- Lumar Lefreve Narrando-

Depois de umas taças de sangue, eu havia voltado ao normal. Eu e Hugo não haviamos comentado absolutamente nada da noite. Eu não estava em mim essa noite, mas me lembro de absolutamente tudo. Acha que eu me arrependi? Baby, Lumar Lefreve não se arrepende nunca. Eu até sinto um pouquinho de orgulho das coisas que fiz essa noite. Menos a parte do unicornio, mas isso é só um detalhe.

Quando o sol estava nascendo, fui até meu quarto e dormi. Quando o sol se pos, eu acordei, me troquei e saí. Estava cansada daquele closet, eu não era um sobretudo. Estava bem tarde, entao a funeraria estaria fechada. Eu quebrei o vidro e entrei. Na escuridao escolhi o caixao mais bonito e confortavel. Ele era todo preto com uma cruz prata na frente. Quando estava o carregando, senti meu corpo ficar fraco e então eu caí.

- Hugo Narrando-

Quando eu acordei, Lumar não estava em casa. Fazia horas que ela havia saído e nada... Quando tocaram a campanhia, era um vampiro. Quando abri, me deparei com Bruno, o amiguinho de Sáfirah.

_ o que você quer?

_ só vim dar um recado da mestra

_ fala logo moleque, não tenho teu tempo;

_ imagino que se pergunta onde sua querida companheira se encontra.. – aquele cara estava me irritando

_ você por acaso sabe onde ela está?

_ sei... E se eu fosse você, iria procurá-la na Union Street – ele me deu as costas e sumiu. Eu apenas bati a porta e fui a Union Street. No meio da rua, Lumar estava deitada no chao e tinha uma sombra em pé ao lado dela.  Quando me aproximei, vi que aquela sombra era Dayane.

_ Dayane? – eu chamei um pouco inseguro, eu não a reconhecia mais... Ela se virou e mantinha um sorriso cruel no rosto – o que você fez?

_ nada ainda – até a voz dela estava diferente... Certo, ela agora era do inimigo, eu tinha que derrotá-la – o quanto você é forte Campanaro? Acha que me vence é?

_ eu tenho certeza disso! – ela pulou o corpo da Lefreve do chao e veio em minha direção. Eu desviei do ataque dela e contra ataquei, consegui a derrubar... Perto de Lumar tinha uma estaca e estava fedendo a verbena, segurando Dayane pelo pescoço, peguei a estaca e ia enfiar em seu peito, mas ela se conseguiu se soltar... Joguei a estaca longe e voltamos a lutar. Depois de alguns socos e chutes, eu a joguei longe e ela pareceu se render.

_ isso não acaba aqui Campanaro – e saiu correndo, provavelmente para o QG de Sáfirah.

Me aproximei de Lumar e o cheiro de verbena que vinha dela era forte. Ela sempre trazia problemas, isso é impressionante. Menina azarada!

_ precisa de ajuda? – ouvi uma voz muito familiar, me virei e era uma antiga parente... Claire Di Minus

_ Claire – disse estranhando, ela disse que iria sumir uns tempos – o que faz aqui?

_ ouvi dizer que precisa de ajuda idiota, e é pra isso que eu vim... Ajudar! – ela não mudou esse jeito arrogante, era até engraçado as vezes, mas tambem era muito irritante.

_  como eu ia advinhar?

_ eu perguntei se você queria ajuda Hugo, você perdeu teu cerebro?

_ cala a boca tampinha de garrafa

_ Vou te mostrar a tampinha de garrafa!

_ as crianças já pararam? – Lumar disse, já em pé e como se nada tivesse acontecido. Claire olhou para Lumar e eu achei que elas fossem se matar ou algo assim, mas elas se cumprimentaram amigavelmente.

Enquanto iamos para o apartamento, Lumar e Claire tagaleravam, parecia que se conheciam há seculos.

- Lumar Lefreve Narrando-

Eu havia me dado bem com a Claire, ela era um pouco parecida comigo... Não sei se seriamos amigas ou inimigas, mas enquanto nos conheciamos estava tudo certo. Antes de irmos para casa, passamos na funeraria que eu tinha arrombado e pegamos tres caixões. Não me pergunte como o porteiro não viu tres vampiros carregando caixões para um flat. Coloquei o caixao preto no meio do meu quarto e o abri, ele parecia muito confortável. Antes de me deitar, Hugo, eu e Claire nos reunimos na sala.

_ seguinte, eu falei com Beatrice outro dia e a estrategia é essa: Lumar e Claire ficam nos fundos, esperando que ninguem fuja. Eu e Dominic na frente e Beatrice e Stefan nas laterais... A Suellen vai lá dentro e os provoca para virem para fora.

_ por que a gente tem que ficar na parte de trás? – Claire perguntou visivelmente revoltada

_ porque voces duas são mais rapidas, e se alguem tentar fugir, voces alcançam.

_ mas nós não vamos lutar – eu disse. Não acredito que nos deixariam de fora

_ ninguem vai ficar sem fazer nada Lefreve, todos nós vamos lutar... Sáfirah tem muitos vampiros ao lado dela! Mas nós damos conta. Vamos descansar, afinal, amanhã é o grande dia. – ele se levantou e foi para seu caixão. Eu e Claire nos entreolhamos

_ isso vai dar errado! – ela disse – eu não gosto de ficar na parte de trás das lutas

_ eles não irão ir para o lado de trás Claire, nós ficaremos na linha de frente, junto a Hugo e a Dominic. Se tentarem fugir, nós os alcançamos. Somos as mais rapidas certo? – ela fez que sim com a cabeça – entao vamos, amanha teremos muitos vampiros para aniquilar.

Me deitei em meu caixão super confortável e rapidamente caí no sono. Quando o sol se pos, e eu me pus de pé. Hugo já havia levantado. A casa estava cheia... Todos estavam na sala, menos eu.

_ obrigada por me esperarem – sorri sarcastica

_ estavamos te esperando justamente Lefreve – Dominic comentou

_ seguinte, o plano vai ser aquele mesmo que eu expliquei.. Frente, fundos e laterais... As mais rapidas atras para caso de fugas

_ eu não vou ficar no fundo – eu e Claire protestamos ao mesmo tempo. Beatrice parecia impaciente

_ isso não vai dar certo, vamos perder isso!

_ cala a boca imbecil – eu disse sem olhá-la

_ sem discussoes – Stefan disse calmo – o plano vai seguir, sem brigas e se precisarmos de voces... Virao para a frente, mas de inicio as duas vao ficar nos fundos. Sem discussão, sem reclamar. Vai ser isso e acabou!  - quem ele pensa que era para me dar ordens. Olhei para Claire e ela apenas balançou a cabeça entendendo meu recado.

Pegamos espadas, estacas e verbena. Guardei tudo em uma mochila reserva, sangue para caso alguem – do nosso grupo – saia ferido.

Depois de tudo pronto, nós fomos em direção a tal floresta que Sáfirah se escondia, era uma grande mansão abandonada!

Quando eu vi a mansão fiquei com dó de destrui-la. Eu tinha um plano muito bom para ir para a linha de frente. Eu e Claire pegamos verbena com alcool e passamos nas maçanetas dos fundos. Peguei um galão de gasolina no posto – escondida é claro – e joguei no chao e ateei fogo. Quero ver alguem passar por ali agora.

Corremos até a frente, Hugo e Dominic estavam posicionados, nos posicionamos com eles com sorrisos muito maliciosos no rosto

_ o que estao fazendo aqui? Eram para estar lá atrás. Vão agora – Hugo disse

_ cala a boca! Eu não vou a lugar nenhum, os fundos está em chamas  e há verbena com alcool nas maçanetas por dentro!

_ vá agora Lefreve

_ não vou sair daqui Campanaro! Não vai me deixar fora dessa! Eu vou lutar como uma vampira digna, e Claire também.

_ não importa se vao lutar ou não. Vão imediatamente para os fundos – o olhar que Claire deu a Hugo era assustador

_ olha aqui querido, essa guerra não é apenas sua! Nós vamos lutar aqui, com voces, querendo ou não e se tentar nos impedir eu irei matar não apenas inimigos, que fique bem claro – e deu um sorriso ironico

_ tudo bem, eu me rendo! Fiquem aqui! – eu sorri maliciosamente para Claire que riu também.

Ouvi passos vindo em nossa direção... Aquele era o momento! A guerra começaria;