Minha Kate escrita por judy harrison


Capítulo 2
Kate conhece Logan


Notas iniciais do capítulo

Logan se surpreende com aquela brincadeira do destino. Kate era linda e sensual como foi sua mãe, e podia ser sua filha.



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Depois de aguardar as outras candidatas Kate seria a ultima, e foi chamada pelo proprietário da empresa que fazia pessoalmente as entrevistas.

_ Bom dia! – ela disse com um sorriso simpático, enquanto se sentava.

Mas o homem quase não respondeu, estava admirado, pois a aparência dela já denunciava sua tenra idade.

_ Olá! Quantos anos você tem?

Ela sabia que se dissesse que tinha dezesseis anos seria logo dispensada, então mentiu.

_ Tenho vinte anos? – ele ainda a encarava admirado – Mês que vem... faço vinte.

_ Seus documentos, por favor.

Ela ficou calada e não sabia o que dizer, não pensou que teria que mostrar seu registro naquele momento. Kate achava que era necessário apenas conversar e pedir o trabalho.

_ Eu... não trouxe.

_ Mas você não pode vir a uma entrevista sem documentos. Como posso registrar suas informações se não tenho nenhum dado seu?

Ela pegou um papel e uma caneta de sua bolsa e escreveu seu nome e endereço.

_ Esse é o lugar onde moro. – entregou o papel.

Ele ficou surpreso com tamanha inocência. Notou logo que além de muito jovem ela era inexperiente.

_ Esse é o endereço de um hotel. Está hospedada lá?

_ Sim. – ela abaixou a cabeça, sentindo pelo olhar que ele desconfiava de sua mentira.

Suspirando em lamento, ele disse:

_ Olha... Kate, eu não posso ficar apenas com esse endereço. E vejo que você não tem experiência nenhuma... E é mais jovem do que dezenove, certo?

Triste ela disse:

_ Eu fiz dezesseis há quatro dias. Eu estudei bastante e sei datilografar...

_ Eu sinto muito, mas não contrato menores de dezoito anos.

Kate ficou muito desapontada e seus olhos se encheram de lágrimas.

_ Mas eu preciso do trabalho! Tenho que ganhar dinheiro...

Ele ficou desnorteado com o descontrole da garota. Na verdade sentiu pena dela.

_ Vamos fazer o seguinte. Amanhã você voltará com seus documentos e então eu verei o que posso fazer por você, está bem?

_ Sim.

Ele se levantou pra que ela fizesse o mesmo e disse que a aguardaria para as oito horas da manhã.

Kate foi para o hotel e tinha esperança de conseguir algo.

_ Nem que ele me coloque como faxineira, eu vou aceitar.

Ela se lembrou do rosto dele. E ficou feliz por ele ter lhe dado uma oportunidade.

No outro dia às oito horas em ponto ela estava lá novamente. Agora falaria com o homem em sua sala.

Quando a recepcionista a atendeu ela disse que ia fazer uma entrevista.

_ As entrevistas foram realizadas ontem, senhorita. Já foi preenchido o quadro de funcionários.

_ Mas ele me pediu pra vir!

_ Deve ter havido um engano...

De repente o homem apareceu.

_ Pode deixar, Sandra, eu pedi mesmo que ela viesse. Obrigado.

Sorrindo, Kate o acompanhou até a sala. Quando se sentou, viu uma lapela na mesa e a pegou. Estava escrito o nome “George Logan” nela.

_ Esse é meu nome. – ele disse sorrindo – Então, trouxe seus documentos?

Kate teve a impressão de que já conhecia aquele nome.

_ Eu trouxe.

Ela os entregou a ele. Era a identidade e o registro de nascimento.

Enquanto ele lia os dados de Kate, ela se esforçava para saber onde ouviu aquele nome antes.

A mesma coisa fazia Logan, quando leu o nome da mãe dela.

Kate queria muito saber se teria um emprego. Então deixou o nome de lado.

_  O senhor tem uma vaga para mim? Eu posso trabalhar de qualquer coisa.

_ Na verdade, senhorita Kate, eu queria conferir seus dados e pedir que eles sejam registrados na recepção. Como você não trouxe um currículo, isso será necessário. Então veremos depois de alguns dias se surgirá alguma vaga onde eu possa encaixar você.

_ Então eu vou ter que esperar de qualquer jeito?

 Outra vez ele viu a decepção em seu rosto.

_ É assim que funciona.

 _ Mas o senhor não entende! – ele disse decepcionada e mais nervosa do que na manhã passada – Se meu dinheiro acabar... O que eu vou fazer?

Logan era um homem de bom coração, era tolerante e compreensivo, mas não sabia como ajudar Kate, porém notou que ela estava com algum problema.

_ Eu vou precisar de tempo para saber com ajudar você. Aqui em minha empresa não tem mais vaga. Mas eu posso ver com outras empresas de amigos meus que contratam menores, ok? Se você me der um tempo... Talvez dois ou três dias. E tudo que posso fazer no momento, esta bem?

Mais conformada ela secou os olhos.

_ Sim. O senhor vai me avisar quando achar alguma coisa?

_ Vou ao endereço que você deixou. Pode aguardar.

Kate tentou sorrir ao se despedir e agradeceu a ele pela ajuda.

Quando ela foi embora, o homem pasmado não acreditava que ainda podia existir pessoas tão ingênuas no mundo.

Mas ele voltou ao nome da mãe de Kate e num estalo se lembrou de quem se tratava.

A mesma coisa acontecia com Kate a respeito do nome dele.

Depois de passar todo o dia pensando em George Logan, ela se lembrou de que ouvia sua mãe pronunciar aquele nome por várias vezes. Dizia que Logan era o homem que amava e que nunca amaria alguém do mesmo jeito. Dizia também que um dia iria embora com ele. Em sua mente de criança Kate pensava que a mãe a deixaria, por que ela não a mencionava. Então agora imaginou que ela podia estar com ele.

_ Me abandonou por causa dele...

A lembrança de sua mãe a fez chorar. Lembrou-se de quantas vezes se arrumou e esperou por ela nos finais de semanas, até que entendeu que ela não voltaria mais.

Naquele mesmo momento o interfone tocou. Era ele.

_ Senhor Logan? Entre.

Quando se acomodou ele entregou a ela os documentos.

_ Você esqueceu em minha mesa, eu vim para trazer. – ele notou que Kate estava com um semblante triste, mas era diferente da outra vez – Aconteceu alguma coisa?

_ Não.

Estava claro que ela mentia.

_ Eu vim aqui também para lhe dizer que conheço sua mãe.

Kate levantou os olhos, estava agora esperançosa de saber algo sobre ela.

_ Conhece? Sabe onde ela está?

_ Não, eu a conheci há dezessete anos. Laisa Arrias era Lana. Nós fomos namorados.

_ Mas minha mãe era casada! Vocês traíram meu pai?

Ela falava com rancor, e Logan achou melhor explicar.

_ Olhe Kate, sua mãe era muito jovem quando eu a conheci. Ela não era casada. Nós ficamos juntos por seis meses apenas.

_ Eu passei parte de minha infância ouvindo seu nome. Vocês se encontravam quando eu era pequena, não é?

_ Não! Como eu disse, namoramos por seis meses, e depois eu nunca mais a vi. Eu nem soube que ela teve... você.

Com as mãos no rosto, Kate chorava, e ele entendeu seu semblante triste. Provavelmente se lembrou também do nome dele.

Logan decidiu contar a ela resumidamente sobre sua relação com Laisa, ou Lana como ele a chamava.

_ Eu a conheci num baile escolar. Fui convidado pelo diretor. Então eu a vi entre os alunos e ela era a garota mais linda de todas. Eu a convidei para dançar e então... naquela mesma noite... eu me apaixonei por ela. Ficamos juntos depois, Lana queria que eu me casasse com ela. Eu fui seu primeiro namorado. – ele parou um pouco. Kate ouvia atentamente com os olhos molhados. – Nós ficamos assim por seis meses, seis meses de paixão... E então, um dia ela me disse que não podíamos mais ficar juntos. E sem explicar o motivo foi embora. E eu nunca mais a vi.

Kate chorava e Logan sentou-se ao seu lado para consolá-la. Mas ela o encarou, agoniada.

_ Você é meu pai?


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