- Beco Diagonal. - Lupin me respondeu quando eu perguntei onde diabos estávamos.

- Ah, claro, me ajudou muito dizer isso. - Ele riu e apontou para um prédio alto, não muito bonito, branco. Na porta um aviso aos ladrões, bem ameaçador.

- Como eu disse antes, só um louco tentaria roubar o Gringotes.- Eu o olhei - eu não disse?

- Não mesmo. - Nós rimos e então ele foi até um duende, que diga-se de passagem, são horríveis.

- A Senhora Potter quer retirar alguns galeões do cofre. - O duende me encarou, pensando que eu era alguma doida, mas então pediu:

- E a Senhora tem a chave? - Lupin tirou uma minúscula chave do bolso, sorrindo e a entregando ao duende.

- Bem aqui. - O duende a analisou, procurando alguma imperfeição, algum indicio de que era falsa, mas como não era ele desceu do lugar e disse:

- Por favor, me sigam. - E então o seguimos.

Sentamos em alguns bancos e então eles começaram a se mover, muito rápido. Muito mesmo. Achei que fosse cair mas foi quando percebi que Jesse, mesmo silencioso ainda estava ali e me segurava pelos ombros, sorrindo para mim. O “treco” parou de supetão, me lançando para frente e quase me fazendo cair. O duende se levantou  e, com a chave em mãos, abriu o cofre. O que eu vi foram várias moedas de outro, algumas de pratas e outras de bronze. Mas havia muitas de outro, pilhas delas e eu nem ao menos sabia o que isso valia.

- Pegue alguns galeões, será o necessário para esse ano.

- Galeões?

- As moedas douradas Suze. - Lupin disse, meio irritado. Peguei um punhado daquelas moedas douradas e as coloquei na mochila. Voltamos ao carrinho, ou o treco como eu o chamo, e retornamos a entrada do banco.

- Bem, agora que já temos seu dinheiro, está na hora de comprarmos suas coisas. Primeira pareada: Olivaras.

Chegamos a uma loja pequena e empoeirada que tinha um letreiro: Fabricando varinhas desde 382 a.c. Entramos e um velho de cabelos brancos e bagunçados e um olhar sério me encarou.

- Bem Vindo a Olivaras. - O velho olhou para Lupin e por fim disse:

- Vinte e oito centímetros, fibra de dragão, Salgueiro. - Lupin sorriu e confirmou.  Bem, quem temos aqui?

- Suzannah Potter. - Estendi a mão que ficou no ar, já que o Olivaras ficou pálido a me encarar.

- Não sabia que Sr. Potter tinha uma rima. - Ele disse, desconfiado.

- Nem ele, até ontem a noite. - Disse, rindo. Olivaras então sumiu entre os corredores empoeirados da loja e voltou com uma varinha. 

- Pena de Fênix, trinta centímetros, nogueira. - E me entregou. Fiquei parada como uma idiota com ela na mão mas então ele disse:

- Vamos lá, experimente. - Me sentindo uma boba eu fiz um pequeno aceno com a varinha, que resultou em um vaso quebrado. Olivaras a retirou da minha mãe e foi atrás de outra.

- Fibra de coração de dragão, cerejeira, vinte um centímetros. - Me entregou a varinha e dessa fez ela fez vários papeis voarem. - Não, não... - E então ele voltou, me trazendo outra varinha.

- Pêlo de Unicórnio, vinte centímetros, mogno. - Quando toquei a varinha um formigamento passou entre meus dedos. Olivaras sorriu dizendo:

- Sabe senhorita Suzannah, a varinha escolhe o bruxo. Você parece ser muito diferente dos bruxos e bruxas que eu vejo por aqui, posso até apostar que grandes coisas virão de você. - Sorri, pagando os sete galeões e saindo da loja.

- Bem, posso ir à Floreiros e Borrões  em quanto você e Jesse vão a Madame Malkin arrumar seu uniforme. - Quando Lupin disse a palavra com u eu o encarei.

- Uniformes? Eu vou ter que usar uniformes? - Fiquei parada por um minuto, encarando Lupin que ria e entrava em uma loja entulhada de livros. Me virei e vi a loja que ele havia dito, entrei.

Quando entrei na loja, uma mulher sorridente me guiou até uma ante sala.

- Ela já irá atendê-la. - A mulher disse e saiu na direção oposta. Em alguns poucos minutos uma mulher abriu a porta e um garoto muito loiro, com cara de esnobe saiu, carregando algumas vestias negras. Quando ele me viu, passou me secando. Eu fiquei um pouco desconfortável com aquilo, mas então ele pareceu desistir e foi pagar suas roupas.  

- Hogwarts querida? - A mulher me perguntou. Sorri concordando e entrando na sala. Jesse, que estava muito silencioso ficou na ante sala, para me dar a privacidade. Ela me entregou saias, blusas e vestias negras, me fazendo provar três tamanhos até encontrarmos o perfeito. Comprei três de cada e então fui pagar as vestias em quanto Lupin surgia, não só com os livros, mas com o equipamento para poções, pergaminhos e penas. Quando saímos, Lupin sorriu e disse:

- Bem, agora só falta uma coisa. Uma coruja. - Eu sorri e o segui até uma loja cheia de corujas chamada Empório das Corujas. Logo que entramos, todas começaram a piar descontroladamente, graças ao 

Jesse. Menos uma coruja negra de olhos azuis safira, que encarava Jesse como Spike, meu gato monstro que estava em Carmel.

Saímos da loja com a coruja negra que eu chamei de Nightmare. Voltamos a sede da Ordem da fênix, onde todos nos esperavam para a janta.