Ironia Do Destino escrita por AninhaSweet


Capítulo 14
Capítulo 13




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De repente eu ouvi uma respiração a mais do meu lado, eu olhei pro lado e lá estava Justin, um pouco abaixo de mim no meu canto direito. Ele estava de barriga pra baixo com o rosto entre o braço. Sua respiração era muito ofegante também, eu dei um sorriso aliviada e tentei puxar mais um golpe de ar.


Faltava apenas Elize, mas eu tinha a esperança de que ela iria chegar do nada assim como Justin chegou:


– JUSTIN.. - eu falei, e ele me olhou com uma expressão cansada mas conseguiu sorrir.


– Você não se livrou de mim não é? - Ele disse, e eu consegui dar uma risadinha, o que me custou uma longa crise de tosse.


Justin relaxou o corpo na areia e ficou por um longo tempo assim. Minha crise de asma foi passando e eu consegui me recompor, Justin já estava sentado ao meu lado quando isso aconteceu, mas acho que ele ainda não tinha notado a minha falta de ar porque nada ele comentou.


– Cadê a Elize? - eu perguntei quando finalmente consegui me sentar, eu estava cansada de tentar puxar o ar, era algo muito cansativo e angustiante.


Fiquei esperando a resposta dele, mas seus olhos estavam perdidos no mar.


– Justin? - Eu o saculejei - Cadê a Elize?!


– Ela não conseguiu nadar até aqui.. - ele disse por fim, vendo as ondas estourarem na superfície.


– E VOCÊ NÃO AJUDOU ELA?! - Eu disse desesperada - VOCÊ É UM INÚTIL!


Eu comecei a dar socos nos braços de Justin, e ele se encolheu se protegendo. Lágrimas começaram a cair do meu rosto, Justin me segurou pelos braços e me deitou sobre suas pernas.


– Pára garota! - seus olhos estavam tão fixos no meu que me fizeram engolir a seco - Eu tentei de tudo, ela estava nas minhas costas mas ela estava sem força pra se segurar em mim e me soltou, eu tentei segurar nela mas ela se afastou, ela quis ir. Ela morreu bem, ela se vingou! Tenho certeza que ela foi feliz e grata a você por ter ajudado ela.


Eu voltei a chorar, Justin me segurou pelas costas com seus braços e apertou o corpo dele no meu com força me abraçando, eu o abracei e escondi meu rosto em seu pescoço. As mãos de Justin percorreram as minhas costas e ele ficou o tempo todo em silêncio. Era a primeira vez que tínhamos nos abraçado em mais ou menos uma semana que estávamos perdidos.


– Eu sou uma burra, eu a deixei morrer, Justin! - eu dizia entre soluços, ele colocou uma mecha minha atrás da orelha e falou baixinho.


– Ei ei, você fez o que você pôde! - ele passou a mão no meu rosto, a gente se olhava atentamente um nos olhos do outro. Eu via nos olhos de Justin um menino muito doce, diferente do menino seco que eu tinha visto quando ficamos presos - Você é a menina mais corajosa que eu já conheci. - Justin disse isso quase em um sussurro, seus lábios se movimentaram em curvas sinuosas que fizeram meu coração quase gelar, eu engoli mais uma vez a seco.


Eu não sei o que iria acontecer se eu ficasse ali mais um tempo reparando nos detalhes do rosto dele, que por sinal eram perfeitos, eu o abracei quebrando o total clima - se é que estava rolando clima - e desabei em um choro de novo, e mais uma vez Justin me fez carinho para que eu me alcamasse.


Quando nós dois já estávamos nos sentindo melhor, resolvemos levantar e procurar um lugar para descansarmos. Minhas pernas doíam demais, eu não estava acostumada a nadar tanto.


– Porque você me acha corajosa? - Eu perguntei enquanto caminhávamos pela areia branca da ilha.


– Deve ser muita coragem pra andar com esses cabelos emaranhados como estão agora.. - ele sorriu de lado sem tirar o olhar fixo pra frente.


– É.. - eu dei um sorriso de lado entrando na brincadeira - Mais coragem ainda é agüentar um chato como você.


Justin como sempre não sorriu, mas sabia que tinha achado graça por causa do brilho dos seus olhos.


A Ilha que nós estávamos era uma ilha como qualquer outra, mas essa parecia estar longe de ser descoberta. Não havia nenhuma pousada de luxo ou qualquer construção - para a nossa má sorte -, perto do mar a areia era surpreendentemente branca, as ondas eram bastante azuis, o sol refletia na água fazendo com que ela ficasse cristalina, como se estivesse coberta por um lençol de diamantes brilhantes. A espuma das ondas eram tão brancas quanto a areia, e só ouvíamos pássaros cantando e nada mais.


Mais pra dentro da ilha havia muito mato, árvores, plantas de todos os tipos, arbustos, capim, grama, e vários tipos de flores. Era literalmente uma floresta, mas eu e Justin não entramos nela, ficamos ali rodeando a parte sem mato que era o litoral da praia. O céu estava com nuvens cinzas e o sol quase não saia, mas o pouco que ele aparecia, fazia as águas do mar brilharem e fazia minha testa brilhar de suor, o que fez a vontade de um banho aumentar.


– Sabe.. - disse Justin se tacando na areia quando já tinhamos andado cerca de duas horas e não tínhamos voltado ao mesmo lugar - Acho melhor que a gente faça alguma coisa por aqui na areia, não sabemos o que pode ter aí no meio do mato.


– Concordo plenamente. - eu disse prendendo meu cabelo em um nó. Na verdade, assim que eu toquei em meu cabelo senti o quanto ele estava ressecado, úmido e quebrado. Lembrei do que Justin disse sobre ele estar emaranhado, e acho que ele tinha toda a razão.


Olhei pras minhas roupas e vi a minha camisola, ela não estava mais molhada. Estava suja ainda, com um cheiro terrível e os lacinhos de sua gola já tinham se perdido fazendo assim a gola cair um pouco sobre meus seios.


– Falando nisso.. - eu disse olhando Justin - a quanto tempo você não toma um banho hein?


– Ah - ele sorriu olhando o mar - Desde que ficamos presos - só pra enfatizar, eu amei ver o sorriso dele.


– Huum - eu dei um sorriso maior - Que caatinga deve estar aí nas suas partes.. - Justin olhou pra mim e riu.


– Você está pensando nas minhas partes é? - ele me interrompeu.


– Ah que abuso... - eu ri ainda mais - Você está contorcendo as coisas.


– Eu não estou - ele me disse ainda rindo - Você acabou de dizer.


– Eu não disse isso.. - Justin se levantou rindo e começou a correr atrás de mim pela areia, tive que segurar minha camisola longa com as duas mãos enquanto corria, minha risada era a risada mais gostosa que eu já tinha ouvido de mim mesma desde o dia em que nasci, eu estava pela primeira vez me divertindo depois de muito tempo.


– Vem cá, agora!! - ele dizia correndo atrás de mim.


– Não, não vou! - eu disse parando de correr e rindo, eu ainda segurava a borda da minha camisola pra que eu não tropeçasse, e fiquei esperando que Justin chegasse até a mim.


Eu não queria mais fazer esforços, eu não podia também devido aos meus diversos problemas.


A voz de Justin também demonstrava felicidade, eu olhei pra trás rindo e vi os dentes brancos e alinhados de Justin expostos num belo sorriso, vi seus olhos brilharem com a luz do sol, e seus músculos se contrairem enquanto ele corria atrás de mim. A pele dele estava esbranquiçada do sal da água do mar, ele tinha nadado sem camisa até ali e tirando todo o tempo em que ele estava no mar.


De repente ele apareceu do meu lado me tirando dos meus devaneios. Ficamos um tempo nos olhando até que eu mexi os ombros e resolvi quebrar o silêncio:


– Você por um acaso sabe montar uma cabana no meio da praia?


– Vamos precisar de muita força, será que você ainda tem energia guardada aí?


– Acho que sempre tenho.. - eu dei um sorriso por fim.


Passamos o resto da manhã dentro da mata pegando folhas de coqueiro, madeira e todas essas coisas que podiam nos dar abrigo. Claro que não tínhamos nem a metade do material quando desabei no chão e passei a mão nos cabelos. Eu já estava exausta.


– Estou com fome.. - resmunguei.


– Não dá pra esperar nem um pouco? - Perguntou Justin com uns três troncos longos de bambu em seu ombro, que ele encontrou no chão.


– Não - eu coloquei a mão na barriga - Estou com muita fome e começando a ficar enjoada, Justin.


– Fresca que só ela mesmo.. - ele disse rindo pra si mesmo.


Era bom ver que ele agora tinha dado mais de três risadas em um só dia comigo, mas a fome ainda me corroía por dentro. Justin poderia chamar de frescura, mas os médicos chamam de doença grave e eu chamo de transtorno.


Vocês devem estar se perguntando o que tanto que eu tenho problemas e sempre respiratórios. Mas os respiratórios são os principais e os que vem com mais frequência, já os outros são quando eu me descuido.


A história é a seguinte: Quando meus pais eram adolescentes eles se conheceram, se gostaram e foi até com ele que minha mãe teve a primeira noite de amor. Naquela época, preservativos e anticoncepcionais eram pouco divulgados ou eu nem sei se existia, mas acabou que me gerou. Eu fui odiada pela minha mãe com todas as forças, porque nesse meio tempo meu pai e minha mãe brigaram - de detalhes eu não sei, mas acho que minha mãe o pegou com uma menina lá e não gostou - eles estavam em crise e minha mãe tentou me abortar com remédios não sei quantas vezes, isso me fez muito mal, muito mesmo... então nasci cheia de problemas de saúde.


Minha tia um dia viu minha mãe se entupindo de remédios e descobriu que eles eram abortivos e contou pra minha vó, quando minha vó ficou sabendo mandou que minha mãe parasse, falou com os pais dos meus pais e eles arranjaram um casamento forçado pros dois, eles tiveram de se casar se odiando profundamente.


A gravidez da minha mãe também foi de risco, o médico chegou a pedir pra ela escolher entre a minha vida e a vida dela na hora do parto, e minha mãe escolheu a dela porque não queria conviver com meu pai sendo casada.


Mas não foi preciso, eu nasci e eles tiveram de me criar assim, cheia de problemas e todo o sofrimento deles comigo foi o que os aproximaram, eles foram se apaixonar depois de anos e anos juntos, o que é uma linda história de amor, mas a ferrada aqui era eu, e continua sendo eu.


Enfim, eu não iria contar essa história pro Justin, nem que eu fosse obrigada. Ele ficaria cheio de cuidados desnecessários comigo, achando que eu era fraca por não poder fazer muito esforço. Mas eu queria fazer, queria mostrar pra ele o quanto eu era forte.


Justin chegou até a mim com um côco e abriu ele com uma faca que ele tinha guardado dos marinheiros.


– Bebe, depois você come o côco de dentro só pra tapiar a fome.


Justin pegou com facilidade no côco e meteu algumas facadas nele, o côco se abriu e ele sorriu, dando pra mim as duas metades já partidas.


– Lembra que eu trabalhei no quiosque da dona Vilma? - Ele perguntou levantando-se e indo pegar as folhagens que tinha abandonado no chão.


– Na verdade não.. - eu disse comendo a pele branca de dentro do côco - Eu nunca reparei em você - eu disse um mentira absurda tentando afetá-lo, mas ele pareceu não se importar.


[...]


O resto da tarde passamos montando nossa cabana, tínhamos que terminar até o final da tarde. Claro que aquele côco não ia matar a minha fome por muito tempo, mas tentei não pensar na fome e continuei trabalhando duro com Justin.


Eu não fazia idéia de que horas eram quando ele me propôs continuar montando a cabana enquanto ele ia tentar pegar alguns peixes, eu concordei e ele foi. Conseguia imaginar que ele deveria estar com muita fome também, eu já tinha várias vezes visto meu pai pescar e acho que eu sabia como me virar um pouco.


Voltei pra areia e peguei um bambu que sobrou da cabana que tínhamos feito, achei uma pedra no chão e comecei a arrastar com a outra, Justin chegou perto de mim com a respiração ofegante.


– O que está tentando fazer? - Ele perguntou com as mãos na cintura e logo em seguida mexendo no cabelo, exibindo sua beleza.


– Fazendo ponta nessa pedra pra poder prender com o bambu e lançar sobre um peixe.


– Hum - ele disse saindo de perto de mim enquanto eu arrastava com força uma pedra na outra tentando apontá-la, o que me custou grandes arranhões. Justin voltou com uma pedra na mão já com ponta.


– Essa aqui!


Fiz quase uma lança com aquele pedaço de bambu e pedra e fui pro mar caçar, era uma sensação meia estranha mas acho que ia funcionar. Olhava a sobra dos peixes passar por mim e um pouco antes deles passarem na minha direção eu jogava a lança.


No começo confesso que foi bem difícil e Justin ficava rindo de mim, mas depois comecei a pegar um atrás do outro deixando o deixando de boca aberta.


A noite foi chegando e quando saí do mar com bastante peixes Justin já estava com a fogueira acesa, ele usou palha ou madeira, na verdade eu não sei porque a brasa já estava muito forte quando eu cheguei.


Ajudei Justin a limpar os peixes com o facão e depois fizemos tipo um tabuleiro de madeira pra colocar o peixe por cima pra fritar, enquanto fritava eu arrancava a barrinha da minha camisola. Infelizmente eu cortei errado e ficou um pouco acima dos meus joelhos, e isso chamou a atenção de Justin.


– Não podia imaginar que você tinha coxas tão.. - eu o interrompi


– Não termina sua frase, ok? - Ele abriu um sorriso e voltou a olhar as chamas que já estavam bem altas por sinal.


Me sentei do outro lado da fogueira e olhei pra lua, ela ainda estava baixa mas brilhava muito junto com as estrelas. O mar estava ainda calmo mas eu não conseguia mais ver a sua cor porque já estava escuro o suficiente pra tampar minha visão.


– E você Soh.. - Justin puxou assunto e até me assustei por ele ter inventado um 'apelidinho' pra mim. - Você já namorou?


– Já.. - menti, olhando pra ele por trás das brasas


– Ah, então você já sabe beijar né? - Ele abriu mais um sorriso e eu dei uma risadinha.


– Acho que sei - mexi os ombros - Porque quer saber?


– Por nada - ele mecheu no fogo com uma vareta e uma labareda forte subiu, fiquei o olhando por entre as brasas e não sei se estava enganada, mas acho que tinha encontrado o olhar dele junto comigo.


Comemos nossos peixes e senti meus cílios pesarem de sono, nosso dia hoje tinha sido muito cansativo. Justin ainda comia quando eu levantei e coloquei o pedaço que eu tirei da minha camisola na frente da cabana - claro que não tapou toda a frente, mas foi o suficiente pra que o sol não nos acordasse de manhã.


Cheguei atrás de Justin e pus a mão em suas costas:


– Vou dormir, tô com muito sono - disse a ele.


– Tá.. - ele me olhou e se levantou - Eu também vou.


Justin deixou a fogueira acesa ali e entrou comigo dentro da cabana, dormir na areia não era tão ruim quanto dormir no casco de um navio, mas não tão confortável quanto uma cama.


Fiquei olhando a sombra da fogueira pelo pano da minha camisola enquanto o sono não chegava. Não sabia sobre Justin, ele estava de costas pra mim e imóvel, mas não podia ter certeza se ele já estava dormindo.


Minha dúvida logo acabou quando ele virou-se pra mim e me olhou.


– Oi - ele disse e eu sorri revirando os olhos. - Está sem sono?


– Aham - eu disse me sentando na tenda e logo em seguida ele se sentou também e ficou me olhando – Porque tá me olhando? - eu perguntei assustada - Ainda não se acostumou com meu cabelo todo bagunçado? - Tentei fazer graça mas desta vez ele nao sorriu, só balançou a cabeça negativamente.


– Ainda não me acostumei com essa vontade de... - ele mordeu o lábio e veio se aproximando, confesso que meu coração disparou, eu fiquei meia sem reação.


Quando dei por mim já sentia a respiração lenta de Justin em cima de mim perto dos meus lábios, e ele os tocou, eu o empurrei e comecei a socá-lo.


– Está maluco?! - Eu gritava - Você está pensando que eu sou essas garotas que você pega lá na cidade?! - Justin me segurou pelo braço sem dificuldade enquanto eu parecia me movimentar feito um polvo de quinhentos braços.


– Nunca pensei que fosse igual a elas, por isso te quero tanto como agora - ele disse com uma voz gostosa, na verdade com a mesma voz de sempre, mas caiu perfeitamente naquele momento.


– Justin.. - eu o olhei com uma certa raiva no olhar, ele sorriu de lado e por fim deitou-se na areia por cima de mim com um sorriso tosco no rosto.


– Fica quietinha agora.. marrentinha - Ele foi se aproximando e me beijou.


O beijo de Justin era gostoso e diferente de todos que eu já tinha provado antes. Ele não começou me beijando de língua exatamente, ele primeiro mordeu meu lábio inferior, brincou com eles e por fim me beijou de verdade.


Meu coração disparava, batia mais forte do que eu já pude imaginar. Tinha medo até de Justin escutar e eu ficaria com certeza muito sem graça.


Eu não sei por quanto tempo nos beijamos, mas por todo esse tempo eu nem encostei em Justin, eu ainda estava perplexa, sem reação. Ele me olhou e deu um sorriso, estava escuro o suficiente para quase não vermos nada, mas a fogueira lá fora estava clareando um pouco as coisas.


– Bom.. - eu disse empurrando ele de cima de mim - Tá na hora de dormir não é? - Eu disse tantando disfarçar as emoções.


Me deitei na areia e me virei de costas, Justin deu uma risada baixa e se deitou atrás de mim ficando de conchinha.


– VOCÊ TÁ DOIDO GAROTO? - eu o empurrei com força e ele caiu na gargalhada.


– Calma, eu só brinquei! - eu revirei os olhos e voltei a ficar de costas pra ele.


Foi automático, fechei meus olhos e lembrei do nosso beijo e me peguei sorrindo: "Eu tinha ficado com o Justin.."



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Notas finais do capítulo

Finalmente um beijo!! Cara, que inveja da Sophia.. queria muito ser ela nessas horas, haha' Mas então, o que acharam?! Eu particularmente, gostei muito de escrever esse capítulo, e depois de pronto gostei mais ainda (: Quero que me contem TUDO dessa vez hein, preciso muito da opinião de vocês. Então já sabem, deixem bastante reviews *-----* Beijos ♥



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