Chapter XV: Grissom promete

Grissom estava bajulando Sara até que o celular dele toca:

- Grissom – atendeu Gil

- Grissom aqui é a Teri, tudo bom?

- Claro.

- Bom, olha, eu não quero atrapalhar seja lá o que for que você esteja fazendo agora, mas estou precisando conversar com você.

- Sobre?

- Minha irmã.

- Hein?

- É que ela está sendo ameaçada de morte.

- E...

- E que é uma longa história e não quero correr o risco de estarem gravando essa chamada.

- Desculpe, mas ela pode ir prestar queixa na delegacia. E eu somente sou um perito.

- Mas Gil, por favor, me ajuda, quer dizer: ajude-nos.

- Ela já foi à delegacia?

- Não Gil, mas... Wou, você não está querendo me ajudar, pois está com uma namorada? Gil, eu te conheço, quem é a premiada?

-Olha, ok, eu vou. Onde te encontro?

- Na minha casa, oras!

- Está morando em Vegas?

- Faz um bom tempinho. Ok, vamos nos encontrar no restaurante que tem enfrente ao Bellagio, pode ser?

- Ok. Tchau.

Fim da chamada.

- Gil quem era? – perguntou Sara

- Sara, olha nos meus olhos. – pediu Grissom trazendo o rosto de Sara para frente do seu.

- Gil...

- Só olhe.

Ela o obedeceu.

- Eu te amo, nunca se esqueça disso. Nunca. Promete?

- Prometo, mas...

- Shiii... Sar, eu prometo que nunca vou te magoar ou te desapontar, pois eu te amo. Muito.

- Gil, o que está acontecendo?

- Preciso sair. Volto mais tarde.

Ele se levantou deu um beijo na testa e a deixou sozinha pensando. De novo.

Várias coisas passaram pela cabeça de Sara sobre o telefonema e Grissom. E para o azar dele ele tinha esquecido o celular no sofá.

“Sara você não vai ver quem ligou. Porque você respeita a privacidade dele. É, isso, você respeita os telefonemas dele.” – pensou Sara – “Ai OMG, não dá pra resistir a curiosidade de ver quem ligou” – ela pegou o celular e viu quem tinha ligado. Não tinha nome, então ela discou para o número do seu celular

- Teri Miller – atendeu Teri no segundo toque.

Sara fechou o celular e logo pensou “Gil, porque você está me traindo?” ela deixou uma lágrima escorrer.

Grisson tinha chegado lá em quinze minutos. A loira já estava sentada tomando um café. Ele entrou no local e se sentou de frente para ela.

- Oi Gil – cumprimentou Teri.

- Olá Teri, o que houve? – perguntou impaciente.

- Nada. – respondeu dando um pequeno gole no seu capuchino.

- Como nada? Você me chamou aqui sem motivo?

- Quem é sua namorada? – perguntou diretamente.

- O quê? E sua irmã?

- Ela está ótima em Paris.

Grissom não estava entendendo nada.

- Grissom, vamos lá, você não é tão burro assim, aliás, você é muito inteligente.

- Teri, por que você me chamou aqui?

- Quem é sua namorada?

- Não interessa quem é, e...

- Chega ok, e você acabou de admitir ter uma namorada, então quem é?

- Teri...

- Diga quem é e eu digo o que quero, ok?

- Sara é minha namorada e...

- Chega, se essa boa samaritana não sair do meu caminho eu juro que a mato.

- O quê? – agora que Grissom não estava entendo.

- Grissom você ainda não entendeu que a história da minha irmã era só um jeito de eu te convencer você a vir me ver? Francamente achava que você era mais esperto. E Grissom eu te amo, você não entende isso? Será que vou ter que cantar Peacock?

- Hein?

- Aff

Ela se levantou e foi ao lado de Grissom, o mesmo não estava entendendo nada, ela o beijou com uma força que só Deus sabe da onde veio.

- Miller! – exclamou Grissom pensando no que acabara de ocorrer.

- Sacou agora?

- Da licença – pediu Grissom se levantando.

XXX

Sara estava tentando colocar em ordem os pensamentos.

“Ele não está me traindo... Isso Sara mentalize que ele nunca irá lhe trair... Ele me ama, mesmo eu tendo um diastema gigante entre os dentes da frente. Inspira azul e expira vermelho, isso, você delirou durante dez segundo. Só isso... Droga eu NÃO delirei e ele pode muito bem estar agora beijando aquela loira estúpida.” – pensou Sara.

Logo ela viu a tranca da porta se virar, e a porta se abriu calmamente como se não quisesse acordar ninguém.

- Como foi seu encontro? – perguntou Sara sarcástica.

- Hein? – perguntou Grissom se fazendo de sonso.

- Grissom, vamos, aposto que sua mãe lhe ensinou que mentir é feio – continuou Sara se levantando – E como vai a Teri? Bem espero, porque o que ela deseja a mim eu desejo a ela em dobro.

- Sara, por favor, olha, não é o que você está pensando...

- Ok, eu entendi – cortou Sara se levantando e indo em direção ao quarto.

Grissom segurou seu braço e a encarou.

- Sar...

- Diz – pediu Sara quase implorando.

- Desculpe – falou Grissom

- Pelo que? – Grissom não respondeu – Já entendi.

Sara se soltou dele e foi em direção ao quarto. Ela nem se preocupou em trocar de roupa ou escovar os dentes, ela deitou na cama e fechou os olhos. Depois de 10 minutos o Grissom foi se deitar, ele viu que ela não tinha trocado de roupa e provavelmente não tinha escovado os dentes. Ele se trocou, vestiu o pijama e se deitou, abraçou a Sara e sussurrou:

- Me perdoa? Ela me disse que a irmã dela estava sendo ameaçada e que precisava de minha ajuda, nós nos encontramos no restaurante em frente ao Bellagio e ela me contou besteiras e a irmã dela não esta em perigo.

Sara estava acordada, ela escutou Grissom com atenção, mas fingiu não ter escutado nada. Grissom deitou a cabeça no travesseiro e dormiu.

No meio da noite Sara teve pesadelo, ela acordou gritando. Grissom tinha acordado. Ele tentou acalmar Sara, mas foi a mesma que não ter feito nada. Nenhum dos dois conseguiu dormir de novo, mas ficaram na cama em silêncio.

Depois que “acordaram” Sara tentava ignorá-lo, a história não estava completa para ela.

Já Grissom, tentava conversar com ela, mas ela estava ignorando-o e ele não estava conseguindo de novo dizer as coisas.

No meio da tarde Sara estavam em frente a televisão tomando o quinto picolé de brigadeiro, isso estava deixando Grissom irritado.

- Sar, você está bem?

- Não fala comigo – respondeu Sara quebrando o palito do picolé ao meio.

- Quer ter uma overdose de chocolate? – pervocou.

Sara ignorou.

- Eu não queria que a Teri tivesse me ligado, eu não queria causar briga, eu não queria ter mentido para você, eu não queria ter caído no jogo dela. – lamentou Grissom.

Sara escutava tudo atentamente, ela se surpreendeu com a confissão de Grissom.

- Por que simplesmente não me disse que era a Teri?

- Tinha certeza de que ia brigar comigo, mas fez alguma diferença?

- Pra mim faz diferença.

- Você me perdoa?

- Você a beijou?

- Ela me beijou e me disse N coisas mais. – disse Grissom abaixando a cabeça.

- Nojenta – murmurou Sara se referindo a Teri.

Sara se levantou e ficou em pé na frente do amado. Ele olhou pra ela a mesma deu-lhe um tapa no rosto e se agachou:

- Você tem muita sorte – disse Sara seriamente.

Ele passou a mão no local onde Sara havia batido.

- Estou perdoado?

- Só porque eu te amo muito.

Grissom a puxou para o seu colo e a beijou.

- Acho que estou enjoada – disse Sara se levantando.