A Vida De Renesmee Carlie Cullen escrita por Nicole_Manfredi


Capítulo 7
Como sempre, a vida é cheia de surpresas!


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é do Jake. Ele vai contar um pouco como ele se sente em relação a Nessie e o que ele fez longe do Forks por um pouco mais de um ano.
Espero que gostem!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172433/chapter/7

  

  JACOB...

  E lá se foi minha vampirinha, pulando graciosamente de galho em galho. Porcaria! Eu havia me esquecido de uma coisa importante que eu tinha que fazer para finalizar o momento. Mas acho que estava tão encantado com ela, que nem me passou na cabeça beijá-la. Como eu sou idiota! , disse a mim mesmo. Pelo menos eu poderia corrigir esse erro hoje à noite.

  Saí da praia com as mãos na cabeça, arrependido de tamanha burrice: não ter beijado ela. Era o que eu mais queria... Ela realmente não me deixava pensar claramente. Quando cheguei na porta da casa de Sue, encontrei todos lá. Eles estavam ao redor da mesa, fazendo o que sabem melhor: comer. Leah não estava com a melhor cara quando eu entrei. É... algumas coisas não haviam mudado nada.

   O bando tinha diminuído um pouco devido à desistência de Paul- que agora é meu cunhado- e a saída esperada de Sam. Foi difícil para Sam e principalmente para mim quando meu pai se foi. Eu perdi a cabeça, não pensei muito nas coisas, pois a dor era minha companhia em todos os momentos. Fugi como um idiota, forçando Sam a cuidar do bando por mais um tempo. Mas agora eu não tinha escolha, era minha obrigação cuidar do bando e da tribo.

  Ignorando a expressão dura de Leah, fiz uma expressão para que todos me acompanhassem. Eu me virei e fui andando até a floresta, e em menos de três segundos, os meninos vieram correndo atrás de mim. Nós amarramos nossas roupas em nosso tornozelo e nos transformamos. Esperamos Leah por mais alguns segundos. Assim que ela chegou começamos a ronda. Eu comecei a escutar os pensamentos insinuantes deles em relação a mim e a Nessie. Então uivei, alto e claro, para que todos soubessem que agora eu lutaria para ficar junto dela, que eu lutaria para ela ser minha.

  Você não acha engraçado você ter se apaixonado pelo ser que devemos destruir? , pensou Quil. Isso me abalou seriamente, pois eu me lembrei das palavras que disse a Bella, quando ela descobriu meu segredo: “Nós existimos porque eles existem!”.  As coisas estavam complicando, mas eu sabia no que eu estava me metendo. Eu realmente tinha pensado nos riscos, desvantagens, obstáculos... Porém, eu não queria pensar sobre isso agora. Não com um monte de lobos em minha mente.

  Cruzamos uma clareira bem iluminada, o som do vento estava forte, qualquer um podia ouvi-lo com facilidade, e com ele, um grunhido estranho. Estava numa grande velocidade, então tive que cravar minhas patas na terra para conseguir parar. Todos fizeram o mesmo quando chegaram. Logo pude sentir um fedor de vampiro vindo na mesma direção do som estranho, que parecia ser o de um lobo machucado.

  Quil! Seth! Vão cuidar do lobo! O resto do bando venha comigo e peguem esse vampiro!, disse a eles.

  O cheiro do vampiro não era parecido com nenhum dos Cullen, ou com algum de seus “amigos”, então nosso dever era matá-lo. Então, começamos a correr na direção nordeste do lobo machucado, que era para onde o vampiro estava fugindo, com uma grande vantagem de distância de nós. Mas em poucos segundos o alcançaríamos. Quando estávamos perto de ver o vampiro e de darmos o bote, ele simplesmente desapareceu, assim como seu cheiro e seus rastros.

  Onde ele está? , disseram em uníssono. Esperem e escutem! Ele não pode estar longe! , disse a eles, tentando fazer com que parassem com aqueles turbilhões de pensamentos ao mesmo tempo. Mas o que eu temia aconteceu: não ouvimos um ruído sequer dele. Ele havia sumido do nada! Resolvi desistir, ele não voltaria. Vamos voltar! O lobo deve precisar de nossa ajuda.

  Corremos de volta na direção do lobo ferido. Todos nós paramos perto de uma moita de samambaia, e pude sentir o forte cheiro de sangue, que estava espalhado pelo chão. Atrás da moita, o jovem lobo parecia quase morto. Sua pulsação era fraca, eu podia ouvir sua respiração falhar. E lá estava ele, deitado no chão, coberto com sangue e terra. Seus pelos eram brancos num tom prateado, que podia brilhar um pouco ao sol.

  Ele está muito machucado! Não sei se sobreviverá! , disse Seth, que estava com Quil, ao lado do lobo machucado.

  Eu me aproximei e os outros vieram atrás de mim, com passos cautelosos. Ele parecia desacordado, mas ainda sim estava vivo, por mais quanto tempo eu não sei, mas estava.

  Jared, coloque-o em minhas costas fazendo o favor! , ordenei a ele. Isso exigiu a destransformação do garoto, e Leah, como de costume, virou-se enquanto Jared, com facilidade, colocava o lobo em minhas costas.

  Corra Jake! Leve ele para a caverna depois da floresta! Acuã deve saber o que fazer! , pediu Leah, desesperadamente.

  Eu corri o mais rápido que pude, mas tomando o cuidado para não deixar o lobo cair. Eu já havia ido a Acuã para fazer alguns reparos. Ele era um antigo curandeiro da nossa tribo. Ele tinha rituais e remédios para quase tudo, e foi ele quem ajudou Emily quando Sam a feriu. A tarde ensolarada estava indo embora quando eu cheguei na entrada da caverna. Eu uivei alto, e no mesmo instante, Acuã apareceu. Ele arregalou os olhos quando viu o lobo ensanguentado. Acuã era velho, sua pele era macia e murcha, dobrando-se em centenas de pequenas rugas. Ele usava um longo vestido marrom com símbolos antigos, que iam até o tornozelo, e suas mangas ficavam um pouco acima das mãos. Usava também aqueles “chinelos” para velhinhos, roupas típicas de curandeiros. Seus cabelos brancos estavam presos em duas longas tranças, que pendiam até sua cintura.            

  - Entre rápido, ele não tem muito tempo! – ele falou impacientemente, apontando para dentro da caverna.

  A entrada era grande o suficiente para eu passar com um lobo enorme em minhas costas e ainda sobrar espaço. Uma fogueira já estava acesa quando eu entrei. A caverna era úmida, e tinha muitos frascos que deveriam ser remédios, ervas e coisas do tipo por todos os lados, sobre três estantes de madeira que ficavam encostadas na parede do final da caverna, onde era menos iluminado, e no chão. Depositei o lobo num tapete de pele de urso, que estava ao redor das chamas, e a destransformação ocorreu. Ele era um menino de pequena estatura, de talvez uns dezesseis anos. O que diferenciava ele da aparência das pessoas de nossa tribo, era sua pele um pouco mais escura e os olhos levemente puxados.

  Acuã cobriu o menino e então, eu voltei a mim. Os outros do bando não demoraram muito para chegar à caverna. Todos já estavam vestidos quando entraram na caverna. Quando Leah viu que o menino havia se destransformado, ela retirou-se de lá.

  - Vá se trocar Jacob! – disse Embry, indo se ajoelhar com os outros ao redor do menino desacordado.

  Eu saí e vi que estava tudo escuro, e então me lembrei do encontro com Renesmee. Droga! , pensei comigo mesmo. Eu não podia decepcionar Nessie. Não agora que começaria a conquistar seu coração. Mas no mesmo instante uma voz veio à minha cabeça dizendo que eu também não podia simplesmente abandonar meu bando num momento como esse. Renesmee entenderia. Ela tem que entender, pensei.

  Agora eu havia assumido as responsabilidades aqui em La Push. Sam havia casado e o único alfa era eu. As responsabilidades cresceram, e elas eram importantes para mim. A minha relação com Renesmee era importante também, mas como papai dizia: “ as responsabilidades vêm primeiro”. Por isso, quando o bando do Texas veio para cá para achar outros como eles, eu os acompanhei – assim como também fugi - para aprimorar minhas habilidades como alfa, com o bando de lá. Assim, eu percebi a importância de ser um lobisomem.

  Nós não éramos monstros das histórias de terror, nós éramos guardiões que não protegiam somente a tribo, mas todas as pessoas ao nosso redor. O ano que passei lá foi tão rápido, que quando voltei, parecia que as coisas não haviam mudado. Apenas  Renesmee e meus sentimentos por ela, que tinham ficado ainda maiores.

  Antes, eu apenas sentia afeto, um amor fraternal por ela. Mas depois, com ela crescida, esse sentimento mudou, e passei a sentir que uma fagulha de paixão cresceu em mim junto com uma necessidade de proteção maior.

  Todas essas reflexões fizeram-me demorar demais dentro da floresta. Tanto que Jared apareceu para ver se estava tudo bem. Assim que me troquei, fomos para a caverna novamente. Assim que entramos, eu percebi a tensão nos olhos de todos.

  - O que aconteceu? – perguntei olhando para todos.

  - O garoto morreu, mas nem tudo está perdido. – disse Acuã, seriamente. O que? Ele morreu e não estava tudo perdido? – Eu deixei algumas folhas de Carvalho em volta do corpo dele para prender a alma lobo dele por mais alguns minutos. E agora, eu terei que fazer um ritual de ressuscitação enquanto ainda há tempo. – disse, enquanto andava de um lado para o outro pegando ervas, folhas, e coisas do tipo. O ritual de ressuscitação de lobos era uma lenda da tribo Quileute. O ancião passava uma parte de sua vitalidade para a pessoa necessitada, para que sua alma pudesse voltar para o corpo, porque a alma não fica num corpo onde não há vida. Mas para mim, isso sempre fora apenas uma lenda, nada a mais. E agora, isso estava ultrapassando as barreiras da lógica. – Preciso que vocês façam-me um favor. – disse Acuã, olhando-me nos olhos.

  - Sim? Tudo que estiver ao nosso alcance. – disse a ele.

  - Preciso que vocês esperem lá fora, e não entrem de maneira alguma. Nem se vocês escutarem gritos. Depois que vocês não escutarem mais nada, entrem. Eu provavelmente estarei deitado e desacordado ao lado do menino.  – todos começaram a escutar atentamente. – Vocês deverão pegar o copo com ervas e água e dar um pouco para nós dois. Assim, o ritual se acabará. – agora ele segurava meus ombros e me olhava mais intensamente, fazendo-me perceber o quanto aquilo era sério.

  - Por que não podemos ficar? – Seth resmungou.

  - Esse é um ritual que envolve a vida de duas pessoas. E além de tudo, a concentração. Vocês não nos querem ver sem almas, mortos, não é? – ele deu uma breve pausa para recuperar o fôlego e continuou. - Advirto-os mais uma vez: não entrem. Se vocês entrarem, farão parte do ritual, mas como vocês têm almas e vidas, ele fará o inverso, e vocês morrerão na hora.   – disse olhando para o vácuo e gesticulando com a mão, andando em direção ao menino morto. – Agora saiam! Ele não tem muito mais tempo. – a voz dele suava séria e obscura. Ele se ajoelhou ao lado do menino, e seu rosto ancião parecia ainda mais velho. Sua pele morena perto da fogueira parecia vermelha, seus olhos fundos estavam comprimidos e seu tom era de repreensão. Então, todos saíram de onde estavam ajoelhados e me acompanharam para fora.

  É...  Estava parecendo que a cada minuto de minha vida, estavam acontecendo coisas que eu nunca imaginei serem possíveis.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor... Quero que mandem reviews!!! Eles me incentivam a continuar escrevendo!!! E se vocês gostarem da fic e tiverem amigos(as) que também gostem da Nessie, peço que vocês falem sobre meu livro para eles!!!
Obrigada!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vida De Renesmee Carlie Cullen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.