Ele já estava na estrada, quando sentiu a presença de Rukia dentro de um ônibus, ele olhou pela janela e a viu dormindo agarrada ao seu corpo inerte, mas, ele nem se importou com isso, apenas entrou no corpo que ainda estava com a calça do pijama e uma camisa preta do nirvana. Ele olhou para seu peito e observou bem a morena que dormia ronrando como um gatinho. Ele sentiu as duas dela apertando a sua mão esquerda, gelada por causa do ar, seus dedos pareciam congelar naquelas havaianas que custaram uma nota. Se não fosse por elas, ele simplesmente pareceria um mendigo. Mas, aquilo não parecia importar agora. Ele seria gay demais se ficasse ligando para isso invés de perceber o fato do seu braço direito estar amassado entre os novos peitos de Rukia e sua mão direita pousada inocentemente bem encima do zíper daquela sainha jeans esfiapada e minúscula dela. - NHAAAAAAAAAAAAA! - exclamou o ruivo encolhendo as duas mãos no próprio colo com aquela cara de WTF que só ele sabe fazer, é claro que assustou a shinigami.
- AHH! O que foi Ichigo? Quer me matar do coração?
- Ora, essa fala é minha! O que a minha mão fazia ali? O_O
- Sei lá, não me importei, afinal seu corpo estava vazio. Eu só queria... me aquecer....
- Ah! Garanto que você não precisa de aquecimento aí... O-O - Tá bom, não precisa ser tão rude... - reclamou a morena se levantando e passando entre Ichigo e a poltrona da frente devagar. O garoto corou ao perceber que dali dava para ver até um pedacinho da calcinha preta de rendinha da garota, mas, é claro que ele não queria ficar olhando isso..
- Aonde você vai Rukia? - perguntou.
- Irei falar com o motorista para diminuir este ar porq.... - antes que a morena pudesse terminar sua frase, o ônibus deu uma freiada brusca e ela como se fosse um boomerang bateu na poltrona da frente e voltou, caindo diretamente na morada do Kurosaki Jr.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! - gemeu o ruivo de dor.
- Nossa... - sussurrou Kuchiki adorando estar ali - Me desculpe - disse ela fingindo se lamentar, pois nem havia saído do lugar.
A dor não deixou Kurosaki perceber na hora, mas, aquilo havia deixado o Kurosaki Jr bem acordado, já que havia uma garota bem encima dele. - É... Deixa que eu mesmo falo com o motorista! - mentiu Ichigo rubro de vergonha, tentando esconder o excesso de bagagem com seu chapéu de palha.
- Mas, o motorista esta pra la... - advertiu a garota sem obter resposta.
Kurosaki fechou a porta do banheiro, ofegante. Ele abaixou sem dificuldade o elástico frouxo da calça e olhou bem pro danado. Ele respirou um pouco tentando fazer com que ele voltasse ao normal, mas, logo que fechou os olhos sentiu um cheiro que não era o de desinfetante de banheiro, era o perfume doce e floral de Inoue, era como se ela estivesse la agora, ele sentia tanta saudade dela que nem era como se estivesse acabado de vê-la. Como se seu corpo humano ainda necessitasse dela. O garoto suspirou infeliz enquanto via seu corpo voltar ao normal.
- Também sente saudades dela, não é? - resmungou ele para o Kurosaki Jr.
Ichigo já estava indo se sentar quando alguém o chama.
- Ei, você é o Kurosaki-kun, não é?
- Uhum - respondeu o ruivo com seu olhar indiferente e sexy de não-estou-nem-ai. Ele tinha uma mania terrível de tratar as garotas mais lindas desse jeito.
- Não se lembra de mim? - perguntou a loira se inclinando um pouco na cadeira vazia do lado. Ela usava um uniforme escolar de Karakura tão apertado que não tinha como notar os peitos que só competiam com o de Inoue.
- Humm, não. Deveria? - disse o morango pondo as mãos nos bolsos enquanto olhava bem nos olhos da menina, tentando reconhece-la. - Como não lembra de mim, Kurosaki-kuuuuun?! ^^ - exclamou a menina balançando as marias-chiquinhas. Ichigo não respondeu, estava paralisado. Como assim a garota pivô da separação entre ele e Inoue estudava e morava em Karakura?
- Ei, garoto! Poderia fazer o favor de se sentar e por o cinto?- berrou o motorista.
- Beleza... - resmungou o ruivo olhando para o lugar onde estava e vendo que já havia sido ocupada por Keiko uma amiga de Hime.
- Senta aqui, Kurosaki-kun! - ofereceu a loira com os olhos azuis brilhando mais que tudo.
- Anda, garoto! - insistiu o motorista e todos do ônibus começaram a encará-lo.
- Ok Ok.... - assentiu ele, se sentando.
- Meu nome é Sakura-chan! ^^ - disse a menina esticando as mãos pra ele. A primeira reação de Ichigo foi continuar do mesmo jeito, mas, ele não resistiu quando viu uma das mãos da garota enfaixada. Seu instinto protetor não deixava.
- Você esta bem? - perguntou o ruivo tocando na ponta dos dedos, que eram as únicas partes que não estavam cobertas de gazes. Ele percebeu ao tocá-la que ela não tinha uma reiatsu tão insignificante assim.
- Estou sim... - murmurou a garota recolhendo a sua mão junto ao peito. Kurosaki até se assustou com a mudança repentina de humor da menina. Agora ela parecia estar lembrando de algo que le dava medo. Mas, antes que ele pudesse perguntar algo, ela voltou a sorrir ainda tímida. - Eu acabei caindo e cortando a minha mão numa taça. Agora eu não posso mais trabalhar mais como... modelo. Agora eu vou trabalhar na padaria do meu tio momo-san. É até mais perto do colégio :D
- Aquele velho é seu tio?
- Mas, ele não é velho, Kurosaki-chan! Olha aqui uma foto dele... - Sakura colocou no colo dele a tal foto. Ichigo fez logo a sua cara de WTF', na foto o ''momo-san'' tinha os cabelos lisos e enormes e parecia ter no máximo 20 anos.
- Ele não parece meio novo pra ser seu tio?
- Não, não! Eu só tenho 16 anos :) - 16???? :O - exclamou o ruivo perplexo. Mesmo estando morto de bêbado, ele lembrava de Sakura lambendo tudo que era parte do seu corpo, aquilo ainda o arrepiava.
- Não se preocupe, Kurosaki-kun! Não vou te atrapalhar não! Você vai se casar com aquela garota alta e ruiva, não vai? Ela é tão bonita e tem tanta sorte...
- Sorte... - repetiu o ruivo pensando que talvez Inoue não tivesse tanta sorte assim. Ele era tão imperfeito.
- É, sorte sim. Porque você é tão lindo. Deve ser tão bom naquilo... - disse a garota com um sorriso sapeca no rosto. Mas, Ichigo nem havia reparado nele se piscasse os olhos, já que segundos depois ela estava com metade do corpo pra fora.
- EI! - resmungou Ichigo, pois todos já dormiam. Ele até pensou em segurá-la pelo quadril, mas, hesitou, a saia de prega dela havia subido totalmente e voava no parapeito da janela. Ela devia ter a maior bunda que uma japonesa poderia ter, bom, talvez ela não fosse nem desse mundo, afinal, uma pele não poderia ser tão corada e branquinha ao mesmo tempo.