Eu estava feliz da vida! Tom Riddle tinha me convidado para o baile. Estava deitada na cama, rodando a varinha nos dedos e pensando em algumas coisas e minha mente parecia dividida. Eu pensava em coisas assim:(Primeiro uma voz doce e simpática) "Hey! Você não acha errado ir num baile com outra pessoa? Uma que nem conhece?! Tipo... Não sei... TOM RIDDLE? Garota, pensa só... Tem alguém no futuro que te espera, sabia? Você sabe quem? Hein?? E, essa mesma pessoa enfrentou Tom Riddle, sabia? Ele é Voldemort, idiota!" (Depois uma voz diabólica e firme) "É claro que você não acha errado não é? Harry Potter nem nasceu ainda, não é? (ao ouvir esse nome senti um aperto no coração) E ele não é Voldemort. Esqueceu que nome de quem estava no diário era "Tomy Frosty"? Acorda a memória!

Saí do dormitório para esvaziar a cabeça. Fui para a biblioteca. Pensei : "Estou parecendo a Mione..." - Parei na hora. Pensar nela também doía. Minha Best...

- CHEGA! - Berrei, perturbada pelos pensamentos, no meio da biblioteca. A mulher que Sei-Lá-O-Nome me expulsou na hora. Saí e fui direto para o que era (pra ser mais exata, que iria ser) o banheiro da Murta. Fiquei lá por o que me pareceu horas, depois voltei ao dormitório. Olhei embaixo da cam, como de costume (não tinha olhado antes, fiquei impressionda demais com tudo) e achei uma bolinha com fumaça branca dentro. Era um Lembrol. Quando segurei-o nas mãos, ele ficou escarlate. Saí correndo pelo colégio inteiro derrubando coisas e pessoas por onde ia. Fui na biblioteca, com a Sei-Lá-O-Nome me fuzilando com os olhos. Achei apenas o meu livro  de Herbologia.

- Droga! - Deixei escapar, não gritando, mas um pouco alto. A mulher me expulsou de novo. 

   Voltei para o dormitório e lembrei que o baile era dali uns três dias. Ensaiei penteados  para usar com o Tom, embora não estivesse tão empolgada assim.

Já era o dia do Baile. Vesti um vestido de uma alça só, lilás e longo, de seda. O salão comunal estava diferente, cheio de gente usando cores mais vivas, no lugar daquele bolo preto de sempre. Eu estava esperando ele ao pé da escada. Logo depois, ele apareceu.

- Você...Hum...Está bonita. - Disse ele, sem jeito.

- Obrigada. - Disse, sentindo o rosto corar.

- Bom, vamos, Tay?

- Claro.

   As paredes do salão estavam cobertas de gelo cor de prata e cintilante, com guirlandas de azevinho que cruzavam o teto escuro, cheio de estrelas. As mesas das casas nã estavam lá; em seu lugar haviam várias mesinhas iluminadas com lanternas.

      Ainda não tinha comida nas travessas de ouro, apenas menus diante de cada cadeira. Peguei o meu, hesitante e olhei para os lados. Sem garçons. Dippet, dando exemplo, examinou atentamente o próprio menu, depois ordenou claramente ao seu prato:

- Peru Assado!

   E o peru apareceu. Entendendo a ideia, todos à minha volta fizeram pedidos aos seus pratos. 

   A música começou ao fim do jantar, as mesas desapareceram quando todos terminaram de comer. Tom se levantou e disse:

- Quer dançar comigo? - Perguntou ele, com um tom rosado passando por seu rosto.

- S-sim, eu vou.

   Fomos para a pista. Tocava uma música lenta e triste, que deixava um clima estranho. Dançamos duas músicas, e na terceira, Tom me beijou. Quando ele me soltou, olhei para trás e vi Valerie beijando o tal do Abraxas. Uma onda de felicidade me inundou quando vi que seus olhos brilhavam de ódio. De repente, Tom me beijou de novo, mas dessa vez me perguntou:

- Quer ser minha namorada?

Pensei: "Esse vai ser o pior erro da sua vida!"

- Sim, eu quero.

   Vi que Abraxas parecia ter peguntado o mesmo a Valerie, que ficou pálida quando ele parou de falar. Me olhou e sorriu, um sorriso tão irritante e desdenhoso quando o de Draco Malfoy. Retribuí. Sonserina me ensinou aquele sorriso.