– De volta ao lar.- Edward sorriu me carregando para dentro de nossa antiga casa. Eu amava New Hampshire, as pessoas daqui, minha casa, e assim que Edward me colocou mo chão, suspirei feliz. Estava tudo do mesmo jeito, cada coisa em seu devido lugar.

– Não acredito que estamos de volta! Ah, minha casinha!- Falei feliz, e eu e Edward rimos. Me sentei no sofá, com um sorriso bobo nos lábios, e depois que Edward guardou todas as nossas coisas- não adiantava argumentar com ele, pois nunca me deixava fazer nada- ele veio para a sala, e se sentou ao meu lado no sofá.

– Isso é seu..- Estendeu meu celular.- Você esqueceu com a Alice. E ela me mostrou as fotos.

– É, eu imaginei que ela tivesse mostrado.- Respirei fundo.

– Tanya tinha pego meu celular enquanto fui caçar, e... Bom, o resto você já sabe.- Falou suspirando.

– Vamos deixar isso no passado, Edward. Sinto muito por ter pensado que você me traiu, mas agora eu quero deixar isso tudo de lado. Estamos de volta..

– Sim, estamos.- Colocou os braços ao redor da minha cintura, e cobriu meus lábios com os dele.- E eu juro que eu nunca vou te deixar Bella, nem fazê-la sofrer..- Me puxou para mais perto.

– ..Eu sei.- Sussurrei levando minha mão aos seus cabelos.- Eu amo você.- Acariciei seu rosto, e Edward pediu passagem com a língua, quando o beijei, que eu concedi prontamente.

Suas mãos moviam-se carinhosamente pelo meu corpo, e seguraram fortemente minha cintura. Fechei os olhos, sentindo elas entrarem por dentro de minha blusa, e depois tirá-la. Eu não estava conseguindo me concentrar em nada, apenas no meu marido. Meu vampiro, que eu amo incondicionalmente..

Ele me levou até o nosso quarto, me deitando delicadamente na cama, como se eu fosse feita de cristal. Ainda com os olhos fechados, deixei que ele explorasse o quanto ele quisesse, sentindo cada beijo e cada toque indo por todo o meu corpo, causando-me arrepios de prazer.. À essa altura, minha calça jeans estava em algum lugar do quarto, e eu abri os olhos, invertendo nossas posições. Acariciei seus braços, subindo minhas mãos lentamente até seus ombros largos, beijando seu pescoço. Tirei sua camisa, passando a mão pelo peito forte, depois descendo por sua barriga, beijando cada lugar que eu tocava. Ele me ajudou a tirar o resto de suas roupas, e me puxou de encontro ao seu corpo com cuidado, pois sua pele é muito gelada.

Nos amamos sem pressa, pois afinal quem ama, não conhece essa palavra. Deve curtir cada segundo ao lado daquele por quem você faria qualquer coisa. E por mais que às vezes seja difícil de acreditar que Edward tenha se casado comigo e que me ama, como eu o amo, eu nunca poderia reclamar de tê-lo. Ele é a pessoa que eu mais respeito e amo nessa vida. E se eu morresse, na próxima vida, talvez eu o amasse mais do que agora.

Abri os olhos lentamente, encarando o teto. Não, não foi um sonho! Eu estava em casa, e meu Edward estava ao meu lado, pois quando virei o rosto, o vi sorrindo lindamente para mim. Meu coração bateu frenético com o sorriso, e eu respirei fundo, esticando a mão preguiçosamente até seu rosto, e quando cheguei mais perto para me aconchegar em seus braços, notei com uma certa surpresa que ele ainda não estava vestido.

– Oi..- Sussurrei bocejando.

– Oi. Sonho agitado?- Perguntou acariciando meu rosto, e deslizou o nariz do canto de minha boca, até minha clavícula.

– O que eu falei?

– Nada, mas se contorceu algumas vezes, como se algo a machucasse.- Sussurrou me ajeitando no círculo de seus braços. Era muito bom, poder me aconchegar nele.

– Não me lembro de ter sonhado. Que estranho. Acho que é porque estamos de volta.- Falei, escondendo meu rosto em seu ombro.- Estou tão disposta, que só levanto daqui amanhã.- Brinquei.

– Tem que se levantar, amor. Vou preparar algo para comer.- Ele ia se levantar, quando o abracei com mais força.

– Não, não estou com fome agora. Fica só mais um pouquinho.- Falei manhosa, e ele riu.

– Hmmm, como minha esposa é carente, e preguiçosa..- Beijou a ponta do meu nariz, me fazendo sorrir.

Ficamos um bom tempo ali, abraçados, e depois fomos ver TV, que passa um programa qualquer. Estávamos deitados, ele me abraçando por trás e beijando meu pescoço, enquanto eu tentava assistir televisão. Mas quem conseguia pensar em algo tão estúpido como a TV, quando alguém tão perfeito está te acariciando e te beijando, e te deixando maluca com seus lábrios frios e mãos ágeis?´

Senti as mãos acariciando minha barriga, e quando iam chegar aos seios, o meu celular tocou. Paramos, irritados, e me estiquei minha mão para pegar o celular, que estava no chão, por algum motivo.. Atendi sem nem mesmo ver quem era.

– Alô?- Atendi.

– Bella? É Alice.- Minha cunhada falou. Sua voz era triste.

– Oi Alice. Aconteceu alguma coisa?- Perguntei.

– Não.. Ainda não. Posso falar com o Edward? O dele deve estar desligado, porque não consegui falar antes..- Pediu calmamente.

– Ah, vou passar pra ele.- Estendi o celular para Edward, que assim que colocou o celular na orelha ficou sério. Sério demais..

– Nada?- Perguntou à irmã, e fez uma careta.- Tudo bem, Alice. Eu... Vou resolver isso. Só preciso de algumas respostas.. Tchau.- Falou e desligou rápido. O olhei com a sobrancelha arqueada, mas ele deu um sorriso fraco, beijou minha testa e se levantou.- Vou lhe trazer algum alimento.- Saiu do quarto, indo em direção à cozinha.

Fiquei no quarto, encarando o teto confusa. O que Alice poderia ter dito, que deixou-o assim de repente? Suspirei pesadamente, e tombei a cabeça de lado, preocupada.. Passei a mão pela barriga, e respirei fundo. Estava com um pressentimento ruim. Eu posso sentir que algo vai dar errado.. E talvez seja esse o motivo de Edward estar assim. Pensei em ligar de volta para Alice, mas foi quando meu marido voltou, dando um sorriso fraco e colocando uma bandeja em cima da cama. Tinha um prato de comida ali, frutas e suco. Lhe dei um selinho para agradecer, e depois ele saiu do quarto novamente.

Como eu poderia falar com ele sobre o assunto que parecia tanto incomodá-lo, se ele não fica perto. Parece tão distante, sério, chateado... Eu queria tanto saber o que se passa aqui! Não é justo eu ser humana, e ainda ficar por fora de qualquer assunto, que seja relacionado à mim.

– Edward?- O chamei alto. Em questão de segundos, ele estava no batente da porta.- O que está acontecendo?

– Nada, Bella.- Falou rápido demais.

– Não minta pra mim, nem insulte minha inteligência. Sei quando tem algo errado.- Falei irritada, e me levantei.

– Está tudo bem, amor. Vá comer..- Falou respirando fundo.

– Tem haver comigo? Com sua família? O que está acontecendo?- Soltei as perguntas.

– Alice me disse que você está grávida.- Falou sério. Gelei no lugar.- Me disse que consegue ver, não claramente, que você corre perigo..

– Que tipo de perigo?- Ousei perguntar.

– O tipo que envolve os Volturi.- Engoli em seco. Edward já havia me falado deles.- Bella, eu preciso saber exatamente o que está acontecendo com você. Eu não sou humano. Então, provavelmente, o bebê também não será..- Falou cuidadoso.

– Ah.. entendi.- Falei.

– Alice não consegue ver nada relacionado ao bebê, e precisamos conseguir o máximo de informações possível para podermos ter algum argumento, se dermos de cara com os Volturi.- Explicou, acariciando meu rosto. Uma lágrima caiu pelo meu rosto, e ele a secou.- Não vou deixar que nada aconteça à você ou ao nosso filho.- Falou me passando confiança, e sorrindo. O modo como ele disse nosso filho me deixou emocionada....

Não conversamos muito sobre esse assunto depois disso... Passei a maior parte do tempo sozinha no quarto, enquanto Edward ficava no notebook, e ao telefone falando com Alice, ou Carlisle. Ele não parecia irritado, nem mesmo triste com nada disso. Só preocupado, e muita coisa, comigo e com nosso bebê. Me perguntei como, e q isso iria acabar, e tentei me deitei para tentar dormir, e fugir dessa nova situação assustadora. Só de pensar nos Volturi, eu tremia..