My Happy Ending escrita por Anna, bibi_di_angelo


Capítulo 3
Capítulo 3 - Esqueça. Vamos aproveitar.


Notas iniciais do capítulo

Tipo, o título não tem nada a ver com o capítulo, OK, gente? Então não fiquem tipo: "We! Vai ter ressaca!", não. Daqui a alguns capítulos vão rolar algumas coisas, e esta é apenas uma "introdução" da fic. Bem, pra quem leu o novo aviso que eu escrevi no meu perfil, ótimo. Mas, pra quem não leu, VÁ LÁ NOW! U_U



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            POV Silena

            – Não estou tão certa de que quero fazer isso. – resmunguei enquanto observava a casa de meu ex-namorado. – e, que, com sorte, eu talvez pudesse voltar a chamá-lo de namorado, sem qualquer “ex” na frente.

            Ela deu um sorriso encorajador, o que me fez respirar fundo, balançar o cabelo e arrumar a minha roupa.

            – Você está maravilhosa, Silena. Vai conseguir o que quiser. – disse, sorrindo.

            Respirei fundo novamente. Meus pulmões pareciam estar se fechando.

            – Mas e se ele não quiser me ouvir?

            Sofia revirou os olhos.

            – Vamos, Silena. Ele não vai te rejeitar. Pare de ser tão pessimista assim. Se ele diz amá-la tanto daquela maneira, vai aceitá-la novamente.

            – Mas o fato de eu estar aqui não significa que vou continuar em New York pelo resto de minha vida. Uma hora ou outra vou sair em turnê e me afastar dele novamente. Não é mais fácil simplesmente darmos meia volta?

            Sofia bufou, irritada.

            – Silena, pare. Nós duas sabemos que você ama aquele garoto mais que tudo na sua vida. Não me faça gritar isso para o mundo inteiro saber. As únicas pessoas que têm obrigação de acreditar são você e ele. Então, por favor. – ela fechou os olhos. – Não desista dos seus sonhos. Não faça isso por mim, nem por qualquer outra pessoa. Faça por si mesma. Todo mundo sabe o quanto você estava, e vai continuar, infeliz sem ele. Não faça nem por si mesma, faça pelo seu coração.

            Ela voltou a abrir os olhos.

            – Talvez eu só tenha medo, Soph. – murmurei mais para mim mesma do que para ela. – Talvez eu tenha medo da rejeição. Talvez eu não seja forte o suficiente para vê-lo me rejeitar sem cair aos pedaços.

            – E talvez você seja forte o suficiente, Beauregard. Por favor. Vá logo tocar aquela maldita campainha antes que eu resolva voltar para Paris. E, dessa vez, não adiantará espernear, gritar, e nem prometer nada.

            Disse a mim mesma que ele me aceitaria de volta, respirei fundo e andei até a porta que tantas vezes eu e Nico ficamos até tarde, trocando carícias, beijos e olhares maliciosos. E embora não tenhamos passado dessa fase, não acreditava que – se, um dia, passássemos –, esqueceria daqueles momentos.

            Toquei a campainha e fiquei alguns minutos esperando a porta ser aberta. A mulher que vi era tão familiar que eu ofeguei.

            – Silena Beauregard?! – havia certo desconforto e uma pitada de incredulidade em sua voz. – O que a traz aqui?

– Ver seu filho e, pedir desculpas à senhora. A todos vocês. Mas, principalmente, a vocês dois. Eu sei que não é muito conveniente a minha rápida aparição, mas achei que fosse uma boa opção aparecer aqui e me desculpar. Sei que causei muito mal a essa família. Acredite, eu sei. Nunca fiquei tão distante das pessoas assim desde que comecei a trabalhar como modelo. Talvez ele não a tenha colocado a par de tudo o que aconteceu, e isso também não importa agora. – respirei fundo. – Eu só quero me desculpar. E, por causa desse meu arrependimento, peço que me deixe falar com ele.

Ela me observou por alguns segundos.

– Em outras hipóteses, eu diria não. Diria que Nico já passou por muita coisa na vida, e que você falar com ele só irá magoá-lo mais ainda. – ela riu, sem humor. – Diria que ele não é tão forte. Diria que ele é a pessoa mais importante do mundo pra mim. E, depois desse “discurso” – ela abriu aspas com os dedos. –, a mandaria embora. E, embora algumas dessas hipóteses sejam verdadeiras, não posso dizer não. É você quem ele ama, Silena. E é você quem ele sempre amou. Não houve nenhuma antes, e lhe garanto que não haverá nenhuma depois.

– E, agora, eu estou pedindo que você me deixe falar com seu filho. Estou pedindo que me dê outra oportunidade. Porque eu estarei aqui, para sempre. Com ele ou sem ele, não me importa. Só o que importa é que estarei aqui, o apoiando. E, mais uma vez, peço desculpas. Eu também não sou tão forte, Sra. Di Ângelo. Você nem imagina o que eu senti longe dele.

– Acredito em você, Silena.

– Obrigada.

Minha voz estava embargada e a visão, embaçada. Eu não podia acreditar que ela estava me dando uma chance de me redimir com Nico.

– Nico! – ela gritou. Sorri e mordi o lábio inferior, tentando reprimir algumas lágrimas. – Sua tia Evellyn chegou!

Mas eu não tenho uma tia Evellyn!... Ou será que tenho? Pai! Eu tenho uma tia Evellyn?

Assim que ouvi aquela frase, gelei. Paralisei ao ouvir o som de sua voz. Era mesma que eu escutava ao telefone, mas, desta vez, era ao vivo. Eu praticamente podia senti-lo.

– Não discuta com a sua mãe! Esqueça seu pai e desça!

Mas ele acabou de dizer que não conhece nenhuma Ev...

– Só desça logo!

Tudo bem.

Ouvi seus passos descendo as escadas, então Maria me enviou um sorriso encorajador e sussurrou um “Boa sorte”, então, sumiu. De repente, a única coisa que eu via era o garoto mais lindo do mundo me fitando com um olhar assombrado.

– Você não é a minha tia Evellyn. – ele disse, a voz falhando.

Sorri.

– Acredite, não passo nem perto disso.

POV Rachel

Assim que acordei no dia seguinte ao som de My Medicine, de Pretty Reckless, tomei um banho rápido. Vesti uma camiseta vermelha, colete preto por cima e uma calça jeans skinny escura, calcei meu All Star branco com alguns detalhes pretos e borrifei perfume. Procurei meu papel que continha todos os horários de minhas aulas e o observei. A primeira aula era de teatro. Resmunguei alguma coisa sobre “teatro idiota”, joguei a bolsa no ombro e saí do quarto. Amaldiçoei minha colega de quarto por não ter me acordado mais cedo, pois só tivera tempo de bagunçar os cabelos se quisesse chegar a aula na hora certa.

Corri pelos corredores (que irônico. Por que um lugar chamado CORREDOR não se pode correr? Eu não entendo essa gente) Enfim, cheguei no auditório dois segundos antes do primeiro sinal tocar. Reconheci Annie, Marina e Alexis no meio das outras pessoas. Andei até elas, sentei-me na poltrona e fiquei observando a professora falar sobre as obras de Shakespeare até que ela finalmente se mancou que ninguém prestava atenção em sua aula.

– Bem, já que estão todos tão interessados em minha aula, que tão apresentarem um seminário sobre ela na semana que vem? – todas as pessoas ali dentro resmungaram. – Clarisse, por que não larga seu belo iPhone e vem falar sobre seu escritor predileto?

A tal de Clarisse revirou os olhos, tirou os fones do ouvido e disse:

– Ele era um velho chato que não tinha o que fazer da vida, aí ele inventava frases/textos que faziam as pessoas bobocas chorarem. Mas, como ele já era velho, morreu. Fim de papo.

A professora revirou os olhos.

– Qual é, gente. O que significa teatro para vocês?

– A única matéria que eu sei que vou levar pau! – um dos garotos sentados lá atrás gritou.

– Mas isso nem é uma matéria! – Caroline reclamou. – Mas posso fazer a bolsa de alguns de vocês desaparecerem por não estarem prestando atenção.

Imediatamente, parei de tentar desenhar formas de estrangular a professora em meu caderno, tirei os fones do ouvido e comecei a tentar – repare no tentar. – prestar atenção em seu discurso chato.

– O que a porcaria do livro “O Morro dos Ventos Uivantes” tem a ver com teatro? – uma menina ao meu lado resmungou.

– Eu não sei. – admiti. Tarde demais, percebi que a professora iria pedir uma apresentação sobre aquele tema no fim do mês. E eu nem tinha lido o livro!

Esperei o segundo sinal tocar e caminhei até a próxima aula.

POV Penny

Depois de algumas horas (tipo, horas mesmo) esperando Raíssa se arrumar, quase chegamos atrasadas a nossa primeira aula: artes. Era uma droga. A Sra. Nichole simplesmente tivera um, hum, como eu posso dizer isso pra você sem parecer louca? Um ataque e decidira que tínhamos que retratar uma pintura de nosso pintor predileto. Escolhi Van Gogh, pois a maioria dos alunos havia optado por Leonardo da Vinci, na esperança de fazer a Mona Lisa. Tentei, sem muito desenho, pintar sua obra Noite Estrelada.

Raíssa estava ao meu lado, o pincel pincelando suavemente sobre o papel em seu cavalete. Ela se movia com tanta destreza que me lembrava Marina, a pessoinha que eu chamava de melhor amiga.

            – O que é isso, Ray? – perguntei, a voz baixa.

            Ela não piscou, os dedos continuavam movendo-se e pincelando.

            – Dora Maar com o garoto, de Picasso. – respondeu.

            – Como sabe disso? – perguntei, surpresa.

            – Mamãe costumava me levar a museus quando eu era pequena. Quero dizer, ela mandava a empregada me levar.

            Respirei fundo, uma pitada de culpa crescendo. Os pais de Ray estavam sempre viajando – até quando ela era pequena. A empregada se tornara, praticamente, a sua mãe. Eu até achava que ela a preferia. Então engoli a seco com esse pensamento e me voltei para o cavalete.

            – O que você vai pintar? – ela perguntou depois de alguns minutos de silêncio.

            – Não sei. Esse já é o segundo papel que estou usando, e todas as pinturas que eu conheço são difíceis. A Noite Estrelada, de Van Gogh, é uma droga.

            Ela riu.

            – Vamos, Pen, nada é mais fácil do que tentar pintar A Noite Estrelada.

            – Você diz isso porque pinta perfeitamente bem! – resmunguei.

            – Por que não tenta Rideau, Cruchon et Compotier? – ela perguntou como se eu soubesse a tradução daquilo. Raíssa levantou uma das sobrancelhas. – Bacia, cortina e frutas? Paul Cézanne?! Caramba, Penny!

            – Posso tentar Lírios, de Van Gogh.

            Ela suspirou.

            – Se você quer pintar uma coisa cujo pintor foi um louco, não sou eu quem vai te impedir.

            Revirei os olhos, as lentes incomodando um pouco. Depois de alguns minutos, a professora se aproximou de nós duas, elogiou o trabalho de Raíssa e perguntou o que eu estava pintando. Bufei, irritada, e respondi que aquilo deveria ser uma pintura, mas estava mais para aqueles papéis que crianças de um ano ficam rabiscando.


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Notas finais do capítulo

Bem, vocês acham que eu devo postar os hiperlinks dos personagens no próximo capítulo que eu fizer? Outra coisa: eu odeio ter que fazer isso, gente. Odeio MESMO. Mas os reviews no capítulo passado me decepcionaram. Nós temos MUITOS leitores e, vamos combinar, apenas 4 reviews "me broxa" um pouco. Continuando, eu odeio ter que fazer isso, mas se não tivermos, assim, 7 reviews por capítulo, não vou continuar a fic, é. Odeio ter que ser chata e grossa, mas sou quando necessário. É falta de educação eu ter todo esse trabalho pra escrever, ficar procurando imagens, etc, pra depois só ter 4 reviews. E, embora eles sejam de coração, eu sei que tem uns leitorzinhos fantasmas aí, ok? Pensem bem. E, bibi, não poste nada enquanto não alcançarmos os 7 reviews. Só queria deixar isso bem claro aqui, é. Bem, espero que vocês não me odeiem forever. Tchau.