Darkness Embraced escrita por Lumar Lefreve


Capítulo 5
Capítulo 5: Alguns seculos depois, revelações


Notas iniciais do capítulo

Londres, século XXI, ano de 2010



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_ Lefreve, anda logo... Não podemos...

_ HUGO, DA PRA VOCE CALAR A BOCA UM SEGUNDO? Não consigo pensar com voce enxendo a minha paciencia

_ se voce não tivesse perdido a chave do apartamento, eu não  estaria te enxendo.

_ se voce tivesse dado a chave pra Dayane, eu não teria perdido.

_ DA PRA VOCES CALAREM A BOCA? – Dayane gritou irritada – a chave tá dentro da sua mala Lumar, do lado da bolsa de maquiagem.

_ obrigada Daay! – abri minha enorme mala e peguei a chave – pronto Campanaro, satisfeito?

_ muito! – ele sorriu ironico que me fez bufar, abri a porta e entrei

_ Home sweet Home – ele disse se jogando no sofá

_ pouco folgado hein – impliquei e recebi uma almofadada na cabeça que foi devolvida com um tenis all star voando que fez Dayane quase ter um troço porque ia quebrar o lindo enfeite da mesa de centro. Pura viadagem.

Bem, nós tivemos que mudar de cidade algumas vezes pois nós não envelheciamos e as pessoas iriam desconfiar. Estou com 200 anos agora, e Hugo está com 550. Velhinho ele né? Não podiamos fazer muito barulho pois era 3 da manhã em Londres, então Dayane nos mataria se eu acordasse algum velho desse predio.

Estavamos sentados na sala olhando um pra cara do outro, quando eu finalmente eu me senti confortavel o bastante para contar a minha historia.

_ gente... Eu to pronta!

_ pra que Lefreve?

_ pra... contar pra voces

_ entao conte porque voce escondeu isso por duzentos anos, e eu morro de curiosidade – forcei um sorriso e suspirei

_ Quando eu tinha 17 anos, me apaixonei pelo filho de um amigo de meu pai. Eu o conhecia desde criança, entao ele fora o primeiro garoto sem ser meus irmaos que eu conhecia. Nós nos apaixonamos e ele pediu a minha mao ao meu pai, que foi claramente aceito. Nos casamos e logo depois tivemos uma filha, Emma. Eu e James não poderiamos estar mais felizes. Ela era uma filha maravilhosa, eu tinha um casamento maravilhoso – sorri lembrando deles – até que James foi pra guerra, e eu passei um ano rezando para que ele voltasse e que ele estivesse do jeito que havia ido. Pois eu pensava mais em Emma do que em mim. E quando ele voltou, toda aquela felicidade de antes foi triplicada. Nossos pais haviam feito uma festa para retorno de James, então depois da festa, eu e James voltavamos pra casa com Emma dormindo nos braços de James. Quando... – suspirei, aquilo ainda me tocava muito, mas eu já havia começado e era hora de eu desabafar o que ficou guardado por duzentos anos – um homem,ele apareceu na nossa frente com uma faca e nos ameaçou. James tentou reagir, mas ele esqueceu que estava com Emma no colo e o homem matou os dois. Na minha frente.

_ e voce?

_ ele saiu correndo depois que viu que havia ferido Emma tambem. E eu fiquei lá, no frio com o sangue da minha filha e do meu marido nas maos. Depois que nós cuidamos dos enterros e tal, eu sai da cidade. E acabei encontrando aquela casa, e me instalei lá. Não saía pra nada. Absolutamente nada.

_ Luuh... Eu sinto muito – Daay me abraçou forte

_ tudo bem, lembra quando voce foi transformada e me encontrou no piano?

_ sim.

_ eu estava lembrando de quando James havia chego em casa depois da guerra. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida inteira. Acho que vou ir pro quarto desfazer as malas. Até amanha a noite queridos – fui para o meu quarto.

- Hugo Narrando-

A historia da Luuh me surpreendeu. Ela mae? Ela sempre foi tao desastrada. Mas não importa, ela deve ter ficado assim por causa da perda.

_ Luuh foi mae tao nova ne? – Daay comentou

_ eu tava pensando nisso tambem. Como ela conseguiu cuidar dessa menina? Ela é estabanada Daay, voce sabe disso.

_ pois é, mas mae é mae Hugo. Mesmo sendo um desastre

_ tao desastre que a filha morreu

_ eu to ouvindo voces, e isso magoa ok? – Lumar falou do quarto que fez eu e Dayane nos entreolhar assustados. 

Admito que peguei meio pesado com a Luuh, mas não da pra acreditar que ela foi mae com 18 anos. Mas e os pais dela? Os pais de James? Será que eles nunca... levantei e fui até o quarto, Lumar estava com um pedaço de papel na mao. Quando me aproximei mais, vi que era um homem loiro, não muito alto mas era  mais alto que Lumar, de olhos claros com um bebezinho no colo e Lumar ao lado. O cabelo de Luuh estava bem mais claro, ou melhor, não era preto. Ela encarava aquela foto como se sua vida dependesse daquilo.

_ er... Luuh? – ela se assustou e colocou a foto na mala de volta

_ que é ?

_ desculpa por... voce sabe

_ tudo bem querido.

_ posso te perguntar uma coisa?

_ pode claro.

_ e seus pais? E os pais de James?

_ lembra aquela noite em que eu saí igual a uma desembestada dizendo que tinha que caçar.

_ sim, achei que fosse seu lado besta – ela riu

_ eram meus pais, eu os ouvia com a audiçao de vampira. Eles estavam morrendo, juntos. E eu estava lá, com eles.

_ voce não os matou né?

_ não Hugo. Eles estavam doentes, e morreram juntos. E eu fiquei lá, os olhando escondida nas sombras do quarto para que minha irmã não me visse. Depois eu saí e fui até o cemiterio onde foram enterrados ao lado de Emma, de acordo com o desejo deles.

_ e os pais de James?

_ eu não sei... Eu não tive mais contato com eles após James ter morrido.

_ mas hoje eles estao mortos.

_ obvio Hugo. Que eu saiba, eramos os unicos vampiros de Belfast e nenhum de nós os transformou.

_ é, chega de filhotes pra mim. Já tive duas – ela riu novamente. Lumar não era a mais velha de nós tres, não era a mais responsavel. Entao era dificil imaginá-la assim, e sei que amanha a noite ela estará bem melhor.

- Lumar Narrando-

Quando o sol estava nascendo,me enfiei no closet e dormi. Esperando ele se por, e quando o tal acontecido ocorreu. Fui a primeira a acordar, cheia de sede. Eu precisava caçar

_ gente, que tal a gente ir caçar hoje? Depois podemos ir a uma boate.

_ otima ideia Luuh,vou me arrumar – Daay disse feliz

_ vou tambem – corri para meu quarto, separei uma blusa branca como se tivesse respingada de tinta preta, uma jeans escura, um colete preto e uma bota de cano curto preta tambem. Corri pro banheiro tomando um banho rapido, me vesti e fui fazer o cabelo. Fiz baby liss nas pontas, joguei fixador, maquiagem bem pesada e perfume. Um brinco, alguns aneis e eu estava pronta. Quando fui pra sala, Daay e Hugo  já estavam prontos. Daay estava com um vestido rosa bebe e uma sandalia linda. Hugo com sua habitual jaqueta de couro, calça jeans, uma blusa qualquer e all star.

_ tá uma gata Luuh – Daay piscou e eu sorri.

Fomos para um lugar bem perto da boate que iamos, eu matei um cara qualquer, Hugo ficou com a presa dele, Dayane idem.  Entramos na boate, e fomos direto pro bar. Eu pedi um sex on the beach e fiquei observando as pessoas com meus irmaos do lado.

Quando vejo uma pessoa que não esperava, era ele, era James... Ele estava vivo.

_ Dayane! – gritei para que ela me ouvisse

_ que?

_ O James não morreu!

_ como assim Luuh?

_ olha ele ali! – apontei para o cara loiro que era meu marido.

_ Lumar, não é o James. – Hugo disse

_ Hugo, eu acho que conheço meu marido.Ele tá me traindo – eu falei irritada e fui em direção a ele. Mas senti duas maos me segurando pela cintura

_ Lumar, seu marido está morto. Aquele não é o James, vamos para outro lugar.

_ Não Hugo eu não – mas eu já havia sido carregada para o outro lado da boate. De longe, eu ainda olhava para James. Mas Hugo e Dayane estavam alerta a cada movimento meu. Que porre, meu Caim. Ao longe, vi um rapaz alto, moreno e de olhos claros. Virou-se para James e o chamou de Douglas.

_ o nome dele é Douglas – eu e Hugo dissemos juntos, eu o olhei e ri.

_ eu só quero saber como, será que o James mudou de nome?

_ Lumar, voce viu o James morto não viu?

_ vi, ele estava sem respirar, e meio roxo.

_ esse Douglas é a reencarnação do seu marido Luuh, ele não é o James. Ele não se lembra de voce.

- Douglas Narrando-

Eu tava na boate com Danny, estavamos de boa bebendo, quando olho para o outro lado vejo a mulher dos meus sonhos. Não, literalmente a mulher dos meus sonhos, era ela quem eu via naqueles sonhos estranhos.

_ Danny! – gritei

_ que é Dougie?

_ a garota com quem eu venho sonhado há anos, ela está lá. Olhe-a – apontei discretamente

_ ela é gostosa,  a amiga dela tambem.

_ elas estao com aquele cara de dois metros – eu completei

_ ele não parece estar pegando nenhuma das duas... vai lá falar com ela cara, aqueles seus sonhos.. Não são normais.

_ cara, deixa assim

_ Dougie, essa pode ser a ultima vez que voce vá ve-la. Ou voce vai lá, ou eu te arrasto até lá a força e faço voce falar com ela – Danny disse com seu olhar ameaçador, eu apenas ergui as sobrancelhas e ele caiu na gargalhada. É um panaca mesmo.

. Afinal, ele estava certo, eu sonho com ela desde os meus 13 anos, eu tenho 22. Tá na hora de eu resolver isso de uma vez por todas.

Levantei-me da mesinha e fui em direção a tal moça... 


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