Peg and Luck - Nothing Is Impossible escrita por AzeVix


Capítulo 3
Capítulo 3: Ian Estragaprazeres


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Depois de eras já estava mais do que na hora de eu aparecer neh? Bom, resolvi postar hj pois é um dia especial pra mim (ficar velha é foda ¬¬). Espero que gostem.



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- Ah, oi Harry. – o cumprimentei com um sorriso e joguei umas frutinhas na boca. Harry era um dos poucos adolescentes dali, tinha dezessete anos, cabelos curtos e pretos, olhos castanhos, magro porem forte, um pouco mais alto que eu e bem bonitinho tenho que admitir. Já faz um tempo que ele entrou para o grupo de caça, por isso ele não tem andado muito com a gente como costumava fazer.

- Ei Coly. – ele comprimento minha amiga com um sorriso maior no rosto.

- Oi Harry. Como está indo o seu treinamento na caça? – perguntou Coly logo puxando assunto, ele sorriu antes de começar a falar.

- Tô lá fora! – falei simplesmente saindo de perto, eu sabia que a Coly tinha uma caidinha por ele, o problema é que eu sempre estou perto quando eles se encontram, por isso eu tento me afastar um pouco para que a Coly pudesse conquista-lo e para que eles pudessem se conhecer. Eu achava sim ele bonitinho, mas ele não era pra mim eu sabia disso.

Sai novamente para o calor do sol, sentei debaixo de uma arvore enquanto observava o pessoal, alguns carregavam lenha, outras carregavam cestas de roupas, algumas mulheres costuravam alguma coisa, alguns dos caçadores treinavam a pontaria em uma pobre arvore... diferentes coisas, mas havia algo em comum, todos mantinham um sorriso no rosto.

De pessoas não havia muitos, uns vinte no total, talvez menos não sei. Mas quando se trata de animais eu sei tudo, temos cinco cavalos e a única égua machucou a perna e a ferida infeccionou, tenho cuidado dela desde então. E temos dois cachorros, um macho e uma fêmea que ajudam na caça e temos dois filhotinhos de cães que ficam com as crianças da aldeia.

Todos aqui trocam seus trabalhos de poucos em poucos dias, mas eu fui encarregada de cuidar e tratar de todos os animais, pois eu não dava certo em nenhum outro serviço. Já me colocaram pra fazer comida, queimei tudo; me colocaram pra caçar, sou horrível de pontaria; me colocaram pra catar lenha, fui picada por uma cobra e fiquei cinco dias de cama; me colocaram na área de costura de peles, furei todos os meus dez dedos e não me pergunte como consegui fazer isso; me colocaram para buscar agua, derramei o maldito balde umas cinquenta vezes seguidas...

 Então vou resumir... A única coisa que eu faço é tratar dos animais, mas eu faço o serviço completo. Dou banho em todos eles, cuido quando se machucam, ensino alguns truques e dou agua e comida. Tem mais um motivo para eu ser a encarregada de cuidar deles, eu tenho mais afinidade com eles, todos eles ficam diferentes perto de mim comparado a quando eles ficam perto de outros da aldeia. Não sei explicar como, eles simplesmente ficam diferentes comigo e as vezes eu sei o que eles querem me dizer. E eu amo todos eles.

Sai dos meus devaneios quando senti alguém se sentar ao meu lado. Me virei e dei de cara com o chato e irritante do Ian. Ele tinha cerca de uns vinte anos e era alto, cabelo curto e preto, olhos cor de mel, musculoso e com a pele morena, pessoalmente eu acho ele muito bonito. Mas do que vale a beleza se ele é arrogante, sem educação, folgado e metido? Desde os meus doze anos de idade ele vem tentando dar em cima de mim, eu já tentei deixar bem claro que eu não tenho qualquer interesse por ele, mas ele também é o maior cabeça dura que eu já conheci e não desiste de mim, uma coisa que eu sempre peço aos espíritos para que aconteça. E só pra deixar bem claro... eu odeio ele.

Ele sorriu gentilmente pra mim, fiz uma careta virando a cara e jogando mais umas frutinhas na boca.

- Bom dia pra você também, Peg. – disse ele rindo.

- Bom dia. – respondi a contra gosto e sem emoção nenhuma, novamente ele riu me deixando mais incomodada com a sua presença. Além de ser tudo aquilo que eu disse antes, ele também era muito convencido.

- O que vai fazer hoje? – perguntou ele se acomodando mais na arvore, correção chegando mais perto de mim, me arrastei um pouco pra longe dele.

- Vou trabalhar. – respondi fixando meu olhar em uma pedra a minha frente que me pareceu ser muito interessante de repente. Depois de alguns segundos senti ele passar um braço pelos meus ombros, me desvencilhei rapidamente resmungando. – Para com isso Ian! Que saco! – ele me ignorou sorrindo e se aproximando mais de mim.

- Você gosta de mim Peg. Admita. – ele disse com a voz calorosa e se aproximando mais de mim. Bufei, mas ele me ignorou se aproximando mais um pouco. – E a noite? O que vai fazer? – ele perguntou com a voz suave, me virei em sua direção e fixei meu olhar em seus olhos cor de mel, suspirei tentando me controlar para não dar um soco nele ali mesmo.

- Eu não tenho planos para essa noite. – respondi rapidamente, mas me arrependi, eu devia ter mentido. Se bem que eu não tinha planos para mim essa noite, mas tinha planos para a minha miga e já faz tempo que eu ando planejando isso pra ela.

- Bom... que tal fazermos alguma coisa? Juntos. – propôs ele se aproximando um pouco mais. Senti seu hálito envolver meu rosto, era doce e fresco, me lembrou um pouco de um campo aberto, me senti um pouco tonta quando senti o cheiro inebriante da sua pele. Suspirei tentando recolocar meus pensamentos em ordem, mas eu só pensava no cheiro dele, na nossa proximidade.

- Ian, eu não... – eu queria dizer, pela milésima vez, que eu não queria nada com ele e que ele tinha que me esquecer de uma vez por todas, mas ele me impediu de dizer qualquer coisa ao se inclinar para mim e pressionar seus lábios nos meus.

Eu fiquei sem reação, nunca havia sido beijada por alguém antes e ele me olhou calorosamente com seus lábios ainda nos meus, eu queria me afastar dele, mas algo em mim mesma me impedia de fazer isso, senti uma coisa estranha se apoderar do meu ser e uma felicidade estranha preencher meu corpo enquanto eu fechava os olhos.

Eu só sentia seus lábios macios começando a mexer lentamente em minha boca, ele nunca havia feito uma coisa dessas comigo ou qualquer tipo de contato físico, mas eu tenho que admitir, era bom, muito bom. Logo eu estava correspondendo ao seu beijo movendo meus lábios em sincronia com os seus sem me importar com mais nada a nossa volta só com as sensações totalmente novas que tomaram conta do meu corpo. Senti ele rir em meus lábios antes de uma de suas mãos pressionar a base das minhas costas me puxando mais para perto de si. Num movimento involuntário eu deixei a minha boca entreaberta e em segundos ele passeou a língua por todas a extensão dos meus lábios, foi somente quando as nossas línguas se encostaram que eu voltei para a realidade e abri os olhos.

Era o Ian que estava me beijando! Tinha que ser justo o Ian?! E eu estava correspondendo ao beijo dele? Esses pensamentos fizeram o meu estomago revirar. Eu não podia ter deixado isso acontecer! Eu não podia ter correspondido!

Numa forma meio desesperada eu tentei empurrar seu peito enquanto me afastava rapidamente.

- Para Ian! – gritei pois ele ainda me segurava com seus braços.

- A cinco segundos atrás você não estava reclamando. – disse ele debochadamente enquanto eu tentava sair do seu abraço.

- Você me pegou de surpresa! – gritei desvencilhando das suas mãos que tentavam seguras as minhas. Eu não podia negar, eu tinha gostado do beijo, mas foi errado eu ter beijado ele. Eu não o amo, eu tinha certeza, mas mesmo assim eu queria de alguma forma que ele me beijasse de novo. Eu apenas desejava seus lábios nos meus mais uma vez. Será que foi isso? Eu o desejei? Ou eu ainda o desejo? Desejava seu corpo colado ao meu? Desejava poder sentir seu cheiro e seus macios lábios?

Eu não podia fazer isso com ele, não podia fazer isso comigo mesma, meu corpo pode querer o dele, mas minha alma não. E é isso que conta, quem tiver minha alma terá também o meu corpo e o Ian não é esse alguém, e nunca vai ser. Eu não pertenço a ele e jamais irei pertencer.

- Essa é a desculpa mais esfarrapada que eu já ouvi. – murmurou ele me puxando para mais perto de si.

- Me solta! – exigi tentando me soltar, mas ele me segurou com força, suas mãos eram duras e rudes enquanto apertava o meu pulso.

- Não, você me quer Peg. Eu sei, você me deseja tanto quanto eu te desejo. – ele falou, dessa vez sua voz não estava mais suave, era grossa, rude e fria, olhei em seus olhos com raiva. Consegui me debater mais e finalmente soltei uma das minhas mãos que usei para lhe dar um tapa na cara.

Ele me soltou instantaneamente e pressionou uma mão aonde eu havia batido. Vi sua bochecha ficar cada vez mais vermelha.

- Nunca mais coloque as mãos em mim! – gritei com ele me levantando e lhe dando as costas.

- Eu ainda vou te ter Peg! Você será minha! – o ouvi gritar atrás de mim, a raiva se apoderou de mim mais uma vez e eu me virei pra ele.

- Nunca serei sua! Ouviu bem? Nunca! E se você tentar alguma gracinha comigo novamente eu vou cuidar para que você nunca poça ter filhos! – o ameacei estreitando os olhos e lhe dei as costas sem lhe dar a chance de responder e me dirigi ate os estábulos.


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Notas finais do capítulo

Espero q tenha algumas pessoas lendo isso. ><
Kiss and bye
Vou TENTAR naum demorar com o proximo cap



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