Virei-me e lá estava um homem alto, com os cabelos negros e olhos azuis. Ele era muito lindo, meu Caim, que homem!

_ Dominic – Hugo apertou a mão do tal carinha

_ Como vai Hugo? Vejo que não andas mais sozinho... A senhorita é?

_ Lumar Lefreve – ele pegou minha mão e deu um beijo na mesma

­_ enchanté

_ O que houve com ela? – Hugo perguntou encarando o corpo de Suellen

_ Beatrice e seus ataques...

_ Ela está morta? – perguntei me aproximando do corpo

_ morta? – ele gargalhou – uma vampira não morre tão rápido assim menina

_ Espera aí, vampira?

_ é...

_ até ontem, ela era humana

_ até Stefan a trazer pra mim

Eu me aproximei mais de Suellen, dei um chutinho no seu braço e disse

_ boa encenação garota!

Virei-me e encarei Dominic, quando ouvi estalos e me virei, Suellen estava de pé, sem um arranhão.

_ Oi gente – ela sorriu e foi para o lado de Dominic

_ Fala aí garota, conseguiu a imortalidade né.

_ sim – ela respondeu feliz

_ gente, o sol está nascendo... Vamos até meu castelo, vocês continuam a viagem depois. – corremos até um grande castelo de pedra, era um belo lugar... O jardim muito bem cuidado, tudo muito direito, estava parecendo castelo de humanos. Ao entrarmos, havia três tronos logo no salão principal. Dois deles estavam ocupados por uma mulher de cabelos castanhos e um vestido colonial, e por um homem, com os cabelos castanho claro, quase loiro e ele tinha um penteado mais moderno que a mulher. Mas usava roupas coloniais também. Hugo quando chegou mais perto deles fez uma pequena reverencia, eu continuei o encarando com a sobrancelha arqueada, até que ele sussurrou:

_ são os reis do nosso mundo, reverencie – eu rolei os olhos e fiz uma pequena reverencia. Reis? A Suellen tava pegando um rei? Isso que é saber escolher bem.

_ Stefan, Beatrice... – ele sorriu fraco e se sentou no trono vazio.

_ Domi, trouxe visitas? – A tal Beatrice me olhou com cara de nojo, eu apenas cruzei os braços e arqueei a sobrancelha.

Hugo sentiu que ia dar confusão, então ele começou a falar, mas não prestei muita atenção no inicio.

_ (...)  então, nós temos que dar um jeito de acabar com a Sáfirah.

_ sim, vocês acham que são fortes o suficiente? – Stefan perguntou

_ se tivéssemos mais uma pessoa pelo menos, acho que conseguiríamos, pois há alguém – ele apontou “discretamente” para mim – que quer estraçalhar a Sáfirah.. E eu sozinho seria difícil deixá-la fazer isso “em paz”

_ nós não vamos ajudá-los, vamos? – a tal Beatrice perguntou – meus irmãos, eles são ralé.

_ ralé? Minha filha, com essa sua humildade o oriente médio teria paz – eu disse mostrando o sorriso  mais irônico que consegui. Hugo prendeu uma risada e Beatrice me olhou como se eu fosse um ser que não tinha cérebro.

_ Não há paz no Oriente Médio sua estúpida.

_ Tu é burra assim ou faz cursinho? – Suellen e Hugo não conseguiram reprimir e gargalharam, até os irmãos dela riram. Arqueei a sobrancelha esperando por uma resposta.

_ Saia do meu castelo AGORA! – ela gritou

_ além de burra, é cega? Minha filha, tá sol lá fora...

_ É por isso mesmo sua vadia – ela então – finalmente – levantou do trono e pulou em cima de mim, bom, eu desviei então ela caiu no chão. Quando ela se levantou, ela pos as presas pra fora e tentou me atacar, eu também me transformei e apenas fiquei na defensiva, o ataque dela era péssimo. Uma porrada no estomago e ela bateu com força na pilastra.

Beatrice levantou e veio em minha direção, mais precisamente na direção do meu cabelo, mas antes que ela me tocasse segurei seus punhos e os quebrei.

_ Não brigue como uma humana Beatrice, lute como vampira. Apenas humanas puxam cabelo. Isso é tão... Primitivo. - Ela ia me atacar novamente, mas Dominic impediu.

_ Beatrice chega! Uma rainha não se comporta assim, e você também Lefreve, duas damas brigando?

_ Dama? A Lefreve? – Hugo disse e caiu na gargalhada, eu simplesmente dei um soco no estomago dele

_ Imbecil! – ele riu e passou o braço pelo meu ombro

_ sabe que eu te amo né? – eu o olhei, rolei os olhos e tirei seus braços de cima do meu ombro.

_ Acho melhor vocês irem para seus aposentos... – Stefan disse – Lurdes! Leve meus convidados ao quarto, por favor.

_ sim senhor. Acompanhem-me – a humana saiu andando e eu fui atrás com Hugo ao meu encalço. Subimos umas escadas e ela nos deixou em um imenso corredor, abriu a porta de um quarto e nós entramos. Havia dois caixões.

_ Há algo em que eu possa ser útil?

_ sim, doando seu pescoço – Hugo mostrou as presas e a mulher ficou pálida. Bufei e dei um tapa nele

_ deixa de ser idiota por um segundo? Pode ir Lurdes, obrigada – ela sorriu agradecida e saiu correndo.

_ qual seu problema hein garota? – ele perguntou levemente alterado

_ meu problema? Meu problema? – levantei a voz – você está se fazendo de idiota só por causa dos reizinhos.

_ você esta descontrolada! Você estava pedindo para ser executada quando provocou a Beatrice.

_ Eu não tenho medo de garota mimada Campanaro, pelo contrario. Não preciso agir como bobo da corte igual você está fazendo. E quer saber? Vai lá babar ovo dos reis. Quem sabe eles não te compensam e te dão um cervo pra te alimentar!

_ bobo da corte? Antes bobo da corte do que uma maluca descontrolada. 

- Hugo Narrando-

Ops, eu acho que extrapolei chamando a Lefreve de maluca descontrolada. Ela não estava nos dias de bom humor.

_ Maluca descontrolada? – ela gritou e voou no meu pescoço – seu imbecil, babaca, insuportável, boçal. – ela tentava me bater, mas eu era mais alto e mais forte então, eu consegui segurar os braços dela.

_ Para! Para com essa criancice, para de se comportar como uma descontrolada.

_ não estou descontrolada – ela praticamente rosnou

_ está sim.

_ Me solta – ela tentava se soltar, entao eu a beijei na tentativa de fazer ela ficar quieta. E é, deu certo.