Pov, Sam

Era péssimo saber que Carly estava se sentindo assim, mesmo que a alguns anos atrás, bom...Isso não vinha ao caso naquele momento. Ainda gostava muito dela, fomos por tanto tempo melhores amigas e não queria vê-la assim.

Tentei conforta-la mais foi em vão, ela começou a chorar descontroladamente pro meu desespero, não sabia como agir a isso então fui cautelosamente saindo dali. Depois daquela carta minha cabeça já estava a mil, meu coração destruído e meus sentidos haviam sumido. Respirei fundo e sai dali.

– Sophie é filha dele não é ? Carly disse palavras que me fizeram paralisar na mesma hora. Ela esperou minha resposta que não veio. - Hein Sam...Fala. Sophie é filha do Freddie ? Ela insistiu e com muita dificuldades e suando frio já, me virei para poder olha-la.

– Que tipo de estupidez você esta falando? Claro que não. Forcei para que minha mentira saísse. Jogar as verdades pra Carly daquela forma, não era bom pra ela nem pro bebe.

– O jeito como ela se comporta, como ela fala, como ela sorri, você acha que eu sou cega? Ela falou ferozmente levantando-se e vindo é minha direção. - Acha que eu sou burra Sam? Ela completou me olhando.

– Olha...Não tenho culpa se o idiota do seu marido fica escrevendo cartinhas depressivas pra mim... Não pode simplesmente inventar as coisas e joga-las pra que sejam verdades. Você só quer um motivo pra se sentir superior e se sentir bem por parecer estar certa... Agora eu vou voltar para pessoas que eu realmente senti saudades e é claro que você e o idiota depressivo estão fora disso. Menti/Desabafei e friamente aquelas palavras. A olhei mais uma vez, ela parecia inconformada com minhas palavras.

Dei as costas e sai dali, tinha sido dolorido pra ela aquelas palavras, mas tenho certeza que em mim ela tinham um peso maior. Infelizmente eu estava machucada. Voltei para onde o restante das pessoas estavam.

– VOCE ESTA MENTINDO. Carly gritou agora vindo em minha direção. Todos rapidamente nos olharam confusos.

– Olha. Sophie é esta aqui. Falei seriamente me virando para encara-la.

– Ótimo, ótimo. Pelo menos assim ela vai saber a verdade. Carly falou descontrolada.

Observei todos ao nosso redor, nos olhando confusos. Parei meu olhar em Sophie que também me olhava sem entender o que estava acontecendo, respirei fundo e abaixei minha cabeça, eu sabia que Carly não iria parar, e não queria que Sophie me visse batendo na minha ex melhor amiga.

– Gibby, leva Sophie para dentro. Falei com a respiração já pesada. Ele e Tasha assentiram mesmo sem saber o que estava acontecendo, e levaram Sophie lá pra dentro.

Freddie se aproximou de Carly e a puxou pelo braço.

– Me solta, Freddie. Ela falu tentando se soltar das mãos deles.

– Você precisa se controlar. Pelo amor de Deus Carly aqui não é lugar para seus shows. Ele falou. Estava extremamente envergonhada com tudo aquilo.

– Você daria razão ao mim. Carly disse o olhando.

– Trouxe vodka, alguém vai querer ? Wendy apareceu com uma garrafa azul na mão. - Ai meu Deus, o que eu perdi? Ela repassou o olhar observando todo aquele clima tenso.

– PORQUE NÃO FALA A VERDADE PRA ELE SAM? Carly gritou me olhando.

– Para com isso...DROGA! Observei Freddie totalmente irritado. Eu continuava apenas observando o que aquilo tinha se formado.

– Você também é um mentiroso. Ela retirou aquela ''maldita'' carta do bolso e jogo no chão. Aquela carta foi o começo de todo problema ...

Observei a face dele se enfraquecer de surpresa, de tristeza. O olhar dele baixou na mesma hora, ele parecia tão envergonhado.

– Porque mexeu nas minhas coisas? Ele falou com a voz um pouco rouca soltando o braço dela.

– Alguém pode me dizer o que esta acontecendo aqui? Brad desta vez se pronunciou.Eu continuava imóvel alheia a tudo aquilo, minha cabeça já doía tanto. Eu queria sair dali correndo e fugir daqueles assuntos, mas eu era Sam Puckett, não era covarde a esse ponto.

– SAM E FREDDIE SÃO MENTIROSOS. Carly gritou ironicamente mais uma vez.

– Sam mentiria sobre o que? Freddie me olhou com tamanha tristeza nos olhos.

– Sobre Sophie, você é burro? Sophie é sua filha. Ela escandalizou aquelas verdades. Engoli seco.

– Você não pode inventar mentiras como essa Carly, só por ciumes. Isso envolve uma criança pelo amor de Deus. Ele falou com a voz falha.

Eu não aguentaria mais aquela situação, mentiras, mentiras durante tantos anos...Olhei para Wendy, Brad, Carly e Freddie fixei meus olhos nele. Respirei fundo duas vezes...

– FALA A VERDADE SAM, DIGA QUE SOPHIE É FILHA DO FREDDIE. Carly gritou começando a chorar. Freddie se afastou dela aos poucos.

– Sam, fale que é mentira. Freddie sussurrou.

– Não é mentira. Meu coração parava na mesma hora com aquelas palavras. Fui uma mentirosa por muito tempo, não queria mais esse titulo pra mim.

– Ai meu Deus. Ouvir Brad e Wendy falarem simultâneamente.

– O que ? Freddie falou com a voz falha.

Um filme começou a rodar na minha cabeça, fitei o chão.

E lembrei da primeira vez em que eu o conheci,

Minha briga logo de iniciou com ele,

Nosso primeiro beijo,

Como eu achei ridículo aquela fantasia de Michael Jackson nele,

Como senti ciumes quando o vi dançando com Carly tão apaixonadamente.

Como acabei revelando meu segredo pra Carly naquela sala do dentista,

Como senti mal quando os dois começaram a namorar.

A outra vez que o beijei, como ele tentou de todas as formas me tirar daquele centro psiquiátrico.

Do nosso namoro, do nosso triste termino naquele elevador.

Da nossa volta e do mês maravilhoso que tive com ele....

– Carly. Está. Certa. Falei aquelas palavras com dificuldades ainda sem olha-lo

.- O que? Porque?. Ai meu deus. Ouvi o tom de desespero dele.

– Deus do céu. Ouvi Wendy.

– Eu estava certa. Carly falou. Certamente se eu tivesse força eu iria mata-la.

Sentir uma forte pressão nos meus ombros e firmei meu olhar pra Freddie que estava ali a minha frente.

– Porque não me contou? Porque mentiu pra mim Sam? Observei que os olhos deles quase soltavam fogo de tanta raiva. Estremeci na mesma hora.

– Freddie você esta me machucando. Aos mãos deles ao pouco apertando meus ombros que agora, doíam bastante.

–ME DIGA, PORRA. Ele gritou. Realmente estava começando a me assustar, nunca tinha visto Freddie daquela forma.

– Freddie, calma cara. Brad disse tentado se aproximar.

– CALA A BOCA E FICA NA SUA. Freddie gritou ainda mantendo seu olhar em mim. Brad no mesmo tempo recuou.

– Fala Sam. Fala. As mãos deles movimentaram meu ombro extremamente dolorido.

– Freddie, por favor, você esta me machucando. Eu olhei para lado, e comecei a chorar. Não por aquela situação, e sim pela dor que as mãos deles estavam causando no meu corpo. Eu estava com medo.

– Freddie larga ela. Carly disse.

– VOCE TAMBEM FICA FORA DISSO. Ele mais uma vez gritou. Freddie parecia estar possuído.

– FALA SAM ! ELE GRITOU TÃO ALTO QUE ME FEZ ENGOLIR MEU CHORO NA MESMA HORA.

– Quando...Fui atrás de você...naquele dia, na faculdade...Eu já sabia que estava gravida. Mas dai eu o vi com Carly....E achei que não merecia saber da verdade.. Falei aquelas duras palavras e aos poucos as mãos dele foram me soltando.

Olhei para todos totalmente envergonhada com aquela situação, todos ainda pareciam assustado. Fixei meu olho em Carly, por mais que eu a odiasse naquele momento, ela foi a causa do alivio que dava agora no meu coração. Olhei para Brad que parecia totalmente chocado com que eu havia dito e olhei para Freddie que agora estava de costa pra mim, percebia o quão pesada estava a respiração dele.

– Sam vamos... Wendy pegou na minha, eu estava tão anestesiada que fui puxada por ela para dentro daquela casa.

Eu queria ter ficado, ter pedido perdão. Mas acho que não adiantaria mais, acho que jamais iria adiantar.

– Eu quero minha filha. Sussurrei para Wendy.

– Você precisa primeiro ficar bem. Ela não pode te ver assim. Ela disse.

Só naquele momento percebi que estava em um quarto de paredes de cor creme, e sentada em uma cama de casal banhada por almofadas e lençóis azuis. - Eu vou lavar meu rosto. Falei enquanto me levantava. - Me traga ela por favor. Insisti. Wendy assentiu e saiu daquele quarto.

Caminhei até um banheiro que havia ali e apoiei minhas mãos na pia, branca que ali tinha. Me olhei no espelho.

Meu nariz vermelho.

Meus olhos inchados

Minha respiração falha

Meu cabelos bagunçados. Aos poucos fui tentando me recompor.

– Mas você pode me da um cachorro de presente. Ouvi a voz que tranquilizou minha alma.

Rapidamente sai do banheiro e avistei Sophie nos braços de Gibby.

– Hey princesa. Falei com a voz fraca.

– Mamãe , sabia que vou ganhar um cachorro de presente do Tio Gibby... Ela falou entusiasmada.

– O tio Gibby não é louco de te lhe dar um cachorrinho não é Tio Gibby? Eu disse a pegando os braços deles.- Obrigado, sussurrei. Ele sorriu e assentiu.

– Então? Gibby falou me olhando.

– Deu pra ouvir alguma coisa? Perguntei. Ele discretamente me mostrou uns fones de ouvido.

– Valeu mesmo Gibby. Sorri fraco.

Acabou que meu sábado foi uma negação, quer dizer um fracasso. Sempre pensei como seria o dia que eu diria toda a verdade pro Freddie. Passei horas treinando o que iria falar. Mas nada, absolutamente nada te prepara se compara com aquele momento.

Pov, Freddie.

Eu estava destruído, morrendo aos poucos com minha dor. Sentir tanta raiva que facilmente mataria alguém. Sam me tirou a oportunidade de ser pai...Eu não vi o crescimento da minha...MINHA FILHA, graças a ela. Quanta raiva eu tinha agora.

Fiquei por um tempo fitando o chão, pedindo força e auto-controle que eu havia perdido.

Iria recuperar cada milésimo daqueles quatros anos perdidos. Nem que pra isso minha briga com a Puckett fosse alem de meras palavras, tenho total direito sobre ela também . Sophie era tão minha quanto dela.