But like everything I've ever known

You'll disappear one day

So I'll spend my whole life hiding my heart away

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"E então eu me vi grávida, sozinha e sem trabalho. Foi difícil no começo, mas acabei me descobrindo mais forte do que eu supunha ser. É claro que têm momentos em que sinto falta de ter alguém para me ajudar com a Sophia, para se orgulhar dela junto comigo, mas acho que os relacionamentos são supervalorizados. É bom ter alguém para dividirmos as coisas, mas acredito que somos totalmente capazes de ficarmos bem com a gente mesmo. Não sou uma pessoa sozinha por não ter um marido. Estou muito melhor sem o pai dela do que estaria se ele estivesse ao meu lado. Aprendi isso da pior maneira possível, mas enfim... aprendi, e hoje meu coração não está aberto para qualquer um. Isso já foi dito em um filme e eu super assino embaixo. 'Esse conceito é absurdo. A ideia de que só podemos estar completos com outra pessoa é terrível!' "* – Bella disse, tomando um longo gole do café que o garçom acabara de trazer.

Tínhamos optado por irmos andando até a estação. A distância não era muita, e assim podíamos aproveitar o clima agradável que fazia na capital inglesa e conversarmos um pouco mais, o que se mostrou algo extremamente fácil entre nós. Sophia apontava para os ônibus, para os barcos no Tamisa e, às vezes, batia palminhas como se quisesse chamar nossa atenção para ela quando estávamos centrados demais em nós mesmos.

Eu estava me preparando para comentar o quão estúpido o cara devia ser para tê-la abandonado e por nunca ter querido ver aquele sorriso ainda meio desdentado que fazia meu coração inflar no peito, quando seu celular tocou. Eu não queria prestar atenção na conversa, então me virei para Sophia, fazendo cócegas em sua barriga. Mas foi impossível não ouvir parte do que era falado.

"Não, mãe, ainda estou em Londres."

...

"Eu conheci um cara no parque enquanto passeava com Sophia e estou aqui, tomando um café na estação. Devemos pegar o próximo trem."

...

"Mãe!" – ela praticamente gritou, fazendo com que todos ao redor olhassem, enquanto suas bochechas assumiam uma coloração rosada.

...

"Tá, tá... quando eu pegar o trem, ligo avisando."

"Era minha mãe." – Bella disse, guardando o celular na bolsa. "Ela tende a ficar um pouco preocupada quando venho para Londres sozinha com Sophia."

"Ela achou ruim você estar aqui comigo?"

"Minha mãe? Ah, não... ela sabe que eu sei me cuidar."

"Posso perguntar então o que ela falou que te deixou assim, tão vermelha?"

"Posso te perguntar o que aconteceu para você estar bebendo sozinho no parque, correndo o risco de ser preso?" – ela perguntou enquanto fingia ajeitar algo na roupa da pequena menina ao seu lado, como se estivesse com vergonha.

"Eu iria me casar hoje." – disse, fechando os olhos e sentindo o calor do chocolate quente preencher o meu corpo. "Eu estava completamente cego por ela. Nós nos conhecemos na faculdade e logo estávamos dividindo mais do que informações sobre as matérias que tínhamos em comum."

Bella me olhava com atenção genuína, como se realmente estivesse interessada naquilo, enquanto Sophia se divertia esfarelando os scones que havíamos pedido.

"No Natal três anos atrás, eu a levei para casa para apresentá-la aos meus pais e meus irmãos, e não precisou nem de 24 horas completas para que eles não gostassem dela. Ela só sabia falar do quanto a casa era enorme, dos carros na garagem, das obras de arte da minha mãe... E meu pai tentou me alertar, dizendo que ela era uma oportunista, mas eu não dei ouvidos. Até que minha irmã apareceu na escada, arrastando Tanya pelos cabelos, armando um escândalo, dizendo que a havia pego dando em cima do seu marido." – eu parei, tomando mais um gole do chocolate, sentindo meus olhos ardendo enquanto desviava o olhar daquelas orbes marrons que pareciam me queimar. Aquela imagem ainda estava muito vívida em minha memória.

"E o que ela disse?" – Bella perguntou, tentando me dar forças para continuar.

"Eu a levei para o jardim, para tirar satisfações, e ela disse que tudo não passara de um mal entendido. Que estava escuro quando ela entrou no quarto e que ela achara que aquele era o meu quarto, e que era eu deitado ali. Claro que eu fui o único idiota que caiu na lábia dela. Continuamos ali, mas não havia mais clima para o Natal. No dia seguinte depois de uma nova discussão, dessa vez com minha cunhada, Tanya entrou no quarto bufando e me mandou escolher. Ou ela ou a minha família."

"Oh meu Deus, Edward, não me diz que você..." – Bella disse com a mão na boca, parecendo horrorizada com o que eu acabara de contar.

"Eu a deixei arrumando as malas e fui até o escritório de meu pai, reivindicar minha parte da herança que meu avô havia deixado. Pouco depois de meu pai fazer um cheque, eu deixei a casa sob os olhares reprovadores dos meus irmãos e do choro da minha mãe, sem nem olhar para trás."

Eu podia sentir as lágrimas que eu passara tanto tempo renegando escorrendo pelo meu rosto. Anos de culpa, tristeza e saudade me invadindo e, dessa vez, eu não tinha porque me fazer de forte. De repente, senti duas mãozinhas em meu joelho e, ao abrir os olhos e olhar para baixo, vi que Sophia havia saído dos braços de sua mãe e me estendia os bracinhos. Assim que atendi seu pedido silencioso, ela passou os braços ao redor do meu pescoço em um abraço apertado, me deixando ainda mais emocionado.

"E por que você não se casou com ela?" – Bella perguntou, vendo que eu estava mais calmo.

"Ao sair da minha despedida de solteiro ontem, resolvi surpreendê-la e ir até a casa dela. Ela tinha dito que não iria fazer nada e não tinha se mostrado muito feliz com a ideia de eu sair com os rapazes do escritório. Eu queria ter certeza de que tudo estava realmente bem entre a gente e queria mostrar que eu não tinha feito nada demais. Mas não precisei dar mais do que dois passos no corredor para ouvir os gemidos que vinham do seu quarto. Eu não queria acreditar nos meus olhos ao abrir a porta do quarto. Ela estava na cama, com um dos gerentes do escritório de arquitetura onde ela trabalha e, pelo jeito como eles gemiam e se tocavam, aquela não era a primeira vez." – eu disse batendo com minha mão na mesa, fazendo com que Sophia erguesse a cabeça, me olhando com a testa franzida.

"Eu sinto muito, Edward. Mas voltamos àquilo que eu dizia antes. Por essa ideologia de que devemos ter alguém, que devemos encontrar um amor, acabamos nos tornando cegos para o que está à nossa volta. Os sinais estavam todos diante dos seus olhos, mas você se recusou a enxergá-los. Porque ao fazê-lo, você teria que admitir seus erros e mais do que isso, você ficaria sozinho novamente."

"É, eu sei. Talvez você esteja certa. Mas eu sempre fui do tipo que se joga de cabeça em qualquer coisa, e nos relacionamentos nunca foi diferente. Por isso talvez eu sempre me magoei tanto ao me dar conta de que minhas namoradas não se empenhavam tanto quanto eu naquilo."

"Aí está o seu erro. Não podemos fazer algo esperando que o outro nos pague na mesma moeda. Não podemos esperar amor incondicional, Edward. Isso só a nossa família nos dá, e você abriu mão da sua sem pensar duas vezes."

"'Eu tinha um conceito do meu melhor eu, sabe? E queria buscar isso mesmo se passasse por cima da minha honestidade. Naquele momento, achei que quem eu era, de onde eu vinha, nada disso tinha importância'**. Eu queria viver aquele eu. Ser aquela pessoa que ela me levava a ser. Eu não percebia o quão egoísta e manipulável aquele Edward era. Até o momento em que me deparava com as lembranças, mas em toda minha arrogância, logo dava um jeito de afastá-las."

"Lembranças são ótimas se a gente não tem de lidar com o passado."

"É uma grande verdade."

"De nada." – ela disse rindo, tentando claramente me fazer sorrir. Sophia pesava em meu colo, sinal de que havia adormecido.

O celular de Bella apitou, indicando que faltava pouco tempo para sua partida. Eu paguei pelo nosso café e fomos seguindo a passos lentos, ambos perdidos em seus próprios pensamentos, até a plataforma de onde o trem para Leeds sairia. Sentindo meu coração pesado, dei um pequeno beijo na bochecha da menina adormecida como um anjo em meus braços antes de entregá-la de volta para a morena à minha frente.

"Sabe o que eu acho, Edward?" – ela perguntou, se virando na porta do vagão e me encarando com intensidade. "Eu acho que você devia dar o primeiro passo. Sabe, procurar sua família novamente, contar tudo isso para eles, mostrar que aprendeu a lição e pedir perdão por todo o sofrimento que lhes causou. Por mais que eu ache que sempre machucamos alguém ao tentarmos andar com nossas próprias pernas. Faz parte da vida. Mas eu posso apostar que todos os dias, sua mãe e seu pai olham pela porta esperando pelo momento em que o filho pródigo vai voltar."

"Eu não sei... Eu os magoei demais."

"Claro que sim, Edward, e a cada dia que continua longe, magoa um pouco mais. Experimente. Você já perdeu tudo, qualquer coisa que venha de volta agora é lucro."

"Obrigada, Bella." – eu disse a abraçando e depositando um beijo no topo de sua cabeça.

"Pelo que?"

"Por ter aberto os meus olhos e por ter transformado esse dia horrível em um daqueles que estará para sempre em minha memória."

Ela apenas sorriu e acenou com a cabeça antes de se virar novamente, buscando seu lugar. Permaneci parado perto da janela do seu compartimento até o trem começar a andar, lentamente, acenando até elas sumirem de minha vista. Ainda permaneci parado ali por um bom tempo, repassando todos os eventos daquele dia, todas as suas palavras, até tomar a decisão que o meu coração já havia tomado antes mesmo que minha razão não se desse conta. Atravessei correndo a plataforma, desviando dos passageiros que procuravam seus caminhos, entrei no salão principal da estação e andei até estar diante de um dos guichês.

"A que horas sai o próximo trem para Newcastle?"

"Daqui a 30 minutos."

"Eu quero um tíquete."

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I woke up feeling heavy hearted

I'm going back to where I started

The morning rain

The morning rain

Now though I wish that you were here

That same old road that brought me here

Is calling me home

Is calling me home

I wish I could lay down beside you

When the day is done

And wake up to your face against the morning sun

But like everything I've ever known

You'll disappear one day

So I'll spend my whole life hiding my heart away

And I can't spend my whole life hiding my heart away

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"O que você está fazendo sentado aí olhando pro nada, Edward?" – Minha irmã Alice perguntou, se sentando ao meu lado com uma cara desconfiada.

Diferente dos meus pais, que me receberam de volta como se aqueles três anos não tivessem existido, meus irmãos, Alice e Emmett, se mostraram um pouco mais arredios. Eles pareciam temer que eu decepcionasse nossos pais mais uma vez. Fizeram questão de me deixar a par do estado quase vegetativo em que nossa mãe ficara nos primeiros meses, e eu sabia que aquela seria apenas mais uma das culpas que eu carregaria para sempre. Assim como a de ter deixado Bella e Sophia tomarem aquele trem sem nem ao menos pedir seu telefone ou qualquer outra coisa.

"Nada, Ali, apenas pensando em ir a Leeds no final de semana."

"Leeds? O que tem lá?"

"Eu realmente não sei. Mas espero que um recomeço."

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FIM


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Notas finais do capítulo

*Essa fala faz parte do filme Antes do Amanhecer e é dita pela Celine em uma das minhas cenas preferidas. Aliás, eu me lembrei de Jesse e Celine durante muitos momentos nesta one, então, se ainda não assistiu Antes do Amanhecer e Antes do Pôr do Sol, corra para a locadora mais próxima.
** Fala do filme Antes do Por do Sol.
Bem, antes que comecem, já vou avisando que não, não teremos uma continuação por aqui! E dessa vez eu falo sério! Espero que tenham gostado, apesar de não ter tido aquele final feliz típico. Mas ele fica em aberto para que cada um possa pensar o que aconteceu a partir daí. Desde a primeira vez que eu ouvi esta música eu pensei em escrever uma fic baseada nela, e pô gente, nem com muito esforço dava pra fazer um "e viveram felizes para sempre" com uma trilha dessas né? Ah, pra quem quiser ver a Sophia: weheartit.com/entry/16901369
Gabi, embora triste, eu sei que você curte finais alternativos ou nem tão água com açúcar assim, então realmente espero que você tenha curtido isso aqui! Tá vendo, eu nem matei ninguém dessa vez rsrsrs
Bem flores, bora me contar o que acharam? Se quiserem me contar se acham que o Edward foi ou não pra Leeds, se encontrou ou não Bella e Sophia..., fiquem a vontade! Bjinhos e até a próxima!