Mr. e Mrs. Jackson escrita por Beatriz Costa


Capítulo 21
Entre marido e mulher não se mete mesmo a colher!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!
Fiquei sem net.... e com pregiça!
Mas aqui está ao capitulo.



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PDV Annabeth

Consegui sair do restaurante, sem que Percy me apanhasse. Me enfiei em meu carro e saí dali o mais rápido possível. Não sabia era para onde iria agora. Mantive os olhos na estrada. Com tantos pensamentos, era bem capaz de causar um acidente. Foi quando meu celular tocou. Hesitei um pouco em atender. Seria Percy? Atendi para tirar as dúvidas.

- Annabeth Chase.

- É a segunda vez que você me tenta matar.

- Não chore, foi só uma bombinha.

- Quero que você saiba que estou indo para casa queimar todos os presentes que te dei.

Dei um sorrisinho e acelerei.

- Chego lá primeiro que você, amor. – e desliguei o celular na cara.

PDV Percy

A vaca desligou o celular na minha cara!

Se ela pensa que vai chegar primeiro, está muito enganada. Tornei a ligar-lhe. Sim, eu sei que não bato bem da cabeça.

- Você já chegou? – direta ao ponto sem nenhum “oi” com aquela voz sexy.

- Quando nos conhecemos, qual foi a primeira coisa que você pensou?

Silêncio. Ela não esperava por esta.

- Diga você primeiro.

Ah não. Eu estou farto dessa sacanagem toda. Nosso casamento foi uma sacanagem, um jogo. E por uma vez eu queria deixar isso de lado.

- Eu pensei… eu pensei que você era uma deusa, uma Afrodite. Não sei o que dizer.

- Porque me está dizendo isso agora?

- Acho que no fim começamos a pensar no inicio. Só achei que devias saber.

Annabeth nada disse.

- Então e você?

- Eu pensei…- ela fez uma pausa. Meu coração tamborilava. – Eu pensei que você era o mais bonito disfarce que alguma vez vi.

Balancei a cabeça, com um sorriso murcho. Já devia esperar por essa resposta.

- Era tudo trabalho, então?

- Desde o inicio. Tudo calculado ao pormenor.

- Obrigado. Era tudo o que precisava ouvir.

Desliguei o celular. Minha armadura de volta ao sitio. Tinha um trabalho para fazer. Pisei fundo no acelerador.

PDV Annabeth

Uma deusa. Ele disse que eu parecia uma deusa. Afrodite para ser mais exata. E depois de tantos anos juntos é que ele me diz isso.

Isso era demais para mim. Eu já não sabia se era real ou apenas uma armadilha.

Pisei fundo no acelerador.

PDV Percy

Lar, maldito lar. Fiz a última curva praticamente voando. Quando estava prestes a entrar no acesso á garagem, vem Annabeth com o seu carro contra o meu.

Essa mulher É louca!

Deixei o carro de qualquer jeito e corri em direção á entrada. E advinhem… a porta estava trancada! Tentei abrir mas nada resultou. Foi quando ouvi alguém falar meu nome.

- Ei, Percy.

Era Grover. Má altura para conversas.

- Ei, Grove.

- Estás bem? – é normal que ele perguntasse isso, quando vê o seu vizinho a espreitar pelas janelas, como se fosse ladrão.

- Sim.

- Ok. Já agora, seu carro está estacionado fora do passeio.

- Obrigado Grover. – vá-se embora logo de uma vez.

- Passe uma boa noite.

- Boa noite. – gritei já das traseiras.

Teria de tentar arrombar a porta das traseiras, se Annabeth não a tivesse acabado de trancar. Digam lá se não sou um cara sortudo. Annabeth estava com uma submetralhadora nas mãos. E, não acredito que vou dizer isso, mas estava de meter medo.

Consegui entrar pela janela e com a rapidez de uma sombra ir até ao meu escritório, abrir um compartimento secreto na parede, e tirar de lá um pistola, devidamente silenciada. Depois fui para o corredor.

Estava tudo calmo, silencioso, ás escuras – e assustador.

Ao chegar ao final do corredor, parei. Vai que ela aparecia de repente? Precisava saber se as escadas para o andar de cima estavam ocupadas. Peguei em um porta retrato e utilizei como espelho. O que se revelou uma péssima ideia. Annabeth estava nas escadas á minha espera. Ela disparou contra a parede uma, duas, três vezes e ia-me acertando se não me tivesse baixado a tempo.

- Ainda está vivo, amor?

Fingi que tinha sido atingido, dando um gemido de dor. Logo aproveitei o buraco na parede para disparar. Ela veio a rolar escada abaixo, mas logo tornou a disparar contra a parede enquanto eu recarregava a arma e saía do corredor.

Nos tornamos a encontrar no corredor, eu andando em sua direção, ela deslizando pelo chão até á parede. Sempre aos disparos.

Logo tratei de ir para outro lugar, mas como a sorte não gosta de mim, derrubei um bibelô, que revelou a minha localização.

Mais disparos vieram em minha direção, que eu revidei claro, e que me levaram para a cozinha. Me protegi com a porta da geladeira e me baixei atrás do balcão. Tirei da gaveta uma daquelas facas de os talhantes usam para partir a carne e atirei em direção a Annabeth, acabando por se fincar na porta. Reparei que o forno estava mesmo no meu lado e tive então a brilhante ideia de deixar o gás sair provocando  - assim que ela disparasse – uma explosão. Mas antes resolvi provocar um bocadinho.

- A sua pontaria é tão má como sua comida, querida! Isso é para não dizer pior!

Acho que resultou, porque ela veio com tudo.

BBBUUUMMM!!! A cozinha foi parcialmente pelos ares. Annabeth acabou por cair com a explosão e eu parti para cima dela ao pontapé a empurrando contra a parede. Mas cara ela foi rápida me dando o troco.

PDV Annabeth

Empurrei Percy com toda a força contra a mesa do corredor, tentando lhe acertar na cabeça com um vaso – nunca gostei daquele vaso mesmo - que ele defendeu. Ele praticamente pegou em mim e me atirou por cima da mesa de jantar partindo cadeiras. – Vá lá querida. Vem ao papai.

No chão há minha frente estava uma jarra de vidro que enrolei na toalha. Me virei e acertei-lhe na cara o pondo desorientado. Pus a toalha á volta de seu pescoço e lhe dei uma cabeçada forte seguida por um empurrão com o pé contra o armário da sala, o vidro caído em cima dele.

- Quem o papai agora?

Corri em direção á sala de estar tentando pegar minha arma, mas ele conseguiu desvia-la com os pés. A partir daí foi só socos e pontapés. O derrubei no chão me pondo em cima dele e dando socos naquele rostinho. Ele conseguiu nos virar me prendendo em baixo dele e tentando me sufocar. O puxei pela gravata e coloquei meus braços ao redor se deu pescoço tentando lhe fazer o mesmo. O maldito me pegou pelas coxas – minhas pernas estavam em volta de seu quadril – se levantou comigo e me empurrou com força contra o relógio de parede, daqueles meio antiquados e depois contra um espelho me deixando sentada em cima do móvel.

Ambos estávamos ofegantes e cheios de arranhões. Percy afrouxou o nó da gravata.

Tornei a acertar-lhe na cara com um objeto qualquer e me atirei para cima dele, lhe dando cotoveladas e socos. Acabamos por cair no sofá virado de pernas, ainda aos socos comigo em cima dele. Ele inverteu as posições me puxando pelos cabelos e se levantou. Continuou me dando pontapés, até que eu acertei com o pé no seu amiguinho. Ele gemeu de dor e caiu ao chão. Nos tornamos a levantar, ofegantes. Olhamos em volta e vimos nossas armas. Como se fosse planejado, saltamos ao mesmo tempo e pegamos nossas armas e ficamos frente a frente, apontando um ao outro.

Ficamos a olhar um para o outro. Era o final. Mas aí Percy fez o que não esperava: baixou a arma.

- Não consigo.

Olhei para ele confusa, com a arma ainda em punho.

- Se deixe de merdas. Acabe logo com isso.

Eu estava ficando nervosa.

- Você quer? Estou aqui. Sou todo seu.

Tenho de admitir: mues olhos estavam ficando lacrimejantes, e eu era capaz de chorar a qualquer momento.

Não podia matá-lo. Não conseguia.

Percy veio em minha direção, tirou minha arma das mãos e me beijou. Um beijo demolidor, selvagem.

Ele rasgou minhas roupas. Fiz o mesmo com as dele. O que ainda estava em pé ficou destruído. Eramos dois assassinos. Rendidos um ao outro.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam por favorzinho!