Guilherme POV

Não sei como e nem por quê, só sei que me apaixonei desde a primeira vez que a vi. Amor a primeira vista? Não sei se acredito muito nessas coisas, mais quando a vi, naquela boate alguma coisa nela me chamou muito atenção, não somente pela beleza, mais o seu jeito, eu não sei explicar direito, mais eu me apaixonei perdidamente por ela.

Isabela!

Nunca fui um perfeito cavalheiro, e muito menos romântico, mais com ela, eu não consigo ser diferente, com ela eu sou simplesmente “eu”, eu não preciso forçar nada! Por sorte, ou não, ela era amiga do meu primo, e como eu disse ela me encantou, perguntei tudo sobre ela, e ele com muito custo me contou sobre o seu drama. Tanto familiar quanto amoroso. Eu não acreditava que ela tão linda, pudesse ter sofrido desse jeito, eu não acreditava como uma pessoa que ela amava tanto pudesse ter a feito sofrer.

Me aproximei dela como um amigo, sabia que ela não estava com pensamentos para entrar em outro relacionamento e eu a entendia. Mais foi nessa amizade que um sentimento maior bateu em mim, o AMOR. Eu tinha receio dela não me querer, ou o Gustavo simplesmente aparecer e acabar com essa “amizade” entre beijos que a gente tinha. Eu tinha ciúmes, é normal para quem ama, não é? Pelo menos eu acho que sim, tentava me controlar mais as vezes não dava e acabava que de um jeito ou de outro eu demonstrava ciúmes.

Quando a vi aos beijos com o Gustavo, naquele restaurante, justo no dia em que a pedi em namoro, minha vontade foi de chorar feito uma criança, mais eu passei por cima do meu ciúmes e deixei claro que a vi com ele e que ela teria que tomar uma decisão, uma escolha.

Nesses dois dias que eu não a vi, pensei que ela tinha escolhido o Gustavo, afinal, ela o amava tanto e o pior é que eu sabia disso desde o começo e mesmo assim me deixei levar, ela sempre foi honesta comigo, até que o dia chegou e ela veio aqui dizendo que me amava e que queria ficar comigo, foi simplesmente perfeito, tê-la perto de mim, ter seu corpo junto ao meu, sentir o calor do corpo dela se misturando ao meu, foi incrível. Mas como sempre alguma coisa sempre acontece, o Gustavo sumiu, e quem foi atrás dele? Minha Isa. Eu fui com ela, eu sabia que ele era importante para ela, e eu tinha prometido que iria ajuda-la sempre, e que faria de tudo para deixa-la feliz. Ela merecia ser feliz!

O encontramos e voltamos para casa dela, passou tudo muito bem até a véspera do aniversario do natal e do aniversario dela. Liguei para ela um monte de vez e ela não me atendeu, estava indo para sua casa, mais achei melhor esperar ela me ligar, vai que aconteceu alguma coisa? E sim aconteceu! Mais uma vez ela foi atrás do Gustavo, e eu me sentia inseguro, afinal eu sabia o tanto que ela já o amou, eu presenciei parte do seu sofrimento por ele, ela me explicou tudo e até tivemos uma briga, mais eu me arrependi de ter brigado com ela, eu prometi que a faria feliz!

E tudo ficou bem de novo! Estava me arrumando para ir para casa dela, lembrei da aliança que comprei no dia em que a pedi em namoro, e acabei não entregando, peguei a caixinha e coloquei no bolso, peguei o presente que comprei para ela, olhei no relógio e já era 20:30, iria chegar mais cedo para entregar a aliança. Minha campainha tocou e eu fui atender, quando a abri a porta eu fiquei em choque, um ser ruivo apareceu em minha frente.

Xxx: feliz véspera de natal – ela falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Guilherme: Rafaela, o que fez com o seu cabelo menina – a puxei e a abracei, estava morrendo de saudade dela.

Rafaela: ficou muito lindo né.

Guilherme: você é linda cabelo de fogo.

Rafaela: bobo, e cadê a ceia de natal?

Guilherme: estou indo para a casa da Isa, minha namorada lembra? É aniversario dela amanha e vamos passar o natal lá.

Rafaela: poxa, eu vi de São Paulo que eu estava morrendo de saudade do meu maninho e ele vai me deixar?

Guilherme: logico que eu não vou te deixar, você vai comigo, e vai conhecer a sua cunhada.

Rafaela: a sua namorada ainda tem que passar pela minha aprovação. – ela falou seria e depois riu. Ri também, e fomos para a casa da Isa.

Rafaela é minha irmã, ela tem 18 anos e é um pouco doidinha, mais muito gente boa e amiga, eu sempre ligava para ela para contar sobre o que aconteceu comigo e a Isa, ela era tudo para mim, fiquei muito feliz de ter a visto, desde que saí de São Paulo não a vi mais, cheguei na porta da casa da Isa e toquei a campainha, ela toda linda me atendeu.

Correu e me deu um abraço e um beijo.

Isa: não quero nunca mais brigar com você, ouviu.

Guilherme: eu também não quero minha linda!

A Rafaela pigarreou e a Isa percebeu que tinha alguém atrás de mim, ela olhou com uma casa de “ E essa quem é?” e a Rafaela doida como sempre começou a falar.

Rafaela: famosa Isabela, prazer sou a Rafaela, irmã dessa coisa aqui – falou e riu elas se abraçaram e conversaram um pouco. Entramos e eu cumprimentei o Marcos, a Gabriela e brinquei um pouco com o Gabriel, depois me sentei no sofá, e a Isa sentou do meu lado.

Isa: não sabia que você tinha uma irmã?

Guilherme: aconteceu tanta coisa que acabei falando pouco da minha família, desculpa.

Isa: não tem nada que se desculpar não amor, mais eu vi que ela é importante para você.

Guilherme: muito importante. Só que ela é um pouco doidinha, não repara não, ela apareceu lá em casa do nada, sem avisar e ainda com aquele cabelo vermelho - dei um sorriso e a Isa riu.

Isa: parece ser gente boa – falou olhando ela brincar com o Gabriel, uma qualidade na minha irmã, se enturma fácil.

Quando deu mais ou menos umas 21:10 o pessoas começou a chegar, quando o Bruno chegou a Rafaela pulou no pescoço dele e a Jaci ficou olhando com uma cara de morte.

Bruno: doidinha – ele a chamava assim – quanto tempo, saudade de você!

Rafaela: vim ver vocês né, vocês não vão para lá nem amarrado.

Eu vi quando a Isa chegou perto dela e falou alguma coisa sobre a Rafaela, e a expressão no rosto dela melhorou. A Isa apresentou a Rafaela para todos que tinham chegado. A campainha tocou e a Isa foi atender, quem apareceu foi a Mari com o Caio e os pais deles, o Gustavo não tinha chegado ainda, eu pude escutar quando a Isa perguntou por ele, eu subi as escadas e fui para o quarto dela me acalmar um pouco e não voltar a brigar com ela, passou uns 10 minutinhos que eu estava lá, a Isa apareceu.

Isa: o que foi dessa vez? – ela falou chegando perto de mim, e sentando do meu lado.

Guilherme: nada não amor.

Isa: eu te conheço, vamos lá, pode começar a falar – ela me olhou mais viu que eu não falei nada – eu sei que você ouviu eu perguntando pelo Gustavo, mais ele falou que iria vir.

A abracei de lado e dei um beijo na bochecha dela.

Guilherme: você tem certeza que fez a escolha certa?

Isa: claro que eu tenho certeza, eu te amo Guilherme, mais quero todos que fazem parte da minha vida aqui comigo hoje.

Guilherme: tudo bem, vamos esquecer o Gustavo um pouco - falei pegando a caixinha com as alianças – era para ter te entregado antes, mais aconteceu tantas coisas que não deu - falei abrindo a caixinha e pegando a aliança menor e colocando no dedo dela, os olhos dela brilharam e ela pegou a aliança maior e colocou no meu dedo, nos beijamos por um bom tempo.

Isa: são lindas Guilherme, amei . – disse olhando para a mão dela.

Guilherme: tem mais um presente para você – falei entregando o embrulho.

Isa: adoro esse perfume, é o que eu sempre uso, mais não achei mais para comprar, onde você achou?

Guilherme: tenho meus contatos- falei rindo e ela riu também.

Isa: espero que esse “contatos” – falou fazendo aspas com as mãos – não seja do sexo feminino – falou e riu.

Guilherme: ciúmes?

Isa: claro.

Descemos e ela foi conversando com todos, a campainha tocou de novo ela estava na cozinha conversando com um pessoal, então eu mesmo fui atender. Quando vi quem era, preferi não ter aberto.

Calma Guilherme, você disse que não ia ter ciúmes! – fiquei pensando nisso e sorri como se ele fosse um querido para mim.

Guilherme: oi Gustavo, entra a Isa esta na cozinha e presumo que você sabe onde fica.

Gustavo: sei sim, obrigado Guilherme – ele ia entrando mais eu o puxei pelo braço.

Guilherme: nada de ir com gracinhas para cima da Isa ouviu?

Gustavo: tudo bem. – soltei o braço dele e ele entrou.

Voltei perto da Rafaela que estava como se estivesse na própria casa, e como se conhecesse todos ali há muito tempo.

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Rafaela - irmã de Guilherme