Could It Be Any Harder escrita por DitaVonTeese


Capítulo 26
Everyday


Notas iniciais do capítulo

Hoje estou animada, bem animada pra ser sincera...
Quantas pessoas você já abraçou hoje? Faz ideia ?
Abrace alguém que você ame, alguém que você não conheça, um pequeno gesto pode mudar a visão de um vida.
Recomendo que quando acordarem amanhã pense na vida como algo especial, no mundo especial. lembre-se de ser grato, experimenta ver o sol.
Quem tiver praia por perto, bom, vá a praia cedo. E veja o quão é lindo pode viver.
Obrigada sempre por estarem aqui . ♥ Cada um na sua forma especial...
Eu só tenho agradecer... Muito obrigada. Se sintam abraçados.
Musica de hoje.
http://www.vagalume.com.br/dave-matthews-band/everyday-traducao.html



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Pov, Sam




A minha negociação com aquele cara, foi absurdamente longa, cansativa. Minha cabeça já estava explodindo, eu tinha chorado, ficando mal, estava com fome, e tinha que manter o pique pra mostrar quais os benefícios que ele teriam, que verdadeiramente eram todos, o cara iria faturar com alugueis de casa, aluguel do comercio que seria em certa parte. Então tive que permanecer ali mostrando para o ''PETER" que iria ser apenas lucros para ele.


Freddie parecia pior do que já estava, ele por alguns segundos havia paralisado e depois voltou e ficou naquele estado, como se nada existisse a não ser a dor estampada no seu rosto. Eu realmente começava a ficar assustada com aquela situação, nunca o tinha visto daquela forma.


Será que peguei pesado demais com as palavras ? O meu Deus. Claro, por isso ele tinha ficado daquele jeito.

Ele estava ali em corpo, mais não falava nada, não se movia, não fazia nada. E aos poucos vezes que mexeu, foi os olhos que sempre vinham em minha direção carregados de tanta tristeza. Freddie estava tão mal que foi preciso eu parar uma vez toda a negociação para ver se realmente ele estava bem.

E mesmo com tudo isso, finalmente convencia aquele homem.

Ele iria ser o único beneficiado, então porque não aceitar ?


– O dinheiro estará na sua conta no máximo até amanha. Falei enquanto conduzia aquele homem de baixa estatura, um pouco gordo e careca até a porta. Me deu até vontade de rir quando eu o vi pela primeira vez.

– Foi um grande prazer fazer negócios com a Senhora. Ele respondeu me olhando.

– Mas todos os moradores pode voltar ? Não é ? Insisti no único assunto que me interessava.

– Claro, Bom..Pelo menos os que quiserem. Ele falou sorrindo e logo sem seguida abri a porta pra que ele saísse.- Isso é muito bom. Falei aliviada.

– Mais uma vez muito obrigada por me escutar. Sorri de leve.

– Obrigada Você. Fizemos comprimentos formas, uma perto de mão na verdade e o homem saiu dali.


Eu estava muito feliz, feliz por te conseguido o que realmente eu queria. Mas no momento não conseguia curtir, havia algo me preocupando bastante. Olhei para trás e observei Freddie ainda ali, intacto. Vivendo em um mundo só dele.


Sinceramente eu não sabia o que fazer com ele ali naquele estado, porem eu precisava fazer algo. Me aproximei dele lentamente e fiquei a sua frente da cadeira aonde o tal estava sentado. Parecia que eu não estava ali.

Me ajoelhei a sua frente e observei o rosto dele, devastado pelas lágrimas.

– Freddie ? Falei quase sussurrando seu nome. Ele desviou o olhar e fixou-se nos meus, pensei que ele iria falar algo, mais ele ficou ali mudo. Me senti péssima por isso.

– Desculpa se falei algo que te deixei assim. Levei minhas mãos ate o rosto dele, sem culpa nenhuma.- Você não me fez ficar assim. Ele me respondeu, respirando pausadamente. - Eu sou o causador da minha própria dor. As palavras que ele soltou foi terríveis para meus ouvidos. - Fomos feitos... Ele parou e me olhou incrédulo. - Fomos feitos para dizer adeus um para o outro. Ele abaixou o olhar, minhas mãos continuava fixa naquele rosto tão lindo. - Eu não consigo aceitar o fato de que você precisar seguir com sua vida e eu com a minha. Ele falava quase sem ar. - Eu te machuquei tanto meu amor. Doía na minha alma ouvir tudo o que o Freddie falava, eu entendia o recado, eu sabia aonde aquilo iria parar. - Eu te machuquei até em sonho. E isso me faz querer morrer. Você entende ? Ver a sua dor é algo insuportável pra mim, eu poderia fazer tudo, me ajoelhar e passar o resto da vida te pedindo perdão e ainda sim não era o suficiente. Freddie ainda continuava a falar com a voz falha.


Eu tive medo por tanto tempo que esse dia chegasse. O dia em que tudo isso terminasse verdade. E por mais que a dor rasgasse meu peito agora, eu o entendia completamente, entendia a escolha dele, era preciso atender.

– Precisa se acalmar. Falei enquanto gentilmente fazia carinho em seu rosto.

Ele ficou em silencio após isso, eu queria acalma-lo o máximo que eu podia.

– Preciso. ir. pro trabalho. Freddie levantou-se todo atrapalhado e logo o segui o impedindo.

– Não, você não vai trabalhar nesse estado. Limpei ainda algumas lágrimas do rosto dele.

– Eu preciso ir. Freddie insistiu e mais uma vez o impedi.

– Não. Ligue para onde você trabalha, diga que não vai poder ir hoje porque esta mal. Você não pode trabalhar nessa forma. Não vou deixar você trabalhar nessa forma. Falei seriamente o olhando e Freddie apenas abaixou a cabeça derrotado. - Vamos sair daqui. Respirei fundo e fui o guiando para fora daquela sala.


Todos ali sem exceção de ninguém nos olhávamos indiscretamente, olhando eu e Freddie devastados , e sinceramente não estava ligando muito de ser o assunto da empresa pelo resto da vida. Minha prioridade era deixar o Benson bem.


Logo entrei na minha sala e tranquei a porta.


– Ok, vem aqui. Guiei Freddie até o sofa e o sentei ali. - Você quer alguma coisa ? Precisa de algo? Falei o fitando.

– Eu preciso voltar no tempo. Ele me respondeu e sorri triste.

– Fora isso ? insisti cruzando os braços.

– Não. Não preciso de nada. Ele abaixou o olhar e eu assenti.

Eu tinha que deixa-lo ali, pra pensar, aliviar essa dor. Era muito triste ver a que ponto tínhamos chegado, literalmente ao fundo do poço. ... Aquele adeus dele, tinha que ser lembrado de que eu precisava seguir com minha vida, que a escolha dele tinha sido ficar com Carly e a família e que nosso amor.

O Nosso amor tinha acabado ali. Pra mim iria ser assim





Pov, Freddie



Adeus, Substantivo simples masculino (Morfologia) a (preposição) + Deus. Tão pequena palavra e com um peso tão enorme, um peso que agora estava sendo impossível de suportar.

E quando eu iria aprender a fazer as escolhas certas ? Acho que nunca.


Eu queria ser irracional e chutar tudo pro alto, pegar Sam e Sophie e sair correndo dali. Mas minha razão mandava eu ficar, ficar com Carly.

Aquele ilusão que eu tive foi a base solida para que eu soubesse e aprendesse que eu não era o suficiente para SAM, o quão foi mal com o coração tão lindo dela, magoei os sentimentos da mulher que eu amei e provavelmente amarei para o resto da minha existência. E mesmo não a tendo perto continuaria querendo abraça-la todas as manhãs.

A dor de dizer a Deus a ela era insuportável, que após a toda aquela loucura só me lembrava de flash's, como um porre, uma falta permanente de memoria. Eu só conseguia pensar em uma coisa, no rosto da Sam naquela estação de metro enquanto eu gritava o seu nome. Era face de um anjo despedaçado.

Eu só me perguntava agora qual seria minha punição divina ? Porque eu merecia.


O que Deus faria em relação a isso, afinal eu tinha destruído o coração de um anjo.


Meu corpo estava debilitado e cansado com tudo isso. Minha vista estava embaçada, olhei Sam que parecia estar no telefone, porem não conseguia esculta-la.


Aos poucos fui me deitando no sofá em que Sam me colocou. Meus olhos pesados começaram a dar sinal de vida, eu não aguentava mais. E por fim eu apaguei....Apaguei por um vasto tempo. Eu precisava daquilo, de um descanso pra minha mente.


Depois desse longo tempo, fui aos poucos ouvindo vozes, que com certeza eram da Sam. Então forçadamente fui abrindo meus olhos, mais ao contrario de vê-la. Estava outro anjo ali, me olhando curiosa. Minha pequena.

– Você ronca. Isso foi a primeira palavra que ouvi após tudo aquilo. E foi capaz de logo retirar um sorriso meu.

– Oi minha pequena. Me levantei e observei Sam sentada um pouco mais afastada. Sophie retribuiu meu sorriso e foi para perto da mãe. - Oi Sam. Falei meio sem graça.

– Oi Freddie. Ela me respondeu com um doce sorriso.

– Me desculpa. Por isso. Apontei para o sofá.

– Tudo bem. Ela deu com os ombros. Olhei mais uma vez para Sophie e me lembrei que Sam tinha falado que iria pega-la as 14:00. Isso era uma droga.

– Eu preciso ir trabalhar. Me levantei rapidamente.

– Calma.ela disse e rapidamente a olhei. - Liguei para o seu trabalho e falei que não poderia ir hoje e eles entenderam. Sam pronunciou ainda sentada, com o telefone na mão.

– È e compramos comida pra você. Sophie andou até a mesa da mãe, aonde havia uma sacola com a logo-marca do mc donalds- Pensei que quando acordasse teria fome. Sam falou sem jeito e logo levantou-se seguindo para perto de Sophie que agora sentava na cadeira ''presidencial'' da mãe.

– Na verdade estou faminto. Disse enquanto me aproximava da tal sacola. Eu ainda estava com um enorme dor de cabeça, meus olhos com certeza estavam inchados, meu cabelo estava todo bagunçado. E resumindo eu estava decadente.

Mas isso não importava agora, minha fome falava mais alto.


– Posso ? Olhei para Sam e logo apontei para cadeira que havia ao meu lado.

– Fique a vontade. Ela me respondeu cruzando os braços. Sophie ainda analisava cada movimento meu.

– Você quer ? perguntei enquanto me sentava e retirava aqueles adereços básicos do mc donalds como hamburger, bata frita e refrigerante de dentro daquela sacola de papel.

– Não. Sophie me respondeu logo após olhou para a mãe que estava bem atrás dela.

–Bom, eu tenho que ver uma coisa com Jonny. Sam retirou os olhos de mim e respirou fundo. - Você quieta, ok moça? Sophie sorriu e assentiu. - Tudo bem Freddie? Ela me olhou e também assenti. No momento eu só queria comer. - Ok então. Sam se retirou dali enquanto continuava a me deliciar com aquela hamburguer, o gosto daquilo era a fortuna que ele aquele cara tinha feito.


Sophie se manteve calada me observando ainda curiosa...


– Esta achando estranho o fato de eu estar aqui. Falei afirmando e ela logo soltou um sorriso.

– Não. Ela parou e pensou por um breve segundo. - Na verdade eu acho estranho as marionetes. Ela disse sussurrando e logo soltei outro sorriso.

Eu não havia entendido a tal resposta, mais também estávamos em um pais livre para expressar qualquer opinião ou resposta.

– Eu desenhei você, enquanto dormia. Sophie disse enquanto eu terminava de tomar aquele refrigerante.

– Serio? Franzi o cenho enquanto ela assentiu sorridente. - Me mostra ?


Sophie logo saiu da cadeira e foi correndo até a sua mochila e logo voltou com uma folha de papel Ofício


– Olhe e aprecie. Ela me entregou o tal papel. E não conseguir resistir e comecei a sorrir.

–São os rabisco mais lindo do mundo. Levantei o papel e mostrei apenas linhas nada uniforme multi-coloridas que haviam ali.

– Na verdade é um desenho oculto. Ela voltou-se a sentar na cadeira da mãe.

– E você é uma garota muito esperta. Ela deu com os ombros e nos dois voltamos a sorrir.


E la estava a minha frente a única pessoa capaz de tirar toda angustia, e colocar toda a felicidade que pra mim parecia inexistente. A única paz de me dá vontade de viver e tentar fazer algo melhor.


Não existia dor quando eu estava com Sophie.






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Notas finais do capítulo

.
Chega de drama, próximo capitulo ♥ Sem dramas, com Brad.
Carly