- Você está apaixonada. – Alice cantarolou.

- Eu disse. – Caroline alfinetou.

- Não, você não disse. – Lily respondeu ruidosamente. – E graças a Merlim, não tenho uma cabeça tão fantasiosa como a de vocês. 
Marie levantou as sobrancelhas.

- Quando ele me tocou... Foi como se meu corpo reagisse inconsciente. Digo arrepios além da minha espinha. 

Ela imitou a ruiva instante atrás, quando esta contara tudo.

- Tem certeza?

- Foi só uma coisa de hormônios. – defendeu-se indignada.

- Então admite que ele mexeu com você, certo? - Caroline sobrepôs.

- Não!... Talvez... Oh meu Merlim, me ajude!

Risinhos abafados sobressaíram de Alice.

- Lílian Evans, você acha James Potter bonito?

Aquilo a surpreendeu. Pegou-se dizendo imeaditamente que sim.

- É disso que estou falando. – A amiga interpretou.

- MEU DEUS! Ele é um maroto, inteligente, irônico, pervertido, com músculos excitantes e olhos incrivelmente bons. Então sim, ele é bonito. E não, não estou apaixonada. – Ela pausou, respirando. – Vocês entendem o que é um acordo de paz? – as outras não contestaram. – Nós temos um. E ele chama isso de amizade.

- Ok, nós levantamos bandeira branca – anunciou Alice. – Por agora.

- Lily? Ao menos dê uma chance a essa amizade, tudo bem?

Não houve resposta.

A ruiva passou boa parte da manhã na biblioteca, descrevendo minuciosamente sobre o efeito e uso de ervas em poções. Os intervalos extensos dados, não eram o suficiente muitas vezes. Sendo extraordinariamente boa em tal matéria, fazia com que fosse fácil e rápido.

- Está um dia lindo lá fora. – uma voz reconhecível sussurrou tão perto de si, que a garota pulou.

- Não faça isso Pot... – Corrigiu-se. - James.

Enrolou os pergaminhos prontos, contrariada.

- Podemos ir? - James interrogou pegando os materiais da garota.

- Tenho que terminar isso! -disse ela, sua feição irritada. - Devolva.

- Como um cavalheiro, devo-lhe essa cortesia. - zombou, seguidamente imitando uma referência. Elegante, por sinal.

- Claro. - a ruiva falou e ele sorriu. - Se você fosse um. - Agora o moreno bufara.

- Damas aceitam. - Ela olhou-o com uma resposta pronta, que interpletou como "Não sou uma" e completou logo em seguida:

- Aja como uma, ao menos.

Lily riu, diante a forma como o moreno sobrepujara suas respostas.

- Alice tinha mais um tempo de Herbologia, então Caroline, Sirius, Frank e Remus esperam por nós. - Adivinhando a próxima pergunta, respondeu antecipadamente. - Os outros eu não sei.

- Irei subir. Marie deve estar no dormitório. - alegou ela, sabendo que ele insistiria.

- Você está soando como uma fugitiva.

- E você como uma criatura insistente que é. - Ironizou juntamente.

- Tenho sapos de chocolate. - ele ergueu as sobrancelhas. - E jujubas. E algumas novidades. Dedos de Mel te lembram alguma coisa?

- Isso é chantagem! - a ruiva choramingou, agora vencida. 

- Só estou fazendo um acordo amigável. Pensei que seria razoável negociar antes de arrastar involuntariamente até lá. - Riu com a expressão espantada que Lily a pouco fazia.

- Não faria isso! - Olhou de solaio, esperando uma resposta como " Claro que não, só estava brincando" e como de costume recebeu outra.

- Posso comprovar agora, se quiser. - Sorriu marotamente.

- Não atreva-se! - Seguiu-o.

- Eu sabia que viria por bem. - comentou ele na metade do caminho. - Mas eu adoraria te carregar.

- Você precisa de tratamento, Pot... James.

Ele balançou a cabeça. 

- Não se preocupe. Vai acostumar-se. 

- Como se eu tivesse escolha... - sussurrou a garota.

- Temos no total dois acordos até agora, sabe - falou ele pensativo. - Podemos ter um terceiro. 

- Como assim? - a voz doce da ruiva transpareceu curiosidade.

- Você poderia aceitar ir comigo a Hosmead... Como amigos. - Esperou por uma resposta. Que demorou-se por chegar.

- O que você pensa sobre a morte, hum? - indagou ela levemente com as sobrancelhas erguidas numa falsa ameaça. Ele riu esperando por responder aquilo depois.

- Você não ouviu a outra parte. - ele lhe respondeu. - Poderá pedir-me duas coisas. - Não que já pudesse fazer isso agora, completou mentalmente. - E é como amigos. - completou.

E quando ela ia responder, ele interrompeu.

- Um maroto dever dois favores a alguém é realmente proveitoso. Pense nisso.

 E neste momento, ela o fez. E tinha em mente um pedido, só não queria ceder. Lembrou-se da conversa anterior com as amigas, e ponderou aceitar.

- Você vai ter que aceitar algumas regras. Do tipo: nada de tentativas íntimas, contato de lábios e piadas de minha namorada. E me certificarei que você sofra muito se tentar algo.

- Certo. - ele concordou e ela apontou para os amigos sentados sobre o antigo carvalho à beira do lado negro. As folhas estavam secas, pelo clima da estação.

- E para mim a morte é bela e sedutora. E incrivelmente incompreendida. - o moreno respondeu-lhe sorrindo ironicamente e Lily mostrou-se descrente pelas suas palavras. Até ser recebida com um Até quem fim, por Caroline.