Alguns dias se passaram após a noite em que Suko apareceu espancado e delirando, o vizinho que Miku e Luka pediram ajuda se dispôs a ajudar, ele levou-o até o banheiro e depois de uma boa ducha levou-o para o quarto. 

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No dia seguinte ao acidente, Suko dizia não se lembrar de nada do que aconteceu, somente lembra do nome da garota que ele chamou durante horas e horas, parecia ainda estar delirando. Era doloroso para sua família ver o pequeno Megurine no estado em que estava, seus ferimentos ainda não haviam cicatrizado por completo e seu olho direito estava roxo..., Luka tentava não chorar na frente do irmão, não ser fraca, mas nas noites frias do outono Suko gritava e chorava, parecia estar sendo espancado e todas as noite era a Miku e Luka que acalmava-o, sua mãe simplesmente não conseguia vê-lo. 

-Ei Luka, olha para mim! -disse Miku virando o rosto da amiga em direção ao seu. - Não chora amiga! Fica forte por ele e por você. Isso tudo vai passar, e vamos descobrir o que aconteceu com ele, não vai ficar assim!

-Mas é tão difícil... -disse Luka abraçando Miku recostando sua cabeça nos ombros dela. - Tão difícil ver ele nesse estado..., eu não vou conseguir sozinha Miku!

-Você não está sozinha Luka! Você tem a mim, sempre estarei no seu lado. Sempre Luka! -disse Miku enquanto acolhia Luka em seus braços...

-Você promete? -pergunta Luka enquanto se aconchegava mais nos braços da Miku.

-Sim..., sempre estarei com você, prometo! -disse Miku apertando mais a amiga em seus braços. 

As duas ficaram sentadas ali no chão do quarto de Suko  somente iluminado pela pequena luz emitida por uma vela que ficava em cima da mesinha próxima a cama do Megurine e pela luz do luar que entrava por uma brecha da janela que não estava coberta pela cortina.

No dia seguinte, enquanto Luka e Miku estavam no colégio, a mãe de Luka estava preparando o café para Suko até que a Campânia toca. 

-Quem é? -pergunta enquanto deixa o prato em cima da mesa e vai à direção à porta.

-Katseki Meiko...

-Meiko? -perguntou a mãe enquanto abria a porta.

-Olá senhora Megurine, eu poderia ver o Suko?

-Ele não está muito bem... –disse a mãe desviando o olhar. –Por que não vem aqui depois? Tenho certeza de que ele irá adora sua visita.

-Tudo bem então..., não o diga que estive aqui, gostaria de fazer uma surpresa, tudo bem?

-Tudo bem. –disse a mãe fechando a porta.

A senhora Megurine voltou a fazer o café, ao terminá-lo ela levou-o para o quarto do filho. Ao abrir a porta do quarto, ela viu-o recostado no parapeito da janela. Suko estava calado observando a vista que via da janela, enquanto seus cabelos medianos esvoaçavam, lagrimas caiam. Era tudo muito estranho, as coisas aconteceram rápido demais! Numa hora estavam todos felizes noutra todos tristes. Ninguém entendia o que estava acontecendo, muito menos aceitava! Ninguém sabe o que aconteceu com Suko, nem o próprio, tudo é doloroso demais para se carregar somente com vagas lembranças que vêem nas noites em que possivelmente os seus ataques freqüentes sejam de possíveis visões do que aconteceu. Sua mãe não estava mais agüentando, naquela noite ela estava embriagada, tanto quanto o filho. Ela se culpava por acreditar que se estivesse sóbria naquela noite pudesse ao menos ajudar em algo, ao menos mudar as coisas.

Durante um jantar, a Sr.Megurine estava prestes a dar uma noticia que mudaria a vida da Luka completamente, não, não somente a da Luka e sim a de todos que a envolta.

-Luka, eu pensei bem a respeito e devido ao estado do seu irmão, pensei em fazermos uma viajem! Seria ótimo para ele se nós nos afastássemos desse lugar por um tempo, até por que é perigoso demais para ele, ninguém sabe quem ou o que fez aquilo com ele, como vamos proteger-lo? –Disse a mãe enquanto servia o arroz.

-Co-como assim fazermos uma viajem mãe?! Entendo a situação, mas eu tenho uma vida, tenho amigos e tenho coisas a fazer aqui, esse é o meu lugar!

-Luka, não perguntei sua opinião a respeito, estou somente avisando que, semana que vem partiremos para Tóquio. Lá é um belo lugar, e quem sabe nós não recomeçamos lá?

-EU NÃO VOU! –gritou Luka enquanto levantava-se da mesa. –Vá sozinha tudo bem?

-Como assim Luka?! Você está sendo egoísta! Não vamos fazer isso por luxúria e sim por necessidade, veja o estado do seu irmão, acha mesmo que ele irá melhorar aqui?

-Mas..., não posso sair daqui, e meus amigos, e minha vida?

-Vamos Luka, você pode vim visitá-los! Pode dormir na casa da Miku... –Disse a mãe levando sua mãe ao braço da filha. –Isso vai ser ótimo para a gente..., confie em mim.

-Tudo bem mãe, só preciso de um tempo sozinha para processar isso, tudo bem? –Disse Luka indo à direção do seu quarto.

-Luka... - Disse a mãe entristecida.

Ao chegar em seu quarto, Luka pegou seu mp3 player da gaveta de sua escrivaninha e deitou na cama, tentou relaxar e esquecer o assunto com música, mas não deu certo, ela estava tão preocupada em perder contato com sua amiga que não conseguia parar de pensar nisso. Foi então que ela tacou o celular do bolso e ligou para Miku.

-Alô? Amiga?

-Miku, eu posso ir dormir ai na sua casa? Por favor! –disse Luka num tom abafado. –Por favor...

-Tudo bem Luh, mas o que aconteceu? Sua voz está diferente... –disse Miku preocupada.

-Quando eu chegar ai eu te digo..., mas se prepara viu?

-Estou fincando assustada, vem logo que eu quero saber!

-Estou indo, tchau! –disse Luka desligando o telefone.

Chegando lá, as duas subiram para o quarto da Miku, Luka sentou-se na cama e a amiga sentou ao lado. Miku percebeu que sua amiga esta aflita e que o que ela tinha para contar era importante.

-Amiga..., o que foi? Você parece estar aflita... –disse Miku preocupada colocando uma de suas mãos em cima das da amiga.

-Miku..., vou me mudar para Tóquio semana que vem! –disse Luka com os olhos cheios de lágrimas. –Desculpa Mih...

Continua...