Alice Jackson Os Heróis Do Olimpo 2 escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 16
Capítulo 16 - Uma Pitada de Amor


Notas iniciais do capítulo

Sei que eu estou demorando um pouco para postar os capítulos, mas as festas de fim de ano estão me deixando louca. Aleluia que as pessoas que estavam aqui em casa foram embora e eu finalmente posso dormir sossegada. Mas agora tem o Natal! E adivinhem? Meus pais, minhas irmãs e minhas bests vão passar o Natal aqui em casa e adivinha quem vai ficar com todo o trabalho?
Se você disse qualquer pessoa que não eu, Cassandra Silvestre, então você errou feio.
Eu não to brincando, um dia, minha família e meus amigos vão me deixar louca!



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            Voltamos ao hotel e levamos Brontes conosco. Liguei para a recepção e pedi uma cama de montar para ele. Eu tinha considerado seriamente a possibilidade de deixar os dois garotos dormirem na mesma cama e eu dormir na outra cama, mas Art se recusou.

            Yasmin e Brontes davam risadinhas sem parar, olhavam para Art e riam de novo. O ciclope tinha a irritante mania de mascar ciclope o tempo todo, mas era bem legal. Ele e a feiticeira tinham se dado muito bem, mas Art parecia não ter gostado nem um pouco dele.

            _Bobão…_ riu Brontes.

            Art estava ficando realmente irritado com o ciclope e eu tinha medo que ele pegasse suas flechas e o matasse.

            Peguei em seu braço.

            _Calma…

            Ele respirou fundo e senti seus músculos relaxarem.

            Art olhou para mim.

            _Está tudo bem._ disse ele colocando a mão sobre a minha._ Não se preocupe.

            Lancei-lhe um último olhar preocupado e enfiei a mão no bolso, de onde tirei uma moeda, ou melhor, um dracma de ouro.

            _O que você vai fazer?_perguntou Cristal, logo depois de um bocejo.

            _Eu? Eu vou mandar uma mensagem de Íris para o Percy, avisar que acabei de encontrar um meio-irmão perdido dele.

            _ Eu te ajudo._ disse Art.

            _Acho que sei fazer um arco-íris sozinha.

            _Mesmo assim.

            Então nós dois nos apertamos no minúsculo banheiro e o trancamos, para o caso de algum humano tentar entrar. Art abriu o chuveiro e produziu um pequeno raio de sol nas mãos, o colocando atrás da água.

            Joguei o dracma, que imediatamente sumiu.

            _Ó deusa aceita minha oferta. Acampamento Meio-Sangue, Percy Jackson.

            Logo pude ver a imagem de Percy, que brigava com um de seus irmãozinhos.

            _Eu já não lhe disse para não puxar o cabelo da Lisa?

            _Percy!! Percy, olha eu aqui!

            E deixando a bronca para outra hora, Percy olhou para mim.

            _Oi, Alice. Tudo bem na sua missão?

            _Perfeitamente, e as coisas aí no Acampamento?

            _Um caos. Tive uma briga feia com a Annabeth faz pouco tempo, é um milagre que não tenhamos terminado, mas acho que a Olie nos impediu. Os filhos de Ares estão tendo brigas sérias com os de Éris, Febos e Deimos. Você olha para um lado e tem gente briga, para o outro e tem mais gente brigado.

            Tudo isso era culpa de Éris.

            Contei-lhe sobre o meu sonho.

            _Ah! Isso explica muito coisa.

            _E, antes que eu me esqueça, encontramos um ciclope. Adivinha de quem ele é irmão?

            _Eu, é claro._ disse Percy._ Tenho que falar para o meu pai parar de ter filhos com as ninfas.

            Concordei uma vez com a cabeça.

            _Eu odeio ele._murmurou Art.

            _Cala a boca. Mas, é isso Percy. Além das brigas, tudo certo?

            _Ah, acho que sim. O Peter anda meio preocupado com você, mas também foi assim da última vez…_ ele parou para pensar um pouco.

            _Por que você brigou com a Annabeth.

            _Ah, porque eu estava conversando com a Rose e ela apareceu. Então, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Rose agarrou minha camiseta e me beijou. A Annie ficou louca.

            _Será que essa garota nunca desiste?

            _Concordo com você, priminha.

            _Sabia que eu ganhei armas novas?

            _Jura? Que legal! Mas, eu quase esqueci de te dizer, é muito importante então escute com…

            Mas a mensagem se desfez.

            Art tinha desfeito o raio.

            _Por que você fez isso?

            _Desculpe.

            Seu rosto estava lavado pelo suor e o cabelo mais despenteado do que o normal.

            _Art, algum problema?

            Ele negou.

            Mas ele não me enganava. Seu rosto estava abatido, como se estivesse doente. E se manter em pé parecia um enorme esforço.

            _Art se eu puder…

            Mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele segurou minhas bochechas e me beijou.

            Fechei os olhos delicadamente e me deliciei com o prazeroso beijo.

            Art soltou minhas bochechas e suas mãos enlaçaram minha cintura, me puxando mais para ele. Joguei os braços em seu pescoço.

            Abri a boca só um pouquinho, esperando que Art entendesse o que eu queria, ele entendeu.

            A língua dele entrou em minha boca e tocou a minha.

            Afastamo-nos só um pouco, para respirar, e vi seus lindos olhos azuis brilharem como se fossem vaga-lumes.

            Então nos beijamos de novo.

            Nos afastamos novamente, mas ficando a centímetros um do outros, meus braços em seu pescoço e os dele na minha cintura.

            É difícil dizer quanto tempo ficamos nessa possível, pareceram apenas alguns segundos, mas eu tenho certeza de que foram vários minutos.

            _O que você ia dizendo mesmo?_ disse ele.

            Baixei o olhar e nós nos afastamos mais, até não estarmos mais nos tocando.

            _Eu? Eu…_mas eu não conseguia me lembrar, tudo o que eu lembrava eram dos beijos e de seus olhos azuis como o céu._ Nada importante._ concluí.

            Art sorriu.

            _Alice! Apolo! Vocês morreram?_ ouvi Yasmin gritar, enquanto batia na porta.

            _Já estamos indo._ disse Art.

            _Que pena, estava torcendo ter me livrado de você!_ respondeu a garota, só para provocar.

            _Ha ha ha! Muito engraçado_ disse Art, sem humor.

            Ouvimos os passos de Yasmin indo embora.

            Art esticou a mão para mim.

            _Vamos?

            Olhei para ele, timidamente e coloquei o cabelo atrás da orelha.

            _Tudo bem._ e deu-lhe minha mão.

            O loiro segurou minha mão, beijou meu rosto e depois se afastou, abrindo a porta logo em seguida.

            _Finalmente!_exclamou Yasmin quando nos viu sair do banheiro.

            A cama de Brontes tinha sido montada aos pés da de Yasmin e Cristal.

            _Por que vocês demoraram?_perguntou Cristal, mais ativa do que antes.  

            _Eu estava falando com o Percy…_ disse, despreocupadamente, enquanto me sentava na cama do lado do armário.

            Sem perceber, comecei a passar a mão nas cobertas macias e sorrir.

            Infelizmente, Yasmin percebeu.

            _Humm._ disse ela, animada._ O que está passando pela sua cabeça? Não aconteceu nada a mais no banheiro não, não é?

            Meu sorriso se expandiu ainda mais. O que, em nome de todos os deuses, eu estava fazendo?

            _Alice…_ disse Yasmin, desconfiada e sedenta por uma fofoca._ Somos suas melhores amigas, pode falar.

            Olhei para Cristal e Yasmin, que sorriam, interessadas.

             _Não aconteceu nada._ ouvi Art dizer.

            _Calado!_ Disse Yasmin, ficando brava por um momento e voltando a sorrir._ Pode falar para a gente…

            _Eu… eu…_ me sentia tentada a contar.

            _Yasmin! _ gritou Art, irritado._ Pare com isso agora!
            Ela desviou o olhar e eu pude sentir minha sanidade voltar. Onde eu estava com a cabeça? Eu estava quase contando para a Yasmin!

            _Não seja estraga-prazeres, Apolo! Eu estava quase conseguindo…

            _De uma maneira suja e baixa. Pensei que ela era sua amiga.

            _E é. E é por isso também que eu devia saber.

            _Mas, usar esse feitiço persuasivo não é nada legal. Se ela quer privacidade, deixe-a ter.

           Ah! Então era isso, Yasmin estava usando um feitiço persuasivo em mim! Ainda bem que o Art a interrompeu, ou tudo ia por água a baixo.

            Eu não sabia por que, mas sentia que não podia contar nada sobre o meu romance com o Art antes de acabar a missão e ele parecia pensar o mesmo, visto que me defendia.

            _Agora são…_ bocejou Cristal._ São quase onze horas e acho melhor…_ bocejo._ dormir…

            _Ela está certa, ou não teremos energia para continuar._ concordei.

            Brontes já tinha se deitado e era tão grande que seus pés ficavam para fora da cama. Cristal e Yasmin já usando pijamas e deitam-se também. Art tirou a camiseta (acho que vou desmaiar!) e se deitou também.

            Com a roupa mesmo, pois estava cansada e não tinha vontade de me trocar, deitei ao lado de Art e apaguei a luz.

            _Boa noite, Min._ ouvi Brontes dizer.

            _Boa noite, Alice._ela disse.

            _Boa noite, Art.

            _Boa noite, Cristal._ era Art.

            Silencio.

            _Cristal?_ vi Yasmin olhar para o lado para ver a garota.

            Um ronco baixinho pode ser ouvido. Cristal já devia estar sonhando.

            Cobri a boca para não rir, fechei os olhos e quando percebi, já estava dormindo.

***

            Tive sonhos muito estranhos, a maioria deles perturbados por Peter, que corria atrás de mim com um bastão.

            Acordei um pouco assustada. Respirei fundo ao perceber que era apenas um sonhos e estava pronta para voltar a dormir, quando senti que alguma coisa apertava minha mão direita.

            Olhei e vi que uma mão pálida estava entrelaçada na minha. Subi os olhos e vi o dono da mão, Art dormia tranquilamente, como um anjo, sem ter noção de que segurava minha mão.

            Tentei fazê-lo me soltar mais não consegui.

            Sorri e fiquei olhando para ele dormir.

            Era tão lindo…

            Tão perfeito…

            Talvez ele não fosse assim tão bonito, mas meu amor por ele me cegava e me impedia de ver seus defeitos.

            Contemplei-o por mais alguns segundo, procurando em vão, encontrar defeitos, tanto fisicamente quando psicologicamente.

            Seus olhos estavam fechados, mas eu sabia exatamente a sua cor, azul céu. O nariz era perfeitamente esculpido. A boca tinha o formato perfeito, não muito grande não muito pequena, simplesmente… perfeita. O sorriso era de tirar o sono da gente à noite. Ele tinha uma beleza displicente. Era uma beleza que ele não se esforçara para conseguir, era algo totalmente… natural, diferente.

            Ele era carinhoso, sensível e sincero. Não podia negar que era um pouco bobo, mas mesmo isso, me parecia perfeito.

            Art podia ser um monstro que eu não ligaria, eu ainda o acharia perfeito.

            Isso porque, ele não era perfeito, mas porque ele era perfeito… para mim.

            Sentir aquilo por ele era algo totalmente novo para mim. Comparado com o que eu sentia por ele naquele momento, no ano passado tudo o que senti por ele se resumia a uma pequena paixonite.

            Mas, agora…

            Só que pensar nele, me corpo todo se aquecia e eu não conseguia controlar um sorriso discreto. Era como uma chama dentro de mim, que ao invés de destruir cada pedacinho do meu ser, como era antes, essa chama, agora, me mantinha viva. Se ele estivesse bem eu estaria bem; se ele estivesse feliz, eu também estaria.

            Eu me sentia tão complemente bem ao lado dele.

            Completa.

            Só agora percebia como estava perdida e incompleta antes dele.

            E o engraçado, era que eu não queria ficar perto dele para eu me sentir bem. Eu queria estar perto dele para ele se sentir bem, porque eu sabia que minha presença fazia isso.

            Eu não queria me apossar dele para me sentir completa, como no ano anterior, mas agora eu queria me doar para completá-lo.

            Ele me entendia melhor do que qual outro. Só tinha percebido isso agora também. Era ótimo ter alguém para te entender.

            E eu o entendia.

            Sabia o que ele estava sentindo só de ver seu olhar ou movimentos.

            E eu não achava, eu tinha certeza.

            Mas, eu não o amava.

            Eu o amo.

***

            Não me lembrava de ter dormido de novo.

            Mantive-me com os olhos fechados, estava cansada.

            Mas eu estava acordada agora, com certeza.

            Em minhas mãos, não encontrei nada e joguei as duas o lado direito a procura dele.

            _Procurando algo?_ ouvi uma voz sussurrar próxima a minha orelha, os cabelos da minha nuca se arrepiaram.

            Era ele.

            Sem pensar, atirei meus braços em seu pescoço e o beijei.

            Ele se sentou na cama e eu, agarrada a ele, foi levantada também, ficando assim, nós sentados.

            Os lábios dele se moviam em perfeita sincronia com os meus e pude sentir suas mãos se instalando devagar, talvez até certo receio, em minha cintura e então, me puxando com força para si mesmo.

            Quando ele finalmente começou a tentar a nós separar, puxei o para mim e resmunguei um pouco.

            Nossas bocas se separaram.

            _Me desculpe, Alice. Mas logo os outros vão acordar.

            Queria dizer que não queria saber. Que só não me importava e só queria a ele. Mas nada saiu de minha boca.

            Apenas o encarei.

            Abracei-o e ele correspondeu.

            _Sinto muito, mas não podemos ainda não. Você sabe.

            _Eu te amo._ disse eu, com a voz fraca.

            _Eu também te amo.

           Era isso. Ele me amava. Ele tinha dito isso. E eu acreditava na palavra dele. E nada mais no mundo importava.

            Art beijou o topo da minha cabeça.

            _ Te amo mais do que você pode imaginar…

            Fechei os olhos.

            Ouvi Yasmin se mexer na cama ao lado.

            _Sinto muito…_ repetiu ele.

            _Não sinta.

            Nós nos afastamos.

            Levantei e foi escovar os dentes e pentear os cabelos, deixando Art no quarto.

            Mas eu estava feliz demais. Estava feliz demais para caber em mim mesma.

            Ele sentia o mesmo que eu. A mesma coisa, com a mesma intensidade.

            Ele me ama.    


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Notas finais do capítulo

Adivinhem porque eu escrevi um capítulo (tá, eu admito) tão meloso? Porque eu estou namorando!! Isso mesmo pessoas da Terra e de todos os outros planetas. Eu estou namorando!! O fofo do Vicente e eu saímos ontem e eu estou me sentindo açucarada até agora. Cara, como ele beija bem!!



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