Minha Kate escrita por judy harrison


Capítulo 7
Estupro


Notas iniciais do capítulo

Logan estava louco, e começou a perder a razão. Kate era para ele um vício. E ele estava cego a qualquer verdade que incluísse não tê-la para si.



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Então seis meses se passaram.

Marina precisou fazer uma viagem. Já estava tão acostumada com sua enteada que a convidou para ir com ela. E Kate ficou feliz.

_  O que vocês fazem nesses encontros?

_ Nos vamos realizar palestras sobre produtos de beleza dessa empresa em que eu trabalho. Como as vendas em catálogos tem sido um sucesso, vamos tentar vender em outros estados, pessoalmente. Você poderá ser minha assistente. O que acha?

_ Eu ia adorar! – disse eufórica – Será que meu pai vai deixar?

_ Bem, eu não acho que dirá “sim” de imediato, mas eu vou tentar convencê-lo. Será bom pra você se conhecer outros lugares, outras pessoas... Desde que chegou aqui você só sai para os cursos e ele está sempre com você. Precisa conhecer outras pessoas, rapazes... Entende?

As duas riram uma para a outra.

Mas alguém que escutou a conversa não estava feliz. Era Logan.

Ele apareceu quase que possesso.

_ O... O que significa isso? Marina, o que pensa que está fazendo?

Sem notar o quanto Logan estava nervoso, Kate foi até ele animada.

_ Papai, Marina me convidou para viajar com ela! Eu serei assistente dela! Você vai me deixar ir, não vai?

Logan ainda olhava para Marina como se ela tivesse cometido um crime.

_ É uma viagem de dois dias. – Marina disse, já conhecendo a resposta, mas estranhando sua ira – Eu vou cuidar bem dela.

Já percebendo que seu pai não estava nada feliz, Kate não disse mais nada.

_ Marina, posso falar com você um instante? – Disse Logan segurando o braço da esposa – Fique aqui, Kate, nós já voltaremos.

Logan a levou para a cozinha e fechou a porta. Depois a forçou a se sentar à mesa. Começou a falar inconformado, mas baixo pra que Kate não ouvisse.

_ O que eu ouvi lá... Não posso acreditar que você está colocando na cabeça dela que deve sair por aí conhecendo homens! Você está louca? Quer destruir minha filha?

_ Logan, qual é o problema? Kate logo fará dezessete anos, o que tem de mais? Meninas dessa idade namoram...

_ Não Kate! – ele ficou ainda mais irritado – Minha filha não será dessas! – Marina o encarou com descrença, e ele tentou se controlar – As meninas de hoje estragam suas vidas começando com namoros e logo engravidam... Kate ainda terá muito que pensar, tem seus cursos, será alguém na vida. É com isso que ela deve se preocupar.

_ Desde quando você ficou antiquado assim? Está exagerando com ela, Logan! Não acha que ela deve opinar também, já que se trata da vida dela?

_ Kate não sabe ainda o que é bom pra ela...

_ Ela é quase adulta, Logan! Vai querer uma filha adulta e.... boba?

Ele não poderia dizer a ela exatamente o que esperava que Kate fosse, então encerrou a discussão.

_ Kate não vai a nenhuma viagem. E ponto final!

Penalizada, Marina deu a notícia a Kate, e ela ficou arrasada.

_ Sinto muito, Kate. Eu tentei convencê-lo. Seu pai tem medo que você acabe se envolvendo em atividades que a distraia de seus cursos e de seu futuro... Eu não sei. Quem sabe da próxima vez ele permita, não é?

Kate aprendeu a acatar as ordens de Logan. Por ser completamente vulnerável ao amor dele, não o questionava. Mas aquela decisão a feriu.

Quando ele a procurou, poucas horas antes de Marina sair, ela ainda chorava.

_ Não fique assim querida! Eu vou levar você a onde você quiser! Só me diz  a onde quer ir e iremos. Vamos passear um pouco, ainda não anoiteceu.

Mas ela não queria. Disse que ia ficar um pouco em seu quarto.

Sem escolha ele a deixou, pois tinha que levar Marina para o lugar de onde sairia o ônibus que levaria seu pessoal.

Enquanto a levava o silêncio era total. E Marina já começava a achar que Logan estava com problemas. Pensou em Kate e nas consequências que ela teria com proibições sem fundamento que impediam a garota de ser feliz como mulher, e não como criança, que era como ele a tratava.

_ Procure ajuda, Logan! Você está doente por causa de sua filha, e vai estragar a vida dela com suas atitudes.

Foi o que Marina disse ao deixar o marido no carro.

Logan concordava com uma coisa: Estava doente. Mas para ele a própria Kate era sua cura, não conseguia ver nada além do que sentia por ela.

Quando voltou para casa, ficou surpreso, pois Kate ainda chorava.

Tentou pensar em palavras que pudessem confortá-la, mas principalmente que a fizesse esquecer aquela maldita viagem, e que a convencesse de que não perdeu nada por não ter ido. Ele pediu que ficasse na sala, pra que pudessem conversar.

Mesmo chateada, Kate se sentou e ficou pronta para ouvi-lo.

_ Minha querida, eu não quero que fique triste assim. Eu tenho feito tudo que posso para ver você sorrindo, e vê-la chorando me deixa muito triste.

_ Eu queria ir com ela, papai! – disse quase chorando novamente.

_ Eu sei o que acontece nessas viagens. Eu já fui com ela. As pessoas de lá só se importam em ganhar dinheiro, e se você não for um vendedor como eles, é desprezado e deixado de lado...

_ Ela disse que eu seria assistente dela.

_ Pior ainda! Você ia ter que servir ela até o momento das palestras, e então ficaria de lado como se fosse descartável. Ela só ia lembrar-se de você na hora de ir embora. Como você se sentiria com isso?

 Embora não via como Marina pudesse desprezá-la, Kate acreditou nele, como sempre.

Logan olhava para ela e estudava seus movimentos, estava prestes a se aproximar dela para ganhar aquele abraço costumeiro. Mas ele viu que havia mesmo magoado a menina, ela estava deprimida.

_ Não suporto ver você assim, minha Kate! – ele disse quase pensando.

Ele se lembrou do que Marina disse, mas distorceu suas palavras.

Olhava agora para Kate como um remédio para seu martírio.

Então ele teve uma ideia. Foi até seu quarto e pegou dois dos calmantes que Marina às vezes tomava para dormir quando tinha insônia, e levou para Kate.

_ Por que eu tenho que tomar isso, papai?

_ Já ouviu falar em remédio que cura a tristeza?

_ Não! – ela deu um pequeno sorriso.

_ Isso vai fazer com que você durma bem, sem pensar em nenhuma tristeza. Assim que você tomar um banho bem demorado, eu vou lhe dar isso.

_ Eu devo ir agora? Ainda são oito horas...

_ Sim, vá, eu vou esperar aqui. Me chame quando terminar.

Kate foi para o banheiro e tomou um banho por mais tempo que o costume. Logan estava parado encostado à porta a ouvir o barulho da água caindo. Ele adorava como a garota acatava suas ordens prontamente.

Quando ela desligou o chuveiro, ele correu para a sala e esperou que ela o chamasse.

_ Papai, eu já vou me deitar. Você vai me dar os remédios?

_ Sim. Você ainda está triste?

_ Um pouco. Mas se as coisas são como você falou, eu não ia mesmo querer ir.

_ Isso mesmo, criança! Agora tome isso e deite-se na cama. – Kate obedeceu – Agora vou lhe contar uma estorinha para você dormir.

Kate estava deitada e olhava pra ele enquanto ouvia sua voz. Mas logo seus olhos ficaram pesados e ela dormiu profundamente.

Se lembrando de que Marina acordava somente no outro dia quando tomava apenas um calmante, ele estava seguro de que Kate não sentiria nada com dois deles. Então, em sua mente obcecada pensava em tomar para si o que lhe pertencia.

Apenas por um segundo Logan pensou no que estava realmente fazendo, mas não quis parar, seus desejos eram mais fortes que ele. 


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