Changed escrita por Shiroyuki


Capítulo 23
Capítulo 23 - Perdida por aqui, princesa?


Notas iniciais do capítulo

Atenção! Esse capítulo será um especial duplo~! Isso mesmo, depois desse capítulo, tem mais um direto, então não deixem de ler os dois, ok?? Espero que gostem...



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Ikuto empilhava caixas de biscoito em uma prateleira, equilibrado em cima de uma escada, e tinha consciência do olhar displicente de Emiri em cima dele. Quando ele a fitava de canto de olho, ela estava ouvindo música nos fones de ouvido, aparentando estar distraída, mas ele podia apostar que era apenas um disfarce. Francamente, aquela garota não conseguia disfarçar a desesperadora atração que sentia por ele? Ficava reclamando do seu trabalho o tempo todo, e dando essas tarefas braçais para ele fazer, apenas para ter o prazer de ver sua musculatura muito bem definida trabalhando. Ou era o que ele pensava.

—Sabe que na escola da minha irmã vai ter um festival esse fim de semana… - ele falou como quem não queria nada, terminando de colocar os biscoitos de chocolate, e começando a pilha dos de baunilha. Emiri notou que ele falava alguma coisa, e ergueu os olhos, mas não parecia estar ouvindo. – Festival. Na escola. Você vai? – ele ergueu a voz até um volume que ela pudesse escutar, e ela revirou os olhos.

— Eu estudo naquela escola, imbecil! É claro que vou estar lá – ela respondeu com a voz mais alta ainda, por causa dos fones. Os cabelos claros amarrados de qualquer jeito caíram nos olhos – É um saco. Essa cidade é tão pequena, que o festival cultural reúne todo mundo. No dia seguinte, ainda estão comentando sobre o que aconteceu. É deprimente que esse tipo de coisa seja o único entretenimento para as pessoas simplórias que vivem aqui.

— Eu vivo aqui, e não sou nem um pouco simplório – Ikuto sorriu de canto, descendo das escadas. Emiri o fitou como se estivesse olhando para o mofo acumulado na janela do banheiro – Vou ir ao festival, só para ver você vestida de maid, Shinohara – ele piscou um olho, e Emiri sorriu de canto.

— É melhor tomar cuidado para não se apaixonar…

— Acho que é tarde demais para você tomar cuidado, é óbvio que já se apaixonou por mim! – ele se escorou no balcão em frente dela, inclinando a cabeça de maneira insolente. O sorriso de Emiri se tornou ainda mais irônico.

— Fale por si mesmo. – ela tirou o cabelo do olho, as unhas pintadas de preto destacando-se na pele clara. Apertou em algo no celular, e o volume do fone de ouvido aumentou ao ponto de Ikuto conseguir escutar o ruído da guitarra e da bateria mesmo de longe – Agora vá varrer os corredores, isso daqui está imundo! – ela berrou, antes de fechar os olhos e escorar-se na cadeira confortavelmente. Um quase imperceptível sorriso brincava no seu rosto, antes de ela passar de música e disfarçar, enquanto tentava olhar para Ikuto subindo na escada sem chamar a atenção. Ela estava planejando arrumar uma desculpa para não participar do festival… mas de repente não parecia mais uma ideia assim tão ruim, agora.


~


Utau ainda não conseguira arrumar um tempo para conversar direito com Kukai. Com os preparativos para o festival cultural que se aproximava, então, encontrar o momento certo se tornou uma tarefa impossível, e esse fator, somado à evidente falta de coragem dela, só fazia com que a situação entre eles ficasse mais e mais estranha dentro de casa.

Eles só se falavam quando era restritamente necessário, e essas vezes resumiam-se a um “passe as batatas” durante o jantar. Utau agradecia intimamente por não precisar dividir mais o quarto com ele, pois assim não precisava vê-lo durante todas as noites também, ainda mais por que ela tinha algo planejado, e se ele visse, estragaria tudo, mesmo embora ela ainda não tivesse confiança de que daria certo. Nessas horas, Chiharu era uma boa companhia, pois nunca questionava nada e não era curiosa, e mesmo que percebesse algo de diferente, não falaria para ninguém.

Souko até notou qualquer coisa de estranho, mas estava tão ocupada entre procurar uma casa nova para morarem e tentar convencer Chiharu a voltar a estudar, que sobrava pouco tempo para preocupar-se com esse assunto, que ela julgava ser apenas uma briguinha normal entre adolescentes. O único ali que sabia o que realmente estava acontecendo era Ikuto, mas ele não tinha a menor vontade de intervir. Dessa forma, os dias passaram-se rapidamente…

No festival, a classe deles iria fazer uma casa do terror. Utau foi escolhida para ser a recepcionista, pois, aparentemente, ela era a mais popular entre os garotos. Claro que as outras meninas da sala ficaram morrendo de inveja, e tentaram boicotá-la de alguma forma durante os preparativos, mas ela havia previsto situações desse tipo, e tomou providências antecipadamente, de modo que tudo correu bem. Nadeshiko acabou sendo escolhida para ser o fantasma do poço, e Kukai, seria o Jason, com uma máscara de hóquei e uma motosserra tirada sabe-se lá de onde. Utau estava um tanto aliviada, por que pelo menos assim, não precisaria ficar perto de Kukai durante tanto tempo.

A turma de Tadase, Amu, Rima e Nagihiko iria fazer um café de maids e mordomos. Yaya, como ainda estava na divisão elementar, não participaria do festival ainda, mas estava sempre aparecendo do nada durante a preparação, pulando de um lado para o outro entre as salas, e garantindo que não perderia a festa por nada. Dessa maneira, entre montagens de painéis, confecção de fantasias, vários consertos, reparos, testes e muito trabalho depois, o dia do Festival Cultural da Escola Seiyo finalmente chegou.




Quando Ikuto chegou à escola, o festival estava a pleno vapor. Podia reconhecer pessoas de absolutamente toda a cidade ali, entre adultos tirando fotos dos seus filhos, idosos recordando os velhos tempos e crianças correndo de um lado para o outro. Ele estava com Chiharu, que havia ido com ele depois de muita insistência de Souko, que acreditava que o melhor remédio para a depressão da menina era sair de casa e respirar um pouco do ar de fora. Não era como se não houvesse ar dentro de casa também, foi o que Chiharu pensou, mas não queria ser um incômodo e acabou aceitando acompanhar Ikuto até ali.

Agora, vendo tantas pessoas diferentes e desconhecidas, no meio da música alta que ressoava pelos autofalantes, do cheiro de várias comidas diferentes que vinha das barraquinhas externas se misturando, as vozes de muitos falando todos ao mesmo tempo, agitando-se ao seu redor, sentia-se desconfortável, e queria voltar logo para casa.

Ela estava prestes a arrumar qualquer desculpa para sair correndo dali e voltar para sua cama, quando notou uma figura familiar, que percebeu os dois andando meio sem rumo, e se aproximou.

— Sejam bem-vindos ao Festival Escolar da Seiyo… precisam de alguma ajuda? – metido em um fraque de mordomo, com os longos cabelos arroxeados amarrados em uma breve trança por uma fita negra de cetim, Nagihiko sorria prestativo.

— Ah, você é o amigo do Kukai do basquete, não é? – Ikuto tinha dificuldade para lembrar-se de nomes e rostos, e não fazia nenhum esforço para disfarçar isso – Ou você é a irmã gêmea da Europa… eu nunca sei…

— Eu sou Nagihiko – ele respondeu diretamente, e embora fosse triste admitir, era acostumado a ser confundido com a irmã – Mas estou mesmo muito feliz de ver você aqui, Hoshina-san… digo, você se lembra de mim, não é? Naquele outro dia, eu fui com você e a Souma-san na cafeteria…

— Eu lembro. – Chiharu ergueu os olhos pela primeira vez, e logo baixou novamente, encolhendo-se discretamente, sem aguentar olhar para Nagihiko por muito tempo. Sentia-se um pouco mal-vestida, com sua saia preta surrada, uma blusa rosa-clara desbotada e o casaco de inverno emprestado de Utau, que ficava um bastante grande nela. Ultimamente, não se importava com roupas, e as poucas que tinha estavam pouco a pouco ficando pequenas. Apesar disso, ela se arrependia agora por não ter ouvido a tia e feito algumas compras, embora não conseguisse imaginar porque isso importaria logo agora.

— Ah, que bom… Bem, você gostaria de ir até o café da nossa sala dessa vez? – ele entregou a ela um dos panfletos que distribuia, onde se via, além de alguns desenhos de maids, o cardápio que seria servido e a localização da sala – Não é como o café da cidade, mas a comida está muito boa. Fui eu quem fez a maior parte.

— Obrigada… e-eu quero ir… - ela soprou, e Nagihiko imediatamente sorriu.

— Só um conselho. Não prove a torta de limão. Foi a Amu quem fez, e, bem… ficou um tanto azeda... – ele fez uma meia careta de desaprovação, após ter compartilhado o segredo, e Chiharu exibiu o esboço de um sorriso, o que já era um grande avanço para ela – Ikuto-san, você… - Nagihiko ergueu-se para olhar para o mais velho, e percebeu que estava falando sozinho – Aonde ele foi…?

Chiharu ficou assustada, de repente, ao ver-se sem companhia no meio de um lugar desconhecido, mas estar com Nagihiko de alguma forma era reconfortante nessa hora, e ela não demonstrou perturbação.

— Ele saiu… - murmurou somente, juntando as mãos nervosamente.

— Hm… acho que temos que procurá-lo então… mas antes disso, você pode vir comigo até o Café, por minha conta, está bem? – Nagihiko voltou-se novamente para ela, com um irresistível sorriso brincando nos lábios. Chiharu não sabia como negar essa proposta, e na verdade, tinha vontade de ir com ele. Fazia tanto tempo desde que havia sentido vontade de fazer qualquer coisa que ela não sabia como agir mais. Assentiu uma vez com a cabeça, as bochechas pegando fogo, enquanto seguia Nagihiko de perto para dentro do prédio da escola.

Ikuto havia dispersado assim que Nagihiko começou a falar com Chiharu. Não que ele tivesse intenção de deixar a garota sozinha, mas assim que viu ao longe uma longa trança, bem bagunçada, de cabelos platinados, vestindo um longo e bufante vestido vermelho e dourado, sentiu a urgência da obrigação moral de ir provocá-la, nem que fosse por um segundo.

— Perdida por aqui, princesa? – ele sussurrou, na intenção de assustá-la, mas ela apenas virou o rosto na direção dele, nada surpresa. Ele quase não a reconheceu sem a maquiagem escura. Ela tinha a pele surpreendentemente branca, e algumas sardas clarinhas pintavam a ponta do nariz. Percebia pela primeira vez, sem a sombra escura para atrapalhar, que os olhos dela eram de um brilhante tom acinzentado, quase translúcido.

— O único que parece perdido aqui é você – ela rebateu, impassível, como se apenas fosse esperado ver Ikuto naquele lugar, e Ikuto notou que mesmo sem as roupas e a aparência de sempre, ela ainda era a mesma – Eu não sou uma princesa, sou a substituta da Julieta. Se ela quebrar a perna ou comer okonomiyaki demais, estou aqui.

— Espero que ela tenha estômago fraco então…

Emiri fingiu não ouvir.

— E você, veio ver sua irmã? Acho que ela está no segundo andar, com um vestido de goth-loli e uma cara mal-humorada terrível. E para alguém como eu notar esse tipo de coisa em outra pessoa, ela deve estar pilhada mesmo.

— Na verdade eu vim trazendo a… - ele olhou para trás, mas Chiharu já havia sumido com Nagihiko.

— Perdendo seu encontro no festival, Ikuto? Que falta de consideração, melhor ir atrás dela… - Emiri pegou o crepe que estava esperando ficar pronto e pagou, dando as costas à Ikuto e seguindo seu caminho. Ele não hesitou em acompanha-la, naturalmente, como se ela tivesse se disposto a mostrar a ele a escola ou algo assim.

— O que houve? Ciúmes? – ele sorriu de canto, enquanto atravessava o pátio junto com Emiri. Recebia alguns olhares desconfiados, outros surpresos, sobretudo das garotas, que se apressavam em tecer comentários ávidos assim que colocavam os olhos nele.

— Ah, eu acho que o conceito de ciúmes envolve algo sobre… se importar com outra pessoa não é? Então, sinto muito, mas você está errado – ela falava enquanto comia, e andava como se não ligasse para Ikuto seguindo-a como um gato de rua faminto – Talvez seja… pena dessa garota? Eu realmente não faço ideia, sou péssima com esse lance de sentimentos. – Ela deu de ombros, e parou no meio da entrada do primeiro andar. – Para onde vai? Procurar pela sua… companhia?

— Ela deve ter ido até a sala da Utau eu acho – ele passou a mão nos cabelos. Na sua cabeça passava vagamente a ideia de que seria ruim se a garota se perdesse, ainda mais quando ela ainda era do tipo frágil, mas ele não costumava pensar muito em problemas, e só queria simplificar as coisas para si mesmo – Onde fica a sala dela?

— Segundo andar, sala 2-C – Emiri respondeu – É a casa do terror. – ela já ia dando a volta pelo outro lado, mais uma vez, mas Ikuto foi ágil e a segurou pelo pulso, na mesma mão que segurava o crepe.

— Vamos comigo, Julieta, e diga ao Romeu que hoje vai se atrasar… – Ele piscou um dos olhos, inclinando-se para morder a ponta do doce. Emiri bufou, indignada pela displicência do garoto em roubar sua comida, e tratou de deixar a mão que segurava o crepe bem longe de Ikuto. Ele segurou a outra mão dela então, e seguiu conduzindo ela até a sala indicada.

Já ao longe, podia detectar qual era o lugar onde ficava a classe de Utau, pois toda a frente da porta estava revestida por tecido negro e não se podia enxergar nada das janelas. Ele logo percebeu que a garota vestida com um vestido negro cheio de rendas e babados, com fitas negras prendendo as marias chiquinhas loiras, e uma maquiagem pesada, era sua irmã.

— Ah, você demorou, Ikuto! Pensei que não vinha mais. – ela cruzou os braços, irritada. Viu que Emiri estava acompanhando ele, mas ela parecia tão concentrada no doce que tinha em mãos que nada mais importava – Onde está a Chiharu?

— Hm… nenhuma chance de ela ter vindo na frente?

— Você perdeu a Chiharu, Ikuto? Eu não acredito que você perdeu a menina! – gritou Utau, que já parecia estressada o bastante para bater em alguém. Ela se conteve a tempo, quando percebeu que estava atraindo atenção indesejada, e respirou bem fundo antes de continuar – A mãe vai me matar… Certo, onde foi que você a perdeu?

— Eu não perdi a Chiharu, eu só…

— Lá fora no pátio – Emiri interrompeu, informando subitamente como se o assunto nem a importasse.

— Tudo bem, eu vou procurar por ela. Vocês dois, paguem as entradas – ela estendeu a mão, impaciente.

— Entradas para o que?

— Para a minha casa do terror, é claro. Precisamos de lucro, e vocês me fizeram perder um tempo precioso. – ela revidou, como se fosse óbvio, apesar de não haver ninguém na fila nesse instante – É claro que isso tem um preço. – ela puxou o dinheiro da mão de Ikuto e guardou no bolso – E agora, fiquem os dois aqui cuidando da bilheteria enquanto eu procuro a Chiharu.

Ela saiu pelo mesmo lado por onde Ikuto e Emiri haviam surgido, e os dois ficaram para trás, um tanto aturdidos com a sequência rápida de eventos. Emiri não demorou a se acomodar, e como o segundo ato da peça de teatro da sua turma só começava dali a uma hora, e muito provavelmente nem precisariam dela, resolveu sentar ali mesmo. O seu volumoso vestido de Julieta tomava boa parte do espaço que era a bancada de bilheteria de Utau, e Ikuto teve que ficar de pé do outro lado.

— Eu não acredito que você perdeu uma criancinha – Emiri comentou com escárnio, balançando a cabeça em desaprovação.

— Ela não é criancinha, ok? Pelo menos é o que eu acho… não sei… mas não importa, porque ela tava com aquele garoto do basquete… ou seria a garota que dança? Não sei mais, mas ela não estava sozinha…

— Tá certo… Essa afobação toda de deixar a garotinha para trás foi só porque me viu, Tsukiyomi? Olha que eu vou começar a acreditar que você está apaixonado por mim, viu?

— Não crie ilusões, Emi-chan. Eu não sou um gato domesticado – ele virou o rosto e sorriu de lado. Emiri conteve o impulso de mostrar o dedo do meio para ele apenas por que estava na escola.

— Utau-san, nós precisamos de mais… ah… - surgindo através do tecido negro da porta, um fantasma de kimono branco, com uma enorme mancha de sangue nas costelas, e mais sangue ainda escorrendo pelo rosto, que grudava fios dos cabelos escuros e soltos pelo rosto, sobressaltou ao ver as duas figuras inesperadas ali – Você é o irmão mais velho da Utau-san, não é? Aonde ela foi?

— Procurar por uma coisa que eu perdi - Ikuto respondeu de imediato, sem reconhecer Nadeshiko naquela fantasia.

— Eu ia dizer a ela que precisamos entregar mais panfletos para atrair clientes… mas eu falo com o Souma-san para fazer isso, já é quase hora da nossa parada mesmo… – ela sorriu cordialmente – Você e a sua namorada estavam esperando para entrar aqui? – ela reparou em Emiri sentada do outro lado, e logo se preocupou.

— Não, acho que a minha namorada é assustada demais, ela acabaria gritando e me abraçando, sabe? Faria um escândalo lá dentro… eu teria que consolar ela depois… – ele riu de maneira sugestiva, e dessa vez, Emiri não segurou seus instintos e realmente mostrou o dedo médio erguido para ele.

— Ah, bem… - Nadeshiko olhou de um para o outro, confusa com o estranho relacionamento que mantinham, mas resolveu relevar. Quem era ela para julgar a relação das outras pessoas, afinal – Eu vou chamar Souma-san então, já volto…

Poucos segundos depois de sumir atrás da cortina, Nadeshiko retornou, junto com Kukai, que trazia uma pilha de pequenos folders feitos à mão e xerocados ali mesmo na escola, com desenhos horríveis de monstros e fantasmas. Aliás, ele estava vestido com uma roupa toda rasgada e ensanguentada, e a máscara de hóquei estava pendurada do pescoço, para ele conseguir enxergar. A motosserra que usava na sua apresentação havia ficado lá dentro.

— Ei, Ikuto, o que a Utau foi procurar para você? – Kukai indagou logo que viu Ikuto, já que Nadeshiko havia contado a história rapidamente para ele antes de vir – O celular, ou um casaco…

— Não, a Chiharu.

— Ahn?

— É isso mesmo, perdi a garotinha… - ele admitiu finalmente, como se não fosse nada demais – Olha o lado bom, você vai ter seu quarto de volta!

— Você sabe que não tem graça, não sabe? – Kukai arqueou a sobrancelha, pouco crédulo.

— Eu sei. A mãe vai me matar… - ele suspirou, repetindo a frase de Utau com toda a desgraça que ela requeria.

— Vamos indo, enquanto você entrega folhetos, nós procuramos por elas… - Emiri rapidamente tomou a liderança da situação, e seguiu em frente. Kukai vinha mais atrás com Ikuto e seus folhetos, e ia entregando para pessoas que passavam por eles de qualquer forma. Nadeshiko hesitou, mas acabou seguindo a eles também, principalmente por que queria passar na sala do nono ano e ver Tadase vestido de mordomo.








...continua


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Notas finais do capítulo

Bem, como recompensa pelas demoras, e também por que esse capítulo acabou ficando gigante, eu resolvi dividi-lo em duas partes XD por favor, não deixem de ler a continuação que vem imediatamente a seguir - e de preferência, deixem reviews nas duas ~ ~~



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