Cahill United escrita por Victoria Menezes


Capítulo 4
IV - Castelos


Notas iniciais do capítulo

Se eu sei que estou infinitamente atrasada? Sim, sei. E imploro por mil perdões... Tem explicações... começa com provas finais, recuperação e termina com meu pai resolvendo reformar a casa sozinho e me mandando para passar quase um mês com minha avó... Esse ano vai ser difícil de escrever, porque é o ano do mata mata sabe... Vestibular, UFBA, pressão da família toda... Dá dor de cabeça só de lembrar e pra melhorar eu ainda nem sei que curso vou fazer...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172633/chapter/4

Em alguns momentos, enquanto falava, Amy fitava Ian rapidamente. Seu sonho ainda a perturbava, mas ela precisava manter o foco.

- E então, daqui para o Castelo Hatley. Estamos em View Royal. Não é muito longe, podemos ir de carro. (Amy)

- Castelo Hatley? Não é aquele da escola dos mutantes? (Jonah)

- É sim... (Ian)

- Maneiro... (Jonah)

- Amy, iremos agora pela manhã? (Ian)

- Sim, quanto antes melhor.

- Então, assim que terminarmos o café, sairemos.

-------------------------------------------------------------------------

Daniel acordou pela manhã e coçou os olhos. Seu celular tocou.

- Alô? (Dan falou sonolento)

- Daniel? Bom dia, meu caro.

- Ah, oi tio. Bom dia para o senhor também. O que houve, algo com Amy ou Nellie?

-Não, não. Só preste atenção no que vou te dizer, meu bravo sobrinho.

- Certo.

- Calhambeques amarelos são tesouros especiais, lance-os olhares.

- Certo, Tio Fiske... Vou aceitar o seu velho calhambeque amarelo quando eu fizer 16. Ficarei feliz em dirigir aquela relíquia...

- Tenha um dia proveitoso, Daniel.

- Até mais, Fiske.

Laura, que havia acordado com o som do telefone, escutou toda a conversa.

- Calhambeques amarelos? Fiske Cahill te ligou a essa hora para falar de calhambeques amarelos?

- Pista, Laura. Só pode ser uma pista... Tio Fiske realmente não lhe parece ser o tipo de cara que oferece carros de presente aos sobrinhos de 14 anos, não é?

Daniel respondeu com um sussurro baixo ao ouvido de Laura. Depois passou para o lado da cama de Natalie e a chamou calmamente.

- Nat, acorde. Está na hora de levantar...

“Humm”. Foi o que ela murmurou antes de virar de lado.

- Natalie, está na hora de acordar... Levante preguiçosa.

Dan falou de maneira quase carinhosa, sacudindo Natalie com leveza. Ela respondeu com um “Me deixe dormir em paz, sua serviçal inútil! Não vê que está cedo?”. Foi apenas um murmúrio débil, mas depois ela jogou um travesseiro ao vazio e tapou o rosto com as mãos. Daniel estava intrigado com a ligação do tio e apressado para confirmar suas suspeitas com Lucília, ela o fazia lembrar-se de Amy. Por isso perdeu o pouco de paciência matinal que ainda lhe restava e deu uma bela sacudida em Natalie.

- Natalie Kabra! Levanta agora da cama, sua preguiçosa!

- Ahn? O que? – pausa para reconhecimento – Daniel! Seu grosso! Asno! Pedaço de cavalo...

Daniel colocou o dedo indicador sobre os lábios da Kabra furiosa.

- Shhh... Você pode me elogiar depois, no café da manhã... Agora, vá se trocar, vou bater um papinho rápido com a Lucy e volto. Nos encontraremos lá em baixo, no restaurante do hotel, caso por alguma interferência divina a senhorita fique pronta antes de eu voltar...

Natalie olhou aturdida para Daniel, que saia do quarto com os cabelos desgrenhados e usando como única peça de roupa a calça do pijama. Laura que viu a cena toda calada ria deliberadamente agora. Dan bateu na porta do quarto vizinho, quem abriu foi Reagan. Ao ver Dan sem camisa soltou uma gargalhada.

- Madison, adivinha quem andou malhando...

Ela gritou para dentro do quarto enquanto dava passagem para Dan. Ele entrou sem cerimônia. Lucília ainda estava de camisola, uma camisola azul que caia perfeitamente sobre seu corpo esbelto. Madison saía do banheiro apenas de calça jeans e sutiã, o cabelo loiro e cumprido pendia molhado sobre um dos ombros. Ela deu uma boa olhada em Daniel.

- Precisa aumentar a quantidade de pesos, Cahill... Está parecendo um frangote!

Não era bem assim, Dan podia ter poucos músculos em comparação aos garotos Tomas, mas seu físico era bem melhor definido do que o da maioria dos garotos de sua faixa etária. Ele respondeu enquanto sentava sem pedir permissão, na cama de Lucília, a qual se apressava em vestir um roupão.

- E você precisa diminuir drasticamente a quantidade de pesos, antes que fique com o físico do Hamilton... Se olhem no espelho... Ambas estão quase o alcançando...

Ele nem ao menos se virou para responder a provocação, sentou na beira da cama de Lucília e rapidamente contou para Lucília o que aconteceu.

- Ele me chamou de “bravo sobrinho”, Lucy. Acho que isso é um código, talvez o código bravo...

- Sim, na verdade pode ser... Na guerra havia um código, chamado de código bravo...Fiske pode ter adaptado... Repete a frase que ele falou, por favor...

- Calhambeques amarelos são tesouros especiais, lance-os olhares.

Então ambos falaram juntos.

- CASTELO! A precisamos ir algum dos castelos venezuelanos!

- Tem um em havana. Castillo de San Carlos... Vou me arrumar para o café da manhã e procurar alguns mapas...

Daniel voltou para o quarto dele, para sua total surpresa, Natalie e Laura ainda nem tinha começado a se arrumar. Estavam tentando se decidir sobre qual roupa vestir... Dan coçou a cabeça.

- Vocês são inacreditáveis! Vou tomar um banho, espero que quando eu sair do banheiro já estejam prontas.

Daniel tomou banho, vestiu uma calça jeans e uma camisa vermelha, depois calçou seu All Star. Quando saiu do banheiro, Laura e Natalie ainda estavam de roupão. Natalie em dúvida entre um vestido preto justo e um azul marinho com listras brancas. Laura estava em dúvida entre um vestido branco solto e um rosa decotado. Daniel pegou o vestido rosa da mão de laura e jogou em cima da mala, depois catou uma sapatilha de palha trançada com bordados de flores que ela tinha, e uma bolsa nude e entregou para ela .

- Toma, veste o vestido branco com isso aqui...

Depois ele jogou o vestido preto de Natalie em cima da mala, pegou uma sapatilha de veludo vermelho e uma bolsa vermelha.

- E você, veste isso aqui com o vestido azul! Pronto! Acabou o problema... Agora, andem logo...

Dan espetou por mais meia hora, até que as duas saíram do banheiro.

- Estou 10 anos mais velho, de tanto esperar...

Laura deu uma voltinha em frente a ele.

- Vai dizer que não valeu a pena esperar...

Ela e Natalie pegaram Dan , uma em cada braço, e desceram para o café.

--------------------------------------------------

Depois do café da manhã, Ian pegou o carro que tinham alugado, para finalmente dirigirem até o castelo Hatley. Ele estava ao volante, e Amy ao seu lado, analisando um mapa da cidade.  Amy olhava o mapa e dava as diretrizes para Ian.

- Você tem certeza, que é esse o caminho, Amy?

Ian perguntou diminuindo a velocidade.

- Claro que eu tenho certeza, Ian, se não tivesse, não mandaria você ir por esse caminho...

- Okay, se você está dizendo então...

- Mas eu já disse que é esse o caminho! Vai logo Ian Kabra, porque diabos você encasquetou com isso agora? Acha que sou burra, que não sei ler um mapa?

- Não, não Amy. Pela memória de Luke Cahill, jamais acharia que você é burra ou algo do tipo... Só queria ter certeza se você tinha certeza... Porque, você sabe não é... A maioria das garotas não tem uma habilidade muito boa com mapas...

Ian falou meio constrangido, ainda em uma velocidade muito baixa. Amy olhou para ele, seu olhar era faiscante.

- Imagino que você saiba, Kabra, que eu definitivamente não sou qualquer garota, muito menos o tipo de garota com o qual você está acostumado.

A resposta da garota veio baixa e pausadamente, quase entredentes. Ian estremeceu. Hamilton murmurou do bando de trás.

- Vocês estão parecendo os meus pais...

- Fica quieto, Hammer!

Amy falou tranquila e Jonah olhou bem para ela.

- Quem é você, aliem, e o que fez com a minha prima Amy?

- Eu apenas aprendi algumas coisas na convivência com vocês, Jonah...

Ian voltou a dirigir em uma velocidade razoável. Por causa das confusões deles e de um engarrafamento, o trajeto de 15 minutos levou quase uma hora. Quando chegaram Amy deu um suspiro aliviado.

- Bem, Ian. O castelo agora funciona como uma universidade. Royal Roads University.  Podemos pedir para visitar as instalações, dizendo que vamos mudar para o Canadá estamos interessados em conhecer as universidades locais, já que logo ingressaremos em alguma...

Eles ainda estavam dentro do carro quando Amy falou isso em bom som para Ian, depois ela se dirigiu para os outros.

- Jonah, use se sua fama e diga que está pensando sobre começar a cursar uma faculdade. Hamilton, fale de seus dotes esportivos em todos os esportes, e Magno mostre para eles o quanto é brilhante. Eles serão atraídos pela inteligência, pela fama, pelo êxito e pela pose de Lorde Inglês do Ian. Se conseguirmos entrar, damos um jeito de bisbilhotar durante a visita às instalações. Todo cuidado é pouco. Todos estão com celular?

- Sim. (todos)

Eles saíram do carro, enquanto caminhava dois passos a frente junto com Amu, Ian falou.

- Às vezes você se parece muito com uma Lucian, para uma Madrigal.

- É, devo ter herdado os genes bons de Gideon e Olívia...

Eles foram recepcionados na entrada do castelo, por uma mulher loira que quis saber o motivo da visita de jovens não alunos. Ian contou a ela sobre o desejo que ele e Amy tinham de entrar numa boa faculdade canadense, Jonah disse que resolveu investir mais em sua educação, Hamilton disse que queria visitar o lugar, antes de concorres a uma bolsa por esportes lá e Magno quase fez um discurso sobre o quanto prezava por seu desenvolvimento científico. Os olhos verdes da mulher chegaram a brilhar com aquela história. Ela levou-os pelo castelo até que chegou à biblioteca, Amy deu um jeito de ficar lá. Magno e Ian acabaram por ficar no museu, enquanto ela conversava com Hammer e Jonah. Amy estava analisando uns livros mais antigos, quando percebeu um diferente. Ela abriu e viu que havia um fundo falso e um tubo com um pergaminho lá dentro. Rapidamente jogou tubo dentro da bolsa e tirou uma foto da capa do livro. Saiu para encontrar Ian no museu, ele também já estava saindo de lá com Magno.

- E então, Amy?

- Por mim, já podemos ir para casa...

- Por nós também... Vou ligar para Hammer.

Ele discou o número rapidamente.

- Alô, Hamilton?

- Que foi, Ian?

- Bem, precisamos ir para casa...

- Mas agora? Eu estava jogando uma partidinha de...

- Sim Hammer, agora!

- Estamos indo...

Logo todos se encontraram no portão da universidade e se despediram da mulher, então entraram no carro para ir para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei que o capítulo foi meio pequeno, mas foi o que deu para fazer... Proximo capítulo, ou melhor, parte II com mais ação e consequentemente, mais emoção.