Garota Do Rock. escrita por Benny


Capítulo 1
Problemas escolares.


Notas iniciais do capítulo

Esse é só o primeiro capítulo, então sejam bons comigo. Deixem reviews me dizendo onde posso melhorar.



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O dia amanheceu diferente naquela terça-feira monótona em que a nossa história começa, havia uma neblina cinza e impenetrável dificultando a visão e o trafego em boa parte da cidade de Detroit. Ninguém pareceu ter acordado feliz num raio de quilômetros, os poucos carros que se atreveram a sair de casa enfrentavam longos engarrafamentos e os habitantes mal eram vistos nas ruas, ou se precisavam enfrentar a neblina jogavam capuzes sobre a cabeça e protegiam cada parte do corpo que estivesse à mercê do frio cortante.

Foi isso que Jane Marshal fez quando saiu de casa quase uma hora antes para ir à escola: ela usava seus costumeiros jeans pretos e um casaco com o capuz cobrindo boa parte do rosto e dos longos cabelos escuros, além do All-Star velho e surrado. Tinha o Mp4 ligado quase no volume máximo, e ia cantando um trecho de Hey, Cruel World, do Marilyn Manson, enquanto observava o ônibus vazio percorrendo as ruas cobertas por aquele véu cinza assustador. Escutar Nirvana no volume máximo a impedia de pensar em tudo que ela vinha enfrentando ultimamente, e principalmente no fato de que estava indo mal demais na escola: o diretor havia lhe dito semana passada que se suas notas não melhorassem ela não podia continuar no programa de bolsas. Jane ainda não contara nada pra mãe, que teria um infarto se soubesse que ela estava prestes a ser expulsa da escola, e ter que mentir sobre isso estava lhe deixando terrivelmente culpada.

Além disso havia seu pai, que com certeza estaria mais preocupado com as doses de uísque e as dezenas de amantes do que com o futuro escolar da própria filha. Suspirou derrotada, sentindo o celular vibrando no bolso da calça segundos depois.

Quando olhou o identificador de chamadas sentiu vontade de não atender, mas isso seria a desculpa perfeita para Peter enchê-la com ligações até a escola. Desligou seu Mp4 e atendeu o telefone:

– Alô. – falou, soando fria demais pro seu próprio gosto.

– Ahã, oi Jane. Está indo pra escola? – a voz de Peter parecia cansada e surpreendentemente entristecida. Jane torceu para que ele estivesse arrependido de tudo pelo menos.

– Devo chegar em 15 minutos, e espero sinceramente que você não esteja me esperando no ponto de ônibus. Nossa última conversa, ou melhor, nossa última discussão ainda está muito fresca em minha mente.

Ele gemeu baixinho do outro lado da linha, parecendo ter sido nocauteado por um golpe de direita de algum lutador de MMA.

– Eu gostaria de conversar, dessa vez conversarmos de verdade. Eu queria poder resolver toda essa confusão. Sinto sua falta.

Jane manteve-se forte, apesar de algo no seu interior estar gritando para que dissesse a Peter que ela ainda o amava. Esperou alguns segundos, formulando as palavras certas, e falou:

– Podemos nos encontrar no parque atrás do hospital depois da aula. As 15:00 horas.

– Ok, depois da escola eu te encontro lá. Pode deixar. – ele soava como uma criança do qual o Natal havia chegado mais cedo. – Obrigado por mais essa chance, Jane.

– Ainda não é uma chance, Peter. É uma tentativa de conversa, ultimamente novas chances não fazem mais parte da minha vida.


O ônibus parou no ponto em frente a sua escola quase 10 minutos depois, e ela foi a única a descer. Tornou a ligar seu Mp4 e jogou a mochila nas costas quando, inesperadamente, alguém surgiu como se por mágica ao seu lado.

– Nós estávamos te esperando há quase 10 minutos, Phill estava com medo que algum assassino vindo da neblina nos atacasse.

Jane sorriu abertamente quando percebeu as únicas duas pessoas com quem gostaria de conversar se aproximando dela. Lizzy e Phill, seus únicos amigos em toda a escola.

Baby, – falou Phill, usando mais gel do que seu cabelo conseguia suportar e uma calça tão apertada que ela imaginou se ele conseguia andar com aquilo. – Eu sei que você adora esse clima de terror Stephen King, mas eu não quero ser sugado por algum monstro primitivo saindo desse nevoeiro. Vamos pra escola logo.

– Você é muito exagerado, Phill. – debateu Lizzy, uma menina negra baixinha e um pouco acima do peso. - Nenhum monstro vai te comer com esse monte de gel que você passa no cabelo, seu gosto deve ser horrível.

Jane quase gargalhou após esse comentário e segurou Phill e Lizzy em cada um dos seus braços, olhou pro alto e já conseguia vislumbrar a escola após algumas curvas logo em frente, e os três realmente pareciam ser os únicos ali naquele momento.

Mas nesse momento Jane finalmente sentiu-se feliz.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram por favor, deixem reviews. E se não gostaram digam onde posso melhorar.



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