Pov, Sam

Eu acordei as 09:20 da manhã, literalmente as gritos. Eu já sabia que aquele quarto iria ser um enorme problema.

–Mamãe, o que significa aquilo? Ela falou quase que gritando, Eu lentamente abri os olhos e observei Sophie ao lado da minha cama, me olhando. Parecia que também havia acordado naquele instante, ainda estava de pijama que eu havia colocado ontem a noite, e os cabelos estavam bem bagunçados. Ela estava com a mão da cintura esperando que eu lhe desse alguma resposta.

– Sophie, não é hora. Falei me virando na cama, ao menos para tentar voltar a dormir.

–Mamãe. Ela bateu o pé no chão.

– Depois vamos resolver isso Sophie, agora venha e volte a dormir. Abri espaço pra ela na cama, que logo se jogou.

–Podemos pichar uma parte da parede ? Ela perguntou enquanto jogava parte do seu corpo em cima do meu.

– Só depois de comprarmos colares de ouro e você for cantora de Rap. Ouvi o sorriso dela e logo depois senti seus braços em volta de mim. - Agora volte a dormir. completei. Mas foi em vão, acho que não se passou dois segundos até ela voltar a falar.

– Não estou com sono. Ela falou mexendo-se na cama.

– Sophie...Por favor. Falei choramingando. Abri meus olhos e observei ela de joelhos me olhando.

– Você sabia que temos uma piscina ? Eu assenti com a cabeça voltando a fechar meus olhos.

– E você não vai se aproximar dela, sem minha supervisão ou a de Jonny. Estamos entendidas mocinha? Eu bocejei logo após a frase. ' Tudo...bem. Ouvi ela responder

Passou-se mais alguns segundos. Até Sophie voltar a mexer-se de novo na cama.

– Mamãe, acorda. Eu sabia que aquela guerra estava perdida.

–Eu não entendo você, quando tem aula é preciso te acordar. Mais os únicos dias que temos para dormir um pouco mais. Você é a primeira a estar de pé. Eu a olhei já retirando os lençóis de cima de mim.

– Então era melhor estudar só nos finais de semana e os cinco dias restantes poderiam se tornar o novo final de semana. Dai eu iria estudar só dois dias. Ela falou com aquele lindo sorriso no rosto, instantaneamente retribui . Sophie era a única a retirar um sorriso meu, naquela hora.

–Você vai se levantar? Ela falou ficando de pé na cama.

– E eu tenho outra alternativa ? Ela sorriu e fez um sinal de negativo com a cabeça.

– Vamos ligar para Pam hoje? Eu sentei na cama, passando minha mão por todo meu rosto.

– Não fale Pam, ela é sua avó. E sim vamos ligar, e depois vamos ligar pra sua tia Melanie. Eu falei, ela logo deu com os ombros e começou a pular na aquela cama.

– Podemos agora criar um pato, um cachorro, um gato e um cavalo? Ela falou entre pulos.

– Não. A respondi, agora já me levantando daquela cama. Confesso que ainda estava quase caindo de sono, fiquei com medo durante a noite, pois pensei ter visto o vizinho me olhando. Um vizinho tarado era só o que me faltava.

- Agora vem aqui, e vamos tomar café. Falei esticando os braços para Sophie que logo se jogou neles. O cheiro de Bacon já expandia por toda a casa.

Desci com Sophie nos meus braços logo avistando alguém no sofá

Jonny já estava me esperando, LINDO. Era engraçado vê-lo tão impecável a essa hora da manhã.

– Bom dia amor. Eu falei, olhando para aquele cabelo que expandia gel. Eu não conseguia ser a assim.

–Bom dia Mona Mor. Ela me respondeu, levantando-se e caminhando em minha direção.

' Bom dia Sophie. Ele falou e ela o respondeu com um belo sorriso.

'- Esta só esperando a senhora acordar né querida. Eu sorri e caminhamos até a mesa aonde já estava repleta de coisas maravilhosas. Lúcia hoje tinha caprichado.

– Bom dia Lúcia. Eu falei, enquanto colocava Sophie no chão. Ela me respondeu alguma coisa que certamente não entenderia.

Sentamos a mesa, e por muita insistência Lúcia sentou-se também. O que não esperava, era ouvir o hino da Rússia aquela hora da manhã. Além de não entender absolutamente nada do que ela falava, ainda ouvir o hino da Rússia naquele horário era maravilhoso. ironizei mentalmente.

Enfim...

No restante foi muito bom, até sermos atrapalhado mais uma vez agora pelo som da campainha.

– Quem pode ser a essa hora? Falei revirando os olhos.

– Pode deixar mona, vou ver quem é. Jonny levantou-se e foi a te a porta enquanto continuamos a observar. Não demorou muito até um senhor e uma senhora entrarem com alguma coisa na mão.

Jonny me olhou e fez uma cara de quem não pode evitar a entrada deles. Eu apenas assenti, o velho boas vindas. Olhei para meu baby doll vermelho e para o pijama de Sophie. E Fiz um gesto para Jonny vim até mim. Ele rapidamente veio, enquanto aquele senhor e aquela senhora ficaram a observar a casa.

– Desculpa chefa. Não deu para evitar a entrada. Ele apontou para o casal.

– Desculpa chefa. Não deu para evitar a entrada. Ele apontou para o casal. Tudo bem, velhas boas vindas de Seatle. Respirei fundo. - Só não vou atendê-los assim. - Apontei para mim mesma. - Distraia eles enquanto vou me vesti. Ele assentiu enquanto puxava Sophie comigo, iríamos começar com ela. Era mais difícil, todo aquele Gênio forte querendo vestir o que desse na cabeça.

– Não vou usar esse vestido! Ela cruzou os braços enquanto encostava na parede.

– Sophie, eu.... Não me me irrite mocinha, agora venha aqui, pra que eu conseguia vestir essa roupa em você. Estou mandando. Eu a ordenei.

–Não. Ela falou despreocupada olhando para os lados.

– Você nesse ponto, poderia ter puxado seu pai. Eu iria agradecer bastante. Falei alterada.

Ela rapidamente me olhou, já um tanto com a cara fechada. Sabia que tinha falado besteira.

Sophie veio até mim e pegou o vestido da minha mão e com um pouco de dificuldade conseguiu vesti-lo.

Droga...Droga...Droga...Droga...- pensei-

– Vem cá princesa. A puxei pela mão, lhe dando um abraço.- Desculpa a mamãe. Eu falei agora sentindo aqueles bracinhos dando uma volta no meu pescoço. - Me perdoa princesa Puckett. Lhe dei um beijo no rosto.

– Tudo bem. Aquela voz saiu um pouco falha

– Hey... Eu te amo. Você e eu para sempre lembra ? Ela esboçou um sorriso fraco.

– Também te amo. E nunca vou me esquecer. Sophie me respondeu, ainda triste.

Eu sei que estava sendo falha com ela. Mas isso só começou depois que ela assistiu um filme qualquer na escola. Depois ela me veio com a historia de que o pai teria saído de casa por culpa dela. E tinha me deixado sozinha. Sempre tentava argumentar dizendo que não era bem assim a historia. Mas não se passava disso.

Ela saiu daquele quarto de vestido listrado o que pra mim foi uma vitoria. Eu tinha conseguido colocar uma roupa que não fosse ela que tivesse escolhido. Mas enfim agora era vez de me arrumar.

Pov, Freddie

Eu tentei de varias formas não ir cumprimentar os novos vizinhos, inventei dores, tentei métodos até como o desmaio. Mais não funcionou, estava predestinado a morrer naquele dia. Depois de um lastimável café feito por Carly. Fomos até a casa do vizinho.

Eu estava suando, estava nervoso, estava me tremendo.

–Parece que você está indo para forca. Carly comentou enquanto me mantinha em silencio.

– Freddie ? Ela me cutucou enquanto chegávamos no jardim do vizinho.

– Oii. Oii. Eu a respondi já próximo daquela porta. E cada vez isso se tornava pior.

– Você esta bem ? Ela me perguntou e eu assenti. Se disse que não, ela iria perguntar o porque ? e não estava disposto a falar muito.

Carly tocou a campainha. E se a mulher viesse me atender ? E se ela falasse que teria uma cara a observando ontem? Continuei com o mesmo pensamento de negar até a morte.

Vieram nos atender rapidamente, não sabíamos que havia aberto aquela porta até olharmos para baixo. Observamos uma linda garotinha de cabelos loiros e lisos, olhos castanhos e um rosto angelical fixar os olhos em nós. Sentir uma sensação diferente de todas as outras que havia sentido em toda minha vida o ver o lindo sorriso dela. Parecia estar em paz.

- Vocês trouxeram comida ? Aquela linda criança falou retirando um sorriso instantaneamente dos meus lábios, não conseguia tirar minha vista dela.

Ela Tinha um um olhar tão familiar.

– Oi lind... Carly nem teve tempo de terminar sua frase quando foi interrompida por um homem. Fiquei totalmente apreensivo, com certeza era o mesmo que vi ontem a noite. Com certeza seria marido da mulher que eu estava observando, rapidamente fui para trás de Carly.

– Desculpa... Mas posso ajudá-los ? Ele falou enquanto observei aquela menininha sair dali.

– Ah.. Vinhemos dar as boas vindas a vocês. Carly falou enquanto eu tentava esconder meu rosto.

– Ah... Pode entrar. Ele deu espaço para que nos entrássemos. Carly deu o primeiro passo enquanto eu permaneci imóvel. - Freddie. Ela falou baixinho me puxando. Se ela não tivesse feito isso teria ficado ali mesmo.

Observamos aquela casa, que se por fora era refinada. Por dentro era mil vezes mais.

– Fiquem a vontade. Só quero que esperem alguns minutos. A dona realmente da casa, já vai descer. E tem comida, muita por sinal caso vocês queiram. Ele apontou para uma mesa repleta de coisas. Eu e Carly assentimos enquanto aquele ''homem'' desaparecia . Já havia grande parte da vizinhança ali. Era bem típico de Seattle, foi assim comigo e com Carly.

Aquela linda garotinha passou correndo por mim e pousei novamente meus olhos nela. Eu queria me lembrar com quem ela parecia. Ela era linda, aquele sorriso me lembrava o de alguém, o modo de falar me lembrava alguém. Só não me lembrava quem.

Acho que me encantei mais, porque sempre quis filhos, Carly não era do tipo que gostava muito de crianças, ela falava que não era o momento certo pra ela. Mas sempre achei que era o momento certo pra mim.

– Olha eu vou comer. Carly falou atrapalhando meus pensamentos. - Você vem ? respondi negativamente com a cabeça enquanto percebia ela sair em direção aquela mesa. Estava bem convidativa, no entanto não tinha fome.

Comecei a observa cada parte daquela casa, estranhamente via tudo no lugar. Mas não via nenhum retrato nada que pudesse identificar quem era os moradores dali, tirando aquela pequena menina e o outro cara.

Passou-se pouco tempo até sentir alguma coisa puxando minha calça. E pra minha surpresa era aquela linda menina.

– Pode amarrar meu cadarço ? Aquela voz era uma fofura.

– Claro. Eu a respondi enquanto a pegava nos braços e a colocava próximo a uma cadeira que havia ali. Fui amarrando aquele cadarço cuidadosamente, enquanto ela continuava a me olhar.

– Qual seu nome ? A perguntei enquanto terminava de amarrá-los.

–Meu nome é Sophie. Ela cruzou as pernas e Sorriu.

– Que nome lindo você tem. Eu falei, e ela soltou uma gargalhada.

– Ele é seu pai? Apontei para o rapaz que havia nos deixando entrar.

– Não. Aquele é Jonny. É só um cara que esta morando agora comigo,com minha mamãe e com a Lúcia. Eu sorri e sentei no braço do sofá que havia próximo daquela cadeira.

– Não mora com seu pai ? Eu a perguntei e logo ela me respondeu com um sinal negativo com a cabeça.

– Minha mãe fala que ele é um babaca. Por isso ele não mora aqui. Eu concordei sorrindo. Aquela criança, só me fazia crescer o sonho de algum dia ser pai.

– E sua mãe cadê ? Ela apontou para trás.

Virei-me rapidamente para olhar a mulher que tinha visto ontem, e tudo que havia de sorriso no meu rosto, se apagou.

Eu não conseguia acreditar no que meus olhos conseguiam ver. Meu coração acelerava e consequentemente minha respiração parava. Aquilo só poderia ser uma loucura da minha mente. Aquilo não era real. A sensação que senti naquele momento era parecido com a de alguém que era enterrado vivo. Faltava ar, falta forças, faltava memorias.

Com as ultimas forças que eu tinha. Me levantei.

– Sam? Ela que estava de costa para mim, parecia agora está paralisada depois que ouviu minha voz. Logo após ouvi o enorme de um barulho de prato se quebrando consequentemente ouvi depois disso a voz de Carly repetindo minha frase. E ela da forma que estava permaneceu.