Finn - Desculpa vir sem avisar, meu amor... É que eu to te achando muito estranha. Queria ter certeza de que você estava bem. Não quero te incomodar nem invadir sua privacidade.. Mas é isso que namorados fazem, certo? Se importam um com o outro. - Droga, a fofura dele fazia em me sentir  culpada em uma magnetude que eu nem sabia ser possivel por Humanos. Eu não podia me forçar a não gostar dela, mas jamais quis machucá-lo. Começei a chorar de novo. Ele me abraçou.

Finn - Shhhh... Ei.... -beijou minha cabeça e estreitou seus braços sobre mim- O que houve?Eu não conseguia dizer uma palavra. Apenas o puxei para dentro. Continuei assim por mais de um minuto até me acalmar. 

Rachel - Me desculpa Finn, eu acho que estou na TPM, problema com meus pais e.. - Comecei a empurrar uma desculpa atras da outra.

Eu nao estava pronta para terminar com ele. Não desse jeito. Não confusa como estou, e ela provavelmente só estava me fazendo de idiota.. O que significava que não ia adiantar nada eu terminar para ficar com ela. Se fosse assim eu queria reconstruir meu relacionamento com ele. Mas eu precisava ter certeza das intenções da Quinn.

Finn - Tudo bem, não precisa me explicar nada agora.

Rachel - Acho que eu só preciso de um tempo pra mim.. Pra acalmar minha cabeça.

Finn - Você tá... Terminando comigo? - Disse com uma voz de choro. 

Rachel - Não Finn... Não é isso... Eu só preciso de... de uns dias. Eu to muito nervosa. Não quero descontar em você. Bom, eu tenho aula de canto lírico agora (mentira), então preciso me arrumar.. Agente pode conversar outro dia?

Finn - Pode.. Mas.. Você não quer uma carona? Eu posso te levar.Rachel - Não... Eu vou com uma amiga minha.. Não se preocupa. Bom, eu tenho que ir - Abri a porta para ele e o abracei fortemente. Merda. O que eu estou fazendo com a minha vida?

Quinn's POV

Queria fugir de todos esses problemas. Então, depois do colegio fui para casa da Britany beber com ela e com a Santana. Queria mesmo era tomar um porre e esquecer tudo isso. Entrei na casa e abrimos duas garrafas de vodka. Ficamos falando sobre coisas fúteis e tomando shots sem parar, quando a unica coisa na minha cabeça era aquela garota.

Santana - Até pra você isso é alcool demais Quinn. Tá querendo entrar em coma? - Falou entre risos.Nem ouvi, continuei bebendo. Logo minha cabeça estava girando e eu parecia ter perdido a noção de tudo. Apaguei.

Rachel's POV

Acordei com batidas pesadas na porta. Ouvi de longe o que pareciam ser gritos desesperados chamando o meu nome. Desci correndo as escadas, ainda sonolenta. Abri a porta e era Santana, carregando Quinn ajudada por Brittany.

Santana - Agente não sabia o que fazer. Ela ta passando muito mal e não parava de delirar chamando o seu nome! Agente não podia levá-la ao hospital, você sabe como a familia dela é com essas coisas. Nem liguei para o que havia acontecido hoje, entrei em desespero ao ver a Quinn daquele jeito! Ajudei-as a carregá-la e a botamos no sofá.

Rachel - Obrigada meninas, mas eu assumo por aqui. -

Vi Santana cochixar para Brittany : -Essas duas tá muito estranho-Ignorei e as ouvi sair pela porta.

O estado de Quinn era lamentável. Suas roupas estavam molhadas de vómito e ela parecia estar desmaiada. Usei toda a minha força para carregá-la para cima. Tirei suas roupas e a enfiei com cuidado no box. Liguei a água gelada. É o que dizem para fazer na TV, não? Ela acordou com um susto, ainda falando enrolado.

Quinn - Mas o que? Que merda é essa? O... água...Porra!

Rachel -Shhhh.... - Entrei no box de roupa mesmo e me sentei na sua frente. Segurei a sua mão. - NUNCA, NUNCA MAIS ME ASSUNTE DESSE JEITO QUINN FABRAY. - Quinn deu um sorriso torto e encostou a cabeça no azulejo. Falou -Ta tudo girando-Rachel - Eu sei, besta! Quem mandou beber desse jeito?! - Me levantei e fui por tras dela, sentando de forma a abraçá-la. A agua gelada escorria por nós duas.

Todo o ódio que eu sentia se escondeu.Ficamos assim por mais alguns minutos até eu ver que ela estava melhor. Consegui levantá-la e desligar o chuveiro. Saimos do box e a enrolei em uma toalha. A levei até a cama onde a deitei. Levei suas roupas para a lavanderia lá embaixo e peguei uma escova de cabelo no banheiro. Sentei-me ao seu lado na cama e penteei seus cabelos loiros enquanto me fazia a mesma pergunta repetidas vezes: Porque eu te amo tanto Quinn? Porque?

Botei um balde do lado da cama, com medo de que ela passasse mal de novo. Deitei sua cabeça no meu colo, e com uma de minhas mãos passei um pano úmido em sua testa. Com a outra acariciava seus cabelos.

Quinn diz entre soluços - iick... eu.....quero..ick...ver desenho. Ainda notava-se claramente os efeitos do álcool em sua voz. Obedeci. Liguei no Cartoon Network® e estava passando As meninas superpoderosas, um dos desenhos que marcou a minha infancia.

Assistimos juntas e Quinn logo apagou. Demorei um pouco mais, pois estava dificil processar tudo o que estava acontecendo essa semana. A principio era tudo uma tarefa de coral, e agora... Eu estou... Apaixonada. Apaixonada pela minha rival! Meu namorado nem desconfia. Eu sou uma pessoa horrível e o pior é que nem sei como lidar com tudo isso. Fechei meus olhos.

Quinn's POV

Aaaaaargh! Acordei com as pálpebras pesadas e com uma dor inexplicável na cabeça. Meu estomago estava revirado e minha garganta extremamente seca. Ressaca, pensei. Eu abri os olhos devagar e demorei alguns segundos para me dar conta de onde estava. No quarto da Rachel. Mas como eu vim parar aqui? Minha memória parecia um grande buraco negro.

A ultima coisa que eu me lembrava era de ter ''brigado'' com ela e ter ido beber na casa da Brittany. Aos poucos flashs de ontem foram clareando mais minha memória. Lembrei-me da Rachel me pondo no chuveiro e cuidando de mim. Sorri sozinha.

Eu tinha que concertar as coisas.. Eu nao queria ficar brigada com ela. Talvez, ela ter beijado o Finn ontem tenha sido um mal entendido, e eu, estourada como sou, fiz a cagada de magoá-la. Alem do mais Finn era o namorado dela, eu nao tinha o direito de ficar brava. Fui eu que me meti na história deles primeiro.. E agora não sei o que fazer com esse meu ciumes. 

Não era pra ser assim, não era pra eu me apaixonar, não era pra eu querer que ela fosse minha.. Só minha. Me virei na cama e a vi dormindo. Ela ficava linda desse jeito. Toquei seu rosto, acariciando a maçã do mesmo. Mr.Shue tinha toda a razão.. É muito dificil se relacionar com pessoas do mesmo sexo. Eu queria poder chamá-la de namorada e andar de mãos dadas pelos corredores da escola.. Eu queria apresentá-la para a minha família.. Mas isso tudo é um sonho distânte. Todos sabem que os Fabray são daquelas famílias tradicionais que abominam o homosexualismo. Me expulsar é pouco.. Se estivessemos na idade média com certeza me mandariam para a fogueira.

Apesar de tudo isso, eu ainda a queria, mesmo que fossemos manter isso em segredo. E eu iria conquistá-la. Iria tentar ser menos impulsiva e mais compreensiva. Tive uma ideia de um programa para hoje a noite e passei a arquitetá-lo em minha mente.

Me levantei e fui ao banheiro. Disquei o numero de Mercedes, pois ela é a unica pessoa em quem eu sei que posso confiar, ela jamais me julgaria. Um exemplo é que ela me abrigou quando meus pais me expulsaram de casa devido a gravidez. Eu precisava de sua ajuda para executar o programa de hoje.